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MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 1 MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA Profa. Ms Adriana Cruz Lopes MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 2 ÁREA DE NUTRIÇÃO CLÍNICA Fundamento Legal Inciso VIII do artigo 3º e incisos III, IV, VII e VIII do artigo 4º da Lei nº 8.234/91. Atribuição Principal Assistência dietoterápica hospitalar, ambulatorial e em consultórios de nutrição e dietética, prescrevendo planejamento, analisando, supervisionando e avaliando dietas para enfermos. ÁREA DE NUTRIÇÃO CLÍNICA Definir, planejar organizar, supervisionar (estrutura, instalações, impressos, pessoal); Avaliar o estado nutricional do cliente a partir do diagnóstico clínico; Interpretação e adequação das prescrições médicas; Anamnese alimentar, avaliação e orientação nutricional; Elaboração e análise de dietas; Controle de ingesta hídrica e calórica; Visitas aos pacientes internados; Controle de rotina no pré e pós-operatório; Participação em grupos de estudos; Solicitação de exames laboratoriais. Recorrer a outros profissionais e/ou solicitar laudos técnicos especializados, quando necessário. Prescrever complementos nutricionais, quando necessário. Registrar, diariamente, em prontuário do cliente, a prescrição dietoterápica, a evolução nutricional, as intercorrências e a alta em nutrição. Promover orientação e educação alimentar e nutricional para clientes e familiares. Desenvolver manual de especificações de dietas. Elaborar previsão de consumo periódico de gêneros alimentícios e materiais de consumo. Orientar e supervisionar o preparo e confecção, rotulagem, estocagem, distribuição e administração de dietas. Integrar a equipe multidisciplinar, com participação plena na atenção prestada ao cliente. Colaborar na formação de profissionais na área da saúde, orientando estágios e participando de programas de treinamento. Efetuar controle periódico dos trabalhos executados. Planejar, implantar e coordenar a UAN, de acordo com as atribuições estabelecidas para a Área de Alimentação Coletiva. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 3 AMBULATÓRIOS Prescrever complementos nutricionais, quando necessário. Registrar em prontuário do cliente a prescrição dietoterápica, a evolução nutricional, as intercorrências e a alta em nutrição. Promover orientação e educação alimentar e nutricional para clientes e familiares. Elaborar e/ou controlar programas e projetos específicos de assistência alimentar a grupos vulneráveis da população. Desenvolver e fornecer receituário de preparações culinárias. Integrar a equipe multidisciplinar, com participação plena na atenção prestada ao cliente. Participar do planejamento e execução de treinamento, orientação, supervisão e avaliação de pessoal técnico e auxiliar. Colaborar com as autoridades de fiscalização profissional e/ou sanitária. Desenvolver estudos e pesquisas relacionadas à sua área de atuação. Colaborar na formação de profissionais na área da saúde, orientando estágios e participando de programas de treinamento. Efetuar controle periódico dos trabalhos executados. CONSULTÓRIO DIETÉTICO Rotina, impressos, pessoal; Anamnese alimentar e avaliação nutricional; Elaboração da dieta individual, considerando as condições sócio-econômicas e hábitos alimentares; Solicitação de exames laboratoriais. Cabe ao nutricionista dar atendimento nutricional personalizado a indivíduos sadios que necessitam adequar seu comportamento alimentar ou a indivíduos doentes que necessitam de aconselhamento dietoterápico, mediante diagnóstico médico; Atua em clínicas de recuperação médico-nutricional, clínicas de ginástica/estética; como também, em escritórios de planejamento e assessoria de serviços alimentares. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 4 “SPAS” Avaliar o estado nutricional do cliente, a partir de diagnóstico clínico, exames laboratoriais, anamnese alimentar e exames antropométricos. Estabelecer e acompanhar a dieta do cliente. Solicitar exames complementares para acompanhamento da evolução nutricional do cliente, quando necessário. Prescrever complementos nutricionais, quando necessário. Registrar em prontuário do cliente a prescrição dietoterápica, a evolução nutricional, as intercorrências e a alta em nutrição. Promover orientação e educação alimentar e nutricional aos clientes e familiares. Integrar a equipe multidisciplinar, com participação plena na atenção prestada ao cliente. Colaborar com as autoridades de fiscalização profissional e/ou sanitária. Desenvolver estudos e pesquisas relacionados à sua área de atuação. Colaborar na formação de profissionais na área da saúde, orientando estágios e participando de programas de treinamento. Efetuar controle periódico dos trabalhos executados. Planejar, implantar e coordenar a UAN, de acordo com as atribuições estabelecidas para a Área de Alimentação Coletiva. NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL Pediatria Serviço de nutrição na enfermaria de pediatria, supervisão e controle; Interpretação e adequação das prescrições médicas; Atualização de mapas; Anamnese alimentar; Avaliação e orientação nutricional; Elaboração e análise da dieta. Gestante, puérpera e nutris: serviço de nutrição na maternidade e rotina; Supervisão e controle do serviço, atualização de mapas; Anamnese alimentar; Avaliação e orientação nutricional; Elaboração e análise da dieta MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 5 Lactário: Serviço de nutrição no lactário; Localização, planejamento, equipamentos, higienização, pessoal; Padronizar métodos, rotinas e fórmulas para o serviço. Armazenamento e distribuição de mamadeiras; Métodos de esterilização; Controle bacteriológico; Cálculo e técnicas de preparo das fórmulas lácteas e não-lácteas; Supervisão e controle; atualização de mapas. Fornecer orientação ao responsável pela criança quanto ao preparo e diluição das refeições no momento