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Mediação: Conceitos e Princípios

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Perícia, Arbitragem e 
Mediação
Autores: Valdeci Araujo e Agnaldo Pereira
Tema 06
Mediação
seç
ões
2 3
Tema 06
Mediação
Como citar este material:
ARAUJO, Valdeci e PEREIRA, Agnaldo. Perícia, 
Arbitragem e Mediação: Mediação. Caderno de 
Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 
2017.
Seções
2 3
 Seções
LEITURAOBRIGATÓRIA
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
GABARITO
CONTEÚDOSEHABILIDADES
AGORAÉASUAVEZ
GLOSSÁRIOLINKSIMPORTANTES
44 5
Tema 06
Mediação
54 5
Olá, querido aluno, estamos chegando ao fim de nossos estudos, mas antes de nos 
despedirmos vamos conversar um pouco sobre a prática de Mediação, conforme a 
Lei 13.140/2015. Ao final deste tema você será capaz de identificar a diferença entre 
Mediação, Conciliação e Arbitragem, ou seja, os três modelos extrajudiciais auxiliares 
para solução de conflitos. O tema de hoje tem como principal objetivo apresentar a você as 
particularidades da Mediação, assim como os elementos que a compõem, evidenciando 
também os oito princípios estabelecidos pela Lei 13.140/2015: imparcialidade do mediador; 
isonomia entre as partes; oralidade; informalidade; autonomia da vontade das partes; 
busca do consenso; confidencialidade; boa-fé. Afinal, o que vem a ser considerado para 
cada um destes princípios? Você ainda será capaz de identificar os tipos possíveis de 
Mediação, a Judicial e a Extrajudicial, quem pode atuar como mediador, tanto na condição 
de mediador extrajudicial como judicial, e quais são os elementos que compõem um 
roteiro de planejamento e execução da Mediação. 
Espero que goste deste tema!
Bons estudos!
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro “Contrato de Prestação de 
Serviços: manual teórico e prático”, do autor Jorge Lages Salomo, Editora Juarez de 
Oliveira, 2005, PLT 315.
Roteiro de Estudo:
Autores: Valdeci Araujo e 
Agnaldo Pereira
Perícia, Arbitragem e 
Mediação
6 766 7
LEITURAOBRIGATÓRIA
Mediação – Lei 13.140/2015
1. Mediação, Conciliação e Arbitragem
Antes de entrarmos de fato no assunto Mediação, vimos a necessidade de enriquecer o seu 
vocabulário, identificando três conceitos muito importantes e que às vezes confundem as 
pessoas, trata-se de identificar os reais significados de Mediação, Arbitragem e Conciliação. 
De antemão, vale destacar que todas elas são consideradas ferramentas extrajudiciais 
para auxiliar na solução de conflitos. 
Afinal, qual a diferença entre mediação, conciliação e arbitragem?
1.1 Primeiramente vamos entender o que é Conciliação:
Conciliação é uma das três formas possíveis para a solução de um conflito, de forma 
extrajudicial, neste tipo as partes poderão escolher uma terceira pessoa, a qual não 
participa do conflito, logo, sendo imparcial quanto à questão discutida, para que atue com 
papel principal de auxiliar as partes a chegarem em um possível acordo, colocando fim ao 
litígio. O papel do conciliador é o de orientar através de sugestões e conselhos as partes, 
ajudando-as a interpretarem a melhor forma para a solução do conflito, buscando atender 
de forma geral ao interesse de ambas as partes. Vale ressaltar que a conciliação pode ser 
acionada quando o conflito em questão se tratar de ordem jurídica ou patrimonial, logo, 
podemos afirmar que há um problema e este problema é realmente o motivo do conflito – 
não sendo a falta de comunicação que impede o resultado positivo. A conciliação, por sua 
vez, acontece de forma simultânea à mediação. 
