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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL 
CÓDIGO DA DISCIPLINA: CEL0249 
 
PCC – Prática como Componente Curricular 
 
Pesquisa e análise de práticas pedagógicas na escola inclusiva 
 
POLYANA SILVA SANTOS CAMELO 
MATRÍCULA: 201909132802 
JUNHO/2020 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO: Letras – Língua Portuguesa 
DISCIPLINA: Educação Especial 
PROFESSOR (A) TUTOR (A): Isolda Cecília Bravin 
ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: Polyana Silva Santos Camelo 
 
 
 
 
 
 
Objetivos 
 Relacionar conteúdos trabalhados ao longo da disciplina com o cotidiano 
escolar e a prática pedagógica refletindo sobre os desafios e as possibilidades 
do educador atuar na construção de uma escola inclusiva. 
 
 Observar as barreiras físicas, atitudinais e comportamentais que impedem ou 
dificultam o processo de inclusão na escola analisada e sobre como atuar para 
a superação dessas dificuldades. 
 
 
Introdução 
 
 
A educação inclusiva é uma modalidade de ensino na qual o processo 
educativo deve ser considerado como um processo social em que todas as pessoas, 
com deficiência ou não, têm o direito à escolarização. Ela pressupõe a igualdade de 
oportunidades e a valorização das diferenças humanas, contemplando, assim, as 
diversidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas, sensoriais e de gênero dos 
seres humanos. Implica a transformação da cultura, das práticas e das políticas 
vigentes na escola e nos sistemas de ensino, de modo a garantir o acesso, a 
participação e a aprendizagem de todos, sem exceção. 
O papel da escola durante o processo de inclusão é de vital importância, já que 
cabe aos gestores os principais esforços e investimentos para que ela 
aconteça. Fortalecer a formação de professores e criar uma rede de apoio entre 
alunos, docentes, família e profissionais da saúde é um dos muitos passos que 
precisam ser implementados para o pleno desenvolvimento da educação especial na 
perspectiva da educação inclusiva. 
https://www.somospar.com.br/educacao-inclusiva-o-que-e-desafios-no-brasil/Microteaching%20na%20forma%C3%A7%C3%A3o%20continuada:%20o%20que%20%C3%A9%20e%20como%20pode%20ajudar?
A diversidade é favorável para todos os envolvidos. Os alunos que serão 
incluídos têm acesso à educação e os demais aprendem a conviver com as 
diferenças, desenvolvendo habilidades socioemocionais como empatia, respeito e 
senso de colaboração. 
O Plano Nacional de Educação (PNE) direciona a organização do sistema 
educacional e abrange a questão da educação inclusiva em suas diretrizes. Ele 
orienta esforços e investimentos para a melhoria do ensino no país e prevê que 
crianças e adolescentes entre quatro e dezessete anos com algum tipo de deficiência 
devem ter acesso à Educação Básica e atendimento especializado. Para que isso seja 
possível, as instituições de ensino necessitam passar por adaptações. 
Essas adaptações não são necessariamente adaptações curriculares. Adaptar 
o acesso ao conteúdo é uma solução para que todos os alunos tenham as mesmas 
oportunidades. Um texto trabalhado em sala pode ser adaptado para um audiolivro. 
Assim, um estudante com deficiência visual pode acessá-lo. A questão é focar nas 
potencialidades dos alunos de modo que ele assimile os conceitos. 
Os desafios da educação inclusiva são muitos, mas estes podem ser superados 
se todos os funcionários, gestores e discentes e pais se organizarem e colaborarem 
para que o processo de inclusão seja benéfico para todos. 
A inclusão deve garantir que os alunos tenham acesso à aprendizagem. Apresentar 
as condições indispensáveis para a operacionalização de um projeto 
pedagógico inclusivo é um desafio para os gestores. Extinguir as barreiras 
arquitetônicas é o principal passo para uma inclusão efetiva, assim como a utilização 
de recursos e tecnologias assistivas. Entre as necessidades que interferem no 
processo de ensino-aprendizagem de educação especial, estão as adaptações no 
espaço físico. Essas adaptações exigem tempo e investimento, mas se fazem 
necessárias, tais como a inclusão de rampas de acesso, banheiros com 
acessibilidade, elevadores e portas mais largas. 
O Brasil tem identificado nos últimos anos que o número de alunos com 
deficiência que dividem a sala de aula com alunos sem deficiência vêm crescendo, o 
que é muito positivo. Contudo, é necessário perceber que não é ideal que o número 
de estudantes em uma turma inclusiva seja o mesmo que o de uma turma regular. 
Turmas muito numerosas sobrecarregam os professores que sentem dificuldade em 
lidar com os alunos com necessidades especiais e os discentes não terão todo o apoio 
que necessitam durante o processo de ensino-aprendizagem. 
 