da alta e dos retornos programados. Prescrever complementos nutricionais, quando necessário. Promover orientação e educação alimentar e nutricional aos clientes e familiares. Integrar a equipe multidisciplinar, com participação plena na atenção prestada ao cliente. Colaborar com as autoridades de fiscalização profissional e/ou sanitária. Desenvolver estudos e pesquisas relacionadas à sua área de atuação. Colaborar na formação de profissionais na área da saúde, orientando estágios e participando de programas de treinamento. Efetuar controle periódico dos trabalhos executados. Planejar, implantar e coordenar a UAN, de acordo com as atribuições estabelecidas para a Área de Alimentação Coletiva. Banco de leite humano: Estabelecer controle quantitativo do leite humano coletado e distribuído Supervisão e controle. Promover orientação, educação e assistência alimentar e nutricional às mães. Promover orientação e educação alimentar e nutricional à família e à comunidade. Participar do planejamento e execução de programas de treinamento para pessoal técnico e auxiliar. Integrar a equipe multidisciplinar com participação plena na atenção prestada ao cliente. Desenvolver estudos e pesquisas relacionados à sua área de atuação. Incentivo ao aleitamento materno; Promover campanhas para captar doadoras de leite humano, divulgando as atividades do Banco de Leite Humano. Rotina, planejamento, localização, ventilação e iluminação; Área de atuação técnica de coleta do leite humano e métodos de conservação; MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 6 Colaborar com as autoridades de fiscalização profissional e/ou sanitária. Colaborar na formação deprofissionais na área de saúde, orientando estágio e participando de programas de treinamento. Efetuar controle periódico dos trabalhos executados. NÍVEIS DE ASSISTÊNCIA EM NUTRIÇÃO CLÍNICA a) PRIMÁRIO OBJETIVOS Prestar assistência nutricional a pacientes cuja patologia de base ou problema apresentado, não exigem cuidados dietoterápicos específicos e inexistem fatores de risco nutricional. b) SECUDÁRIO OBJETIVOS Prestar assistência nutricional a pacientes, cuja patologia de base ou problema apresentado não exigem cuidados dietoterápicos específicos, mas existem fatores de risco nutricional: Anorexia nervosa Ingestão alimentar inadequada Hábito alimentar errôneo Etc. c) TERCIÁRIO OBJETIVOS Prestar assistência nutricional a pacientes, cuja patologia de base ou problema apresentado não exigem cuidados dietoterápicos específicos, mas existem fatores de risco nutricional associados: Pacientes desnutridos; Pacientes críticos; Pacientes com sondas ou estomias par alimentação Etc. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 7 DEFINIÇÃO Tratamento através da dieta envolve modificações na ingestão diária de alimentos. Pode ser tratamento auxiliar ao medicamentoso ou constituir a única forma de intervenção terapêutica. Tem por base a modificação dos alimentos pela adição de substâncias alimentares com propriedades de cura, cujo organismo doente se encontra incapacitado de metabolizar, o que por si só neste último caso induz ou agrava a doença. OBJETIVOS Utilizar-se de dietas terapêuticas para o tratamento de diversas doenças, buscando a individualização do paciente. Manter e/ou melhorar o estado nutricional, promovendo a melhora ou cura do paciente. DIETAS TERAPÊUTICAS Modificações quantitativas e qualitativas da alimentação normal PRESCRIÇÃO DIETÉTICA – DIETOTERÁPICA 1° item da prescrição médica; Tem a mesma finalidade da prescrição medicamentosa, designando o tipo, quantidade,freqüência e via de administração dos alimentos; Deve ser um consenso entre médicos e nutricionistas. Aspectos a serem considerados na prescrição dietoterápica Condições do trato digestivo; Hábitos e tabus alimentares; Conscientização do paciente; Condições da unidade de internação Emergência, Enfermarias ou UTI Padronização Hospitalar. ETAPAS DA DIETOTERAPIA Modificações do padrão dietético normal, aplicadas em cada caso conforme necessário para atender as necessidades individuais (ex: capacidade de digestão e absorção, alívio da doença, fatores psicossociais). MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 8 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL (Indicadores antropométricos, bioquímicos, dietéticos e clínicos) CÁLCULOS DAS NECESSIDADES NUTRICIONAIS (energia, proteínas, lipídios, carboidratos, minerais, vitaminas, etc) DETERMINAÇÃO DA VIA DE ADMINISTRAÇÃO (Oral, enteral, parenteral) PROCESSO DO CUIDADO NUTRICIONAL Consiste de: Avaliação do estado nutricional; Identificação das necessidades ou problemas nutricional; Planejamento e priorização dos objetivos do cuidado nutricional para atingir essas necessidades; Complementação de atividades nutricionais para atingir os objetivos; Avaliação do cuidado nutricional. SAÚDE HÁBITOS ALIMENTARES DOENÇA PACIENTE HOSPITALIZADO Mais complexo; Avaliação da adequacidade do consumo ou ingestão nutricional; Manipulação da dieta quando necessário Suporte enteral ou parenteral; Orientação. EQUIPE MULTIPROFISSIONAL Médico, dentista, fisioterapeuta, enfermeiro, farmacêutico, fonodiólogo, psicólogo e nutricionista. IDENTIFICAÇÃO DO RISCO NUTRICIONAL Custo hospitalar; Triagem hospitalarIdade, altura, peso habitual e ideal, alteração do apetite, disfagia ou dificuldade de mastigação, presença de náuseas, vômitos diarréia, avaliação geral do trato gastrintestinal Albumina sérica; Hemoglobina; Hematócrito; Contagem total de linfócitos; Glicemia; Proteínas totais e frações; Colesterol total e frações;Triglicérides; Uréia; Creatinina; ETC. