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Atividade 2 leitura e producao textual

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Pergunta 1
Resposta
Selecionada:
Resposta
Correta:
Comentário
da resposta:
A orientação dialógica é naturalmente um fenômeno próprio a todo discurso. Trata-se da orientação
natural de qualquer discurso vivo. Em todos os seus caminhos até o objeto, em todas as direções,
o discurso se encontra com o discurso de outrem e não se pode deixar de participar, com ele, de
uma interação viva e tensa. Apenas o Adão mítico que chegou com a primeira palavra num mundo
virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta
mútua orientação dialógica od discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e
histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se
afastar. 
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 88. 
 
Tomando como base a questão 22, por que Bakhtin usa a figura de “adão” como metáfora para
abordar a característica intrinsecamente dialógica da linguagem?
Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram
resposta a outros.
Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que
não eram resposta a outros.
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra
“d”, “Por que Adão, num primeiro momento, teria proferido discursos que não eram
resposta a outros”. A personagem bíblica produziu linguagem sem um referente
anterior.
Pergunta 2
Resposta Selecionada: 
Resposta Correta: 
Comentário
da resposta:
João Romão foi, dos treze aos vinte e cinco anos, empregado de um vendeiro que enriqueceu 
entre as quatro paredes de uma suja e obscura taverna nos refolhos do bairro do Botafogo; e
tanto economizou do pouco que ganhara nessa dúzia de anos, que, ao retirar-se o patrão para a
terra, lhe deixou, em pagamento de ordenados vencidos, nem só a venda com o que estavadentro,
como ainda um conto e quinhentos em dinheiro. Proprietário e estabelecido por sua conta, o
rapaz atirou-se 
à labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delírio de enriquecer,
que afrontavaresignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em
cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estopa cheio de palha. 
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 2 
 
Com base nos termos destacados no texto, pode-se dizer que tratam-se de processos de
coesão referencial e sequencial.
coesão referencial e sequencial.
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra
“a”, “coesão referencial e sequencial”. Os elementos textuais conectam o texto,
resgatando a memória à medida que o fazem progredir.
Pergunta 3
Não obstante, ao lado dele a mulher roncava, de papo para o ar, gorda, estrompada de serviço,
tresandando a uma mistura de suor com cebola crua e gordura podre. Mas 
João Romão nem dava por ela; só o que ele via e 
sentia era todo aquele voluptuoso mundo inacessível vir descendo para a terra, chegando-se para
o seu alcance, lentamente, acentuando-se. Houve um silêncio, no qual o desgraçado parecia
arrancar de dentro uma frase que, no entanto, era a única ideia que o levava a dirigir-se à
mulher. Afinal, depois de coçar mais vivamente a cabeça, gaguejou com a voz estrangulada de
soluços. 
1 em 1 pontos
1 em 1 pontos
1 em 1 pontos
Resposta Selecionada: 
Resposta Correta: 
Comentário
da resposta:
AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. Rio de Janeiro: Klick, 1997, p. 20 
 
Tendo como base a característica inerentemente intertextual da linguagem, e como esta, ao se
autorreferenciar, criar mecanismos para conectar seus significados e significantes, pode-se dizer
que, no texto acima, o que promove uma progressão nas ideias são
os conectivos.
os conectivos.
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra
“d”, “os conectivos”. No trecho, os conectivos ajudam a estabelecer uma sequência
de ideias, pelo recurso a advérbios, preposições e conjunções.
Pergunta 4
Resposta
Selecionada:
Resposta
Correta:
Comentário
da resposta:
O termo intertextualidade foi tão utilizado, definido, carregado de sentidos
diferentes que se tornou uma noção ambígua do discurso literário; com
frequência, atualmente, dá-se preferência a esses termos metafóricos, que
assinalam de uma maneira menos técnica a presença de um texto em outro
texto: tessitura, biblioteca, entrelaçamento, incorporação ou simplesmente
diálogo. Ele apresenta, no entanto, a vantagem, graças à sua aparente
neutralidade, de poder agrupar várias manifestações dos textos literários, de seu
entrecruzamento, de sua dependência recíproca. A literatura se escreve
certamente numa relação com o mundo, mas também apresenta-se numa
relação consigo mesma, com sua história, a história de suas produções, a longa
caminhada de suas origens.
SAMOYAULT, Tiphaine. Intertextualidade . São Paulo: Hucitec, 2008, p. 9.
 
