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Atividade 2 - Leitura e produção textual

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Pergunta 1 
1. A intertextualidade apresenta de fato o paradoxo de criar um forte liame de dependência do leitor, que ele provoca e incita sempre a ter mais imaginação e saber, cifrando, de modo suficiente, elementos para que um deslocamento apareça entre a cultura, a memória, a individualidade de um e a do outro. 
SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade. São Paulo: Hucitec, 2008, p. 89-90 
  
Thiphaine Samoyault traz a metáfora da “biblioteca” para referenciar toda a formação sociocultural de um indivíduo. Ao reler Bakhtin, Samoyault aponta que o dialogismo é a característica inerente da linguagem de 
	
	
	se mostrar monológica. 
	
	
	se atualizar de acordo com o meio social. 
	
	
	se renovar de acordo com o contexto. 
	
	
	se reinventar de acordo com o tempo. 
	
	
	se renovar de acordo com o indivíduo que a utiliza. 
1 pontos   
Pergunta 2 
1. Tome como base o texto: 
  
O estado de saúde do menino piorou. A família levou-o para atendimento médico. O hospital estava lotado e não havia vaga para a internação do enfermo. 
  
O processo de autorreferencialidade textual também é construído pela sequenciação inerente ao texto, ou seja, sua progressão. Qual das opções abaixo melhor transmitiria uma ideia de progressão entre as três frases do texto? 
	
	
	mas – e 
	
	
	pois – portanto 
	
	
	logo – porque 
	
	
	por isso – entretanto 
	
	
	e – mas 
1 pontos   
Pergunta 3 
1. . 
O lobo e o leão 
  
Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém. 
No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a ovelha. 
O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!" 
O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas como o Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?" 
ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1997, p. 122 
  
O texto acima é uma das famosas fábulas de Esopo. A fábula é uma narrativa fantástica na qual animais falam e contam uma narrativa em prol de um valor moral. Ao ler essa fábula sobre o viés da produção de enunciados significativos, pode-se dizer que o diálogo entre o leão e o lobo 
	
	
	coloca em xeque as relações sociais do mundo dos homens. 
	
	
	promove uma aproximação irônica entre o sistema comercial dos homens. 
	
	
	traz uma visão diferenciada sobre a ideia de propriedade privada. 
	
	
	promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário. 
	
	
	repete as relações sociais que envolvem os mais fracos reclamando com os mais poderosos. 
1 pontos   
Pergunta 4 
1. A orientação dialógica é naturalmente um fenômeno próprio a todo discurso. Trata-se da orientação natural de qualquer discurso vivo. Em todos os seus caminhos até o objeto, em todas as direções, o discurso se encontra com o discurso de outrem e não se pode deixar de participar, com ele, de uma interação viva e tensa. Apenas o Adão mítico que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua orientação dialógica od discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar. 
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 88. 
  
Tomando como base a questão 22, por que Bakhtin usa a figura de “adão” como metáfora para abordar a característica intrinsecamente dialógica da linguagem? 
	
	
	Por que Adão dava ordens, não precisava responder a ninguém. 
	
	
	Por que Adão não tinha ninguém com quem conversar. 
	
	
	Por que Adão não emitia enunciados. 
	
	
	Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram resposta a outros. 
	
	
	Por que Adão era autônomo para criar seus próprios enunciados. 
1 pontos   
Pergunta 5 
1. Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu oficio. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer. 
RAMOS, Graciliano. Apud SILVEIRA, JOEL. Rio de Janeiro:Editora Mauad, 1998, p. 77 
  
Todo texto é produzido tendo como princípios diferentes elementos da comunicação, a intenção de quem o produz, o sentido preterido e os recursos utilizados para atingir determinado sentido. Tendo isso em mente, pode-se dizer que a comparação utilizada por Graciliano Ramos 
	
	
	promove um distanciamento entre lavar roupa e escrever. 
	
	
	promove uma abstração entre lavar roupa e escrever. 
	
	
	promove uma associação entre lavar roupa e escrever. 
	
	
	promove uma ressignificação do ato da escrita na prática de lavar roupa. 
	
	
	promove uma crítica a quem quer escrever de qualquer forma. 
1 pontos   
Pergunta 6 
1. TEXTO I 
  
Trecho do poema de “Sete Faces” de Carlos Drummond de Andrade 
  
“Quando nasci, um anjo torto 
desses que vivem na sombra 
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.” 
  