76 76 7
LEITURAOBRIGATÓRIA
1.2 Para aprofundarmos um pouco mais, neste momento 
vamos esclarecer previamente o que é Mediação:
A mediação nada mais é do que uma forma de dar uma solução para determinado conflito, 
neste caso uma terceira pessoa, a qual não participa deste conflito, assim sendo imparcial, 
auxilia a conversa entre as partes, ajudando-as a refletir, entender e buscar a melhor solução 
possível para as partes. No processo de mediação, as próprias partes decidirão sobre 
a melhor solução para o conflito, todas as decisões caberão a eles, sendo o “mediador” 
apenas um facilitador para a solução. A mediação é acionada nos conflitos familiares e de 
vizinhança, por exemplo, muitas vezes são resolvidos apenas com o estabelecimento da 
comunicação respeitosa entre os envolvidos. Observa-se neste sentido que a mediação 
será utilizada quando o conflito tiver como causa principal um problema pessoal, emocional 
ou psicológico, por exemplo: incompatibilidade de gênios, raiva, sentimento de vingança ou 
de intolerância e indiferença. 
1.3	 Por	fim,	o	que	é	Arbitragem?	
A Arbitragem já foi tema de nossos estudos, então vamos apenas relembrar alguns conceitos. 
Assim como a Conciliação e a Mediação, a Arbitragem é também uma forma de solução 
de conflitos, neste caso, também as partes terão a liberdade de optarem por esta forma 
de resolver seus problemas, elegendo um terceiro (árbitro ou o Tribunal Arbitral), que irá 
solucionar a questão, porém, neste tipo de caso o árbitro ou Tribunal Arbitral terá o dever 
de emitir sua sentença. O árbitro em um processo é considerado juiz de fato e de direito, 
normalmente especialista no assunto em questão, logo, exercendo seu papel de “juiz” com 
imparcialidade e confidencialidade.
A figura a seguir busca apresentar exatamente as características destes três modelos 
auxiliares de justiça, destacando também a decisão processual promulgada no âmbito 
judicial. 
88 9
LEITURAOBRIGATÓRIA
Agora que você já entende um pouco mais os conceitos e a diferença entre Mediação, 
Conciliação e Arbitragem, vamos nos ater ao objetivo principal deste tema, que é o de 
apresentar a você, com mais propriedade, a prática da Mediação como ferramenta auxiliar 
na solução de conflitos. Vamos lá?
2. Mediação e sua legalidade jurídica
O uso da mediação está previsto no Novo CPC (Lei 13.105/2015) em seu Art. 3º, vejamos:
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
[...]
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de 
conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos 
Figura 1: Mediação, Conciliação e Arbitragem - Características intrínsecas
Fonte: Manual de Mediação Judicial. p. 19. Disponível em: < http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/
arquivo/2016/07/f247f5ce60df2774c59d6e2dddbfec54.pdf>. Acesso em: 15 maio 2017.
98 9
LEITURAOBRIGATÓRIA
e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial.
[...]
Embora prevista no CPC, a atividade de mediação foi regulamentada em lei específica, 
sendo a Lei nº 13.140, de 26 de junho de 2015, que rege toda a atividade de mediação.
Logo, em seu Art. 1º, Parágrafo Único, a lei busca de imediato trazer uma definição legal 
para a atividade de mediação, considerando a mediação como uma atividade técnica 
exercida por uma terceira pessoa inserida no processo, porém, atuando de forma imparcial 
e sem poder decisório sobre a causa. Esta, por sua vez, podendo ter sido escolhida ou 
aceita pelos litigantes, tendo o papel principal de auxiliar e estimular, identificando e até 
mesmo desenvolvendo formas de soluções possíveis à questão, de maneira que ambas as 
partes as aceitem, pondo fim assim ao contencioso. 
Podemos afirmar que, assim como a mediação não é um processo impositivo, o mediador 
não terá, no curso do processo, o poder de deliberar uma sentença sobre o que se discute, 
cabe apenas aos envolvidos (partes do processo) a decisão da causa, sem intervenção do 
mediador. O mediador pode ser considerado como o facilitador da comunicação, estimulando 
o diálogo e auxiliando na solução do conflito. 
