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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA TRABALHO: SAÚDE DA MULHER PROFESSORA: AMANDA PORTUGAL DE A MOREIRA ALUNAS: MIRIÃ GUIMARÃES DE ABREU – 600822225 ARIANE RAMOS DE MELO – UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA NITERÓI 2020 Definição; Possíveis causas; Tratamentos. Alterações hormonais; Sinais e Sintomas; Tratamentos possíveis. A infertilidade é a dificuldade de se reproduzir. Geralmente, refere-se ao diagnóstico feito quando um casal não obtém gravidez mesmo sem o uso de qualquer método contraceptivo, após um ano de relações sexuais bem distribuídas ao longo do ciclo menstrual. Em condições normais, um casal em idade fértil que mantenha relações sexuais completas, sem utilizar qualquer método contraceptivo, costuma levar alguns meses ou até mais de um ano para obter a gravidez desejada, gerando a concepção errada de infertilidade. Aproximadamente, a chance de um casal fértil engravidar é de 15 a 25% por mês, e após um ano de tentativas essa taxa cumulativa será de aproximadamente 80%. Por isso, é necessário esse tempo de espera para iniciar uma investigação sobre infertilidade. Há dois tipos de infertilidade: primária, quando não há gestação anterior; e secundária, se já houve alguma gravidez. O fato de a mulher ter sido mãe antes não garante a fertilidade para uma futura gravidez. O diagnóstico de infertilidade também pode ser dado para mulheres que chegam a engravidar, mas por diversos motivos não conseguem manter a gestação até o final. A dificuldade de engravidar atinge aproximadamente 15% dos casais. Suas causas são diversas, com problemas no organismo feminino, masculino, em ambos, ou até mesmo por causas desconhecidas. Uma das principais causas é constituir a família tardiamente: ao envelhecer, os gametas masculinos e femininos apresentarão maior probabilidade de serem incapazes de gerar uma gravidez. As etapas do processo reprodutivo precisam estar em perfeito funcionamento para ocorrer à gravidez. As principais fases são a ovulação, a captação do óvulo pela tuba, a fertilização deste pelo espermatozoide e, por fim, a implantação do embrião formado no útero. Portanto, as principais causas de infertilidade são: Fatores femininos Problemas na ovulação (fator ovulatório) Alterações tubárias (fator tubário) Alterações no útero (fator uterino) Endometriose. A ovulação é o processo no qual o óvulo, armazenado dentro dos ovários, é liberado mensalmente. Mulheres que ovulam normalmente apresentam menstruações regulares, muitas vezes precedidas de sintomas pré-menstruais (conhecidos como tensão pré- menstrual ou TPM). Por outro lado, aquelas que não ovulam adequadamente, apresentam menstruações irregulares, associadas, em alguns casos, ao aumento de pelos e acne. Esta última situação é tipicamente encontrada em mulheres com a Síndrome dos Ovários Policísticos. Outras doenças também podem estar envolvidas, como tumores produtores de prolactina, hipotireoidismo, tumores produtores de androgênios e deficiências enzimáticas raras. A endometriose é uma doença cada vez mais relevante, é caracterizada pela presença de endométrio fora do útero. O endométrio é o revestimento interno do útero e local onde ocorre a implantação do embrião. Quando não há gravidez, o endométrio descama-se, ocorrendo à menstruação. O problema ocorre quando o endométrio se desenvolve em outros locais. Os órgãos onde mais encontramos estes implantes são os ovários, as tubas e o peritônio, mas também podem atingir o intestino, o ureter e a bexiga. Os dois sintomas principais da endometriose são dor e infertilidade. Fatores masculinos Problemas na formação, no transporte ou na ejaculação dos espermatozoides. Ressalta-se que 10% dos casais não apresentam uma causa clara para explicar a infertilidade, mesmo após investigação completa (infertilidade sem causa aparente). Por outro lado, cerca de 20% dos casais apresentará problemas tanto na mulher como no homem, o que explica a importância de sempre investigar ambos. A seguir, iremos detalhar cada um destes fatores. A função do sistema reprodutor masculino é produzir e transportar os espermatozoides. Alterações deste sistema podem reduzir a quantidade, a movimentação, a forma e a capacidade de fertilização dos espermatozoides. As principais causas que encontramos para explicar estes problemas são: varicocele, processos infecciosos, exposição a toxinas, fatores genéticos, alterações hormonais e obstrução dos ductos de transporte. Além disso, boa parte dos homens com alteração no sêmen não tem qualquer motivo identificável que a explique. A varicocele