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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AD1 – CÁLCULO IV – Tutor 2020-2 Questão 1 [2,5 pontos] Sabendo que A = ∫ 1 0 e−t 2 dt e B = ∫ 1/2 0 e−t 2 dt, calcule, em termos de A e B, a integral iterada I = ∫ 0 −1/2 ∫ −1 x e−y 2 dy dx Sugestão: (a) ∫ b a f(t) dt = − ∫ a b f(t) dt; (b) a ≤ c ≤ b =⇒ ∫ b a f(t) dt = ∫ c a f(t) dt + ∫ b c f(t) dt; (c) Se f(t) é uma função par então ∫ −b −a f(t) dt = ∫ a b f(t) dt. Solução: x y D1 D2 − 12 − 12 −1 y = x Fig. 1: Região D = D1 ∪D2 Temos: I = ∫ 0 −1/2 ∫ −1 x e−y 2 dy dx = − ∫ 0 −1/2 ∫ x −1 e−y 2 dy dx = ∫∫ D e−y 2 dx dy, onde D é dada por D : − 1 2 ≤ x ≤ 0 , −1 ≤ y ≤ x e cujo esboço está representado na Fig. 1. Para calcular a integral I devemos inverter a ordem de integração, para tal, devemos olhar para D como reunião de regiões do tipo II, D = D1 ∪D2, onde D1 : −1 ≤ y ≤ − 12 , − 1 2 ≤ x ≤ 0 e D2 : − 1 2 ≤ y ≤ 0 , y ≤ x ≤ 0. Logo, I = − [ ∫∫ D1 e−y 2 dx dy︸ ︷︷ ︸ I1 + ∫∫ D2 e−y 2 dx dy︸ ︷︷ ︸ I1 ] . Cálculo de I1. Temos: I1 = ∫ −1/2 −1 ∫ 0 −1/2 e−y 2 dx dy = 1 2 ∫ −1/2 −1 e−y 2 dy. Como e−y 2 é uma função par, então I1 = 1 2 ∫ 1 1/2 e−y 2 dy = 1 2 [ ∫ 1 0 e−y 2 dy − ∫ 1/2 0 e−y 2 dy ] = 1 2 [ ∫ 1 0 e−t 2 dt− ∫ 1/2 0 e−t 2 dt ] = 1 2 (A−B). Cálculo de I2. Temos: I2 = ∫ 0 −1/2 ∫ 0 y e−y 2 dx dy = ∫ 0 −1/2 e−y 2 (−y) dy = 1 2 ∫ 0 −1/2 e−y 2 (−2y) dy = 1 2 [ e−y 2 ]0 −1/2 = 1 2 ( e0 − e−1/4 ) = 1 2 ( 1− e−1/4 ) . Portanto, I = − 12 ( A−B + 1− e−1/4 ) . Cálculo IV – AD1 AD1 – Tutor 2 Questão 2 [2,5 pontos] Calcule a integral I = ∫ 1 0 ∫ 2−2y 0 e x−y x+2y dx dy. x y D 1 2 x = 2− 2y =⇒ x + 2y = 2 Fig. 2: Região D Solução: A região de integração D no plano xy é dada por (Fig. 2) D : 0 ≤ y ≤ 1 , 0 ≤ x ≤ 2− 2y. O integrando sugere a seguinte transformação:{ u = x− y v = x+ 2y =⇒ { x = 2u+v3 y = v−u3 . Logo, o jacobiano da transformação é: J = ∂(x, y) ∂(u, v) = ∣∣∣∣ 2/3 1/3−1/3 1/3 ∣∣∣∣ = 29 + 19 = 13 . Vemos que a região é limitada pelas retas x y Duv 2 −1 2 v = uv = −2u Fig. 3: Região Duv x+ 2y = 2 , x = 0 e y = 0. • x+ 2y = 2 =⇒ v = 2; • x = 0 =⇒ { u = −y v = 2y =⇒ v = −2u; • y = 0 =⇒ { u = x v = x =⇒ u = v. Assim, a região Duv é limitada por v = 2, v = −2u e v = u. Ou seja (Fig. 3), Duv : 0 ≤ v ≤ 2 , −v/2 ≤ u ≤ v. Aplicando a fórmula de mudança de variáveis, temos: I = ∫∫ Duv eu/v |J | du dv = 1 3 ∫ 2 0 ∫ v −v/2 eu/vdu dv = 1 3 ∫ 2 0 v [ eu/v ]u=v u=−v/2 dv = 1 3 ∫ 2 0 v ( e− e−1/2 ) dv = 1 3 ( e− e−1/2 ) [v2 2 ]2 0 = 2 3 ( e− e−1/2 ) . Quer dizer, I = 23 ( e− e−1/2 ) . Questão 3 [2,5 pontos] Considere as regiões D1 e D2 do plano dadas por D1 = {(x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ y ≤ 1} , D2 = {(x, y) ∈ R2 ; 1− x2 ≤ y2}. x y D 1 1 √ 2 2 √ 2 2 x2+y2 =1 y = x Fig. 4: Região D Seja D = D1 ∩D2. Considere a integral dupla I = ∫∫ D y x2 + y2 dx dy. (a) [1,0 ponto] Escreva, usando coordenadas retangulares