O legislador, ao legislar sobre a lei que regulamenta a mediação, institui precisamente oito 
princípios que devem ser observados quando da atuação em mediação, previstos no Art. 2º. 
• Imparcialidade do mediador – o mediador é um terceiro, que não tem interesse algum 
nas questões que envolvem o processo, ele é apenas um facilitador na causa.• Isonomia entre as partes – pressupõe que as partes em todo o rito da mediação terão 
direitos e deveres iguais. 
• Oralidade – por se tratar de um procedimento extrajudicial, a mediação tende a ser 
simples, sendo objetivada a sua oralidade, ou seja, a grande maioria das intervenções é 
feita através da conversa.
• nformalidade – a simplicidade do processo é traduzida pela desburocratização das 
normas e formas, logo, se caracteriza pela ausência de uma estrutura previamente 
estabelecida e inexistindo qualquer procedimento predeterminado, cabendo sempre às 
partes decidir qual é o melhor caminho para o processo.
1010 11
LEITURAOBRIGATÓRIA
• Autonomia da vontade das partes – a mediação é utilizada para que se consiga chegar 
a um acordo quanto à questão em discussão, assim, a promoção de qualquer acordo 
deve respeitar a autonomia da vontade das partes litigantes. Este princípio poder ser 
considerado como um dos mais importantes no processo de mediação, uma vez que 
deixa claro que no processo deve prevalecer o desejo das partes. 
• Busca do consenso - o conciliador ou mediador e as partes devem buscar sempre o 
consenso, evitando conflitos no processo.
• Confidencialidade - dever de manter sigilo sobre todas as informações obtidas, 
salvo autorização expressa das partes, violação à ordem pública ou às leis vigentes, 
não podendo ser testemunha do caso, nem atuar como advogado dos envolvidos, em 
qualquer hipótese.
• Boa-fé - a diligência dos procedimentos, a boa-fé e a lealdade das práticas aplicadas.
Buscando evidenciar um pouco mais para você, quanto à mediação, vamos transcrever abaixo 
os “parágrafos” que complementam o art. 2º, principalmente o que é regido em seu § 2º:
§ 1o Na hipótese de existir previsão contratual de cláusula de mediação, as 
partes deverão comparecer à primeira reunião de mediação. 
§ 2o Ninguém será obrigado a permanecer em procedimento de mediação.
Ainda pelo Novo CPC, temos em seu Art. 166 que:
“Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios 
da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da 
confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.
§ 1o A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no 
curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso 
daquele previsto por expressa deliberação das partes.
[...]
§ 2o Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o 
mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou 
depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação.
[...]
§ 4o A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia 
dos interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras 
procedimentais.
[...]
1110 11
LEITURAOBRIGATÓRIA
Ainda em seu artigo 3º, a lei da mediação estabelece que a mesma possa ser estabelecida 
em um todo ou em parte do que se está em questão, isto, quando a lide tratar de direitos 
disponíveis ou sobre direitos indisponíveis que admitam transação. 
3. Procedimentos da Mediação
Como vimos até aqui, e com base no princípio da oralidade, toda a mediação acontece 
através de diálogos entre as partes, assim, a mediação pode oferecer vários tipos de 
possibilidades, porém, vamos apresentar um rito deste procedimento de forma simplificada, 
o qual foi tema de apresentação pela Comissão de Mediação e Arbitragem da OAB/MG, 
tendo uma sucessão de etapas. Buscaremos ainda correlacionar alguns itens com artigos 
da lei de mediação, que darão sustentação a estas etapas, vejamos:
1) Pré-mediação: fase preparatória, na qual o mediador (ou outra pessoa capacitada para tanto) 
explica o procedimento, seus objetivos, limites e regras, escuta as partes com o intuito de analisar 
sua adequação ao caso e é firmado o contrato de mediação, estabelecendo-se as condições.
[...]
Art. 14. No início da primeira reunião de mediação, e sempre que julgar 
necessário, o mediador deverá alertar as partes acerca das regras de 
confidencialidade aplicáveis ao procedimento. 
