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EDUCAÇÃO INCLUSIVA NP2

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Instituto De Ciências Humanas
Curso De Psicologia
Júlia Marinho de Almeida RA: D4717B3
Letícia da Fonseca Silva RA: D440BG1
 Marcos Antônio B. de S. Junior RA: N187GE7
Vanessa Mayara da Silva RA: D3492D3
EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
PDI: Plano de Desenvolvimento Individual 
JUNDIAÍ
2019
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Instituto De Ciências Humanas
Curso De Psicologia
Júlia Marinho de Almeida RA: D4717B3
Letícia da Fonseca Silva RA: D440BG1
 Marcos Antônio B. de S. Junior RA: N187GE7
Vanessa Mayara da Silva RA: D3492D3
EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
PDI: Plano de Desenvolvimento Individual 
Trabalho apresentado como parte integrante da disciplina Educação Inclusiva, ministrada pela Professora Célia Roncato, como parte da nota bimestral.
JUNDIAÍ
2019
 SUMÁRIO 
I.INTRODUÇÃO.............................................................. .........4
I.I Educação Inclusiva...............................................................4
I.II PDI: Processo de Desenvolvimento Individual....................6
II.DESENVOLVIMENTO...............................................................9
III.CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................12
IV.ESTUDO DE CASO.................................................................13
 V.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................20
I. INTRODUÇÃO 
I.I Educação Inclusiva 
Educação inclusiva é uma modalidade de educação que inclui alunos com qualquer tipo de deficiência ou transtorno, ou com altas habilidades em escolas de ensino regular. (MANTOAN, 2006)
A diversidade proposta pela escola inclusiva é proveitosa para todos. De um lado estão os alunos com deficiência, que usufruem de uma escola preparada para ajudá-los com o aprendizado e do outro, os demais alunos que aprendem a conviver com as diferenças de forma natural. (MANTOAN, 2006)
O público-alvo do Plano Nacional de Educação (PNE) no que diz respeito à educação inclusiva, são alunos com deficiência (intelectual, física, auditiva, visual e múltipla), com transtorno do espectro autista e com altas habilidades (superdotados). (MANTOAN, 2006)
A inclusão ajuda a combater o preconceito buscando o reconhecimento e a valorização das diferenças através da ênfase nas competências, capacidades e potencialidades de cada um. (MANTOAN, 2006)
Esse conceito tem como função a elaboração de métodos e recursos pedagógicos que sejam acessíveis a todos os alunos, quebrando assim as barreiras que poderiam vir a impedir a participação de um ou outro estudante por conta de sua respectiva individualidade. (MANTOAN, 2006)
A educação inclusiva foi implementada pelo MEC (Ministério da Educação e Cultura) no sistema de ensino brasileiro em 2003. Antes disso, o sistema educativo brasileiro ainda era segmentado em duas vertentes: Escola especial: para alunos com qualquer tipo de deficiência ou transtorno, ou com altas habilidades. Escola regular: para alunos que não tinham nenhum tipo de deficiência ou transtorno, e nem altas habilidades. O Plano Nacional de Educação (PNE) atual integra os alunos que antes iriam para a escola especial na escola regular. (MANTOAN, 2006)
De acordo com o MEC, a educação inclusiva abrange todos os níveis de escolaridade (Educação infantil – Ensino superior) e dispõe de Atendimento Educacional Especializado (AEE) para orientar professores e alunos quanto à utilização da metodologia. (MANTOAN, 2006)
É importante ressaltar que a escola especial não foi extinta. É nela que os alunos dispõem do AEE como complemento e apoio ao ensino regular, sempre que necessário, mas não como substituição da escola regular. Desta forma, a educação especial deixou de ser uma modalidade substitutiva e passou a ser uma modalidade complementar, mas não deixou de existir. (MANTOAN, 2006)
Se além do que é oferecido pela escola inclusiva por padrão um aluno tiver necessidade de uma abordagem diferenciada para que seu aprendizado seja facilitado, podem ser requeridos recursos de NEE (necessidades educacionais especiais). (MANTOAN, 2006)
Esses recursos consistem em um acompanhamento direcionado, fora do horário normal que o aluno frequenta na escola inclusiva. Veja abaixo alguns dos recursos dos quais os alunos podem dispor, de acordo com as suas respectivas deficiências:
Deficiência visual e auditiva: linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização (ex: Braille, LIBRAS).