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 9 Avaliação de todos os pacientes no máximo em 3 dias após a entrada e deverá ser repetida a cada 7 dias no mínimo; Risco nutricional aumenta em pacientes hospitalizados por duas semanas ou mais OBJETIVOS PARA O CUIDADO NUTRICIONAL Após a identificação dos problemas nutricionais, o próximo passo é formular um plano para tratar de cada um deles prioridade; Objetivo identifica o que precisa ser feito; Devem ser centrados no paciente, ou seja, que mostre o que o paciente conseguirá se o objetivo for atingido; Devem ser realistas e levar em conta o nível educacional e sócio-econômico do paciente e família; Devem ser colocados em termos quantificáveis para facilitar uma avaliação. IMPLEMENTAÇÃO DO CUIDADO NUTRICIONAL Incluem todas as atividades ou intervenções que possibilitarão ao pacientes atingir os objetivos já definidos; Atividades incluídasprescrição de dieta, aconselhamento e orientação nutricional, abastecimento de alimentos necessários, aconselhamento sobre auxílios públicos e vales alimentos (o que ajudará o paciente a resolver economicamente suas necessidades nutricionais); Intervenções ou ações são numeradas para se correlacionarem com os objetivos que elas devem atingir. Devem ser completas e incluir condições que, onde, quando e como da atividade, a fim de que toda a equipe de saúde (incluindo paciente) saberá o que está sendo feito; As informações sobre o tratamento e progresso de um paciente deverão ser acessíveis à equipe de saúde, à partir de um registro centralizado. REGISTRO DO CUIDADO NUTRICIONAL O processo de cuidado nutricional, tal como aplicado a um paciente em um hospital ou ambulatório, deve ser documentado em um registro de saúde Prontuário Apresenta as seguintes vantagens: Ajuda o paciente a compreender seu cuidado nutricional e saber que deverá ser participante ativo; Ajuda a assegurar que o cuidado nutricional será relevante, completo e efetivo por fornecer um registro que identifica os problemas e estabelece critérios para avaliá-lo; Permite a toda equipe compreender as razões para o cuidado nutricional e os meios pelos quais será fornecido; Permite a toda equipe de saúde a participar do cuidado nutricional e reforçar a educação do paciente sempre que houver uma oportunidade. Um registro detalhado de cuidados nutricionais pode ficar com o nutricionista, mas, neste caso, as informações nele contidas deverão ser periodicamente sumarizadas no registro permanente de saúde. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 10 AVALIAÇÃO 1. ANTROPOMÉTRICOS Peso Alterações de peso e altura Parâmetros de crescimento em bebês, crianças e adolescentes, incluindo circunferência da cabeça; Espessura da prega cutânea triciptal, subescapular, bíceps, supra ilíaca. Circunferência do braço e muscular; Informações radiográficas do esqueleto. 2. BIOQUÍMICOS Exames sanguíneos, séricos e plasmáticos; Exame de urina; Análise de tecido ou biópsia 3. EXAME CLÍNICO Indicadores do estado nutricional; Indicadores de moléstia que possa afetar o estado nutricional; História médica pertinente Efeitos da doença, medicamentos, cirurgia recente, radiação, quimioterapia ou outros tratamentos sobre o suporte nutricional, necessidades e perdas. 4. HISTÓRIA NUTRICIONAL Ingestão Dietética recordatório de 24hs Freqüência alimentar Registro Alimentar Informações relativas à nutrição suplementação Alergias, intolerâncias Conhecimento nutricional Atividade física Informações Psicossociais: Ambiente de cozinha e alimentação Atitudes quanto a alimentos e alimentação Fatores econômicos Histórico socialrelevante Origem étnica MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 11 NOTA:Baseado nestes dados é feito à avaliação do estado nutricional, e são identificados quaisquer problemas ou necessidades e suas prioridades. INTERVENÇÃO NUTRICIONAL 1. MODIFICAÇÃO DE DIETAS Todas as dietas terapêuticas são baseadas no padrão dietético normal que é modificada com a finalidade de: a) Suprir necessidades nutricionais individuais; b) Forma de ingestão; c) Quantidade de nutrientes; Capacidade digestiva; d) Absorção; e) Melhora da doença; f) Fatores psicossociais. A dieta terapêutica deve desviar-se o mínimo possível do normal para o indivíduo, a menos que as inadequações devam ser modificadas; As necessidades de nutrientes essenciais deverão suprir quanto as condições da moléstia permitirem; A dieta deverá reconhecer e levar em consideração os hábitos e preferências alimentares do paciente, nível sócio econômico, práticas religiosas e quaisquer fatores ambientais que se relacionem coma dieta onde são feitas as refeições e quem as prepara. No hospital deve-se prestar atenção ao ambiente da hora da refeição de cada indivíduo. 2. PRESCRIÇÃO DA DIETA A prescrição da dieta em nutrição obedece ao mesmo propósito dos medicamentos prescritos em terapêutica: Tipo Quantidade Freqüência Especifica um nível de energia baseado no peso atual e atividade normal do organismo, mais as quantidades e formas dos nutrientes Proteínas, Carboidratos, Lipídios, Sais minerais, Vitaminas, Fibras, Líquidos e Outras substâncias que julgar necessária. 3. MODIFICAÇÕES DA DIETA NORMAL Podem ser classificadas em: a) QUALITATIVAS Dieta normal ajustada de acordo com os tipos de alimentos permitidos Dietas das doenças TGI MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 12 b) QUANTITATIVAS Calculada com aumento ou diminuição na quantidade dos constituintes alimentares Pode ser feito de diversas maneiras: 1) Alteração da consistência dos alimentos Líquida, Líquida restrita, Branda, Rica em fibras, Pobre em fibras, Pastosa, Leve, Sólida 2) Aumento ou diminuição do valor energético da dieta Hipocalórica, Hipercalórica 3) Aumento ou diminuição dos alimentos específicos Hipossódica, Assódica, Hipoprotéica, hiperprotéica, hipoglicêmica e outras 4) Alimentos como fontes de nutrientes Conhecimento dos nutrientes contidos em diferentes alimentos é essencial para a correta avaliação das dietas terapêuticas; É útil estar atento aos alimentos altamente nutritivos que contribuem efetivamente para a adequacidade dietética. 