Art. 15. A requerimento das partes ou do mediador, e com anuência daquelas, 
poderão ser admitidos outros mediadores para funcionarem no mesmo 
procedimento, quando isso for recomendável em razão da natureza e da 
complexidade do conflito. 
Art. 16. Ainda que haja processo arbitral ou judicial em curso, as partes poderão 
submeter-se à mediação, hipótese em que requererão ao juiz ou árbitro a 
suspensão do processo por prazo suficiente para a solução consensual do litígio. 
§ 1o É irrecorrível a decisão que suspende o processo nos termos requeridos 
de comum acordo pelas partes. 
§ 2o A suspensão do processo não obsta a concessão de medidas de urgência 
pelo juiz ou pelo árbitro.
[...]
2) Abertura: o mediador prepara um ambiente favorável à comunicação produtiva e à 
instauração de uma relação de confiança, se apresenta e apresenta as partes caso não se 
conheçam, esclarece dúvidas e legitima sua função como condutor do procedimento:
1212 13
[...]
Art. 17. Considera-se instituída a mediação na data para a qual for marcada a 
primeira reunião de mediação. 
Parágrafo único. Enquanto transcorrer o procedimento de mediação, ficará 
suspenso o prazo prescricional.
[...] 
3) Investigação do conflito: o mediador procura mapear a situação e a relação entre as 
pessoas. Aprofunda a análise do caso a partir de informações referentes aos mediandos e 
ao conflito (queixas manifestadas ou não, interesses, duração, expectativas, viabilidade de 
solução, etc.) e define o problema principal e os secundários.
4) Agenda: o mediador organiza a agenda conforme as prioridades em termos de importância 
e urgência. Regula o tempo de cada sessão e a quantidade de encontros necessários. É 
especialmente importante quando o conflito envolve mais de um problema.
[...]
Art. 18. Iniciada a mediação, as reuniões posteriores com a presença das 
partes somente poderão ser marcadas com a sua anuência. 
Art. 19. No desempenho de sua função, o mediador poderá reunir-se com 
as partes, em conjunto ou separadamente, bem como solicitar das partes as 
informações que entender necessárias para facilitar o entendimento entre 
aquelas.
[...]
5) Restabelecimento da comunicação: o mediador procura restabelecer a comunicação 
produtiva entre os mediandos, com o fim de tornar o diálogo possível e de construir uma 
relação pautada na colaboração.
6) Levantamento de alternativas: o mediador orienta o diálogo sobre as possibilidades de 
solução, a partir da conotação positiva, da compreensão das narrativas e do reenquadramento 
da situação. 
7) Negociação e escolha de opções: o mediador promove a negociação e agiliza a escolha 
das alternativas levantadas na etapa anterior, que é feita pelos próprios mediandos, a partir 
da aproximação dos interesses comuns e acomodação dos interesses divergentes, sem 
qualquer opinião ou sugestão do mediador. 
8) Fechamento: conclusão do procedimento e confecção do acordo.
LEITURAOBRIGATÓRIA
1312 13
[...]
“Art. 20. O procedimento de mediação será encerrado com a lavratura do seu 
termo final, quando for celebrado acordo ou quando não se justificarem novos 
esforços para a obtenção de consenso, seja por declaração do mediador nesse 
sentido ou por manifestação de qualquer das partes.
Parágrafo único. O termo final de mediação, na hipótese de celebração 
de acordo, constitui título executivo extrajudicial e, quando homologado 
judicialmente, título executivo judicial.”
[...]
A mediação poderá acontecer de duas formas, sendo a Mediação Extrajudicial e a Mediação 
Judicial.
Na Mediação Extrajudicial (Art. 21 ao 23 da Lei 13.140/2015), temos as seguintes 
ponderações:
• A mediação será a consenso e aceitação das partes, através de convite, devendo 
neste ser estipulado o escopo recomendado da negociação.
• Deverá haver previsão contratual de mediação onde neste deverá constar prazo 
mínimo e máximo para a primeira reunião de mediação, local da primeirareunião, os 
critérios de escolha do mediador e as penalidades em caso de não comparecimento. 