x, y, sem fazer cálculos, uma integral iterada que seja igual a I. (b) [1,0 ponto] Escreva sem fazer cálculos, usando coordenadas polares, uma fórmula que seja igual a I. (c) [0,5 ponto] Calcule o valor de I. Solução: (a) O esboço de D = D1 ∩D2 está representado na Fig. 4. De x2 + y2 = 1 e y = x, temos 2x2 = 1, donde x = √ 2/2 pois x ≥ 0. Descrevendo D como uma região do tipo II, obtemos: D : √ 2/2 ≤ y ≤ 1 , √ 1− y2 ≤ x ≤ y. Logo, Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – AD1 AD1 – Tutor 3 I = ∫ 1 √ 2/2 ∫ y √ 1−y2 y x2 + y2 dx dy. (b) Em coordenadas polares, temos: y x2 + y2 dx dy = r sen θ r2 r dr dθ = sen θ dr dθ. Descrevendo a região D em coordenadas polares: y = 1 =⇒ r sen θ = 1 =⇒ r = 1 sen θ . Assim, Drθ : π/4 ≤ θ ≤ π/2 , 1 ≤ r ≤ 1/ sen θ. Logo, I = ∫ π/2 π/4 ∫ 1/ sen θ 1 sen θ dr dθ. (c) Temos: I = ∫ π/2 π/4 sen θ ( 1 sen θ − 1 ) dθ = ∫ π/2 π/4 (1− sen θ) dθ = [ θ + cos θ ]π/2 π/4 = ( π 2 + cos π 2 ) − ( π 4 + cos π 4 ) = π 2 − π 4 − √ 2 2 = π 4 − √ 2 2 . Ou seja, I = π4 − √ 2 2 . x y Dxy 1 1 2 1 2 − 12 Fig. 5: Região Dxy Questão 4 [2,5 pontos] Considere a integral tripla I = ∫ 1 0 ∫ √y−y2 − √ y−y2 ∫ y x2+y2 f(x, y, z) dz dx dy. (a) [1,0 ponto] Esboce a região de integração W da integral I. (b) [0,5 ponto] Encontre os limites de integração para a ordem dz dy dx. (c) [1,0 ponto] Encontre os limites de integração para a ordem dx dz dy. Solução: (a) Temos I = ∫∫∫ W f(x, y, z) dx dy dz, com W = {(x, y, z) ∈ R3 ; x2 + y2 ≤ z ≤ y e (x, y) ∈ Dxy}, onde Dxy é a projeção de W no plano xy, descrita por Dxy = {(x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ 1 , − √ y − y2 ≤ x ≤ √ y − y2}. Temos que x = ± √ y − y2 ⇐⇒ x2 = y − y2 ⇐⇒ x2 + y2 − y + 14 = 1 4 ⇐⇒ x 2 + ( y − 12 )2 = 14 . x y z Dxy W 1 1 Fig. 6: Sólido W De x2 + y2 ≤ z ≤ y, vemos que o sólido W é limitado inferiormente pelo paraboloide z = x2 + y2 e superiormente pelo plano z = y. Assim, temos o esboço de W na Fig. 6. (b) Para escrever I na ordem de integração dz dy dx, deve- mos descrever Dxy como uma região do tipo I: x2 + ( y − 12 )2 = 14 ⇐⇒ y − 12 = ±√ 14 − x2 ⇐⇒ y = 12 ± 1 2 √ 1− 4x2. Assim, temos Dxy : − 12 ≤ x ≤ 1 2 , 1 2 − 1 2 √ 1− 4x2 ≤ y ≤ 12 + 1 2 √ 1− 4x2. Logo, I = ∫ 1 2 − 12 ∫ 1 2 + 1 2 √ 1−4x2 1 2− 1 2 √ 1−4x2 ∫ y x2+y2 f(x, y, z) dz dy dx. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ Cálculo IV – AD1 AD1 – Tutor 4 y z Dyz 1 1 z = y2 z = y Fig. 7: Região Dyz (c) Para escrever I na ordem de integração dx dz dy, devemos projetar W no plano yz. Logo, Dyz : 0 ≤ y ≤ 1 , y2 ≤ z ≤ y. Temos z = x2 + y2 ⇐⇒ x2 = z − y2 ⇐⇒ x = ± √ z − y2. Por um ponto de Dyz, consideremos uma reta paralela ao eixo x. Vemos que ela entra em W num ponto onde x = √ z − y2 e sai de W em x = − √ z − y2. Assim, I = ∫ 1 0 ∫ y y2 ∫ √z−y2 − √ z−y2 f(x, y, z) dx dz dy. Fundação CECIERJ Consórcio CEDERJ
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