ANDRADE, C.D. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 58 
  
TEXTO II 
  
Trecho do poema “Até o fim” de Chico Buarque 
  
“Quando nasci veio um anjo safado 
O chato do querubim 
E decretou que eu estava predestinado 
A ser errado assim” 
BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989 
  
Tendo como base os processos de relação intertextual, construção e reconstrução de sentidos, pode-se dizer que o poema “Até o fim”, de Chico Buarque 
	
	
	corta laços com “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade. 
	
	
	continua a poética apresentada em “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade. 
	
	
	promove uma continuidade irônica com “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade. 
	
	
	revisita “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade. 
	
	
	dialoga com “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade. 
1 pontos   
Pergunta 7 
1. O termo intertextualidade foi tão utilizado, definido, carregado de sentidos diferentes que se tornou uma noção ambígua do discurso literário; com frequência, atualmente, dá-se preferência a esses termos metafóricos, que assinalam de uma maneira menos técnica a presença de um texto em outro texto: tessitura, biblioteca, entrelaçamento, incorporação ou simplesmente diálogo. Ele apresenta, no entanto, a vantagem, graças à sua aparente neutralidade, de poder agrupar várias manifestações dos textos literários, de seu entrecruzamento, de sua dependência recíproca. A literatura se escreve certamente numa relação com o mundo, mas também apresenta-se numa relação consigo mesma, com sua história, a história de suas produções, a longa caminhada de suas origens.
SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade . São Paulo: Hucitec, 2008, p. 9.
 
A Intertextualidade estabelece essa relação entre textos, no qual um texto faz referência à outra, de maneira implícita ou explícita. Como base nisso,
é possível dizer que o processo de intertextualidade 
	
	
	associa textos entre si, conectando-os por um mesmo campo semântico. 
	
	
	conecta textos e enunciados, resgatando relações semântico-simbólicas. 
	
	
	interliga enunciados e contextos, traçando conexões simbólicas. 
	
	
	resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos à elementos anteriores. 
	
	
	possibilita melhor compreensão de outros textos a luz de interpretações anteriores. 
1 pontos   
Pergunta 8 
1. Não obstante, ao lado dele a mulher roncava, de papo para o ar, gorda, estrompada de serviço, tresandando a uma mistura de suor com cebola crua e gordura podre. Mas 
João Romão nem dava por ela; só o que ele via e 
sentia era todo aquele voluptuoso mundo inacessível vir descendo para a terra, chegando-se para o seu alcance, lentamente, acentuando-se. Houve um silêncio, no qual o desgraçado parecia arrancar de dentro uma frase que, no entanto, era a única ideia que o levava a dirigir-se à mulher. Afinal, depois de coçar mais vivamente a cabeça, gaguejou com a voz estrangulada de soluços. 
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 20 
  
Tendo como base a característica inerentemente intertextual da linguagem, e como esta, ao se autorreferenciar, criar mecanismos para conectar seus significados e significantes, pode-se dizer que, no texto acima, o que promove uma progressão nas ideias são 
	
	
	os verbos. 
	
	
	os vocativos. 
	
	
	os nomes. 
	
	
	os conectivos. 
	
	
	os paralelismos. 
1 pontos   
Pergunta 9 
1. . 
Impotência 
      
Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. 
BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011, p. 14 
  
Tomando como base os elementos utilizados para construir a progressão narrativa do texto, pode-se dizer que, para que a construção da coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção “ mas” em “ Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara” pode ser substituída por 
	
	
	“porém”, mantendo o valor contrastivo. 
	