• As partes poderão ainda estabelecer período de carência, ou seja, as partes se 
comprometem a não iniciar procedimento arbitral ou processo judicial em certo período 
de tempo, ou enquanto durar o processo de mediação. 
• Na Mediação Extrajudicial teremos a pessoa do mediador extrajudicial (Art. 9º). 
Já na Mediação Judicial (Art. 24 ao 29 da Lei 13.140/2015) temos que:
• Deverão ser criadas pelos tribunais as centrais de conciliação e mediação, onde 
ocorrerá o processo de solução de conflitos através da mediação.
• Os mediadores não estarão sujeitos à prévia aceitação das partes.
• As partes deverão ser assistidas por advogados ou defensores públicos.
• A petição inicial, atendendo todos os requisitos, o Magistrado designará audiência de 
mediação.
LEITURAOBRIGATÓRIA
1414 15
• O prazo para a conclusão do procedimento de mediação judicial é de 60 dias, exceto 
quando as partes em comum acordo pedem prorrogação.
• Se o conflito for solucionado pela mediação antes da citação do réu, não serão devidas 
custas judiciais finais.
• Na Mediação Extrajudicial teremos a pessoa do mediador extrajudicial (Art. 11º). 
4.	 Quem	pode	ser	mediador?
É importante frisar que qualquer pessoa capaz, que possua competência técnica, legitimidade 
e aptidão, poderá exercer atividade de mediador. Porém, a maioria dos mediadores vem da 
área da advocacia, embora atuem também profissionais de outras áreas, como: psicólogos, 
administradores, sociólogos, engenheiros, psicanalistas, assistentes sociais, entre outros. 
No que compete à mediação informal, ou seja, não profissional, esta poderá ser realizada 
por qualquer pessoa, um bom exemplo disso são as mediações que acontecem no meio 
religioso. 
Vejamos, à luz da Lei de Mediação, quem poderá atuar como Mediador, Mediador Extrajudicial 
e Mediador Judicial.
[...]
Art. 4o O mediador será designado pelo tribunal ou escolhido pelas partes. 
[...]
Art. 5o Aplicam-se ao mediador as mesmas hipóteses legais de impedimento 
e suspeição do juiz. 
Parágrafo único. A pessoa designada para atuar como mediador tem o dever de 
revelar às partes, antes da aceitação da função, qualquer fato ou circunstância 
que possa suscitar dúvida justificada em relação à sua imparcialidade para 
mediar o conflito, oportunidade em que poderá ser recusado por qualquer 
delas. 
[...]
Art. 8o O mediador e todos aqueles que o assessoram no procedimento de 
mediação, quando no exercício de suas funções ou em razão delas, são 
equiparados a servidor público, para os efeitos da legislação penal. 
[...]
LEITURAOBRIGATÓRIA
1514 15
Dos Mediadores Extrajudiciais 
Art. 9o Poderá funcionar como mediador extrajudicial qualquer pessoa capaz 
que tenha a confiança das partes e seja capacitada para fazer mediação, 
independentemente de integrar qualquer tipo de conselho, entidade de classe 
ou associação, ou nele inscrever-se. 
Art. 10. As partes poderão ser assistidas por advogados ou defensores públicos. 
Dos Mediadores Judiciais 
Art. 11. Poderá atuar como mediador judicial a pessoa capaz, graduada 
há pelo menos dois anos em curso de ensino superior de instituição 
reconhecida pelo Ministério da Educação e que tenha obtido capacitação 
em escola ou instituição de formação de mediadores, reconhecida pela 
Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados - ENFAM 
ou pelos tribunais, observados os requisitos mínimos estabelecidos pelo 
Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça. 
[...]
Art. 13. A remuneração devida aos mediadores judiciais será fixada pelos tribunais 
e custeada pelas partes, observado o disposto no § 2o do art. 4o desta Lei.
[...]