Deficiência intelectual: mediação para desenvolver estratégias de pensamento (ex.: comunicação alternativa).
Deficiência física: adequação do material escolar e do ambiente físico (ex.: cadeiras, tecnologia assistiva).
Transtorno do espectro autista (autismo): abordagens diferentes para adequação e orientação do comportamento (ex.: comunicação alternativa).
Altas habilidades: aumento dos recursos educacionais e/ou aceleração de conteúdos. 
I.II PDI: Plano de Desenvolvimento Individual 
O PDI é amparado na Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13146/2015) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/1996). Ele visa orientar o atendimento de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades. Por isso, torna-se uma ferramenta que contribui para garantir a acessibilidade na escola. (BRASIL, 2008)
Toda escola, pública ou particular, deve estar devidamente preparada para receber alunos com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), sejam elas transitórias ou permanentes. Para tanto, é preciso elaborar o PDI com o objetivo de atender as especificidades pedagógicas de determinados grupos. (BRASIL, 2008)
O plano de desenvolvimento individual do aluno surge para assegurar o direito à educação e à igualdade ainda no ambiente escolar. O instrumento propõe tratar as diferenças com dignidade e eliminar qualquer espécie de discriminação — ambas ações essenciais para garantir a inclusão social. (BRASIL, 2008)
A utilização desse instrumento permite aos professores compreender as dificuldades dos discentes para favorecer a escolarização e garantir a aprendizagem. Assim, ao considerar as diferenças, a escola assegura igualdade de oportunidades e promove uma educação inclusiva para todos. (BRASIL, 2008)
O plano de desenvolvimento individual do aluno deve ser elaborado no início de cada ano letivo e contar com a participação dos professores, dos pais e da equipe responsável pela gestão escolar. Os documentos são trabalhados a partir da coleta de dados e avaliação prévia dos perfis dos discentes. (BRASIL, 2008)
Primeiro, é essencial identificar elementos facilitadores e barreiras que dificultam o processo de aprendizagem da criança. Também é importante anotar as necessidades educacionais especiais vinculadas ao aluno — como problemas visuais, motores, auditivos, físicos, intelectuais, comportamentais, etc. (BRASIL, 2008)
A equipe da escola pode organizar fichas individuais contendo dados como: nome e idade da criança; identificação dos pais; ano de escolaridade; condições do ambiente familiar; descrição de alguma deficiência, problema comportamental ou de saúde; e outras informações relevantes para a elaboração do PDI. (BRASIL, 2008)
Com os dados obtidos em conversa com as famílias, os professores já podem trabalhar na criação do documento. Este deve ter como objetivo atender às necessidades de cada aluno, de modo a superar ou compensar as barreiras diagnosticadas no âmbito da sala de aula e no próprio espaço de moradia. (BRASIL, 2008)
Um aluno com dificuldades de aprendizagem pode apresentar várias competências a serem exploradas. Cabe ao professor considerar essas particularidades no momento de definir objetivos que vão orientar o ensino e o processo de avaliação na educação infantil. (BRASIL, 2008)
É possível determinar, por exemplo, que a criança curse menos disciplinas que seus colegas para que tenha condições de acompanhar todos os conteúdos — mesmo que isso implique em aumentar o período de duração do curso. (BRASIL, 2008)
Se achar necessário, o educador deveadequar os conteúdos e critérios de avaliação ao perfil do aluno, sempre considerando suas diferenças em relação aos demais colegas da turma. (BRASIL, 2008)
Novos desafios costumam funcionar em sala de aula. Para uma criança que tem dificuldades de concentração, por exemplo, propor uma atividade que envolva ouvir sons e músicas de sua preferência tende a gerar bons resultados. (BRASIL, 2008)
A elaboração do PDI costuma envolver todas as pessoas que participam do dia a dia da criança. Logo, o documento não precisa ser tratado como um arquivo sigiloso e reservado apenas ao corpo docente da escola. Durante todo o ano, deve ficar acessível às equipes de profissionais e aos pais dos alunos. (BRASIL, 2008)