	
	“por conseguinte”, assegurando a ideia de incompatibilidade. 
	
	
	“deste modo”, indicando um fato inevitável naquela situação. 
	
	
	“também”, dando continuidade à sequência de ações anteriores. 
	
	
	“logo”, transmitindo uma ideia de inevitabilidade da tragédia anunciada. 
1 pontos   
Pergunta 10 
1. Julia Kristeva cunha o termo “intertextualidade”, ao analisar os apontamentos de Bakhtin sobre o caráter dialógico da linguagem. Para a crítica literária, a intertextualidade seria “escritura simultânea como escritura e comunicabilidade[capaz de criar]espaço textual múltiplo, cujos elementos são suscetíveis de aplicação no texto poético concreto”. 
KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 71 
  
A partir do texto, pode-se afirmar que todo texto 
	
	
	é construído via absorção e transformação de um outro texto. 
	
	
	é construído via negação e modificação de um outro texto. 
	
	
	é construído via mera cópia e duplicação de um outro texto. 
	
	
	é construído via emulação e reinvenção de um outro texto. 
	
	
	é construído via plágio e cópia de um outro texto. 
Conteúdo
	Usuário
	DANIELE DA ROCHA SILVA MATSUDA 
	Curso
	GRA0191 LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL GR1838202 - 202020.ead-29774801.06 
	Teste
	ATIVIDADE 2 (A2) 
	Iniciado
	23/09/20 00:43 
	Enviado
	23/09/20 01:07 
	Status
	Completada 
	Resultado da tentativa
	8 em 10 pontos   
	Tempo decorrido
	23 minutos 
	Resultados exibidos
	Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários 
· Pergunta 1 
1 em 1 pontos
	
	
	
	A intertextualidade apresenta de fato o paradoxo de criar um forte liame de dependência do leitor, que ele provoca e incita sempre a ter mais imaginação e saber, cifrando, de modo suficiente, elementos para que um deslocamento apareça entre a cultura, a memória, a individualidade de um e a do outro. 
SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade. São Paulo: Hucitec, 2008, p. 89-90 
  
Thiphaine Samoyault traz a metáfora da “biblioteca” para referenciar toda a formação sociocultural de um indivíduo. Ao reler Bakhtin, Samoyault aponta que o dialogismo é a característica inerente da linguagem de 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	
se mostrar monológica. 
	Resposta Correta: 
	
se mostrar monológica. 
	Feedback da resposta: 
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “a característica inerente da linguagem de se renovar de acordo com o indivíduo que a utiliza”. A linguagem tem uma função social e, por isso, se atualiza a cada indivíduo que a reinventa e renova em prol do melhor uso de suas potencialidades. 
	
	
	
· Pergunta 2 
1 em 1 pontos
	
	
	
	Tome como base o texto: 
  
O estado de saúde do menino piorou. A família levou-o para atendimento médico. O hospital estava lotado e não havia vaga para a internação do enfermo. 
  
O processo de autorreferencialidade textual também é construído pela sequenciação inerente ao texto, ou seja, sua progressão. Qual das opções abaixo melhor transmitiria uma ideia de progressão entre as três frases do texto? 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	
por isso – entretanto 
	Resposta Correta: 
	
por isso – entretanto 
	Feedback da resposta: 
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “por isso – entretanto”. Observe como a primeira, uma locução conjuntiva, e a segunda, uma conjunção, conectam, respectivamente, a primeira frase na segunda, e a terceira, na terceira, criando uma relação de explicação e, em seguida, de oposição de ideias. 
	
	
	
· Pergunta 3 
1 em 1 pontos
	
	
	
	. 
O lobo e o leão 
  
Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém. 
No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a ovelha. 
O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!" 
O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas como o Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso a comprou ou, por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?" 
ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1997, p. 122 
  
O texto acima é uma das famosas fábulas de Esopo. A fábula é uma narrativa fantástica na qual animais falam e contam uma narrativa em prol de um valor moral. Ao ler essa fábula sobre o viés da produção de enunciados significativos, pode-se dizer que o diálogo entre o leão e o lobo 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	
promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário. 
	Resposta Correta: 
	
promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário. 
	Feedback da resposta: 
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “o diálogo entre o leão e o lobo promove uma discussão
irônica sobre o conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário”. Há uma discussão sobre as forças dominantes e o que legitima essas forças dentro do próprio sistema jurídico. 
	
