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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO ENFERMAGEM ANDRESSA EMANUELA DA SILVA BATISTA 001201606028 VICTORIA DO SANTOS GODOY 001201604732 ALDOSTERONA Bragança Paulista 2020 Fórmula molecular = C21H28O5 Massa molecular = 360,45 g/mol A aldosterona é o principal mineralocorticóide secretado pela zona glomerulosa, parte externa do córtex adrenal. Ela estimula os túbulos renais a reabsorver sódio e a excretar potássio, protegendo o organismo contra hipovolemia e hipercalemia. A secreção da aldosterona é indiretamente estimulada pela hipovolemia. A hipovolemia faz as células justa glomerulares dos rins secretarem renina. A renina estimula a conversão periférica de angiotensina I em angiotensina II e a angiotensina II, então, estimula a secreção de aldosterona que é produzida nas adrenais a partir do colesterol. A hipercalemia estimula diretamente a secreção de aldosterona. A sua secreção é inibida pelo peptídeo natriurético atrial e pela dopamina. Após exercida a sua ação, a aldosterona de passagem pelo fígado, sofre degradação enzimática pela 20-alfa-hidroxi-esteróide-desidrogenase dando 20-OH- Aldosterona ou pelas enzimas 5- beta-redutase e 3-alfa-hidroxi-esteróide- desidrogenase, dando 3 ,5β-tetraidroaldosterona ou pela 18-glicuronidase, dando aldosterona-18-oxo-glicuronídeos. Esses metabólitos, após outras transformações, em última instância, voltam a ser Colesterol ou são eliminados pela urina. A aldosterona é um hormônio que estimula a retenção de sódio (sal) e a excreção de potássio pelos rins. Desempenha importante papel na manutenção das concentrações de sódio e potássio normais no sangue e no controle do volume sanguíneo e da pressão arterial. A aldosterona é produzida pelo córtex adrenal, a porção mais externa das glândulas adrenais, localizadas no topo de cada rim. Sua produção é normalmente regulada por duas outras proteínas, renina e angiotensina. A renina é liberada pelos rins quando ocorre uma queda da pressão arterial, uma diminuição na concentração de sódio ou um aumento na concentração de potássio. A renina quebra a proteína sanguínea angiotensinogênio para formar a angiotensina I, que então é convertida por uma segunda enzima angiotensina II. Esta provoca a constrição dos vasos sanguíneos e estimula a produção de aldosterona. O efeito final é uma elevação da pressão arterial e a manutenção dos níveis normais de sódio e potássio. Diversas condições podem levar à superprodução (hiperaldosteronismo) ou à subprodução (hipoaldosteronismo) de aldosterona. Como a renina e aldosterona estão intimamente relacionadas, ambas as substâncias são frequentemente testadas em conjunto para identificar a causa de uma aldosterona anormal. A quantidade de sódio no sangue é controlada pelo hormônio aldosterona, secretado pelo córtex da glândula adrenal (suprarrenal). Quando a quantidade de sódio no sangue baixa, aumenta a secreção de aldosterona. Esse hormônio atua sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores, estimulando a reabsorção de sódio do filtrado glomerular. A secreção do hormônio aldosterona, por sua vez, é regulada pela renina e pela angiotensina. Se a pressão sanguínea ou a concentração de sódio diminuir, os rins liberam renina no sangue. A renina é uma enzima que catalisa a formação de uma proteína sanguínea chamada angiotensina, a qual provoca a diminuição do calibre dos vasos sanguíneos, Há, assim, aumento da pressão arterial, o que estimula a secreção de aldosterona. Esta, por sua vez, leva a um aumento da reabsorção de sódio pelos rins. AÇÕES FISIOLÓGICAS Aumento da natremia (aumento da concentração de sódio no sangue chamado de hipernatremia) • Transporte ativo de sódio da célula tubular renal para o espaço extracelular • Reabsorção passiva de sódio do filtrado urinário • Diminuição da calemia (hipocalemia)(concentração de potássio no sangue) • Aumento da reabsorção de cloro do filtrado urinário • Aumento da excreção de potássio para o filtrado urinário • Aumento do pH do sangue ou alcalose • Excreção de ions de hidrogênio para o filtrado urinário (antiporter de Na+/H+) • Aumento da pressão arterial e da volemia (volume de sangue circulante) • Aumento de reabsorção de água A função