O plano de desenvolvimento individual do aluno tem como foco a inclusão de discentes com Necessidades Educacionais Especiais. Nesse grupo entram crianças com TDAH, Autismo, Dislexia, Síndrome de Rubinstein, Deficiência Física, Transtorno de Pânico, Cegueira, Síndrome de Down, entre outros perfis. (BRASIL, 2008)
Por considerar as especificidades educacionais desses alunos, o PDI possibilita que diferentes grupos se apropriem do conteúdo programático — sempre de acordo com a condição e tempo da criança, a fim de realizar intervenções adequadas para cada caso que se apresenta na escola. (BRASIL, 2008)
A aplicação desse instrumento beneficia todos que compõem a comunidade escolar. Ao trabalhar com crianças que possuem TDAH, por exemplo, o professor pode encontrar no plano de desenvolvimento individual do aluno estratégias mais apropriadas para potencializar a obtenção do conhecimento. (BRASIL, 2008)
Nesse processo são avaliados os aspectos motores, psicomotores, cognitivos, afetivos e comunicacionais que condicionam o aprendizado. Consequentemente, tanto os pais quanto os profissionais da escola têm melhores condições de acompanhar a trajetória e/ou evolução das crianças. (BRASIL, 2008)
Nas escolas inclusivas, o foco deve estar na aprendizagem de todos os alunos, incluindo aqueles com alguma necessidade educacional especial. Qualquer fator que dificulte o processo de ensino deve ser identificado, avaliado e servir de base para uma intervenção positiva, que pode ser aplicada a partir do PDI. (BRASIL, 2008)
II. DESENVOLVIMENTO 
De acordo com o Catálogo Brasileiro de Ocupações (CBO), são inúmeras as aplicações da Psicologia dentro da área da Educação. O psicólogo pode ajudar na criação e avaliação de planos de ensino, planejar o ambiente de modo que ele favoreça a aprendizagem, lidar com alunos com necessidades especiais de educação e elaborar planos de estudo. As concepções teórico-metodológicas que norteiam a prática profissional no campo da psicologia educacional são diversas, conforme as perspectivas da Psicologia enquanto área de conhecimento, visando compreender as dimensões subjetivas do ser humano no âmbito acadêmico. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
Ainda de acordo com o CBO, algumas das temáticas de estudo, pesquisa e atuação profissional no campo da psicologia educacional são: Pesquisa, diagnóstico e intervenção psicopedagógica (modelo clínico); Estudo dos educadores e do educando em relação ao sistema educacional (avaliação institucional); Planejamento e execução de pesquisas relacionadas à compreensão do processo de ensino e aprendizagem; Análise das características do indivíduo portador de NEE. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
Desde sua promulgação em 1996, a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) - Lei n° 9394/96 tem sido tema amplamente discutido em todas as áreas envolvidas com educação e no caso dos psicólogos, as contribuições da Psicologia à Educação. O Psicólogo que atua na área educacional tem sido pressionado a apresentar uma contribuição mais eficaz de atuação dentro da variedade de problemas escolares que se apresentam no processo de ensino-aprendizagem. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
A prática mais abrangente e indireta, voltada para a estruturação de serviços para alunos com dificuldade e a preparação de professores, marcam um grande salto da psicologia onde o foco de atenção centrada no aluno “com problemas” (modelo médico-psicológico) passa para um enfoque na instituição educacional e suas problemáticas como um todo. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
Nas escolas, muitos dos alunos são encaminhados para acompanhamento psicológico e/ou pedagógico por motivos de baixo rendimento escolar, dificuldade de aprendizagem, déficit de atenção, hiperatividade, transtornos globais de desenvolvimento, entre outros padrões não considerados normais pelo ambiente escolar. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
