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Centro de Ciências e Tecnologia Engenharia Sanitária e Ambiental Bioquímica Profa. Andréa Cristina Barbosa da Silva Solução tampão Alessandra da Silva Ferreira Mat. 171.01038-8 Campina Grande Setembro/2018 1. INTRODUÇÃO O presente estudo teve como objetivo adaptar um roteiro classicamente utilizado em aulas práticas da disciplina de Bioquímica, com o intuito de desenvolver uma metodologia que permitisse aos alunos evidenciarem a propriedade tamponamento da saliva humana, com o intuito de relacionar os entendimentos de pH. A saliva é um liquido presente na cavidade bucal secretada por glândulas salivares, representadas principalmente pelas glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais, em um volume que varia entre 800 a 1500 mililitros por dia. É uma secreção biológica composta de água, eletrólitos e proteínas estruturais, enzimáticas e imunológicas, dentre as quais em maior quantidade encontra-se a ptialina (enzima α-amilase responsável pela digestão inicial do amido) e a mucina (responsável por lubrificar e proteger as superfícies). 2. TAMPONAMENTO SANGUINEO Um sistema tampão consiste em um ácido fraco e sua base conjugada. A eficácia da solução-tampão pode ser vista no nosso sangue, onde, mesmo com a adição de ácido ou base em pequenas quantidades ao plasma sanguíneo, praticamente não há alteração em seu pH. O sangue humano é um sistema-tampão ligeiramente básico: seu pH permanece constante entre 7,35 e 7,45. O tamponamento sanguíneo ocorre com o auxílio dos tampões de fosfato e de bicarbonato e ainda pelas hemácias (necessariamente hemoglobina) e proteínas plasmáticas, porém, atuam por mecanismos diferentes. Os tampões fosfato e bicarbonato são denominados de tampões convencionais, pois seguem a equação de Henderson-Hasselbach, são tampões formados por uma base e um ácido conjugados (bicarbonato/ácido carbônico - fosfato/ácido fosfórico); sua regulação é feita principalmente pelo rim e pelo pulmão (que necessariamente controla a concentração do tampão bicarbonato/ácido carbônico), que excreta o ácido carbônico (que é um ácido volátil). O tampão fosfato tampona principalmente a urina, evitando que seu pH fique muito baixo. Os tampões hemoglbina (das hemácias) e proteínas plasmáticas atuam como tampões não convencionais, pois seu mecanismo não é baseado na equação de Henderson-Hasselbach (ácidos e bases conjugados), mas sim na captura de íons H+ que ficam livres no sangue pelas cargas negativas que os resíduos de aminoácidos que formam as proteínas correspondentes possuem, portanto, evitando alterações do pH. 3. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLOGICO Como mencionado, a capacidade tampão da saliva foi avaliada por meio de titulação potencio métrica. O procedimento foi realizado utilizando 1 amostra distinta, com intuito de avaliar a variação de pH em um sistema tampão biológico (saliva humana) e em uma solução tampão produzida em laboratório, além da avaliação de um sistema não tamponado (água pura). Para evidenciar o processo de mudança do pH aos alunos de forma mais ilustrativa, além da utilização do medidor de pH, empregou-se o indicador universal. 4. RESULTADOS Os resultados obtidos por essa metodologia que permite melhor visualização do perfil de mudança de pH das soluções em análise. Foi coletada uma amostra de saliva de uma pessoa do sexo masculino, durante um período de 3 minutos, a quantidade de 1 mL para análise de acordo com essa analise que dividiu 1 ml por 3 minutos, obtendo o valor de 0,3 mL/min de fluxo salivar do indivíduo, quando mediu o pH da solução de ácido clorídrico com a saliva através do papel indicador de pH se obteve o valor de 6,5, logo podemos concluir que a saliva tamponou a solução de ácido clorídrico. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A metodologia de titulação proposta, ao ser realizado durante as aulas práticas de Bioquímica, pode permitir que o aluno visualizasse de maneira didática a ação do sistema tampão desse sistema no controle do metabolismo, das atividades celulares, na prevenção de cáries e etc.
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