Metodologia 
 
Para a criação desse artigo foram utilizados os textos e vídeos disponíveis nas 
aulas de Educação Especial. 
Foi utilizado o relatório de desempenho escolar entregue pela escola em 
dezembro de 2019, ao finalizar o maternal I. Também utilizado relatórios das 
profissionais terapêuticas que a acompanham. 
https://www.somospar.com.br/como-o-ensino-socioemocional-pode-contribuir-com-o-desenvolvimento-cognitivo/
https://www.somospar.com.br/pne-conheca-o-plano-nacional-de-educacao/
https://www.somospar.com.br/saiba-o-que-e-o-projeto-politico-pedagogico/
https://www.somospar.com.br/saiba-o-que-e-o-projeto-politico-pedagogico/
Para a análise da aplicação prática do conteúdo, foi feita observação da 
criança, na cidade de Macaé, no interior do estado do Rio de Janeiro. 
 
 
Atividade de Observação 
A observação foi feita antes do período de distanciamento social, pela mãe da 
aluna Nalu S. Moura, matriculada no turno da tarde na escola regular de ensino 
privado Mundos dos Sonhos, localizada na cidade de Macaé no Estado do Rio de 
Janeiro. A criança em questão tem 3 anos de idade e foi diagnosticada há cerca de 
um ano com Transtorno do Espectro Autista (TEA) grau leve a moderado. 
Nalu possui atraso na fala em relação a outras crianças da mesma idade. Fala 
muitas palavras soltas, forma apenas frases curtas. Reconhece cores, números, 
letras, formas, animais. 
 Apesar de se sentir à vontade em brincar com os amigos no ambiente escolar, 
a criança tem preferência por brincar sozinha e em vários momentos se coloca em 
isolamento, sendo necessário buscar o contato de volta. 
A escola fornece duas refeições no turno da tarde, porém a criança possui 
seletividade alimentar, uma característica comum às pessoas que estão dentro do 
transtorno. Apresenta resistência em gerir alimentos de consistência pastosa. 
A Creche Escola Mundo dos Sonhos utiliza o material didático do Instituto 
Piaget e seu método utilizado é o Construtivismo. Nesse método pedagógico, que tem 
Lev Vygotsky e Jean Piaget como principais norteadores, o aluno é o protagonista do 
seu processo de aprendizado. Sendo assim, a educação não é uma simples 
transferência de conhecimento, ela vai além, tornando-se um método que dá suporte 
e permite o aluno criar e experimentar o conhecimento e o aprendizado. 
Dessa maneira, o conteúdo e o ensino se tornam direções e instrumentos para 
que o alunos construam o seu conhecimento por meio da resolução de problemas e 
formulação de hipóteses, valorizando assim os conteúdos e vivências anteriores de 
cada um. Não existe ninguém para dar as respostas, o aluno aprende a aprender. 
A escola é um espaço de socialização por excelência, que proporciona a 
crianças e adolescentes o encontro com um mundo além do ambiente familiar. 
A professora Juliana, formada em Pedagogia, realiza trabalhos diferenciados 
para auxiliar no desenvolvimento cognitivo da aluna, utilizando como ferramentas a 
contação de histórias e músicas infantis. 
No início do ano apresentava resistência em manusear tintas e massinhas, uma 
dificuldade sensorial também comum às pessoas com TEA. 
A aluna ainda não faz uso de um mediador, mas acredita-se que a necessidade 
ocorra ainda antes do processo de alfabetização. 
A professora precisa sentar ao lado daaluna e auxiliar nas tarefas, muitas 
vezes segurando sua mãozinha e guiando sobre o papel. 
Nalu demonstra pouca colaboração com o próximo. É inquieta e anda de uma 
lado para o outro para se autorregular, um artifício comum utilizado pelas crianças 
com TEA. A professora precisa fazer atendimento individualizado para que haja 
compreensão por parte da aluna em relação às tarefas propostas. Ela não atende ao 
próprio nome, mas o reconhece por escrito e quando solicitada pega a plaquinha com 
seu nome em meio às outras. Conta corretamente e reconhece os números de 1 a 20. 
Aparenta ter a parte cognitiva preservada, tem boa imitação e apresenta 
facilidade para ensaiar coreografias e as apresenta em público sem dificuldades. 
Realiza jogos de encaixe e pareamento com cores, números, animais, meios 
de transporte e figuras geométricas. 
É explorada a criatividade para que seu repertório de brincar aumente. 
Nalu apresenta dificuldades de interação com a turma, pois prefere brincar 
sozinha, É bastante carinhosa e amorosa com a professora e também com a auxiliar, 
guarda os brinquedos em grupo quando solicitada. 
Se sente à vontade no pátio, porém se afasta quando outra criança se aproxima 
para usar o mesmo brinquedo. 
O acervo da sala de recursos multifuncionais conta com jogos pedagógicos, 
livros, computadores, alfabetos móveis, quebra-cabeças e ábacos. A aluna com 
autismo tem predileção por atividades de desenho e pintura, o que auxilia no 
desenvolvimento das habilidades motoras. 
Na sala de aula é estimulada a socialização entre os alunos e 
mobilização da turma de forma a favorecer a inclusão de todos. A aluna tenta 
“escapar” para o pátio diversas vezes, mas a auxiliar buscava e fazia com que 
retornasse à atividade. Não havia muita interação com os colegas em 
muitas das atividades. Ocorre também a integração entre escola e família para o 
favorecimento do processo de ensino-aprendizagem do aluno com 
deficiência, sendo realizadas reuniões bimestrais com a equipe pedagógica e os pais. 
Nalu faz acompanhamento neuropediátrico. Sua rotina inclui atendimento 
psicológico, fonoaudiológico e terapia ocupacional, também faz natação, todos na 
frequência de duas vezes por semana, no período da manhã. 
 