Vale ressaltar que em seu Art. 30, a Lei de Mediação estabelece que todo e qualquer 
assunto tratado no procedimento de mediação deverá ser confidencial em relação às 
pessoas que não se relacionaram com o processo, não podendo nem mesmo ser revelada 
em processo judicial ou arbitral, salvo se as partes permitirem ou por exigência legal. 
A confidencialidade versada no art. 30 se aplica ao mediador quanto às partes, a seus 
prepostos, aos advogados, aos assessores técnicos e a outras pessoas de sua confiança 
que tenham, direta ou indiretamente, participado do procedimento de mediação. 
Ainda quanto à confidencialidade, no Art. 31 temos o seguinte posicionamento do legislador:
[...]
Art. 31. Será confidencial a informação prestada por uma parte em sessão 
privada, não podendo o mediador revelá-la às demais, exceto se expressamente 
autorizado. 
[...]
Nossos estudos vão ficando por aqui, acesse os links propostos, faça as atividades e, 
quando necessário, envie suas dúvidas ao professor. 
Bons estudos e até a próxima!
LEITURAOBRIGATÓRIA
1616 17
Quer	saber	mais	sobre	o	assunto?	Então:
Animação sobre mediação. <https://www.youtube.com/watch?v=Kr13qBAPA9k>. Acesso 
em: 15 maio 2017. Vídeo explicativo sobre mediação, como é simples usar o diálogo para 
solucionar problemas. Criado pela CBMAE e produzido pela agência LK e a produtora 
Áudio Visual.
O que é Mediação? <http://www.tjrj.jus.br/web/guest/institucional/mediacao/estrutura-
administrativa/o-que-e-mediacao>. Acesso em: 15 maio 2017. Neste artigo busca-se 
evidenciar o processo de mediação para solução de conflitos. 
A Locatária - Uma mediação simulada. <https://www.youtube.com/watch?v=EcVvx0vr7Yk>. 
Acesso em: 15 maio 2017. Vídeo de simulação de mediação cível com mediadores do 
NUPEMEC - TJRS em parceria com o CEAD - Centro de Ensino à Distância do TJRS.
NOVO CPC - AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU CONCILIAÇÃO <https://www.youtube.com/
watch?v=EcVvx0vr7Yk>. Acesso em: 15 maio 2017. Aula da disciplina de Processo Civil 
II, ministrada pelo professor Renê Francisco Hellman, da FATEB - Faculdade de Telêmaco 
Borba. Tema: Audiência de mediação ou conciliação.
Conciliação e Mediação no Novo CPC <http://www.conima.org.br/arquivos/4682>. Acesso 
em: 15 maio 2017.
O NOVO CPC - Petição Inicial, Audiência de Conciliação/Mediação e Contestação. <https://
www.youtube.com/watch?v=fYvCKWwOujo>. Acesso em: 15 maio 2017. O Novo CPC - 
Petição Inicial, Audiência de Conciliação/Mediação e Contestação pelo Prof. Gilberto Carlos 
Maistro Jr.
LINKSIMPORTANTES
1716 17
Instruções: 
Agora chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você 
encontrará algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia 
cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido. 
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1:
O legislador, ao legislar sobre a lei 
que regulamenta a mediação, institui 
precisamente oito princípios que devem 
ser observados quanto da atuação em 
mediação, previstos no Art. 2º. A seguir, 
responda: quais são esses oito princípios?
Questão 2:
A ____________ dever de manter sigilo 
sobre todas as informações obtidas, salvo 
autorização expressa das partes, violação 
à ordem pública ou às leis vigentes, não po-
dendo ser testemunha do caso, nem atuar 
como advogado dos envolvidos, em qual-
quer hipótese. Qual alternativa completa 
adequadamente o espaço da questão? 
a) Parcialidade
b) Confidencialidade
c) Imparcialidade 
d) Vontade
e) Conciliação 
Questão 3:
O papel do _________________ é o de 
orientar através de sugestões e conse-
lhos as partes, ajudando-as a interpre-
tarem a melhor forma para a solução do 
conflito, buscando atender de forma ge-
ral ao interesse de ambas as partes. A 
_________________ é acionada nos con-
flitos familiares e de vizinhança, por exem-
18 191818 19
Questão 5:
Com base no princípio da oralidade, 
toda a mediação acontece através de 
diálogos entre as partes, sendo assim, a 
mediação tem a possibilidade de oferecer 
várias possibilidades de procedimentos. 
