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PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E A DISTRIBUIÇÃO DA MERENDA EM ÉPOCA DE ISOLAMENTO SOCIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
NOME DOS ALUNOS
Gabriela Rodrigues de Oliveira F093FJ-0
Karine Ferreira Bonilha D97790-3
Luiza Regina Andrade de Rezende F07IHF-7
Rafaela Simões Damasceno T8645E-6
PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E A DISTRIBUIÇÃO DA MERENDA EM ÉPOCA DE ISOLAMENTO SOCIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
São Paulo - SP
2020
PROGRAMA NACIONAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E A DISTRIBUIÇÃO DA MERENDA EM ÉPOCA DE ISOLAMENTO SOCIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Projeto e Práticas de Atuação Pedagógica apresentada à disciplina de Práticas e Projetos na Educação Infantil, no curso de Pedagogia, sob a orientação da professora Me. Simone Hypolito Pisa.
São Paulo - SP
2020
SUMÁRIO
Tema do Trabalho…………………………………………………………………………. 3
Situação……………….……………………………………………………………………. 3
Questão problema……………………………………………………………………….... 3
Objetivos………………………………………………………..…………………………... 3
Justificativa………………………………………………………………………………… 4
Conclusão…………………………………………………………………………………... 6
Bibliografia………………………………………………………………………………..... 7
· TEMA DO TRABALHO
Como o Programa Nacional de Alimentação Escolar em época da quarentena do COVID-19 está afetando as crianças da Educação Infantil.
· SITUAÇÃO
Com a suspensão das aulas nas escolas públicas, a distribuição de merendas escolares passou a ser repensada como forma de garantir a alimentação já existente dentro das escolas públicas. Sensibilizadas pelo isolamento social no país, nos deparamos com uma situação comum em meio a muitas famílias brasileiras, onde o fechamento de creches e pré-escolas refletiu diretamente na falta de refeições para muitas crianças, visto que grande parte vive em situação de vulnerabilidade.
· QUESTÃO PROBLEMA
Qual o papel do Governo em conjunto ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em período de isolamento, na Educação Infantil?		
· OBJETIVOS
a) Apresentar o Programa Nacional de Alimentação Escolar
b) Discorrer sobre as propostas do Governo para com a entrega da merenda em época de isolamento pelo COVID-19.
JUSTIFICATIVA
O impacto da pandemia pelo COVID-19 afetou a vida das crianças da Educação Infantil, uma vez que o desenvolvimento da criança na escola não se dá apenas pelos campos de experiência da Base Nacional Comum Curricular, e a alimentação é importante e garantida pela Constituição Federal de 1988, inciso VII, “atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde” (Brasil 1988).
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), conhecida como merenda escolar, é gerenciado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tem o propósito de garantir uma boa alimentação para os alunos das redes públicas, contando com nutricionistas para garantir que as crianças recebam alimentos contidos nos grupos da pirâmide alimentar.
Entre os objetivos do PNAE, podemos elucidar: envolver todos os entes federados (Estados, Distrito Federal e Municípios) na execução do programa; atender às necessidades nutricionais dos educandos, no período em que permanecem na escola; contribuir para a promoção de hábitos alimentares saudáveis; estimular o exercício do controle social; propiciar à comunidade escolar informações para que possam exercer controle sobre sua saúde; dinamizar a economia local, contribuindo para geração de emprego e renda; respeito aos hábitos alimentares e vocação agrícola locais (OLIVEIRA E CAVALCANTE, p.19215, 2017)
Com as aulas suspensas, o governo sentiu a necessidade de repensar a distribuição da merenda escolar para os estudantes das escola públicas. Com a sanção da Lei nº 13.987[footnoteRef:1], o artigo 21-A é acrescentando na Lei nº 11.947 (a lei do PNAE), que possibilita a entrega de gêneros alimentícios aos pais ou responsáveis das crianças, especificamente, em situação de emergência, neste caso, o isolamento atual. Neste sentido, alguns municípios se anteciparam tomando a iniciativa de distribuir kits ou pequenas cestas básicas, outros ainda preferiram realizar o auxílio em forma de cupons ou cartões como vale-alimentação. [1: Ver Lei nº 13.987 onde garante o acréscimo do Art. 21-A na Lei nº 11.947. Disponível em: http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.987-de-7-de-abril-de-2020-251562793. Acesso em: 16 de maio de 2020.] 
No estado de Pernambuco, mesmo frente à iniciativa de distribuição do kits de alimentação, algumas famílias se depararam com outra questão: a da má qualidade nos alimentos, alguns chegando de forma inconsumível e pouca variedade. Já em São Paulo, o problema se encontra na dificuldade de acesso ao auxílio. Soma-se a isso, o aumento de gastos dentro dos lares, uma vez que os alunos fazem grande parte de suas refeições na escola, refletindo diretamente na instabilidade financeira dessas famílias. 