	
	
· Pergunta 4 
0 em 1 pontos
	
	
	
	A orientação dialógica é naturalmente um fenômeno próprio a todo discurso. Trata-se da orientação natural de qualquer discurso vivo. Em todos os seus caminhos até o objeto, em todas as direções, o discurso se encontra com o discurso de outrem e não se pode deixar de participar, com ele, de uma interação viva e tensa. Apenas o Adão mítico que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua orientação dialógica od discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar. 
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 88. 
  
Tomando como base a questão 22, por que Bakhtin usa a figura de “adão” como metáfora para abordar a característica intrinsecamente dialógica da linguagem? 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	
Por que Adão não emitia enunciados. 
	Resposta Correta: 
	
Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram resposta a outros. 
	Feedback da resposta: 
	Resposta incorreta: Você não assinalou a opção certa, a correta é a letra “d”, “Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram resposta a outros”. Discurso aqui não é no sentido de autoritarismo ou pelo fato de que adão não tinha com quem conversar. Ele emitia enunciados, mas eles não eram, pelo menos no primeiro momento, responsivos. Ele era autônomo para criar seus próprios enunciados, mas os mesmos não travavam, inicialmente, dialogo com outros textos. 
	
	
	
· Pergunta 5 
0 em 1 pontos
	
	
	
	Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu oficio. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer. 
RAMOS, Graciliano. Apud SILVEIRA, JOEL. Rio de Janeiro:Editora Mauad, 1998, p. 77 
  
Todo texto é produzido tendo como princípios diferentes elementos da comunicação, a intenção de quem o produz, o sentido preterido e os recursos utilizados para atingir determinado sentido. Tendo isso em mente, pode-se dizer que a comparação utilizada por Graciliano Ramos 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	
promove uma ressignificação do ato da escrita na prática de lavar roupa. 
	Resposta Correta: 
	
promove uma associação entre lavar roupa e escrever. 
	Feedback da resposta: 
	Resposta incorreta: Você não assinalou a opção certa, a correta é a letra “c”, “promove uma associação entre lavar roupa e escrever”. Não há um distanciamento ou mera aproximação, nem ressignificação, mas contextualização entre ambas as praticas. Não é uma simples crítica sobre escrever de qualquer forma, mas o sobre o processo da construção de enunciados. 
	
	
	
· Pergunta 6 
1 em 1 pontos
	
	
	
	TEXTO I 
  
Trecho do poema de “Sete Faces” de Carlos Drummond de Andrade 
  
“Quando nasci, um anjo torto 
desses que vivem na sombra 
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.” 
  
ANDRADE, C.D. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 58 
  
TEXTO II 
  
Trecho do poema “Até o fim” de Chico Buarque 
  
“Quando nasci veio um anjo safado 
O chato do querubim 
E decretou que eu estava predestinado 
A ser errado assim” 
BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989 
  
Tendo como base os processos de relação intertextual, construção e reconstrução de sentidos, pode-se dizer que o poema “Até o fim”, de Chico Buarque 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	
promove uma continuidade irônica com “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade. 
	Resposta Correta: 
	
promove uma continuidade irônica com “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade. 
	Feedback da resposta: 
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “c”, promove uma continuidade irônica com “Sete Faces”, de Carlos Drummond de Andrade”. O poema de Chico Buarque revisita e promove uma visão irônico da predestinação apresentada no poema de Carlos Drummond de Andrade. 
	