Com base nas informações adquiridas, 
responda: quem pode ser mediador? 
AGORAÉASUAVEZ
plo, muitas vezes são resolvidos apenas 
com o estabelecimento da comunicação 
respeitosa entre os envolvidos. Qual alter-
nativa completa adequadamenteos espa-
ços da questão?
a) Árbitro - informalidade
b) Conciliador – mediação
c) Orador – isonomia 
d) Auditor – hipótese
e) Investigador - isonomia 
Questão 4:
Em seu art. 3º a lei da mediação estabelece 
que a mediação poderá ser estabelecida 
em um todo ou em parte do que se está em 
questão, isto quando a lide tratar de direitos 
disponíveis ou sobre direitos indisponíveis 
que admitam transação. A mediação 
poderá acontecer de duas formas. Quais 
são essas duas formas?
1918 1918 19
FINALIZANDO
Vimos neste tema a metodologia de solução de conflitos conhecida como Mediação. 
Embora não se trate de algo novo, no Brasil, tendo em vista uma cultura um tanto 
conservadora, dificulta o desenvolvimento desta prática. A mediação, muitas vezes, se 
torna fundamental para a solução de conflitos, principalmente quando há a necessidade de 
solução de uma maneira rápida e, em muitas vezes, menos onerosa. A partir de agora, você 
tem conhecimento sobre este tema, sabendo identificar e até mesmo direcionar aspectos 
principais e relevantes quanto à mediação. 
Muito bom, estamos encerrando nossa disciplina, espero que você tenha gostado dos 
conteúdos trabalhados. 
Desejo a você bons estudos e sucesso!
2020 21
GLOSSÁRIO
Audiência: 1. Ato de ouvir ou de dar atenção àquele que fala; audição. 2. ato de receber 
alguém com o objetivo de escutar ou de atender sobre o que fala ou sobre o que alega. 
3. jur sessão de tribunal em que se interrogam as partes e as testemunhas, ouvem-se os 
advogados etc.
Autonomia: 1. Capacidade de governar-se pelos próprios meios. Direito reconhecido a 
um país de se dirigir segundo suas próprias leis; soberania. Direito de um indivíduo tomar 
decisões livremente; independência moral ou intelectual. 2. fil segundo Kant (1724-1804), 
capacidade da vontade humana de se autodeterminar segundo uma legislação moral por 
ela mesma estabelecida, livre de qualquer fator estranho ou exógeno com uma influência 
subjugante, tal como uma paixão ou uma inclinação afetiva incoercível.
Consenso: 1. Concordância ou uniformidade de opiniões, pensamentos, sentimentos, 
crenças etc., da maioria ou da totalidade de membros de uma coletividade. “o c. da 
cristandade”. 2. bom senso, senso comum.
Contencioso: 1. Em que há contenção. 2. que tem prazer em contender. 3. sujeito a dúvidas, 
a reivindicações; incerto, dúbio. 4. jur diz-se de ato que possa ser objeto de contestação ou 
de disputa; litigioso, duvidoso, contestado.
Isonomia: 1. Estado dos que são governados pelas mesmas leis. 2. jur princípio geral 
do direito segundo o qual todos são iguais perante a lei; não devendo ser feita nenhuma 
distinção entre pessoas que se encontrem na mesma situação. 3. miner estado dos cristais 
que são construídos segundo a mesma lei.
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GABARITO
Questão 1
Resposta: 
O legislador, ao legislar sobre a lei que regulamenta a mediação, institui precisamente 
oito princípios que devem ser observados quando da atuação em mediação, previstos no 
Art. 2º. Imparcialidade do mediador; Isonomia entre as partes; Oralidade; Informalidade; 
Autonomia da vontade das partes; Busca do consenso; Confidencialidade e Boa-fé.
