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1 UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING BANCO DO BRASIL S/A PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM V PERNAMBUCO 2020 2 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING BANCO DO BRASIL S/A PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM V ALUNO: MATEUS GABRIEL CARVALHO LEITÃO RA 198205-6 Projeto Integrado Multidisciplinar - PIM V, apresentado como um dos pré-requisitos para aprovação do bimestre vigente, no Curso Superior de Tecnologia em Marketing TECNOLOGIA EM MARKETING ORIENTADOR: GISELLE BEZUOLI VITAL PERNAMBUCO 2020 3 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING BANCO DO BRASIL S/A PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM V ALUNO: MATEUS GABRIEL CARVALHO LEITÃO RA 198205-6 Projeto Integrado Multidisciplinar - PIM IV, apresentado como um dos pré-requisitos para aprovação do bimestre vigente, no Curso Superior de Tecnologia em Marketing TECNOLOGIA EM MARKETING ORIENTADOR: GISELLE BEZUOLI VITAL BANCA EXAMINADORA _______________________/__/___ Prof. _____________________ Universidade Paulista – UNIP _______________________/__/___ Prof. _____________________ Universidade Paulista – UNIP _______________________/__/___ Prof. _____________________ Universidade Paulista UNIP 4 RESUMO Para elaborar este projeto utilizamos o Banco do Brasil S. A. como empresa a ser analisada e os conhecimentos adquiridos por meio do estudo das disciplinas Comportamento do Consumidor, Matemática Financeira e Gerenciamento de Produtos, Serviços e Marcas no atual bimestre. A partir de informações coletadas da empresa e pesquisadas em livros, pesquisas acadêmicas e matérias publicadas na internet, conseguimos observar a proposta de atuação da empresa no mercado, seus consumidores, a gestão da marca Banco do Brasil e dos produtos que oferece. Ficou evidente que o banco detém uma grande estrutura organizacional e busca constantemente aumentar sua participação no mercado. Apesar disso, se tratando de um banco de varejo, precisa estar mais atento as necessidades de todos os públicos que se propõe a atender, pois corre o risco abrir espaço para investidas da concorrência ao não apresentar soluções para suas demandas. Além disso, o modelo de relacionamento digital (atendimento virtual e transações financeiras) têm se mostrado promissor e precisa ser melhor explorado. Palavras-chave: Banco do Brasil. Mercado. Atendimento. 5 ABSTRACT To create this project, Banco do Brasil S. A. was our studied company and the knowledge acquired through the study of Constumer Behavior, Financial Mathematics and Products, Services and Brands Manegement in the current two-month period. Having collected data from the company and researched in books, academic researches and articles available online, we were able to understand the company's performance in the market, the relationship with its constumers, the management of the Banco do Brasil brand and the products it offers. It was evident that the bank has a large organizational structure and constantly seeks to increase its market share. In spite of this, in the case of a retail bank, the needs of all kinds of costumers they have need a closer look, as they run the risk of making room for competing attacks by not presenting solutions to their demands. Besides, the digital relationship model (virtual assistance and financial transactions) has been promising and needs to be explored. Key words: Banco do Brasil. Market. Costumer service. 6 SUMÁRIO 1 Introdução………………………………………………………….………....................7 2 Comportamento do Consumidor………………………………..…………………….8 2.1 O consumidor de produtos de produtos e serviços bancários..........………………8 2.2 Encarteiramento de clientes.................................................................................10 2.3 Como pensa o cliente universitário?.....………………………………....................10 3 Matemática Financeira.…………………………………….………...………………..11 3.1 Aplicação da Matemática Financeira na prática administrativa.............................12 3.2 Propostas de melhorias.…………………………………………...………………….13 4 Gerenciamento de Produtos, Serviços e Marcas….……………………………...14 4.1 Produtos e serviços do Banco do Brasil…....…………………...……....................14 4.2 Ourocard Universitário Internacional…...…………………………...……………….17 4.3 Análise do portfólio do BB pela Matriz BCG.…………..