5) Cuidado nutricional para paciente hospitalizado Serviço alimentar é tão importante quanto o suporte nutricional; Requer imaginação e habilidade para planejar uma variedade de alimentos familiares ao paciente; Aparência dos alimentos na bandeja, cor, textura, composição e temperatura; Tornar o sabor bom e agradável do alimento é extremamente importante no cuidado nutricional. ORAL ENTERAL PARENTERAL Trato gastrintestinal íntegro Condições de ingestão, digestão e absorção dos alimentos. Devem ser adequados de acordo com as patologias, condições físicas, obedecendo às leis fundamentais da alimentação fixadas por Escudero. Distribuídos de maneira equilibrada, conforme as recomendações da SBAN, do CODEX, RDA, de acordo com a pirâmide dos alimentos. Elaboração = cuidados sanitários = pontos críticos de controle no preparo das refeições. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 13 Êxito do tratamento dependerá: Adesão a dieta conduta dietoterápica adequada Atração ao cardápio Cuidados higiênico-sanitários DIETAS HOSPITALARES PADRÕES Hospitais e instituições apresentam dietas específicas para facilitar o serviço do SND. São baseadas e formuladas a partir da RDA. Importante que sejam flexíveis de modo a satisfazer as necessidades nutricionais freqüentemente reforçadas em pacientes hospitalares.São designadas como: Geral, Leve, Branda, Pastosa, Líquida, Líquida restrita DIETA GERAL Conhecida como normal, livre ou da casa; Balanceada conforme Guia Alimentar da Pirâmide do Departamento de Agricultura dos EUA e recomendações da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição. Dieta normal, básica, adequada 1600 a 2.200 Kcal 60 a 80g proteínas 80 a 100g gorduras 180 a 300g carboidratos Não há restrições específicas de nutrientes; Dieta usada nos casos em que o paciente pode receber qualquer tipo de preparação e os alimentos mais variados, de acordo com sua tolerância. DIETA LEVE Dieta de consistência semi-líquida, normal em calorias e nutrientes. Adequada que apresenta níveis de celulose mais baixos, tecido conjuntivo e também pobre em resíduos, que deverão ser abrandados na cocção moído ou desfiado. Indicadas para pacientes com problemas mecânicos de deglutição e mastigação, casos em que a função gastrintestinal esteja moderadamente alterada, preparo de exames, cirurgias, pré e pós-operatório. Em utilização prolongada deficiência de nutrientes avaliação contínua Dieta não sobrecarrega o TGI fácil digestão e Não provoca estímulos mecânicos Composição média 1500 Kcal Quantidades de calorias, proteínas, gorduras e CHO são ajustáveis de acordo com as necessidades individuais, baseadas na atividade, altura, peso, sexo, idade e qualquer necessidade específica causada pela moléstia. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 14 EXEMPLO REFEIÇÕES ALIMENTOS QUANT.g MED. CAS. SUBST. Desjejum Chá ervas claras Açúcar Biscoito água e sal 200 20 40 1 copo 1 colher sopa 6 unidades Erva doce Cidreira Hortelã Doce ou salgada, torradas Colação Lanche Ceia Mingau 200 1 prato fundo Frutas, torradas, chá. Gelatinas, gemada Almoço E Jantar Sopa de legumes Suco de frutas natural Pudim 300 200 200 1 prato cheio 1 copo 1 porção Carne moída, legumes, frango Desfiado, CháCremes e gelatinas DIETA BRANDA Similar a dieta geral Consistência mais macia, abrandada pela cocção, sendo permitido pedaços de alimentos, como legumes, vegetais, carnes, que não precisam ser obrigatoriamente triturados ou moídos Evitar frituras e condimentos fortes Indicada em indivíduos com problemas mecânicos e facilitar a digestão de alguns pós-operatórios. Dieta usada como transição para dieta geral; Útil para pacientes com pouco ou nenhum dente, ou com dentaduras; Composição média 1800 a 2000 Kcal Constituída de alimentos bem cozidos, normocalórica, restrita em celulose e alimentos fermentescíveis; São proibidos alimentos crus como verduras e frutas. EXEMPLO REFEIÇÕES ALIMENTOS QUANT.g MED CAS SUBST. Desjejum Chá ervas claras Açúcar Biscoito água e sal 200 20 40 1 copo 1 colher sopa 6 unidades Erva doce Cidreira Hortelã Doce ou salgada, torradas e pães Colação Lanche Ceia Mingau 200 1 prato fundo Frutas cozidas, torradas, chá, Gelatinas, gemada Almoço E Jantar Sopa de legumes, Pudim 300 200 200 1 prato cheio 1 copo 1 porção Arroz papa, caldo de feijão, carne moída, legumes macios, frango desfiado, purês Chá Cremes e gelatinas MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 15 RECOMENDAÇÕES ALIMENTOS PERMITIDOS Carnes magras moídas, frango desfiado sem pele, em preparações cozidas, refogadas e ensopadas; Legumes como batata, cenoura, abobrinha, chuchu bem cozidos ou na forma de purês; Arroz papa, sopas e caldos; Leguminosas somente o caldo: feijão, lentilha e ervilha; Chá de ervas claras: erva doce, camomila, hortelã, cidreira, etc; Frutas somente cozidas: maçã, pera, banana; Biscoite de água e sal, maisena, leite, torradas; Substituir se possível o açúcar por adoçante ou dextrosol. ALIMENTOS PROIBIDOS Carnes gordurosas,de porco e seus derivados, em pedaços; Grãos de leguminosas; Verduras fermentescíveis, como repolho, couve, pepino, couve flor, pimentão, cebolas e outros; Condimentos fortes como pimenta, picles, maionese, catchup, mostarda, molhas para saladas, etc. Evitar consumo de pães e salgados, tortas, doces e salgadas; Doces concentrados como goiabada, marmelada, doces em calda, compotas; Leites e derivados; Frutas e verduras cruas; Utilizar nas preparações o mínimo de óleo possível ou retirar totalmente. DIETA PASTOSA Dieta usada para pacientes com problemas de deglutição, pós-operatório de buco-maxilo e outras; Consistência em pasta, composição calórica normal, sem restrições de alimentos, evitando fibras e resíduos; Exemplos: arroz amassado, caldo de feijão, mingau de aveia, chocolate, maisena, purês de legumes, suco de frutas, pudins, cremes, papa de legumes, sopas e caldos, frutas cozidas (pêra, maçã e banana) e amassadas, gemada, suspiro, gelatinas, vitaminados de frutas, leite e derivados como iogurtes, danones, polenta, sorvetes, ovo quente, etc. DIETA LÍQUIDA Recomendada a pacientes que requeiram alimentos de fácil digestão e consumo, que seja isentos de agentes mecânicos ou