Em muitos destes casos, os alunos não têm bom desempenho escolar porque seus hábitos de estudo não são adequados. Nestes casos o psicólogo e o aluno podem, juntos, montar um planejamento de estudo mais eficiente, que leve em consideração o tempo e o local de estudo, a matéria a ser estudada, a relação do aluno com esta matéria e as características da relação do estudante com seus professores, pais e com a escola em si. Este trabalho é realizado de forma diferenciada com cada tipo de estudante, enfatizando as características pessoais do aluno e suas necessidades imediatas. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
Atualmente a implementação das políticas de educação especial na perspectiva inclusiva tem trazido novos desafios para as práticas profissionais do psicólogo no contexto escolar e educacional. O foco da intervenção da psicologia desloca-se progressivamente do enfoque clínico e individual para o enfoque social e institucional. A melhor proposta para atuação do psicólogo em uma instituição de ensino é aquela em que, sem excluir as contribuições da psicologia clínica e acadêmica, o profissional assume o papel de agente de mudanças dentro da instituição escolar. Ou seja, em vez de abordar os problemas escolares centrando seu olhar sobre os alunos, o psicólogo atuaria sobre as relações que se estabelecem neste contexto, levando em consideração o meio social em que estas relações estão inseridas e o tipo de clientela que atende, assim como os grupos que a compõem. Ele atuaria, portanto, sobre a instituição escolar. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
 Dentro das instituições de ensino, o psicólogo tem o conhecimento para auxiliar na criação do plano de ensino, bem como de decidir com o professor qual o melhor tipo de postura que deve ser adotada em sala de aula para favorecer a aprendizagem dos alunos. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
As necessidades educacionais especiais se apresentam de diversas maneiras, com causas e manifestações distintas que exigem recursos educacionais e atenção específicos. Problemas psicológicos, psiquiátricos ou de outra natureza clínica podem desencadear dificuldades de comportamento, de qualidade nas relações professor/ aluno - aluno/aluno e déficit na aprendizagem, de maneira que sejam necessários atendimentos especializados e respostas pedagógicas diferenciadas. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
A psicologia como ciência e profissão ainda pode contribuir muito para pensar estratégias de atenção e atendimento dos alunos com deficiência e outras necessidades educacionais especiais nos diferentes níveis de ensino, engendrando ações mais focadas nas instituições escolares e em seus processos interativos, superando enfoques individualistas e restritos ao modelo médico da deficiência. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
A Educação Especial tem sido um contexto de inserção do psicólogo na área educacional. À luz das políticas de inclusão vigentes, a atuação do psicólogo se volta à promoção de práticas educacionais que favoreçam a participação e aprendizado de todos os alunos. Na Educação Especial, hoje compreendida como uma modalidade do sistema educacional, os psicólogos contam com um significativo reconhecimento profissional como especialistas do desenvolvimento humano. (AUSEC, FORNAZARI, BASSETTO, 2011)
III. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Considerando todo o conteúdo e material apresentados em aula, junto com o levantamento de informações e dados paraa produção deste trabalho, concluímos o grande e importante papel do psicólogo no processo de aprendizagem dos alunos especiais, desde o processo de diagnostico até a aplicação do ensino adaptado. 
O psicólogo quando inserido no meio educacional, se torna um profissional multifuncional, tendo o papel de trabalhar com a equipe profissional, como os professores, gestores e toda equipe escolar, preparando e adaptando o meio docente para o cuidado e adaptação para com os alunos especiais e suas necessidades específicas.
Além do trabalho do psicólogo escolar dentro das instituições de educação, é de grande importância também o envolvimento do profissional em outras vertentes da vida do aluno assistido, como envolvimento dos familiares, rotinas diferenciadas e adaptadas para o melhoramento do conhecimento e processo de aprendizagem desse aluno de uma maneira mais global e abrangente. 