é a presença de varizes nas veias do testículo. Muitos homens têm algum grau de varicocele, mas quando este grau é importante (veias visíveis no exame clínico), https://www.minhavida.com.br/saude/materias/12681-ovarios-policisticos-podem-causar-transtornos-a-saude https://www.minhavida.com.br/saude/materias/12681-ovarios-policisticos-podem-causar-transtornos-a-saude https://www.minhavida.com.br/temas/hipotireoidismo resulta em aumento da temperatura e acúmulo de substâncias tóxicas nesta região, prejudicando a produção de espermatozoides. Outros sintomas são a sensação de peso e dor na região. Fatores de risco Baseada nos principais fatores da infertilidade, veremos quatro cuidados principais: Idade: não deixar para engravidar tarde; Doenças sexualmente transmissíveis: prevenir e tratar rapidamente; Peso: evitar baixo peso ou obesidade; Tabagismo: para de fumar, pois o cigarro reduz a fertilidade. O casal deve ter em vista que, mesmo com os tratamentos da infertilidade de alta tecnologia, um dos fatores mais importantes que determina a taxa de sucesso é a idade da mulher. A partir dos 35 anos, a fertilidade diminui em um terço. Os principais tipos de tratamento da infertilidade são: Fertilização In Vitro (FIV) – a fecundação do óvulo pelo espermatozoide é feita fora do corpo da mulher. Os óvulos são removidos por aspiração e colocados juntamente com os espermatozoides do parceiro (ou doador) em um meio de cultura, onde a fecundação ocorre naturalmente. Em seguida, um ou mais óvulos fertilizados (embriões) são implantados dentro do útero. Este processo dura cerca de duas semanas. Após a espera, o médico deverá pedir um exame de sangue para verificar se o procedimento foi bem- sucedido. Inseminação intrauterina – inserção de espermatozoides dentro do útero, geralmente, 36 horas após a ovulação. É uma técnica pouco invasiva, em que o embrião se desenvolve integralmente dentro da mulher. Indução da ovulação – o objetivo é estimular a produção de óvulos durante o período fértil da mulher, quando o casal é orientado a ter relações. Procura-se aumentar a quantidade de FSH (hormônio folículo-estimulante), que incita o crescimento e maturação dos óvulos. Este processo também é considerado uma fase da fertilização in vitro e da inseminação intrauterina. Transferência intratubária de gametas – inserção conjunta de gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (óvulos) dentro das tubas uterinas, onde poderão ser fertilizados. Se tudo ocorrer bem, os espermatozoides penetram em um ou mais óvulos e formam o embrião. Em seguida, o embrião desce das trombas e vai para o útero. A concepção do bebê se dá o tempo todo, no corpo da mulher. ICSI(injeção intracitoplasmática de espermatozoide) – é uma alteração da fecundação in vitro, mas insere apenas um espermatozoide em cada óvulo disponível. A técnica é indicada nos casos de problemas com a infertilidade masculina, quando a produção de espermatozoides é baixa ou nula. Antes da realização do tratamento da infertilidade, é possível fazer uma análise dos cromossomos, estruturas onde estão todas as características genéticas, por meio da técnica de diagnóstico genético pré implantacional. Neste método, é possível identificar doenças hereditárias e evitar o desenvolvimento da célula causadora. O climatério pode ser definido como uma fase da evolução biológica feminina em que ocorre a transição da mulher do período reprodutivo (ovulatório) para o não reprodutivo. Essa fase é caracterizada por alterações menstruais, fenômenos vasomotores, alterações físicas, ósseas, cardiovasculares e psicológicas que podem afetar a qualidade de vida, e não apresenta limites definidos de tempo de ocorrência, sendo variável para cada mulher. A perimenopausa, ou mais atualmente chamada de período de transição menopausa, é definida pelo início dos sintomas climatéricos até 12 meses após o término das menstruações. A menopausa é definida como término permanente das menstruações e tem por convenção um diagnóstico retrospectivo, caracterizado por amenorreia por mais de 12 meses. Geralmente ocorre entre os 40 e 51 anos de idade, sendo antes disso caracterizada como menopausa prematura, e após 52 anos (ou 55 anos para alguns), tardia. A transição menopausa dura em média cerca de 4 anos, podendo variar de 0 a 10 anos. Toda sintomatologia e fisiologia dessa fase decorrem da insuficiência hormonal ovariana progressiva, culminando com sua falência. O mecanismo fisiopatológico do climatério inicia-se com a atresia folicular que evolui durante toda a vida da mulher, chegando ao seu estágio final com a menopausa. Na perimenopausa, a mulher