A Intertextualidade estabelece essa relação entre textos, no qual um texto faz
referência à outra, de maneira implícita ou explícita. Como base nisso, é
possível dizer que o processo de intertextualidade
resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos à
elementos anteriores.
resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos à
elementos anteriores.
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra
“d”, “resgata significados e/ou significantes, associando novos sentidos a
elementos anteriores”. Isso ocorre devido ao caráter dialógico da língua, que se
forma como resposta/continuidade a outros enunciados.
Pergunta 5
. 
Impotência 
 
Ouviu a resposta afirmativa com o suspiro de alívio. O que ela queria é que ele telefonasse para a
polícia, chamasse ambulância ou rabecão, desse um jeito para o menino não passar a noite entre
os escombros, na enxurrada, ou arranjasse um automóvel e alguém para retirar o corpinho. Quis
telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara. E quando meteu uma capa de gabardine e um
chapéu e desceu a escada, viu que tudo enguiçara, os bondes, os ônibus, a cidade, todo esse
conjunto de ferro, asfalto, fios e pedras que faz uma cidade, tudo estava paralisado, como um
grande monstro débil. 
BRAGA, Rubem. 50 crônicas escolhidas. 3. ed. Rio de Janeiro: BestBolso. 2011, p. 14 
 
Tomando como base os elementos utilizados para construir a progressão narrativa do texto, pode-
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Resposta Selecionada: 
Resposta Correta: 
Comentário
da resposta:
se dizer que, para que a construção da coesão e o sentido original do texto sejam mantidos, a
conjunção “ mas” em “ Quis telefonar, mas o telefone não dava sinal; enguiçara” pode ser
substituída por
“porém”, mantendo o valor contrastivo.
“porém”, mantendo o valor contrastivo.
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra
“a”, “porém, mantendo o valor contrastivo”. A coesão textual cria uma oposição
linguística entre os termos, entre querer fazer algo, mas um contratempo.
Pergunta 6
Resposta Selecionada: 
Resposta Correta:
Comentário
da resposta:
Julia Kristeva cunha o termo “intertextualidade”, ao analisar os apontamentos de Bakhtin sobre o
caráter dialógico da linguagem. Para a crítica literária, a intertextualidade seria “escritura
simultânea como escritura e comunicabilidade[capaz de criar]espaço textual múltiplo, cujos
elementos são suscetíveis de aplicação no texto poético concreto”. 
KRISTEVA, Julia. Introdução à Semanálise. São Paulo: Perspectiva, 1974, p. 71 
 
A partir do texto, pode-se afirmar que todo texto
é construído via absorção e transformação de um outro texto.
é construído via absorção e transformação de um outro texto.
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra
“a”, “é construído via absorção e transformação de um outro texto”. Assim como
um mosaico, os textos vão sendo absorvidos, de múltiplas formas, pelos
escritores, dando origem à novos textos.
Pergunta 7
Resposta Selecionada: 
Resposta Correta: 
Comentárioda resposta:
Tome como base o texto: 
 
O estado de saúde do menino piorou. A família levou-o para atendimento médico. O hospital estava
lotado e não havia vaga para a internação do enfermo. 
 