…………………………...17 4.4 A marca Banco do Brasil......................................................................................19 5 Análise integrada da empresa………………………………………………………..20 Conclusão…………………………………………………………………...……………..23 Referências………………………………………………………………………………...24 7 1.INTRODUÇÃO O projeto apresentado a seguir busca entender como se comporta um banco de grande porte perante os desafios impostos pela concorrência do mercado financeiro. Para isso, analisamos o perfil dos consumidores de produtos e serviços bancários, como são segmentados e como o Banco do Brasil lida com um desses segmentos. Em seguida observamos a aplicação das ferramentas de matemática financeira na administração de diferentes áreas da empresa e as melhorias que elas podem trazer. Conhecemos as soluções ofertadas pelo Banco do Brasil a seus clientes e o gerenciamento de seus produtos e serviços, analisamos seu portfólio e a gestão da sua marca. Por fim, realizamos uma análise integrada onde buscamos no estudo conjunto das disciplinas determinar pontos a serem aprimorados pela gestão da empresa. 8 2. Comportamento do Consumidor Samara e Morsch (2005) apontam que o propósito do Marketing é satisfazer as necessidades e desejos dos consumidores por meio da produção de produtos e serviços. Para tanto, conhecer as pessoas, suas necessidades, desejos e hábitos torna-se fundamental. Ao estudar o comportamento do consumidor, os administradores podem traçar perfis, segmentar clientes em grupos e elaborar produtos e estratégias de divulgação que atendam suas necessidades e efetivamente despertem a atenção do público alvo. Segundo Kotler e Keller (2012, p. 164), o comportamento do consumidor pode ser influenciado por fatores culturais, sociais e pessoais, sendo os “fatores culturais aqueles que exercem a maior e mais profunda influência”. Sendo assim, o ambiente em que está inserido o consumidor é determinante para a forma com que ele enxerga e interage com a marca ou produto. Em outros casos, poderíamos citar como exemplos multinacionais que precisam de diferentes abordagens a depender do país onde atuam mas, aqui no Brasil, devido a sua extensão territorial e multiplicidade cultural, diferentes regiões podem exigir de uma mesma empresa igual jogo de cintura. 2.1 O consumidor de produtos de produtos e serviços bancários O Banco do Brasil, empresa estudada neste PIM, é uma instituição financeira e portanto atua no ramo de produtos e serviços bancários. Essa é uma área de atuação bastante complexa, uma vez que com o desenvolvimento tecnológico e a democratização do acesso à internet os clientes tornam-se cada vez mais exigentes e esperam mais do que apenas serviços financeiros, além de se tornarem cada vez mais avessos ao pagamento de tarifas e burocracia excessiva. Analisaremos preliminarmente o perfil desse setor através de um estudo publicado pela RevistaBrasileira de Marketing em 2013. Bueno e Ikeda (2013, p. 138) observaram nesse estudo que apesar do comportamento racional ser predominante nas decisões dos clientes ao adquirirem um produto bancário (uma vez que o fator econômico é fundamental), a satisfação do cliente é fundamental para sua fidelização, juntamente com seu bom relacionamento com os gestores dos produtos, que em 9 muitas oportunidades atuam aconselhando e prestando informações para investimentos. Figura 1 – Continuum da complexidade de produtos e serviços bancários Fonte: Bueno e Ikeda (2013), adaptado de Li, Sun e Wilcox (2005). Como ilustrado acima, os produtos e serviços bancários apresentam um continuum (ou seja, uma crescente contínua) de complexidade que aumenta em razão do número de transações necessárias, capital investido, juros e risco associados a cada produto. A pesquisa desenvolvida pelas autoras visa determinar uma relação entre o uso de diferentes produtos a diversas variáveis, dentre elas a renda, o nível de escolaridade e a faixa etária, além de aspectos comportamentais como a influência de grupos de referência, a fidelidade e a importância do relacionamento para os clientes. Foram entrevistadas 414 pessoas, com idades entre 18 e 81 anos, nível de escolaridade entre fundamental completo e pós-graduação, moradores das cidades de Santos e São Paulo, entrevistados entre 24 de setembro e 6 de novembro de 2011. Ao realizar o cruzamento dos dados foi feita a divisão dos indivíduos em 5 conglomerados (clusters), a partir do produto predominante entre si, sendo esses: usuários de empréstimos, conta