Ao final de cada bimestre a escola entrega um relatório e nele constava que a 
aluna não alcançou nenhum objetivo de forma satisfatória, tendo todos os quesitos 
assinalados como “alcançado parcialmente”. 
 
No que tange a adaptações físicas da escola, a mesma possui o primeiro 
pavimento parcialmente adaptado, onde apenas há rampas de acesso e um banheiro 
adaptado. No momento em que as crianças estão no pátio, observa-se uma criança 
de aproximadamente 4 anos utilizando um andador de metal, seu acesso aos 
brinquedos é restrito. Ela circula pela área aberta com autonomia, porém não se vê 
funcionários auxiliando na inclusão. Já entre o primeiro e o segundo pavimento não 
há adaptação física, não tendo nenhum meio de acesso além da escada. Desta forma, 
o aluno com deficiência física ou dificuldade de locomoção teria sua percepção do 
espaço escolar limitada. 
 
Sugestões 
 
Como principais sugestões para a escola observada a principal questão a 
ser resolvida é a adaptação física total do espaço, com melhor acesso ao segundo 
piso, sendo feita a instalação de rampa ou elevador. O pátio precisa da aquisição de 
brinquedos que permitam a participação de crianças com deficiências físicas e 
motoras. 
Em relação a aluna observada, o presente relatório sugere a contratação de 
mediadora capacitada. Mediador ou tutor são alguns dos inúmeros nomes dados ao 
profissional que tem por função acompanhar estudantes com autismo na sua 
escolarização. Diz a Lei Federal 12.764 que: “Em casos de comprovada necessidade, 
a pessoa com transtorno do espectro autista […] terá direito a acompanhante 
especializado”. 
Também sugere-se que a escola capacite os professores para que eles possam 
entender os alunos especiais e suas necessidades. E que ele seja capacitado também 
no que tange ao processo de integração desse aluno com deficiência em meio aos 
alunos típicos. 
 
Considerações finais 
 
 
Como principal desafio para concretização do ensino adaptado, para a 
professora Juliana, é a necessidade do olhar diferenciado para cada aluno, atentando 
para o que deve ser ensinado, como e o que deve ser requerido do aluno. 
Além disso, foi relatado que não houve treinamento para atender alunos 
especiais e que não há suporte para que a mesma possa dar a atenção 
devida aos alunos especiais. Há também o desafio de adaptação completa 
das escolas para o atendimento a todos os alunos com deficiência, atentando 
para a adaptação do espaço físico com a instalação de rampas, banheiros 
adaptados e os recursos pedagógicos necessários para cada necessidade 
especial. 
Muitos aspectos são comuns a diversas crianças, que possibilita trabalhos 
focais, envolvendo-os. Outros são peculiares, produto de condições da própria pessoa 
(a presença de algum tipo de deficiência, como o TEA na criança observada) ou, 
ainda, produtos de condições sociais e/ou culturais. Em quaisquer dos casos, o 
professor precisa estar atento para poder compreender e contribuir com o 
desenvolvimento dos seus alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referência Bibliográfica 
 
CARRARO, PATRÍCIA ROSSI – Livro didático - Psicologia do desenvolvimento e da 
aprendizagem. 1ª edição, SESES, Rio de Janeiro, 2015. 
 
Estratégias Pedagógicas no Ensino Recorrente: Teorias do Desenvolvimento. 
Disponível em: 
<www.prof2000.pt/users/maldeia/tranformadora/2005_06/t_desenv.htm> 
Acesso em: 15 de maio de 2020. 
 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 
Plano Nacional de Educação (PNE) 
 
MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como 
fazer? São Paulo: moderna, 2003. 
 
Psicologia do Desenvolvimento. Brasil Escola, 18 Outubro 2019. Disponivel em: 
<https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/psicologia-do-desenvolvimento.htm>. 
Acesso em: 14 de Maio de 2020. 
 
 
TEIXEIRA, Kelly. Infância e Atualidade: A Concepção de Infância na Prática 
Educativa. Disponível em: 
<http://www.pedagogia.com.br/artigos/infanciaatualidade/index.php?pagina=0> 
Acesso em: 05 de Junho de 2020. 
 
Referências dos conteúdos do ambiente virtual da disciplina de Educação 
Especial da Universidade Estácio de Sá. 
 
 
 
http://www.prof2000.pt/users/maldeia/tranformadora/2005_06/t_desenv.htm

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