	
	
· Pergunta 7 
1 em 1 pontos
	
	
	
	O termo intertextualidade foi tão utilizado, definido, carregado de sentidos diferentes que se tornou uma noção ambígua do discurso literário; com frequência, atualmente, dá-se preferência a esses termos metafóricos, que assinalam de uma maneira menos técnica a presença de um texto em outro texto: tessitura, biblioteca, entrelaçamento, incorporação ou simplesmente diálogo. Ele apresenta, no entanto, a vantagem, graças à sua aparente neutralidade, de poder agrupar várias manifestações dos textos literários, de seu entrecruzamento, de sua dependência recíproca. A literatura se escreve certamente numa relação com o mundo, mas também apresenta-se numa relação consigo mesma, com sua história, a história de suas produções, a longa caminhada de suas origens.
SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade . São Paulo: Hucitec, 2008, p. 9.
 
A Intertextualidade estabelece essa relação entre textos, no qual um texto faz referência à outra, de maneira implícita ou explícita. Como base nisso, é possível dizer que o processo de intertextualidade 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	
resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos à elementos anteriores. 
	Resposta Correta: 
	
resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos à elementos anteriores. 
	Feedback da resposta: 
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos a elementos anteriores”. Isso ocorre devido ao caráter dialógico da língua, que se forma como resposta/continuidade a outros enunciados. 
	
	
	
· Pergunta 8 
1 em 1 pontos
	
	
	
	Não obstante, ao lado dele a mulher roncava, de papo para o ar, gorda, estrompada de serviço, tresandando a uma mistura de suor com cebola crua e gordura podre. Mas 
João Romão nem dava por ela; só o que ele via e 
sentia era todo aquele voluptuoso mundo inacessível vir descendo para a terra, chegando-se para o seu alcance, lentamente, acentuando-se. Houve um silêncio, no qual o desgraçado parecia arrancar de dentro uma frase que, no entanto, era a única ideia que o levava a dirigir-se à mulher. Afinal, depois de coçar mais vivamente a cabeça, gaguejou com a voz estrangulada de soluços. 
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 20 
  
Tendo como base a característica inerentemente intertextual da linguagem, e como esta, ao se autorreferenciar, criar mecanismos para conectar seus significados e significantes, pode-se dizer que, no texto acima, o que promove uma progressão nas ideias são 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	
os conectivos. 
	Resposta Correta: 
	
os conectivos. 
	Feedback da resposta: 
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “d”, “os conectivos”. No trecho, os conectivos ajudam a estabelecer uma sequência de ideias, pelo recurso a advérbios, preposições e conjunções. 
	
	
	
· Pergunta 9 
1 em 1 pontos
	
	
	
	. 
Impotência 
      
Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar
a noite entre os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um grande monstro débil. 
BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011, p. 14 
  
Tomando como base os elementos utilizados para construir a progressão narrativa do texto, pode-se dizer que, para que a construção da coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a conjunção “ mas” em “ Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara” pode ser substituída por 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	
“porém”, mantendo o valor contrastivo. 
	Resposta Correta: 
	
“porém”, mantendo o valor contrastivo. 
	Feedback da resposta: 
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “porém, mantendo o valor contrastivo”. A coesão textual cria uma oposição linguística entre os termos, entre querer fazer algo, mas um contratempo. 
	
	
	
· Pergunta 10 
1 em 1 pontos
	
	
	
	Julia Kristeva cunha o termo “intertextualidade”, ao analisar os apontamentos de Bakhtin sobre o caráter dialógico da linguagem. Para a crítica literária, a intertextualidade seria “escritura simultânea como escritura e comunicabilidade[capaz de criar]espaço textual múltiplo, cujos elementos são suscetíveis de aplicação no texto poético concreto”. 
KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 71 
  
A partir do texto, pode-se afirmar que todo texto 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	
é construído via absorção e transformação de um outro texto. 
	Resposta Correta: 
	
é construído via absorção e transformação de um outro texto. 
	Feedback da resposta: 
	Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra “a”, “é construído via absorção e transformação de um outro texto”. Assim como um mosaico, os textos vão sendo absorvidos, de múltiplas formas, pelos escritores, dando origem à novos textos.

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