Com o envolvimento do psicólogo no processo de educação especial, a responsabilidade deixa de ser apenas do professor, para passar a ser de um grupo envolvido no processo de cada aluno, individualmente, lidando com cada caso e limitação de maneira especial e especifica, com o potencial de sucesso maior desse projeto, com o estudo de qual a necessidade de cada educando. 
O ideal dentro de um projeto de educação especial é o trabalho multidisciplinar, em que se trabalha junto pedagogos, psicólogos, equipe gestora educacional junto com os pais e familiares da criança, todos trabalhando e auxiliando o processo de aprendizado da criança assistida de maneira correta e conjunta, trazendo para ela o maior benefício possível. 
IV. ESTUDO DE CASO
 Esse estudo de caso tem como objetivo a montagem de um Plano de Desenvolvimento Individual, no caso de uma criança que é público alvo da Educação Especial, que apresenta diagnóstico de autismo, com nove anos matriculado no 2º ano do Ensino Fundamental na rede regular de ensino público. Tem como objetivo elaborar um plano de Atendimento Educacional Especializado - AEE para atender às necessidades do aluno, de modo que possa ultrapassar as barreiras impostas pela escola comum e participar de sua turma com autonomia. O trabalho foi elaborado a partir das etapas para proposição do estudo de caso para formatação do plane de AEE, que foram: 
· Informações referentes ao aluno: idade, série, escolaridade, tipo de deficiência, outros. 
· Informações coletadas do/sobre o aluno. 
· Informações coletas da/sobre a escola 
· Informações coletadas da/sobre a família. 
 Para o presente estudo optou-se pela utilização de um nome fictício para a criança e para a escola. 
Marcos, nove anos, sexo masculino é estudante do segundo ano vespertino do Ensino Fundamental na Escola Cruzeiro do Sul. 
Filho de uma família classe média, reside com os pais na casa dos avós maternos. O pai no momento mora em outro país, estando ausente no decorrer do ano. Tem contato com o filho através do telefone e brinquedos que envia sempre que possível. 
Marcos tem um laudo médico de Autismo com alterações cognitivas e potencial intelectual abaixo do normal, também com TDAH com prejuízo na linguagem e interação social. A criança, segundo a professora da Sala de Recursos vem frequentando a escola desde a educação infantil que foi concluída na rede particular. Tem atendimento clínico psicológico e fonoaudiológico no Centro de Ensino Especial onde também participa do Programa de Autismo em outro turno. Na escola a professora da Sala Comum relatou que sempre teve alunos incluídos na sala, que trabalha assim, Marcos não é seu primeiro aluno com deficiência. 
 Sobre a aprendizagem de Marcos, falou que o mesmo já conhece as cores, sabe contar até dez, conhece e reconhece o nome dele, mas não em todas as vezes que é solicitado. Gosta de desenhar personagens do desenho (Ben 10) que assiste em casa, na televisão. Gosta do computador. Conclui as atividades só quando quer. Não gosta que mexam em suas coisas (material escolar). 
No horário do lanche obedece a fila com a repetição do mesmo comportamento ao entrar e sair utilizando o mesmo pé para as duas situações. Gosta do lanche que é servido na escola. Ainda não utiliza o pronome “eu” e tem dificuldades nas atividades com uso da tesoura. Demonstra gostar da escola, mas fica sempre perto da professora. 
 Segundo a professora da sala comum e a da sala de recurso ele interage bem com os demais alunos mesmo com muitas dificuldades de aceitar que mexam no material escolar e também nos brinquedos no momento do intervalo. A professora da sala de recurso relata perceber diferença em seu comportamento com as demais crianças quando está no grupo reduzido como o da sala de recurso. Nestes momentos demonstra mais aceitação pelos demais principalmente por um colega que também gosta e tem caderno do Ben 10, como ele. 
