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Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 28/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Aplicação Prática Teórica CASO CONCRETO 6 - AÇÃO POPULAR CASO CONCRETO: CESP/Unb - Exame da OAB 2009.2 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao saber, em abril de 2009, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. Supondo tratar-se de um "jogo de empurra-empurra", João preferiu procurar ajuda de profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que poderia ser tomada no caso. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) por João, redija a medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do gabinete do referido senador da República onere os cofres públicos. Peça processual M.M. Juízo da Vara Cível Federal da Seção Judiciária de Florianópolis/SC. João (qualificação completa), vem por seu advogado com escritório no endereço......, à presença de Vsa. Propor Ação Popular pelo rito ordinário, prevista na Lei nº 4.717/65 em face do Senador X (qualificação completa), pelas razões de fato e de direito que passa expor: Dos fatos: Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 28/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA O autor é cidadão e nas últimas eleições direcionou o seu voto ao Senado X. Logo após a posse do réu, o autor tomou conhecimento de que o réu contratara reforma em seu gabinete orçada em R$ 1.000.000,00 (Hum milhão de reais). A referida reforma constituía de aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. Ocorre que ao ser indagado sobre a reforma o réu declarou, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. O autor salienta que tomou conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara, mas obra ainda não havia sido iniciada, e que temia que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma. Da Tutela de Urgência: Presentes os requisitos que autorizariam a concessão de Tutela de Urgência, de acordo com o artigo 5º § 4º da Lei nº 4717/65: O fumus bonis iuris que se caracterizaria pelo desvio de finalidade consagrado na atuação do réu que gera prejuízo aos cofres públicos, já o periculum in mora se evidenciaria uma vez que a obra está prestes a ser iniciada e obviamente implementados os pagamento. Dos Fundamentos: O ato de contratação é nulo, se lesivos aos cofres públicos, com desvio de finalidade e inexistência de motivos, como previsto no artigo 2º incisos “d” e “e” da Lei nº 4.717/1965, como é o caso concreto, onde para exercer sua atividade de senador, onde já existia gabinete preparado para todos os senadores, providenciou reforma que não beneficiaria em nada a sua atuação como parlamentar pois são regalias dispensáveis. Cabe ressaltar que o réu ao contratar a reforma infringiu os princípios constitucionais previstos no Art. 37 da CF/88, onde a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, pois foram contratados para benefício próprio do réu, e também, não foram observados os princípios constitucionais implícitos da razoabilidade e da proporcionalidade, em razão, do excessivo valor de R$ 1.000.000,00 da reforma desnecessária, que caracterizam o mal uso do dinheiro público, pois não traz nenhum benefício para sociedade brasileira. Cabe informar que a presente ação é possível a qualquer cidadão que seja eleitor, contra ato ou contrato que dilapida o patrimônio público, de acordo o artigo 1º da Lei nº 4717/1965. Do pedido: Universidade Estácio de Sá – Campus Pres. Vargas CURSO DE DIREITO – 10º PERÍODO 2º SEMESTRE/2020 PRÁTICA SIMULADA V (CÍVEL) - CCJ0151 DATA 28/09/2020 Professor (a) LILIAN DIAS COELHO L M GUERRA Pelo exposto requer: 1. A concessão de liminar para sustar o ato de contratação da obra e os efeitos, em especial o início da obra e seu respectivo pagamento; 2. A citação do réu, para que querendo contestar o faça dentro do prazo legal de 20 dias; 3. A intimação do Ministério Público; e 4. Seja julgado o pedido para invalidar o ato de contratação ( para declarar a nulidade do ato de contratação da obra) condenando o réu ao pagamento de perdas e danos referente aos gastos com a licitação. Das provas: Requer a produção de todos os meios de prova admitidas em direito, especialmente a prova documental, documental superveniente ou suplementar ou prova pericial. Do valor da Causa: art. 291 CPC Atribui-se a causa o valor de R$ 1.000.000,00 (hum milhão de reais). Nestes termos, pede deferimento Local e data Advogado OAB/UF
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