condimentos que possam causar irritação; Indicada a pacientes com dificuldades de mastigação ou deglutição, que usam próteses dentárias, cirúrgicos de buco maxilo, pós-operatório, para fornecer líquidos e alguns eletrólitos e pequena quantidade de calorias antes do retorno da função TGI; Utilizam todos os alimentos que sejam líquidos, temperatura ambiente ou corpórea ou mesmo gelada; MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 16 É servida em intervalos pequenos e freqüentes para suprir os tecidos de água e aliviar a sede; Se bem elaborada consegue atingir necessidades nutricionais, exceto em relação às fibras; Apresenta aproximadamente 1300 a 1500 kcal com 5g proteínas, 65g gorduras e 150g CHO; De acordo com as necessidades do paciente pode ser modificada na quantidade dos nutrientes Suplementos protéicos e vitamínicos podem ser acrescentados, a ingestão de nutrientes; Com uso prolongado pode ocorrer constipação por essa dieta ser pobre em fibras industrializada. EXEMPLO: Sucos de frutas coados, chá de ervas claras, sorvetes e milk-shakes, caldos e sopas batidas e coadas, gelatina e pudins, dietas enterais industrializadas como fonte de suplementação, leite, iogurtes, danone, vitaminados, albumina, etc. Mesmas características da dieta branda normal, porém sem leite. Restrita em alimentos crus Indicada nos preparos de exames, diarréias e quando há necessidade do controle do peristaltismo Isenta de celulose e tecido conectivo, sem leite.Consistência semi líquida Quando há necessidade de repouso intestinal, preparo de exames, pré e pós-operatório. Deve ser utilizada em curtos períodos. Em uso prolongado suplementação Indicada em casos em que há necessidade de deixar o intestino limpo, preparo de exames, pré e pós- operatório imediatos. Utilizada apenas para hidratação por períodos curtos Caso contrárioobrigatoriedade da suplementação Consistência abrandada pela cocção e processos mecânicos com alimentos moídos, liquidificados, em forma de purês e papas, sem leite e sem alimentos crus. Indicadas em casos de facilitação da ingestão, deglutição, repouso intestinal e em alguns pós- operatórios. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 17 TIPO DESCRIÇÃO INDICAÇÕES COMENTÁRIOS HIPOCALÓRICA Restrita em calorias Utilizada para produzir balanço energético (-) e perda de peso Sem alimentos de alta Densidade Calórica Pacientes obesos Casos de doenças onde existe urgência médica na perda de peso Fracionada 4 a 6 refeições/dia Adequada em vitaminas e minerais Monitorar cálcio e ferro HIPERCALÓRICA Utilizada para produzir balanço energético + e ganho de peso Oferta de alimentos de alta densidade calórica Pacientes desnutridos Fracionada 6 a 7 refeições/dia Utilizar complementos nutricionais hipercalóricos TIPO DESCRIÇÃO INDICAÇÕES COMENTÁRIOS HIPOLIPÍDICA Modificação do conteúdo de lipídios - 15 a 25% do VCT Adequada em nutrientes Rica em CHO 60 a 65% Oferta de TCM Esteatorréia por má absorção Doença de Crohn Doenças da vesícula biliar SIC Insuficiência pancreática Doenças hepáticas Substituição de TCL por TCM melhora: Absorção de gorduras Ingestão calórica Em caso de esteatorréia suplementar vitaminas lipossolúveis Ofertar enzimas pancreáticas POBRE EM COLESTEROL Restrita em gorduras - Máximo 30% VCT Oferta de gordura monoinsaturada Restrição de alimentos ricos em colesterol Oferta de fibras Excluído álcool e açúcar Pacientes com dislipidemias Problemas cardiovasculares Fibra dietética retarda a absorção de colesterol e seqüestra Sais biliares TIPO DESCRIÇÃO INDICAÇÕES COMENTÁRIOS HIPOPROTÉICA Doces de frutas, mel, vegetais. Restrição de proteínas para prevenir o acúmulo de produtos do catabolismo nitrogenado. Insuficiência renal crônica e aguda; Encefalopatia hepática Aporte de proteínas depende: Da gravidade da doença; Da função renal e hepática; Proteínas devem ser ricas em Aas essenciais e/ou ramificados HIPERPROTÉICA Balanço + de N Relação caloria/proteína (nitrogênio) deve ser suficiente Pacientes em estado de hipercatabolismo Monitorar função renal MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 18 Alimentos para fins especiais com ingestão controlada de nutrientes, na forma isolada ou combinada, de composição química definida ou estimada, especialmente elaborada para uso por sondas ou via oral, industrializadas ou não, utilizados exclusiva ou parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes desnutridos ou não, conforme suas necessidade nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, usando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou sistema. ANVISA. Portaria n° 337 Administração de nutrientes através do trato gastrintestinal. Termo utilizado referindo-se a pacientes submetidos à alimentação forçada pelo trato gastrintestinal, através de sondas nasoenterais, nasogástricas ou estomias, localizadas em vários locais do tubo digestivo. Pacientes com afecções que impedem a ingestão oral como cirurgia oral, cirurgia gastrintestinal, disfagia, inconsciência, anorexia ou obstrução esofágica, precisam de alimentação líquida através de sonda. Outros por várias razões não conseguem atingir nutrição adequada através da ingestão oral isolada, necessitam de refeições adicionais supridas enteralmente. INDICAÇÕES Risco de desnutrição; Ingestão oral inadequada; Situações em que o trato gastrintestinal é total ou parcial funcional, mas o paciente não quer, não pode ou não deve se alimentar via oral. Em crianças é indicada para manutenção do crescimento e desenvolvimento normal. CONTRA INDICAÇÕES Doença terminal Complicações superam benefícios SIC Do tipo maciço ou em fase inicial de reabilitação Int. Obstrução Intestinal Ausência de trânsito intestinal total ou localizado Sangramento TGI Ocasiona náuseas, vômito e melena ou enterorragia Vômitos Dificultam a manutenção da sonda Diarréia Avaliar a causa, considerar drogas, perdas hidroeletrolíticas Fístulas Intestinais Especialmente jejunais e de alto débito Isquemia Gastrintestinal