corrente, renda fixa, adultos usuários de cartão de crédito e jovens usuários de cartão de crédito. A partir dessa segmentação e da média de suas respostas, alguns dados interessantes puderam ser observados, como veremos a seguir. Os usuários de empréstimos com idade entre 26 e 35 anos estão cursando ou concluíram nível superior, se consideram pouco influenciados por grupos de referência, são pouco fiéis a bancos e valorizam pouco o relacionamento com seus gerentes. Já os usuários de conta corrente com idade entre 36 e 45 anos, apesar de possuírem grau de instrução semelhante, consideram-se influenciados por grupos de 10 referência, são fiéis aos bancos mas indiferentes aos seus gerentes. Dentre os jovens (com idade entre 18 e 25 anos), a maioria com ensino superior incompleto e renda média inferior aos demais conglomerados, também se consideram influenciados por grupos de referência, são fiéis aos bancos mas, diferentes do grupo anterior, desvalorizam o relacionamento com seus gerentes. Nota-se que os clientes de um banco podem ser das mais variadas faixas etárias, tipos de renda, níveis de escolaridade e possuir valores étnicos, culturais e sociais distintos, que interferem na sua relação com o mundo e, consequentemente, com os produtos e serviços bancários que adquirem. Para conseguir se relacionar com todos eles, o Banco do Brasil os segmenta, como veremos a seguir. 2.2 Encarteiramento de clientes Segundo levantamento interno, o Banco do Brasil possui atualmente 66,3 milhões de clientes com 36,3 milhões de contas ativas. O banco considera como cliente toda pessoa física que possui algum produto ou serviço nas situações ativa, bloqueada ou sem movimentação (com algumas exceções). Do total de clientes mencionados anteriormente, 22 milhões são clientes negociais (clientes incluídos em carteiras ou grupos negociais) e 6,1 milhões são clientes encarteirados (incluídos em carteiras negociais). Como exemplo de grupos negociais podemos citar a carteira Jovem, Universitário, Varejo Agro e Varejo I e II. Para carteiras negociais, temos Private, Estilo Agro, Estilo, Personalizado e Exclusivo. Os clientes são segmentados em cinco perfis (PF A, B, C, D e E) de acordo com seu potencial de negócios, e para essa classificação são utilizados parâmetros de renda, renda bruta agropecuária anual (RBA) e saldo de investimentos. O objetivo dessa classificação é orientar e padronizar a forma de relacionamento além de possibilitar abordagens mais assertivas na oferta de produtos e serviços. 2.3 Como pensa o cliente universitário? Existe um modelo amplamente estudado em Marketing que divide o processo de compra do consumidor em cinco estágios: primeiro acontece o reconhecimento do problema, a busca por informações, a avaliação de alternativas, a decisão de compra e por último o comportamento pós-compra. “Empresas inteligentes tentam 11 compreender plenamente o processo de decisão de compra dos clientes – todas as suas experiências de aprendizagem, escolha, uso e inclusive descarte de um produto” (Kotler; Keller, 2012, p.179). Tomaremos a seguir como objeto de análise o segmento universitário e veremos como esse público consumidor se comporta. Para estar segmentado como Universitário o cliente precisa estar devidamente matriculado em curso de nível superior e comprovar esse vínculo junto ao banco. Com o crescimento da oferta de cursos de graduação presenciais, semipresenciais e à distância em todo o país, esse público representa uma fatia importante do total de clientes atendidos pelo banco. São jovens, a maioria possui entre 18 e 30 anos, e seu comportamento é dinâmico. Costumam ser imediatistas e conectados (alta maturidade digital). Valorizam a experimentação e utilizam redes sociais para manter relacionamentos, publicas opiniões e buscar informações. Valorizam seu tempo e a transparências das empresas com que se relacionam. São pouco suscetíveis ao pagamento de tarifas por serviços bancários, já que possuem opções sem tarifas no mercado, principalmente nas fintechs. No seu relacionamento com um banco prezam por um atendimento multicanal (presencial e remoto/digital) e esperam recompensas e benefícios em troca de sua preferência. Estão iniciando no mercado de trabalho, por isso analisam cuidadosamente as ofertas, comparando com a concorrência (são muito sensíveis a variações de preço e querem garantir a melhor aplicação de seus recursos) e têm perfil tomador, ou seja, costumam utilizar crédito em forma de cartão de crédito ou empréstimo. Gostam de conhecer a fundo tudo a que se propõem e por isso querem sempre saber o máximo possível antes de adquirir um produto ou serviço a eles ofertado. É um público questionador por natureza e altamente engajado em causas sociais, culturais, políticas e ambientais, por isso são altamente suscetíveis a grupos de referência conforme apontou a pesquisa realizada por Bueno e Ikeda (2013, p. 151). 