O Governo prevê que o programa deve propiciar 20% das necessidade nutricionais, dos estudantes de todo o ensino básico, de forma a promover seu desenvolvimento saudável, diretamente ligado à sua aprendizagem e aproveitamento escolar. (OLIVEIRA E CAVALCANTE, 2017)
Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, em entrevista para o Brasil de Fato[footnoteRef:2] afirma: “Sem a merenda escolar, as crianças simplesmente não conseguem aprender. Só que, além da situação do aprendizado, existe uma questão de saúde pública. Sem a merenda escolar, as crianças não têm acesso a uma alimentação nutritiva". [2: Ver “Em SP, famílias têm dificuldade financeira com a suspensão da merenda escolar.” Disponível em:https://www.brasildefato.com.br/2020/03/24/em-sp-familias-tem-dificuldade-financeira-com-a-suspensao-da-merenda-escolar. Acesso em: 16 de maio de 2020.] 
Portanto, sentimos a necessidade da abordagem do assunto, dado que os municípios, aparentemente, estão agindo de maneira descentralizada. Visto que o Ministério da Educação não têm se posicionado diante à urgência encontrada e diante a uma questão já apresentada anteriormente em diversos censos, um deles, realizado em 2017 pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde (Sisvan), advertindo que 207 mil crianças com idade menor que cinco anos sofrem com desnutrição grave no país[footnoteRef:3]. [3: Ver “Proposta garante auxílio financeiro para alimentação de crianças da rede pública de ensino.” Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2020/04/07/proposta-garante-auxilio-financeiro-para-alimentacao-de-criancas-da-rede-publica-de-ensino. Acesso em: 16 de maio de 2020.] 
CONCLUSÃO
	A pandemia do COVID-19 fez com que a população se adaptasse da melhor forma possível aos acontecimentos. Como a alimentação é fundamental para o desenvolvimento da criança, o Governo precisou se adequar, da maneira que encontrou, para distribuir a merenda para as crianças mesmo sem o funcionamento físico das instituições.
	Por não estar preparado, e sem uma unificação perante o Ministério da Educação (MEC), cada município buscou uma saída e, por conta disso, a distribuição fica desigual, uma vez que o cálculo da merenda depende da carga horária que a criança permanece na escola e os alimentos da pirâmide alimentar devem ser ofertados, assim como garantido pelo PNAE.
	Conclui-se que, se o MEC unificasse a distribuição da merenda com os municípios talvez a discrepância não seria tão grande, e cabe ao Governo trabalhar para que os alunos possam receber alimentos de qualidade, uma vez que isso faz parte do desenvolvimento da criança e esse isolamento social afetará profundamente a vida delas. Não só delas, mas de toda a nação.
BIBLIOGRAFIA
AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS. Lei garante alimentos da merenda a alunos com aulas suspensas por pandemia. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/652552-LEI-GARANTE-ALIMENTOS-DA-MERENDA-A-ALUNOS-COM-AULAS-SUSPENSAS-POR-PANDEMIA. Acesso em: 16 de maio de 2020.
GONZAGA, Vanessa. Famílias criticam qualidade de merenda distribuídapela Prefeitura do Recife. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/03/23/familias-criticam-qualidade-de-merenda-distribuida-pela-prefeitura-do-recife. Acesso em: 16 de maio de 2020.
LIBERMANN, A. P.; BERTOLINI, G. R. F. Tendências de pesquisa em políticas públicas: uma avaliação do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v20n11/1413-8123-csc-20-11-3533.pdf. Acesso em: 16 de maio de 2020.
OLIVEIRA, Caroline. Governo sanciona lei sobre merenda escolar durante pandemia, mas falta regulamentação. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/04/09/governo-sanciona-lei-sobre-merenda-escolar-durante-pandemia-mas-falta-regulamentacao. Acesso em: 16 de maio de 2020.
OLIVEIRA, D. S.; CAVALCANTE, B. V. Programa Nacional de Alimentação Escolar: Uma Política de Contribuição ao Combate à Fome e a Saúde no Processo Educacional Brasileiro. Disponível em: https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/23302_12135.pdf. Acesso em: 16 de maio de 2020.
SILVA, M. V. G.; PERON, A. C. P. Políticas Públicas de Alimentação Escolar: Estudo de Caso em uma Gestão Pública Municipal. Disponível em: http://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/154_622.pdf. Acesso em: 16 de maio de 2020.
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