 Em situações que se sente ameaçado ou contrariado como, por exemplo, quando estão brincando no horário do intervalo e alguém não passa o brinquedo que ele solicitou, imediatamente sai da brincadeira e se dirige à professora ou à pessoa responsável pela organização do jogo contando através de gestos, pois o mesmo ainda não apresenta uma comunicação expressiva verbal, como ficou irritado com o acontecimento. Algo que chama atenção ocorre no momento do lanche, pois é a única situação na escola que é exclusiva dele com a professora. Só lancha com a professora, seja o alimento que traz de casa ou o que é oferecido na escola. 
 A professora da sala comum e a da sala de recurso expuseram o mesmo discurso sobre Marcos. Elas ressaltaram suas dificuldades como a insuficiência de conhecimentos sobre o autismo, reduzindo assim as condições de trabalho com a criança. 
 Elas demonstram muita ansiedade em relação ao desenvolvimento do ensino com Marcos. Estão sempre justificando a dificuldade de aprendizagem como ler, escrever, recortar, colar e demais atividades com as características do autismo. 
 Ao analisar o caso de Marcos, foi percebido que, de acordo com o relato das professoras (sala comum e AEE), Marcos tem dificuldade na fala, sua comunicação é insuficiente e pouco clara devido à ecolalia, a inversão pronominal, a linguagem metafórica e a invariabilidade do ritmo e tonalidade da linguagem verbal o que dificulta estabelecer um diálogo fluente com ele. Ele consegue compreender e atender aos comandos simples que são solicitados. 
 No momento do lanche Marcos (como de modo geral todo autista) tem dificuldade de estabelecer relações com as outras pessoas. Restringe seu leque de convívio o máximo possível, busca estabelecer com a professora uma relação de exclusividade e a mesma está cedendo aos caprichos de Marcos. 
 A partir desses dados, foi realizado o Plano de Desenvolvimento Individual, este plano foi elaborado tendo em vista a análise do caso do aluno Marcos e tem por objetivo promover atividades, atendimentos e parcerias que auxiliem o aluno na sua plena participação na escola. 
 
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO 
NOME DO ALUNO: Marcos 
IDADE: 9 anos 
 
1. Objetivos do Plano: 
• Estimular a autonomia e autoestima do aluno para que o mesmo seja capaz de construir o conhecimento a partir de suas próprias experiências de mundo. 
• Proporcionar a confecção de material pedagógico junto com Marcos; 
• Elaborar um plano de rotina de acordo com as regras da escola objetivando sua autonomia e independência; 
 
2. Organização do Tempo 
Período de atendimento: Dois semestres 
Frequência: duas vezes por semana 
Tempo de atendimento: 1h e 30m 
3. Atividades a serem desenvolvidas no atendimento ao aluno:
• Apresentar aos alunos todos os recursos a serem utilizados e suas funcionalidades; 
• Apresentar os mesmos recursos para a professora de sala comum e para os outros alunos da sala, bem como funcionalidade de cada um. 
• Apresentar os recursos para a família e a comunidade escolar, também. 
• Fazer o lanche compartilhado. 
• Organizar uma mesa junto com as crianças dando função para cada uma com envolvimento de Marcos em todas as atividades. 
• A partir dealgum conteúdo que esteja sendo trabalhado na sala comum, a professora pode organizar propostas, introduzindo sempre música, estórias, desenhos, pois tais recursos fazem parte da preferência do aluno. Em atividades como esta, a professora pode estar trabalhando raciocínio lógico, memória, atenção, pensamento, motricidade, entre outros aspectos; 
• Evitar os desenhos prontos. É bom saber o que o aluno pensa sobre o assunto a ser trabalhado, o que ele já sabe a respeito, pode-se fazer uma roda de conversa para que eles exponham seus conhecimentos e depois os desenhos. Assim é possível que Marcos sinta-se mais motivado a participar das aulas e finalizar as tarefas. 
• A professora pode trabalhar conteúdos através de teatrinhos usando fantoches, onde cada criança vai falar algo sobre determinado assunto. Marcos pode ser um personagem. Pode até desenhar seu fantoche de acordo com seu personagem preferido. 