possui em média cerca de 1.000 folículos que gradativamente perdem sua função. Passam a responder inadequadamente ao estímulo hormonal hipofisário e a produzir menor quantidade de inibia em razão do menor número e pior qualidade dos folículos recrutados. A hipófise responde a esse processo aumentando a produção de FSH. Altera-se concomitantemente o pico de LH e, dessa forma, ocorre a ovulação. Aumenta-se, a posteriori, o nível circulante de LH numa tentativa compensatória de luteinizar os folículos não rotos. Os níveis de progestagênio caem, uma vez que não há ovulação e formação de corpo lúteo. Estrogênio e testosterona, produzidos, respectivamente, pelas células foliculares e tecais, diminuem em uma fase um pouco mais tardia. Durante o menacme, o estradiol é o principal estrogênio produzido, tanto em quantidade quanto em potência; a estrona está presente em quantidade significativa, porém é menos potente que o estradiol. Após a menopausa, os níveis de estradiol caem em 90%, sendo a estrona então o hormônio dominante. A estrona é produzida a partir da conversão da androstenediona adrenal pela aromatase, presente, sobretudo no tecido adiposo periférico. Já a testosterona tem um decréscimo de 30% em sua produção, entretanto continua a ser produzida pelo estroma ovariano, sob influência do LH. A progestagênio, que no menacme tinha sua produção no corpo lúteo ovariano após a ovulação, na menopausa passa a ter níveis muito diminuídos, sendo produzida apenas pela adrenal. Essa queda hormonal progressiva é responsável pelas manifestações clínicas nos tecidos que possuem receptores para esses hormônios levando a alterações: menstruais, vasomotoras, neurogênicas, psicogênicas, metabólicas (óssea e lipídica), mamárias, urogenitais, urinárias, osteomusculares e tegumentares (pele e anexos). http://www.medicinanet.com.br/pesquisas/climaterio.htm Os sinais e sintomas da menopausa apresentados pela mulher climatérica são decorrentes da deprivação hormonal, e apresentam intensidade variável para cada paciente, que pode estar relacionada a fatores biológicos, condição da transição hormonal (abrupta ou gradativa) e a fatores socioculturais. As principais manifestações da síndrome climatérica podem ser divididas em: Neurogênicas: ondas de calor (fogachos), sudorese, calafrios, insônia, palpitações, cefaleia, tonturas, parestesias. Distúrbios menstruais: sangramento uterino disfuncional (menorragia, metrorragia, hipermenorreia, amenorreia). Psíquicas: depressão, ansiedade, irritabilidade. Sistêmicas: osteoporose, aterosclerose, alteração no metabolismo lipídico (queda do HDL e elevação do LDL-colesterol). Urogenitais: vulvovaginite atrófica, prurido vulvar, síndrome uretral (disúria, frequência, urgência e noctúria sem infecção por micro-organismo), incontinência urinária de esforço. Sexuais: diminuição da libido, secura vaginal, dispareunia, sangramento pós- coital, corrimento vaginal. Osteomusculares: artralgia, mialgia. Dermatológicas: atrofia epidérmica. O diagnóstico de climatério é eminentemente clínico, associando-se faixa etária da paciente, alterações menstruais e outros sintomas da deprivação hormonal. Porém, para avaliar a sintomatologia, a necessidade de tratamento e seu acompanhamento, foram criados alguns índices que permitem avaliar, com certa praticidade, a intensidade da síndrome climatérica. Na avaliação da intensidade da síndrome do climatério, é útil o emprego de índices baseados na sintomatologia. Os índices mais utilizados são o de Hauser e o de Kupperman, os números obtidos servem para caracterizar objetivamente o quadro clínico e sua evolução com o tratamento, quando prescrito. Para a obtenção do índice de Hauser, a paciente deve dar notas de 0 a 10 para cada um dos sintomas listados, sendo 0 = ausência do sintoma e 10 = sintoma muito exacerbado. Ao final, somam-se todas as notas e divide-se por 10. Considera-se o índice elevado quando acima de sete, a diminuição do índice ao longo do tratamento é um marcador de boa resposta terapêutica. O tratamento hormonal do climatério e menopausa teve início na década de 1940, com a finalidade de tratar as ondas de calor. Na mesma época, as análises epidemiológicas mostravam baixa incidência de doenças cardiovasculares (DCV) em mulheres antes da menopausa, o que levou à crença de que os estrogênios eram os responsáveis pela proteção cardiovascular das mulheres na menacme. A partir dessa hipótese, foram realizados estudos para verificar a relação entre estrogênios e proteção cardiovascular. Os primeiros estudos utilizavam altas doses de estrogênio e foram interrompidos por aumento significativo de