3. Matemática Financeira Conhecendo seu consumidor, a pergunta que toda empresa precisa fazer é: como conquistá-lo? Certamente na mente de qualquer profissional de marketing viriam os quatro “pês” (preço, praça, produto e promoção), e a partir daí ainda mais perguntas apareceriam: como determinar o preço cobrado por um produto ou serviço? 12 Como saber onde é preciso investir? Onde levantar fundos para esse investimento? Como estimar o retorno obtido? Todas essas questões estão no centro do estudo da Matemática Financeira, como veremos a seguir. 3.1 Aplicação da Matemática Financeira na prática administrativa O Banco do Brasil divulga, trimestralmente e anualmente, informes para seus stakeholders com as principais informações financeiras, operacionais e administrativas dos períodos, para prestar contas de suas atividades. Como empresa de capital aberto o BB precisa ser transparente em sua gestão para que seus investidores possam avaliar a aplicação de capital na empresa. Confira abaixo a estrutura organizacional interna do Banco do Brasil: Figura 2 – Estrutura Organizacional Interna Fonte: https://ri.bb.com.br/o-banco-do-brasil/estrutura-organizacional/ Diferente de uma micro ou pequena empresa, o Banco do Brasil é um conglomerado,uma corporação de grande porte, e possui vários conselhos, comitês e diretorias, todas atuando de forma independente mas coordenada, em níveis estratégicos, táticos e operacionais. Dessa forma, a contabilidade, a administração de recursos humanos e de materiais estão todas distribuídas em diferentes áreas 13 específicas. A diretoria de marketing e comunicação (DIMAC), juntamente com as diretorias de gestão de pessoas (DIPES) e suprimentos (DISEC) respondem à vice- presidência corporativa, que responde ao presidente, que por sua vez responde aos conselhos, comitês, auditoria e acionistas. As decisões são colegiadas, submetidas à analise exaustiva até serem votadas e, caso aprovadas, implementadas. Cabe ressaltar que qualquer ação implementada pelo conglomerado, seja ela positiva ou negativa, causará grande impacto no resultado financeiro e por isso é preciso cautela. A DIMAC atua em constante coleta e processamento de dados para subsidiar as decisões tomadas pelos gestores. Pesquisas e alimentação de bancos de dados são a base de seu trabalho. 3.2 Propostas de melhorias Decidimos tomar como exemplo para nosso estudo os produtos de seguridade ofertados pelo BB. Percebe-se, a partir de dados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) em 2019, que apesar do crescimento anual observado no setor, apenas 4% do total de contratações são realizadas através de canais digitais de atendimento (mobile banking e internet banking). Figura 3 – Seguros contratados por bancos entre 2014 e 2018 Fonte: Pesquisa FEBRABAN (2019). Considerando que o BB é uma instituição financeira, não haveria necessidade de obtenção de empréstimos com terceiros para a realização de investimentos nessa 14 área. Parte dos recursos destinados anualmente às diretorias de marketing e de tecnologia devem ser destinados ao esforço conjunto de aprimoramento dos canais digitais (desenvolvimento de uma interface mais intuitiva para o cliente e correção de bugs), a oferta desses produtos nos meios digitais trará mais familiaridade para o cliente e a remuneração com pontos no programa Ponto pra Você pode representar um bom argumento de venda e agregar valor para o produto na visão do cliente. O retorno desse investimento poderá ser analisado em períodos mensais, trimestrais e ao final de um ano, por meio de levantamento de dados realizado pela DIMAC (aumento percentual no número de contratações e nível de satisfação dos clientes) e calculado através da comparação entre os mesmos períodos de anos anteriores. 