principal da aldosterona é a manutenção do volume de fluido extracelular, por conservação do Na+ corporal; a sua produção depende de aferências renais, estimuladas quando é detectada uma redução no volume de fluido circulante. Quando há redução do sódio extracelular, como acontece, por exemplo, na restrição dietética de sódio, a diminuição volume plasmático e do fluido extracelular diminui o fluxo e pressão de perfusão renais, o que é detectado pelas células justaglomerulares renais, que segregam, como resposta, renina para a circulação periférica. A renina converte o angiotensinogénio (a2-globulina plasmática sintetizada no fígado) em angiotensina I que, depois, é clivada pela enzima de conversão da angiotensina presente em muitos leitos capilares, sendo classicamente destacado como mais importante o pulmonar, originando a angiotensina II. A angiotensina II fixa-se a receptores membranares específicos a nível supra- renal, produzindo segundos mensageiros como o Ca2+ e derivados do fosfatilinositol; a activação da cinase C altera a expressão enzimática, favorecendo a síntese de aldosterona. Alterações mínimas no sistema angiotensina plasmático são suficientes para desencadear respostas máximas de produção de aldosterona. Após algumas horas/ dias, as velocidades de secreção de renina e aldosterona podem ser aumentadas consideravelmente, de 4 a 8 vezes no caso de dieta com restrição de sódio, e 2 a 4 vezes, no caso de hemorragias, ortostatismo prolongado ou diurese aguda. Por oposição, na ingestão excessiva de sódio e na retenção de grandes quantidades de volume extracelular, a secreção de renina e aldosterona está suprimida. Deste modo, há um sistema de feedback negativo resultante da interacção entre a zona glomerular e as células justaglomerulares. OUTROS ESTÍMULOS PARA A SECREÇÃO DE RENINA Maior atividade simpática, ex. na hipovolemia, por ação da noradrenalina em receptores b-adrenérgicos renais; Prostaglandinas locais – medicamentos como agentes anti-inflamatórios não-esteróides (inibidores da ciclo-oxigénase) reduzem a resposta de produção de aldosterona, nas situações de baixo fluxo sanguíneo renal. MECANISMOS DE FEEDBACK A angiotensina II exerce uma ação local de inibição da libertação de renina, participando num “feedback” negativo. O ANP (peptídeo auricular natriurético) contraria os efeitos do sistema renina- angiotensina na produção de aldosterona. Quando há expansão do volume plasmático, os miócitos auriculares, sensibilizados pela distensão, libertam o ANP que se fixa a receptores específicos na zona glomerulosa, inibindo a síntese e libertação da aldosterona (nestas circunstâncias, os valores de angiotensina são, também, reduzidos, encontrando-se o sistema renina-angiotensina inativo); por outro lado, o ANP também atua indiretamente, reduzindo a libertação de renina. O principal condicionante da atividade da aldosterona é, no entanto, o potássio. A aldosterona é um facilitador biológico da depuração de potássio, sendo a sua secreção aumentada na presença de níveis aumentados de potássio. As elevações do potássio plasmático, ou da sua ingestão na dieta são fortes estímulos para a libertação de aldosterona. O potássio estimula a libertação de aldosterona por despolarização das células endócrinas da suprarrenal, abrindo canais de Ca2+ dependentes da voltagem. A elevação da concentração de Ca2+ intracelular é responsável pela ativação da produção. O ACTH também se associa, como acontececom o cortisol, à estimulação da produção de aldosterona; contudo, face à ação continuada do ACTH, este efeito sofre uma atenuação e anulação em poucos dias, porque os efeitos de “feedback” negativo da aldosterona inibem a sua secreção, impondo-se ao estímulo positivo do ACTH. O papel do ACTH parece ser uma estimulação tónica basal, na sua ausência a resposta da zona glomerulosa a outros estímulos está francamente diminuída. Os estímulos positivos para a secreção de aldosterona ([Na+] reduzida, angiotensina II, [K+] alta e ACTH) estão interrelacionados e cada um deles facilita a ação dos restantes. Há outros fatores de regulação em estudo, entre os quais um outro peptídeo, também derivado da POMC (mas diferente do ACTH), a acetilcolina e a serotonina, todos estimulatórios, e a dopamina, inibitória (reduz os níveis de AMPc, por intermédio de uma proteína G inibitória). O padrão de secreção diária de aldosterona (circadiana) parece ser independente de qualquer um destes estímulos; é uma propriedade intrínseca da glândula. O pico de secreção ocorre às 8 horas da manhã e o mínimo às 23 horas da noite. AÇÕES DA ALDOSTERONA E RESTANTES MINERALOCORTICÓIDES A aldosterona fixa-se ao receptor de mineralocorticóides e altera a transcrição génica; normalmente, é necessária uma latência de uma a duas horas até que se verifiquem os efeitos hormonais. O rim é o principal alvo. É estimulada a reabsorção activa de sódio a nível tubular, pelas células dos túbulos colectores e túbulos contornados distais, sendo preservado o principal catião extracelular. A água sofre reabsorção passiva, acompanhando o Na+, de modo que a expansão do volume extracelular faz-se sem alteração da osmolaridade. Apesar da aldosterona interferir em apenas 3% da capacidade total de reabsorção de Na+, o défice de aldosterona cria um saldo negativo considerável no equilíbrio do Na+. A ação subcelular faz-se sentir no polo luminal, aumentando o número de canais membranares que permitem passagem de Na+ a favor do gradiente electroquímico, no polo basal, aumentando a ATPase Na+ - K+, que exterioriza Na+ para os capilares, nas mitocôndrias, estimulando as reações do ciclo de Krebs e aumentando a produção energética e, no citosol, aumentando a atividade da fosfolípase e a síntese de ácidos gordos para formação de membranas biológicas. Simultaneamente, há excreção ativa de potássio para o lúmen tubular renal. A eletronegatividades luminal, gerada após a passagem do Na+ para as células tubulares, favorece a difusão passiva de K+ para o lúmen. A aldosterona é responsável por um nível mínimo de excreção de K+. A maioria da excreção diária de potássio depende da secreção tubular distal a nível renal, sendo essencial a presença da aldosterona; ao contrário do que acontece com o sódio, o fluxo de potássio não arrasta consigo água e, portanto, a retenção de potássio plasmática não altera a volemia, mas, por isso mesmo, manifesta-se rapidamente como elevação perigosa das concentrações de potássio. A retenção de Na+ e H2O, na administração continuada de aldosterona, resulta num aumento da pressão sanguínea e volume plasmático. No entanto, após alguns dias esta retenção cessa, passando a um estado de equilíbrio, porque a hipervolemia aumenta a taxa de filtração glomerular e o ANP (libertado em situação de hipervolemia) inibe a libertação da aldosterona e diminui a sua atividade nos túbulos renais. Apesar do referido, persiste a perda de K+ e de H+ por troca com Na+ reabsorvido, desenvolvendo-se uma alcalose metabólica. A aldosterona, para além da ação renal, também altera as trocas iónicas em outros órgãos e estimula a reabsorção de sódio no cólon, aumentando a excreção de potássio nas fezes. Acontece algo semelhante na saliva e suor. A aldosterona também poderá aumentar a pressão arterial por acção vasoconstrictora direta, atuando em receptores de mineralocorticóides, nas células musculares lisas vasculares. Poderá contribuir para o desenvolvimento de fibrose no sistema cardiovascular, em situações patológicas como a insuficiência cardíaca e a doença isquêmica do miocárdio. Apesar do cortisol se associar com elevada afinidade ao receptor de mineralocorticóides, a sua atuação é escassa, dados os elevados níveis de enzimas inativas a nível local. FARMACOLOGIA Sua função é alterada pelos antagonistas da aldosterona, como a Espironolactona e o Eplerenone. REFERÊNCIAS • "Reabsorção de sódio" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2020. Consultado em 05/07/2020 às 01:58. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/excrecao6.ph p • http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_renina-angiotensina • http://portfolio.med.up.pt/magda/sistemarenina.htm • Farmacologia Aplicada à Medicina– Helenice de Souza Spinosa, Silvana Lima Górniak e Maria Martha Bernardi. Editora Guanabara Koogan, 4° edição, 2006. https://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/excrecao6.php https://www.sobiologia.com.br/conteudos/FisiologiaAnimal/excrecao6.php
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