• Organizar tarefas para casa, de forma que a família possa participar ajudando Marcos; 
• Caso a escola tenha laboratório de informática, planejar atividades para que os alunos possam usar este recurso realizando tarefas a partir de softwares específicos para cada conteúdo; Utilizar figuras e objetos para que Marcos possa demonstrar o que está aprendendo; 
• Identificar se os recursos utilizados com o aluno estão contribuindo para o seu desenvolvimento satisfeito e se realmente estão eliminando as barreiras. 
4. Materiais e equipamentos a serem produzidos para o aluno: 
• Confecção de fantoches, quebra cabeça (cores, formas, animais, número, higiene pessoal, etc...) recortes de figuras e objetos selecionados de acordo com os conteúdos a serem trabalhados; 
É necessária a participação da criança na produção destes materiais para sua melhor compreensão do que está acontecendo em seu processo de desenvolvimento. E também por serem atividades que promovem a interação no trabalho em grupo. 
 
5. Adequações de materiais para atender às necessidades do aluno 
• Tela para pintura no tamanho pequeno, médio e grande; 
• Tesouras sem ponta pequena e média; 
• Computador; 
• Software específico que possibilite o trabalho de artes; 
• Micro system; 
• Massa de modelar; 
• Tinta guache; Tela, tinta e pincel para pintura; 
• Pincéis atômicos; Lápis de cor; Giz de cera; 
• Livros de histórias infantis, diversas; 
• Fantoches para contação de histórias; 
• CD’S de musicas infantis e instrumental; 
• Resma de papel; 
• Revistas; Jornais; Gibis; Livros de matemática, história, geografia, português, ciências, de 1ª a 4ª série que possam ser manuseados e recortados; 
• Tesourinhas sem ponta; 
• Cola branca; Cola colorida; 
OBS: brinquedos diversos de acordo com a faixa etária e alguns do BEN-10. 
6. Parcerias Necessárias:
• Fonoaudióloga – Ajudar no desenvolvimento da fala; 
•Terapeuta Ocupacional – ajudar na produção de material e suas funcionalidades; 
• Educador Físico – Desenvolver atividades recreativas para auxiliar no desenvolvimento global oportunizando melhor coordenação e socialização. (Buscar parceria com centros esportivos caso não haja espaço adequado na escola); 
• Psicólogo: para trabalhar questões relacionadas à família; afetividade, etc... 
 
7. Profissionais que receberão orientação do professor de AEE sobre recursos e serviços oferecidos ao aluno: 
• Professor da sala de aula 
• Educador Físico 
• Colegas de turma 
• Equipe Pedagógica 
• Profissionais de apoio da escola 
• Família 
• Profissionais da área de saúde 
 
8. Avaliação dos resultados
O plano será avaliado durante todo o processo. Serão feitos registros de todas as atividades realizadas por Marcos, através de observação criteriosa, bem como o que avançou e o que precisará melhorar. 
Observar como os recursos estão sendo utilizados tanto por Marcos quanto pelos professores, familiares e colegas de turma. 
• Resultados esperados: 
Através dos objetivos propostos para serem trabalhados com o educando em grupo espera-se: 
- A inclusão deste no processo de construção do conhecimento promovido pela escola, mas sendo necessário respeitar sua dificuldade de interagir, mas não de participar das atividades com os demais; 
- Que seja possível através da promoção do aprendizado no pequeno grupo a melhora no convívio social; 
Não ocorrendo de forma positiva o resultado esperado será necessário uma avalição (roda de conversa) envolvendo professoras (AEE e sala), educador físico, colegas de turma, equipe pedagógica, profissionais de apoio da escola, família, profissionais da área de saúde. Todas as pessoas envolvidas neste processo e que receberam orientações sobre o aluno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva, 2008.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar. O que é? Por quê? Como fazer? 2ª. Ed. São Paulo: Moderna, 2006.
AUSEC, Ingrid Caroline de Oliveira; FORNAZARI, Silvia Aparecida; BASSETTO, Victor Hugo. Atuação do psicólogo no atendimento educacional especializado. VII encontro da associação brasileira de pesquisadores em educação especial. Londrina, p. 3940-3948, 2011.

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