4. Gerenciamento de Produtos, Serviços e Marcas Como já mencionado anteriormente, o Banco do Brasil comercializa produtos e serviços bancários, por isso a análise de seu gerenciamento de produtos e serviços não é tão simples como a de outras empresas. Ao se relacionar com o banco o cliente espera dele muito mais que apenas uma conta ou um cartão. Ele deseja se sentir valorizado, bem atendido e compreendido em suas necessidades, além de encontrar uma proximidade (mesmo que digital) que permita o atendimento de suas demandas tempestivamente. Como temos feito até aqui, analisaremos os produtos e serviços ofertados pelo Banco do Brasil a seus clientes pessoa física, deixando à parte para esse estudo suas soluções para pessoas jurídicas e governo (setor público). 4.1 Produtos e serviços do Banco do Brasil O Banco do Brasil possui um leque de opções para os diferentes estágios da vida de seus clientes e também as suas necessidades momentâneas. Para isso, seu mix dispõe de contas, cartões, empréstimos, financiamentos, investimentos, seguros, capitalização, consórcios, previdência, programas de fidelidade e pontos, planos odontológicos, soluções de dívidas e câmbio. A abrangência dos produtos e serviços ofertados pelo Banco do Brasil é ampla. Vamos analisá-la mais detalhadamente abaixo: 15 Contas: Conta Fácil, Fácil MEI, Universitária, Jovem, Corrente Comum, Corrente Especial, Poupança e Salário. Cartões: cartões virtuais (Ourocard-e) e físicos (Ourocard Fácil, Pré-Pago, Bônus Celular, Internacional, Platinum, Gold, Mastercard Black, Elo Nanquim, Visa Infinite, Elo Grafite, Elo Mais, Elo, Cartão Smiles, Cartão Saraiva, Cartão Petrobrás). Empréstimos: CDC (Crédito Direto ao Consumidor) BB Crédito Salário, BB Crédito Automático, BB Crédito Consignado, BB Crédito Acessibilidade, BB Crédito Veículo Próprio, Antecipação de Restituição de Imposto de Renda, Antecipação de 13º Salário, Empréstimo com Garantia de Imóvel (EGI), Portabilidade de Empréstimo Consignado, Financiamento Habitacional, Financiamento de Veículos, Financiamento de Bens e Financiamento de Atividade Rural. Investimentos: Fundos de Investimento, Poupança, CDB, Ações, Títulos Públicos do Tesouro Direto, Títulos Privados de Renda Fixa, Ouro, Oferta Pública de Ativos, Compromissada BB Aplic, Letra de Crédito Imobiliário e Letra de Crédito do Agronegócio. Seguros: Seguro de Vida completo e simples, Seguro Vida Mulher, Seguro Motorista, Seguro Acidentes Pessoais, Seguro Crédito Protegido, Plano Funerário, Seguro de Automóveis, Seguro Residencial, Seguro Viagem, Seguro de Celular, Seguro Rural e Kit BB Seguros (Combo de seguro de vida, residencial e plano odontológico). Capitalização: Ourocap (título de capitalização com parcela única ou mensal). Consórcios: Consórcio de imóveis, carros, motos, caminhões e tratores, serviços e eletroeletrônicos. Previdência: Brasilprev, Brasilprev Fácil e Brasilprev Júnior. Programa de Pontos: Ponto pra Você (Clube de Benefícios BB) e Vantagens BB. Soluções de Dívidas: Renegociação de dívidas atrasadas (empréstimos, cartão de crédito, FIES, financiamentos, consórcios e dívidas cedidas) e em dia (Renovação de Empréstimos). Planos Odontológicos: BB Dental para pessoas e empresas. 16 Câmbio: Compra e venda de moeda estrangeira e transferências internacionais (inclusive via Convênio Western Union). Em sua extensão total o Banco do Brasil conta com aproximadamente 100 produtos e serviços bancários à disposição de seus clientes e que, de maneira geral, podem ser classificados no nível de produto esperado, uma vez que não apresentam diferença notável (em relação a similares no mercado) ou surpreenda o cliente com seus atributos. Apesar disso, seus níveis podem variar a depender do cliente que os adquire, uma vez que o mesmo terá sua percepção afetada por experiências anteriores e conhecimentos previamente adquiridos. Por exemplo, um cliente nativo digital não enxergará como produto ampliado um cartão de crédito que lhe permita o acúmulo de pontos através de compras com cartão de crédito, uma vez que já conhece (e muitas vezes utiliza) essa vantagem em outros bancos. Por outro lado, um cliente com pouco conhecimento de mercado certamente terá suas expectativas superadas ao saber que além de poder pagar suas compras a prazo (benefício central do cartão de crédito) receberá recompensas ao utilizá-lo. Quanto à sua classificação, os produtos e serviços do BB estudados neste PIM podem ser chamados de consumo, uma vez que o cliente é o seu consumidor final. Ao agrupá-los, podemos relacioná-los em dois grupos distintos: Produtos de compra comparada: nesse grupo se enquadram a maioria dos