Questão 2
Resposta: Alternativa correta - B.
Confidencialidade - dever de manter sigilo sobre todas as informações obtidas, salvo 
autorização expressa das partes, violação à ordem pública ou às leis vigentes, não podendo 
ser testemunha do caso, nem atuar como advogado dos envolvidos, em qualquer hipótese.
Questão 3
Resposta: Alternativa correta - B.
O papel do conciliador é o de orientar através de sugestões e conselhos as partes, ajudando-
as a interpretarem a melhor forma para a solução do conflito, buscando atender de forma 
geral ao interesse de ambas as partes. A mediação é acionada nos conflitos familiares e de 
vizinhança, por exemplo, muitas vezes são resolvidos apenas com o estabelecimento da 
comunicação respeitosa entre os envolvidos.
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Questão 4
Resposta: 
A mediação poderá acontecer de duas formas, sendo a Mediação Extrajudicial e a Mediação 
Judicial.
Questão 5
Resposta: 
É importante frisar que qualquer pessoa capaz, que possua competência técnica, legitimi-
dade e aptidão, poderá exercer atividade de mediador. Porém, a maioria dos mediadores 
vem da área da advocacia, embora atuem também profissionais de outras áreas, como: 
psicólogos, administradores, sociólogos, engenheiros, psicanalistas, assistentes sociais, 
entre outros. 
GABARITO
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REFERÊNCIAS
A Locatária - Uma mediação simulada. <https://www.youtube.com/
watch?v=EcVvx0vr7Yk>. Acesso em: 15 maio 2017. 
Animação sobre mediação. https://www.youtube.com/watch?v=Kr13qBAPA9k. Acesso em 
15 maio 2017. 
BRASIL. Constituição (2015). Lei nº 13.140, de 16 de março de 2015. Lei de Mediação. 
Brasília, 16 mar. 2015. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 15 maio 2017.
CONIMA. Conciliação e Mediação no Novo CPC. 2015. Disponível em: <http://www.
conima.org.br/arquivos/4682>. Acesso em: 15 maio 2017.
Código de Processo Civil. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/
l13105.htm. Acesso em 08 maio 2017. 
JUDICIÁRIO, Poder. O que é Mediação. 2016. Disponível em: <http://www.tjrj.jus.br/web/
guest/institucional/mediacao/estrutura-administrativa/o-que-e-mediacao.>. Acesso em: 15 
maio 2017. 
JUSTIÇA, Conselho Nacional da. Manual de Mediação Judicial. 2016. 
Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/files/conteudo/arquivo/2016/07/
f247f5ce60df2774c59d6e2dddbfec54.pdf>. Acesso em: 15 maio 2017.
MAGALHÃES, de Deus Farias; SOUZA, Clovis de; FAVERO, H. L, LONARDONI, M. 
Perícia Contábil: uma abordagem teórica, ética, legal, processual e operacional. 7. ed. 
São Paulo: Atlas, 2009.
NOVO CPC - AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU CONCILIAÇÃO https://www.youtube.com/
watch?v=EcVvx0vr7Yk. Acesso em 15 maio 2017. 
OAB, Cma. Cartilha de mediação. 2009. Disponível em: <http://www.precisao.eng.br/
jornal/Mediacao.pdf>. Acesso em: 15 jun. 2017. 
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REFERÊNCIAS
O NOVO CPC - Petição Inicial, Audiência de Conciliação/Mediação e Contestação. 
https://www.youtube.com/watch?v=fYvCKWwOujo. Acesso em 15 maio 2017. 
SÁ, Antônio Lopes de. Perícia Contábil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
UNICORP. Princípios para Conciliação e Mediação dos Tabeliães de Notas. 2015. 
Disponível em: <http://www5.tjba.jus.br/unicorp/images/principios_conciliacao_mediacao_
tabeliaes_notas.pdf>. Acesso em: 15 maio 2017. 
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