O processo de autorreferencialidade textual também é construído pela sequenciação inerente ao
texto, ou seja, sua progressão. Qual das opções abaixo melhor transmitiria uma ideia de
progressão entre as três frases do texto?
por isso – entretanto
por isso – entretanto
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra
“d”, “por isso – entretanto”. Observe como a primeira, uma locução conjuntiva, e a
segunda, uma conjunção, conectam, respectivamente, a primeira frase na
segunda, e a terceira, na terceira, criando uma relação de explicação e, em
seguida, de oposição de ideias.
Pergunta 8
. 
O lobo e o leão 
 
Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à
conclusão que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim fosse capaz de servir-se
daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém. 
No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no
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Resposta
Selecionada:
Resposta
Correta:
Comentário
da resposta:
caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a
ovelha. 
O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom
injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por
direito me pertence!" 
O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas como
o Lobo estava longe demais e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar
uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso a comprou ou,
por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?" 
ESOPO. Fábulas completas. São Paulo: Moderna, 1997, p. 122 
 
O texto acima é uma das famosas fábulas de Esopo. A fábula é uma narrativa fantástica na qual
animais falam e contam uma narrativa em prol de um valor moral. Ao ler essa fábula sobre o viés
da produção de enunciados significativos, pode-se dizer que o diálogo entre o leão e o lobo
promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por
consequência, sobre o sistema judiciário.
promove uma discussão irônica sobre o conceito de “direitos” e, por
consequência, sobre o sistema judiciário.
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra
“d”, “o diálogo entre o leão e o lobo promove uma discussão irônica sobre o
conceito de “direitos” e, por consequência, sobre o sistema judiciário”. Há uma
discussão sobre as forças dominantes e o que legitima essas forças dentro do
próprio sistema jurídico.
Pergunta 9
Resposta
Selecionada:
Resposta
Correta:
Comentário
da resposta:
O falante não é um Adão, e por isso o próprio objeto do seu discurso se torna inevitavelmente um
palco de encontro com opiniões de interlocutores imediatos (na conversa ou na discussão sobre
algum acontecimento do dia-a-dia) ou com pontos de vista, visões de mundo, correntes, teorias,
etc., (no campo da comunicação cultural). Uma visão de mundo, uma corrente, um ponto de vista,
uma opinião sempre tem uma expressão verbalizada. Tudo isso é discurso do outro (em forma
pessoal ou impessoal), e este não pode deixar de refletir-se no enunciado. 
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 294. 
 
Bakhtin aborda a característica dialógica da linguagem, ao comparar que tudo o que falamos é em
resposta a um enunciado anterior. Mas esses enunciados prévios não necessariamente precisam
ser verbalizados, pois
são constituídos por elementos do arcabouço sociocultural, formado pelos
discursos correntes dentro de dado espaço.
são constituídos por elementos do arcabouço sociocultural, formado
pelos discursos correntes dentro de dado espaço.
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra
“a”, “são constituídos por elementos do arcabouço sociocultural, formado pelos
discursos correntes dentro de dado espaço”. Ocorre que nossas respostas, nossos
pensamentos e os sentidos que produzimos estão em diálogo com o espaço com
o qual interagimos, devido ao caráter responsivo da linguagem.
Pergunta 10
Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu oficio. Elas
começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o
pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas
vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o
pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do
pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na
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Resposta Correta: 
Comentário
da resposta:
corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra
não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer. 
RAMOS, Graciliano. Apud SILVEIRA, JOEL. Rio de Janeiro:Editora Mauad, 1998, p. 77 
 
Todo texto é produzido tendo como princípios diferentes elementos da comunicação, a intenção de
quem o produz, o sentido preterido e os recursos utilizados para atingir determinado sentido. Tendo
isso em mente, pode-se dizer que a comparação utilizada por Graciliano Ramos
promove uma associação entre lavar roupa e escrever.
promove uma associação entre lavar roupa e escrever.
Resposta correta: Parabéns, você assinalou a opção correta! A resposta é a letra
“c”, “promove uma associação entre lavar roupa e escrever”. Assim como lavar
roupa exige etapas para se atingir um “produto final”, a escrita deve ser pensada
da mesma maneira.

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