produtos e serviços bancários, como cartões, contas, empréstimos, financiamentos e etc. Produtos não procurados: nesse grupo se enquadram os produtos de seguridade (seguros de vida, patrimonial, veicular), planos funerários, odontológicos e títulos de capitalização. Os produtos e serviços comercializados pelo Banco do Brasil são intangíveis e portanto não podemos descrever sua embalagem, seu design e características físicas. Porém, em alguns casos, existem elementos tangíveis para o cliente, como é o caso do cartão de crédito físico (também chamado“plástico”). Por isso, como fizemos no capítulo de Comportamento do Consumidor, tomaremos como exemplo 17 para estudo o segmento universitário e analisaremos as características do cartão Ourocard Universitário Internacional. 4.2 Ourocard Universitário Internacional O cartão Ourocard Universitário Internacional é um produto comercializado pelo Banco do Brasil há anos. Para se manter no mercado precisou sofrer mudanças em vários aspectos, desde o design do plástico até suas possibilidades de utilização. Para desenvolver as características desse produto, o banco analise o perfil de seus clientes e observa os movimentos dos demais players do mercado. Por isso, os clientes do segmento Universitário contam com um cartão que oferece as seguintes vantagens: Aceito internacionalmente Anuidade Grátis Limite pré-aprovado no valor de R$ 1.200,00, sem comprovação de renda Pagamento por aproximação através da tecnologia NFC Cartão Virtual Ourocard-e gratuito para compras online Benefícios exclusivos em entretenimento, esporte e cultura Até 40 dias para pagamento da fatura 4.3 Análise do portfólio do BB pela Matriz BCG Retomando o estudo geral dos produtos e serviços do banco, temos a figura acima que nos permite analisar o portfólio do BB e classificar seus produtos de acordo com a matriz BCG (Boston Consulting Group) que utiliza a participação relativa de mercado e a taxa anual de crescimento de mercado como critérios para as tomadas de decisões de investimento, classificando os produtos como estrelas, interrogações, vacas ou abacaxis (Kotler; Keller, 2012, p. 43). Podemos classificar como “vacas leiteiras” os créditos (empréstimos, financiamentos e cartões de crédito) investimentos, câmbio e os produtos de seguridade (seguros, planos funerários e odontológicos), que dão o maior e mais constante retorno financeiro para o Banco e possui um crescimento estável. É interessante notar o esforço do Banco em aumentar esse crescimento através da 18 portabilidade de crédito, onde empréstimos realizados em outras instituições financeiras podem ser migrados para o BB tendo sua taxa de juros reduzida. Apesar de não haver um spread atrativo na aquisição dessa operação, a manutenção do relacionamento com o cliente a logo prazo compensará o esforço, além de representar uma perda de receita para o concorrente. Figura 4 – Matriz BCG Fonte: Google Imagens, 2020. Como “abacaxis” nós temos a capitalização, produto que passar por reestruturação constante para tentar atrair a atenção do cliente, pois precisa ultrapassar a barreira da pouca familiaridade do consumidor brasileiro com o hábito de poupar mensalmente ou manter um recurso aplicado por anos. Como “estrelas” podemos classificar as contas, previdência e consórcios, produtos que o Banco enxerga muito potencial de crescimento e investe pesado na divulgação e captação de clientes. As contas poderiam anteriormente ser classificadas como vacas leiteiras, uma vez que são fonte constante de receita por meio da cobrança de tarifas e por serem porta de entrada para os demais produtos que o banco oferece, mas a escolha em adequá-las como “estrela” dá-se ao fato da participação grande que o Banco do Brasil detém no mercado e as oportunidades de expandir essa participação devido ao surgimento das fintechs e sua influência na dinâmica das relações entre clientes e os bancos tradicionais. Por fim temos as “interrogações”, onde classificaremos os programas de pontos e as soluções de dívidas. O banco aposta nos programas de pontos para fidelizar seus clientes e prospectar novos no mercado. Já as soluções de dívidas representam uma possibilidade de retenção de clientes em momentos de dificuldade 19 financeira além de reforçarem a imagem da marca como provedora de soluções para todos os momentos. 