eventos coronarianos e adenocarcinoma de endométrio, no grupo tratado. Posteriormente, estudos observacionais, com doses menores de estrogênio, evidenciaram um efeito cardioprotetor da TH, e a questão do câncer de endométrio foi solucionada com a associação de progestagênio à TH de mulheres com útero. A indicação atual para a terapia hormonal do climatério consiste em sintomatologia climatérica aguda. Os sintomas climatéricos, que podem ser tratados com a hormonioterapia, estão sumarizados a seguir: Irregularidade menstrual: ocorre em grande parte das mulheres climatéricas e é decorrente de ciclos anovulatórios crônicos. Recomenda-se a prescrição cíclica de progestagênios; o acetato de medroxiprogestagênio deve ser utilizado se o objetivo é apenas regularizar o ciclo, porém, se houver necessidade conjunta de diminuir o fluxo menstrual, deve-se preferir o acetato de norestisterona. Sintomas vasomotores-neuroendócrinos: a estrogenioterapia é o tratamentode escolha, trazendo alívio em poucos dias. Pequenas doses são suficientes na maioria dos casos. Sintomas neuropsíquicos: o estrogênio aumenta a síntese de neurotransmissores, principalmente a serotonina, e pode melhorar o estado emocional e os distúrbios do sono. Devem-se utilizar doses maiores desse hormônio e, de preferência, por via transdérmica, que mantém níveis de estradiol mais constantes. Atrofia urogenital: a estrogenioterapia alivia os sintomas urinários e vulvovaginais, porém isoladamente não é capaz de corrigir os prolapsos genitais; interroga-se o seu efeito preventivo sobre esses prolapsos. Atrofia da pele e anexos: a estrogenioterapia pode impedir a redução e até restaurar parte do colágeno da pele, aumentar a retenção dérmica de água e a vascularização da pele, melhorando a sua qualidade. Não deve ser introduzida com essa finalidade em pacientes sem outros sintomas que justifiquem a TH. Diminuição da sexualidade: a estrogenioterapia isolada só é adequada quando a alteração da libido é decorrente apenas das alterações vulvovaginais. O androgênio é o responsável pela libido, pelas fantasias sexuais e pelo autoerotismo. Esses esteroides podem ser usados de maneira combinada e por via sistêmica ou local. Osteoporose: a estrogenioterapia é a melhor forma de prevenir a osteoporose pós- menopáusica e consiste na forma de tratamento da doença já estabelecida que obtenha maior ganho de massa óssea em menor tempo. Seu uso está associado à diminuição no risco de fraturas de fêmur e vértebras. Porém, não é o tratamento de escolha para mulheres sem sintomas neuroendócrinos, visto que há rápida perda óssea após a sua suspensão e, em longo prazo, a terapêutica não hormonal apresenta resultados semelhantes à TH. Absolutas: o Doença tromboembólica aguda; o Doença hepática severa ativa; o Câncer de mama ou de endométrio recentes; o Sangramento vaginal de etiologia desconhecida; o Porfiria. Relativas: o Tromboembolismo venoso prévio; o Doença coronariana (DC) estabelecida; o HAS; o Diabete melito; o Endometriose; o Doença das vias biliares; o LES; o Melanoma; o Antecedente de câncer de endométrio e mama. https://www.grupooncoclinicas.com/tratamentos/hormonioterapia/ https://www.gineco.com.br/saude-feminina/materias-2/climaterio-menopausa-e-reposicao-hormonal/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/menopausa-e-climaterio/ https://www.google.com/search?q=INFERTILIDADE&oq=INFERTILIDADE&aqs=chrome..69i57j0l4j69i60l3.625 6j0j9&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://www.gineco.com.br/saude-feminina/infertilidade/causas/ https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde- feminina/infertilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-infertilidade https://www.grupooncoclinicas.com/tratamentos/hormonioterapia/ https://www.gineco.com.br/saude-feminina/materias-2/climaterio-menopausa-e-reposicao-hormonal/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/menopausa-e-climaterio/ https://www.google.com/search?q=INFERTILIDADE&oq=INFERTILIDADE&aqs=chrome..69i57j0l4j69i60l3.6256j0j9&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://www.google.com/search?q=INFERTILIDADE&oq=INFERTILIDADE&aqs=chrome..69i57j0l4j69i60l3.6256j0j9&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://www.gineco.com.br/saude-feminina/infertilidade/causas/ https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/infertilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-infertilidade https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/infertilidade/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-infertilidade
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