4.3 A marca Banco do Brasil O Banco do Brasil completou em 200 anos de existência em 2008. Em tantos anos de história o banco passou por diversos momentos distintos, e assim como a empresa, marca também evoluiu. Buscando afirmar uma identidade sólida, foi realizado em 1968, no aniversário de 160 anos de fundação do banco, um concurso para criação de uma nova marca. O símbolo antigo (já composto pelo anagrama “BB”) não permitia uma identificação imediata com a empresa, causando confusão com os bancos da Bahia e Boavista. O símbolo das duas letras “bê” entrelaçadas em diagonal foi escolhido. O símbolo lembra um cifrão ($) e reforça seu significado esteticamente, conforme consta no documento Evolução da marca BB (2008). Figura 5 – Concepção da Logo do BB Fonte: https://blog.wedologos.com.br/design-grafico/logo/logo-banco-do-brasil/ (adaptado) De lá pra cá a identidade visual do banco sofreu adaptações para garantir harmonia e assegurar sua força comunicativa. A logomarca BB está gravada na mente dos consumidores, como mostrou a pesquisa Top of Mind realizada pelo Datafolha e Folha de São Paulo em 2019, que reconheceu o BB como mais lembrado na categoria “banco”, após entrevistar 6.618 pessoas em 197 municípios brasileiros. O banco investe continuamente no reforço de sua imagem como banco mais presente 20 na vida dos brasileiros através de ações como: patrocinar eventos e entidades esportivas como a seleção brasileira de vôlei masculino e feminino, promover nas unidades do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo exposições e programações culturais, além de estar presente em todas as regiões do país, sendo o banco com maior número de agências no Brasil. Vale ressaltar também o reconhecimento dado ao BB pela sua responsabilidade ambiental ao ser eleito em 2019 como banco mais sustentável do mundo pela Corporate Knights, e oitava corporação mais sustentável no ranking global de todos os setores. Também em 2019 o Banco do Brasil foi eleito ‘Banco do Ano’ no Brasil pela revista britânica The Banker, da Financial Times, “tendo em vista as iniciativas para inclusão financeira e em negócios sustentáveis que geram valor para a comunidade” (conforme matéria divulgada no site do BB, 2019). Após observar o Banco do Brasil a partir das competências das disciplinas Comportamento do Consumidor, Matemática Financeira e Gestão de Produtos, Serviços e Marcas, realizaremos nesse capítulo uma análise conjunta das disciplinas. 5. Análise Integrada da empresa O Banco do Brasil possui um conjunto de valores que são: ética, foco no cliente, inovação, eficiência, confiabilidade, senso de dono e espírito público. Sua visão é “ser a empresa que proporciona a melhor experiência para a vida das pessoas e promove o desenvolvimento da sociedade, de forma inovadora, eficiente e sustentável”. Promover o desenvolvimento da sociedade é parte fundamental da atuação do banco e ele o faz ao disponibilizar crédito para a agricultura familiar (PRONAF, PRONAMP e etc.) com taxas especiais, por exemplo. O BB se orgulha de ser o ‘banco do agronegócio’. Não obstante, é um banco de varejo e precisa estar atento a todos os consumidores do mercado. Ao oferecer soluções para diferentes públicos ele precisa estar atento as necessidades de todos. Segundo pesquisa realizada pelo site Opinion Box, 68% dos consumidores brasileiros entrevistados considerariam mudar de banco por conta de tarifas mais baratas. Cartão de crédito sem anuidade seria fator determinante para 62% deles. Um atendimento diferenciado e programas de vantagens seria decisivo para a decisão de 44% e 40% dos entrevistados, respectivamente. Além disso, um em cada quatro entrevistados disse só ter conta em banco por não ter outra opção. 21 Definitivamente para muitos clientes existe um pano de fundo traumático na sua relação com bancos. Ao mesmo tempo, a pesquisa indica que o BB é o segundo mais escolhidopelos brasileiros com 28% do total de entrevistados. À sua frente está a Caixa Econômica Federal com 31%, e logo atrás estão Bradesco e Itaú, com 24% e 23% da preferência dos entrevistados. Tomando conhecimento desses dados, fica claro o tamanho do desafio mas ao mesmo tempo também se apresentam as oportunidades. O BB está entre os maiores bancos do país e talvez mais do que nunca precise olhar para os pequenos e recém-chegados players do mercado. O número de transações financeiras via mobile cresceu 80% de 2017 para 2018 segundo pesquisa realizada pela FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos). As fintechs aumentam em número e participação de mercado ao atacarem as fraquezas dos grandes bancos, apresentando alternativas a problemas que desagradam seus clientes. Figura 6 – Campanha publicitária incentiva abertura de contas pela internet Fonte: Google Imagens, 2020. Esses números demonstram a migração de clientes dos canais presenciais de atendimento para os canais digitais e o BB precisa estar alinhado a esse movimento. Muitos produtos já podem ser contratados pelo app ou internet banking mas nem todos possuem jornada completa (todos os passos para contratação em um mesmo canal), além disso, em diversos casos os clientes são direcionados para as agências ao utilizarem um meio digital de atendimento, frustrando suas expectativas de resolução do problema remotamente. Conforme ilustrado pela imagem acima, o banco já propaga a suas soluções digitais para seus clientes, mas é preciso mais. É preciso tornar-se sinônimo de tecnologia. 22 Segundo informa a FEBRABAN, analytics e big data figuraram no topo dos investimentos dos bancos em 2018, seguidos da inteligência artificial e computação cognitiva, em valor investido. Com o investimento nessas ferramentas, o BB consegue aprender mais sobre seus clientes, traçar perfis de consumo, desenvolver produtos e serviços adequados as suas necessidades e aumentar a assertividade na oferta de produtos a um indivíduo ou a um segmento de clientes. 23 CONCLUSÃO O estudo das disciplinas desse PIM permitiu olhar sob nova perspectiva a atuação dos profissionais de Marketing. Começando pelo estudo do público alvo da empresa, passando pela análise financeira de seus diversos setores e por fim, conhecendo em profundidade seus produtos, torna-se ainda mais nítida a importância do estudo mercadológico e a responsabilidade do profissional dessa área. Perceber que mesmo uma empresa como o Banco do Brasil, com prêmios internacionais que reconhecem positivamente sua atuação, não está imune aos efeitos da volatilidade do mercado (e a ameaça de novos entrantes) e da evolução tecnológica pode surpreender em um primeiro momento, mas por fim resulta em estímulo renovado pela busca por mais conhecimento. O BB precisa alinhar-se ao valor que escolheu e apostar ainda mais na inovação, reavaliar sua atuação em meios digitais e fazer como as grandes corporações do mundo que investem incessantemente na tecnologia como diferencial competitivo. Só assim seus produtos corresponderão as expectativas dos consumidores e sua atuação será reconhecida por quem mais importa: seus clientes. 24 REFERÊNCIAS BUENO, Regiane; IKEDA, Ana Akemi. Segmentação De Consumidores De Produtos E Serviços Bancários: Um Estudo Exploratório. Revista Brasileira de Marketing. São Paulo, Vol. 12, n. 2, p. 133-157, abril-junho. 2013. Disponível em: http://www.revistabrasileiramarketing.org/ojs-2.2.4/index.php/remark/article/view/233 3/2072. Acesso em 13 abril 2020. D’ANGELO, Pedro. Pesquisa exclusiva sobre bancos: perfil dos bancarizados no Brasil. Blog Opinion Box. 29 agosto 2018. Disponível em: https://blog.opinionbox.com/pesquisa-exclusiva-bancarizados-no-brasil/. Acesso em 14 abril 2020. KOTLER, Philip; KETLER, Kevin Lane. Administração de Marketing. 14 ed. São Paulo: Editora Pearson, 2012. LI, Shibo; SUN, Baohong; Wilcox, Ronald T. Cross-Selling Sequentially Ordered Products: An Application to Consumer Banking Services. Journal of Marketing Research. v. 42, i.2, p. 233-239, 2005. SAMARA, Beatriz Santos; MORSCH, Marco Aurélio. Comportamento do Consumidor: conceitos e casos. São Paulo: Editora Pearson, 2005. Banco do Brasil é considerado o mais sustentável do mundo. In: Agência Brasil. 2019. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019- 01/banco-do-brasil-e-considerado-o-mais-sustentavel-do-mundo. Acesso em 15 abril 2020. BB é eleito o 'Banco do Ano no Brasil' por revista britânica. In: Site Banco do Brasil. 2019. Disponível em: https://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/imprensa/n/ 60620/bb-e-eleito-o-banco-do-ano-no-brasil-por-revista-britanica#/. Acesso em 17 abril 2020. Evolução da marca BB. Disponível em: https://www.bb.com.br/docs/pub/inst/dwn/ LinhaTempoMarcaBB.pdf. Acesso em 15 abril 2020. 25 Pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2019. Disponível em: https://cmsportal.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/Pesquisa-FEBRABAN- Tecnologia-Bancaria-2019.pdf. Acesso em 13 Abril 2020.
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