Doentes críticos, sepse, disfunção de múltiplos órgãos, instabilidade cardiopulmonar Íleo Paralítico Intestinal Peritonites, hemorragia intraperitoneal, perfuração intestinal, diabetes grave, lesão nervosa central, hipocalemia Inflamação do TGI Enterites graves por moléstia inflamatória grave dos cólons e por quimioterapia,pancreatite grave Hiperêmese gravídica MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 19 VANTAGENS Custo menor; < complicações técnicas, metabólicas e infecciosas; < monitoração do paciente adaptação da fórmula Recuperação rápida. TÉCNICAS DE ACESSO AO TUBO DIGESTIVO SONDAGEM NASOENTERAL Método de administração de dieta enteral por sonda nasogástrica ou nasoenteral, utilizando-se de sondas plásticas de polietileno tipo Levine, vem há muito tempo sendo praticado. Quando utilizadas por período acima de 15 dias podem ocasionar: Escara de asa do nariz;desabamento do dorso;sinusite aguda;otite média aguda; rouquidão;esofagite; ulceração estenosante de laringe e esôfago; fístula traqueoesofágica; ruptura de varizes de esôfago; distensão gasosa intestinal. Para minimizar sondas de fino calibre, flexíveis e macias, constituídas de borracha de silicone ou poliuretano, denominadasnasoenterais. Uso prolongado de suporte nutricional enteral Ostomia: Faringostomia e Esofagostomia; Gastrostomia; Jejunostomia FARINGOSTOMIA e ESOFAGOSTOMIA Raramente usada, minimizar aspectos fisiológicos de exteriorização da sonda pelo nariz. Posicionada no estômago ou duodeno Pode ser realizada durante cirurgia conservadora de faringe e/ou laringe Procedimento rápido realizado por cirurgião de cabeça e pescoço durante cirurgia de câncer primário Índice baixo de complicações GASTROSTOMIA Grande vantagem pela fácil manipulação para alimentação e cuidados. Podem ser posicionadas através de cirurgias abertas ou via percutânea, usando técnicas endoscópicas, radiológicas ou laparoscópicas. Procedimento fácil, rápido e pode ser feito com anestesia local à beira do leito. Taxas morbidades Início rápido da NE MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 20 CONTRA INDICAÇÃO Ascite e hipertensão COMPLICAÇÕES Deslocamento da sonda, infecção, fístula gástrica persistente, sangramento gastrintestinal a partir da incisão gástrica; vazamento do conteúdo gástrico para cavidade abdominal; aspiração pulmonar; escoriação da pele; persistência de fístula após remoção da sonda; migração da sonda e obstrução antro pilórica. JEJUNOSTOMIA Através de cirurgia convencional, endoscopia ou vídeo laparoscopia. Indicada no intra-operatório de esofagectomia, esofagogastrectomia e gastrectomia total, como via de acesso nutricional. COMPLICAÇÕES Deslocamento da sonda, aspiração, vazamento do conteúdo intestinal para a cavidade peritoneal, diarréia, obstrução CUIDADOS NA MANUTENÇÃO DAS ESTOMIAS Vazamento do suco gástrico ou duodenal para a pele ou tensão da sonda sobre a pele pode causar irritação e ulceração remoção imediata Como prevenção limpeza diária da pele ao redor da sonda com água morna e sabão neutro. Aplicar gazes e fixar com fita alergênica INTERMITENTE CONTÍNUO Técnica de Administração Bolo: Injeção com seringa de 100 a 350ml de dieta no estômago a cada 2 ou 6hs Gravitacional: Volume de 100 a 350ml administrado por gotejamento (60ml/min) a cada 2 a 6 horas Gotejamento Gravitacional ou por meio de bomba de infusão (50 a 125ml/h) período de 12 a 24hs no jejuno, duodeno ou estômago. Fisiologia Distensão gástrica estimula secreção cloridropéptica Retardo do esvaziamento gástrico com risco de aspiração Risco de aspiração e distensão abdominal Tolerância para dietas hiperosmolares no estômago Hiperinsulinemia persistente e de lipólise e glicogenólise Evita complicações GI Alcance rápido do VCT desejado Indicações específicas Para pacientes com esvaziamento gástrico normal e com NE domiciliar Início da alimentação em desnutridos graves tentando tolerância à dieta oferecida Iniciar com 0,5cal/ml a 1cal/ml até 2Kcal/ml Pacientes com retardo no esvaziamento Gástrico Aspectos Psicológicos Mais desejável ao paciente domiciliar Permite deambulação > Segurança e confiabilidade de infusão devido ao uso da bomba Restrição do paciente ao leite Custo Operacional MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 21 Administração gástrica de dieta infundida pelo método intermitente pode ser iniciada com vol. de 100ml, com gradativo de 50ml por dose até atingir vol. máximo de 350ml com intervalos de 3 a 4hs. Infusão contínua administrar inicialmente 25 a 30ml/h e gradativamente até velocidade máxima de 100 à 150ml/h Criança progressão volume deve ser adequado com peso ponderal. A progressão se dá de acordo com tolerância Aspiração gástrica deve ser feita a cada 24hs se o volume aspirado for > que a metade do volume infundido, a progressão deverá ser mais lenta. Não se deve progredir simultaneamente o volume e a [ ] da dieta Quando a sonda se localiza em porções distais ao piloro duodeno ou jejuno o gotejamento deve ser observado com atenção, pois o escoamento rápido pode provocar cólicas, distensão, diarréia e do aproveitamento nutricional e prejuízo ao paciente. GÁSTRICA DUODENAL-JEJUNAL VANTAGENS > Tolerância a fórmulas variadas (prot. intactas, prot. isoladas, AAs cristalinos) Boa aceitação de fórmulas hiperosmóticas Permite progressão + rápida para alcançar o VCT ideal Devido à dilatação receptiva gástrica, permite introdução de grandes volumes em curto tempo. Fácil posicionamento da sonda <Risco de aspiração > dificuldade de saída acidental da sonda Permite NE quando alimentação gástrica é inconveniente e inoportuna DESVANTAGENS Alto risco de aspiração em pacientes com Dificuldades neuromotoras de deglutição Ocorrência de tosse, náusea ou vômitos, favorece a saída acidental de sonda nasoenteral Risco de aspiração em pacientes que tem mobilidade gástrica alterada ou que são alimentados durante a noite Desalojamento acidental, podendo causar refluxo gástrico. Requer dietas normo ou hipoosmolares Dietas enterais ricas em macro e micronutrientes são excelentes meios para crescimento de microrganismos; quando contaminada por ≠ germes pode causar distúrbios GI náusea, vômito e diarreia. Independente da administração é fundamental que as dietas enterais sejam preparadas com > cuidado para evitar contaminação Dietas naturais e industrializadas requerem técnicas individuais no preparo. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 22 1- Paramentação total 2- Lavar as mãos com água e sabão e secar em toalhas de papel 3- Utilizar luvas cirúrgicas descartáveis para o preparo de dietas naturais 4- Preparar a dieta em área limpa, passando álcool na área a ser utilizada. 5- Utilizar água filtrada e fervida (25min.) para preparação da dieta. PARA DIETA INDUSTRIALIZADA Utilizar água fria Liquidificar o pó e a água por 4min. PARA DIETA NATURAL Utilizar água morna Pesar os ingredientes em balança Liquidificar os ingredientes da fórmula por 4 min. Coar em filtro de papel 6- Colocar a quantidade indicada nos frascos 7- Acondicionar a dieta em T < 10°C (geladeira) 8- Retirar o frasco da geladeira uma hora antes da sua administração 9- Não aquecer a dieta industrializada 10- A dieta normal poderá ser aquecida em banho-maria fora do fogo até T ambiente 11- A dieta deverá ser preparada no máx. em quantidade suficiente para 1 dia Preparadas a base de alimentos in natura, produtos alimentícios e/ou módulos de nutrientes. Requerem suplementação de vitaminas e minerais. Controle de qualidade físico-químico e microbiológica do alimento deve ser rigoroso. TGI com capacidade de digestão e absorção normais nutrientes forma intacta alimentos in natura e produtos alimentícios. Pacientes graves em situações metabólicas especiais nutrientes específicos Pacientes com risco aumentado de imunodepressão, HIV, idosos, bebes prematuros, pacientes com câncer ou em tratamentode quimioterapia e radioterapia e outros contaminação da dieta. FONTES DE NUTRIENTES DAS PREPARAÇÕES NÃO-INDUSTRIALIZADAS CARBOIDRATOS Alto poder de viscosidade na dieta da viscosidade impede adequado gotejamento fornecimento adequado nutricional Mistura de CHO simples e complexos MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 23 Objetivo manter a osmolalidade + risco de diarréias osmóticas Alimentos in natura batata, inhame, mandioca, arroz Produtos alimentícios amido de milho, creme de arroz, tapioca, outros. Açúcar simples das frutas frutose comercial Lactose + comum em NE não industrializada do que formulações e dietas industrializadas Dextrosol ou glicose tem poder adoçante e osmolaridade. FIBRAS Preparações não industrializadas = fontes de fibras = leguminosas Soja, legumes, verduras e frutas. Quantidades elevadas viscosidade = dificuldade no gotejamento Recomendação 10gr/1000cal ou 25-30gr/dia PROTEÍNAS Preparações com alimentos in natura e produtos alimentícios = proteína intacta derivadas do leite ou produtos a base deleite, ovos, carnes. Proteína de soja + utilizada na NE in natura ou módulo Isolado protéico de soja proteína pura isolada dos açúcares, gorduras e fibras da soja geralmente suplementados com Aas como L-metionina, taurina e carnitina. Módulo de proteínas comercialmente disponíveis fornece proteínas intactas caseinatos e isolados protéicos de soja ou também como hidrolisados, em peptídeos ou AAs na forma livre. Apresenta-se em pó e requerem diluição para o consumo. LIPÍDIOS Fontes óleos vegetais milho, canola, soja, girassol e outros; Interferem pouco na osmolalidade da solução final. TCM precaução quantidades adequadas de ácidos graxos essenciais esvaziamento gástrico VITAMINAS E MINERAIS Pacientes sob TNE ou TNP prolongada podem apresentar deficiências de micronutrientes Módulos de micronutrientes e suplementos vitamínicos OLIGOELEMENTOS E NUTRIENTES CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS Selênio, Cromo e Molibdênio nutrientes essenciais. Mais acentuados em dietas não industrializadas MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 24 ÁGUA 2 aspectos importantes Volume e qualidade da água Densidade calórica reflete a densidade das calorias fornecidas por volume Dietas normocalóricas apresentam volume de água > que dietas hipercalóricas 85 e 70%. Pode representar um risco no produto final: Adequar a consistência da dieta à passagem em sondas de menor calibre Hiperdiluição da preparação da densidade calórica em relação ao esperado TEMPERATURA Diferentes processamentosPasteurização, tratamento ultra-térmico e esterilização Mudanças físicas, químicas e biológicas dos alimentos. Proteínas sofrem desnaturação a 80°C. Caseína, albumina, ß-globulina + termoestáveis que prot. Soro. Cor alteração que caracteriza a ação da T° sobre as proteínas reação de Maillard perda de lisina e caramelização que ocorre pela formação de melanóides. CHO ≠ graus de alterações físicasMudanças de solubilidade, gelatinização e cristalização. Mudanças químicas dos CHOAlteração de sabor e caramelização T° afetam composição dos lipídios Mudança de sabor > quantidades de lactonas e metilcetonas Vitamina C perdas de 30 a 100% esterilização Vitaminas lipossolúveis + termoestáveis Atenção às possíveis mudanças físico-químicas. ESTABILIDADE DOS NUTRIENTES Interferem na qualidade, segurança e validade. Glutamina estável até 24hs INTERAÇÃO DROGA NUTRIENTE Acréscimo de suplementos medicamentosos nas preparações não industrializadas implica em incompatibilidade. Formação de coalhos Alterações de viscosidade Consistência Entupimento da sonda Outras incompatibilidades farmacêuticas, fisiológicas ou farmacocinéticas não visíveis MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 25 QUALIDADE Análise das características físico-químicas e Microbiológicas Procedimentos operacionais ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS Densidade calórica Perfil e variabilidade de nutrientes Osmolalidade pH Carga de soluto renal Aroma Sabor Viscosidade Resíduos Alteração visual da fórmula CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS Pacientes com TNE >suscetibilidade a infecções, toxinas e contaminação alimentar Literatura NE não industrializada está associada à contaminação bacteriana Alimentos in natura suscetível a contaminação e toxiinfecção alimentar. Uso criterioso INTRODUÇÃO Início dec. de 60 e desenvolvimento em 70 Dietas utilizadas à base de caldo de carne bovina e frango - Administrada via jejunostomia Intercorrências distensão abdominal, cólicas diarréias, flatulência Década de 70 a Divisão de Nutrição do Instituto de Cirurgia do HC e USP criou a dieta isosmolar, polimérica artesanal à base de soja em grão. Década de 80 dietas nacionais enterais Protein Plus, Nutrogast e Lioprotein em pó. Formuladas para pacientes com GI absortiva e digestiva íntegra Passaram então de artesanal para quimicamente definidas Paralelamente surgiram frascos e bolsas descartáveis garantindo a segurança do produto final Indicações e operacionalização da TE passaram obedecer a critérios melhor definidos para a manipulação e preparo da dieta DIETAS ENTERAIS INDUSTRIALIZADAS 1) DIETAS INDUSTRIALIZADAS EM PÓ PARA CONSTITUIÇÃO Acondicionadas em pacotes hermeticamente fechados Porções individuais60 a 96g Latas com 400g Necessitam se reconstituídas em água ou em outro veículo líquido MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 26 VANTAGENS Permitem individualização da fórmula. < manipulação que as dietas caseiras. > estabilidade microbiológica e bromatológica Fornecem micronutrientes adequados Fácil armazenagem volume pequeno Diluição da dieta é dada pelo fabricante DESVANTAGENS Exigem manipulação > que as dietas industrializadas líquidas > tempo de preparo > custo operacional Necessitam de área de preparo 2) DIETAS INDUSTRIALIZADAS LÍQUIDAS SEMI-PRONTAS PARA USO Dietas prontas - apresenta-se em latas ou frascos de vidro com 230 a 260ml Quantidade suficiente para um horário de dieta VANTAGENS < Manipulação Dietas líquidas prontas para uso praticidade DESVANTAGENS Prévia manipulação risco de contaminação Necessitam de área de preparo Dietas menos individualizadas Embalagens + pesadas e > dificuldade para armazenamento e transporte 3) DIETAS INDUSTRIALIZADAS PRONTAS PARA USO Apresentam-se envasadas Acondicionadas em frascos de vidros ou bolsas próprias com 500 e 1000ml Diretamente acopladas no equipo VANTAGENS Não há manipulação - Facilidade de distribuição Não necessitam de área de preparo + necessitam de área para armazenamento Controles microbiológicos e bromatológicos são garantidos MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 27 DESVANTAGENS > volume de infusão Necessitam de equipos próprios. Bombas de infusão Custo PORTARIA N° 337, 14/04/1999 Transferência da dieta da embalagem para o frasco, reconstituição e mistura de ingredientes favorecem a contaminação das formulações. Fatores que minimizam riscos de contaminação: Sala para limpeza e higienização, Manipulação, Envase, Distribuição, Procedimentos para manipulação pré-estabelecidos e validados. Implantar rotinas e procedimentos de validação de cada etapa qualidade microbiológica Documentação referente à preparação da NE deverão ser arquivados por 5 anos. ÁREA DE RECEBIMENTO Local onde se recebe o material entregue pelo fornecedor Avaliar qualitativa e quantitativamente Verificar data de validade e fabricação Condições da embalagem limpas e íntegras Condições do entregador Conferir a rotulagem:HIGIENIZAÇÃO Umedecer as mãos e antebraços com água; Lavar com sabonete líquido, neutro, inodoro. Pode ser sabonete líquido anti-séptico; Massagear, escovar e enxaguar bem as mãos e antebraços; Nome Composição do produto Lote, data de fabricação e validade. Número do registro no órgão oficial CGC Endereço do fabricante Condições de armazenamento Peso MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 28 Secar com papel toalha descartável, não reciclável, ar quente ou outro procedimento apropriado; Aplicar anti-séptico, deixando secar naturalmente ao ar, quando não usar sabonete anti-séptico; Pode ser aplicado anti-séptico com as mãos úmidas; Antissépticos permitidos pelo MS são: álcool a 70%, soluções iodadas e outros produtos. UNIFORMES Deve ser completo; Cor clara; Sapato fechado ou bota; Avental fechado ou macacão com manga, decote fechado; Gorro ou touca que proteja totalmente o cabelo; Máscaras que proteja da liberação de partículas provenientes de respiração, espirro, tosse, suor e cabelo. PREPARO DAS DIETAS INDUSTRIALIZADAS SEMIPRONTAS Após higienização das embalagens, abrir com cuidado perda do conteúdo e contaminação; Condicionar em recipientes atóxicos e compatíveis físico-quimicamente com a composição do conteúdo; Recipientes devem ser isentos de microorganismos patogênicos - Descartáveis. PREPARO DAS DIETAS EM PÓ Para se dissolver a dieta em pó água potável avaliação microbiológica Separar exatamente a quantidade de pó determinada e o volume de água a ser utilizada Acondicionar no liquidificador a água e em seguida o pó Coar numa peneira bem fina e acondicionar em recipientes apropriados Processo de rotulagem Exemplo Nome do paciente Leito Tipo de Dieta Velocidade de administração Via de acesso Data e hora da manipulação Prazo de validade Numero seqüencial Responsável CONSERVAÇÃO E TRANSPORTE Depois de prontas e rotuladas geladeira exclusiva T 2°C a 8°C aferida com Termômetro Transporte recipientes térmicos exclusivosmantém a T e protege da luz solar direta MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 29 INDICADORES PARA SELEÇÃO DE DIETAS Identificação do paciente para TNE plano dietoterápico DENSIDADE CALÓRICA X QUANTIDADE DE LÍQUIDO RECOMENDADO Quantidade de calorias/mililitro de dieta pronta Dependerá do VCT do paciente x volume da dieta que deverá ser administrada durante o dia tolerância Recomendação Adulto 25 a 40ml/kg/dia Criança 50 a 60ml/kg/dia Água 690 a 860ml por litro de dieta Dietas com > densidades calóricas apresentam < quantidades de água OSMOLARIDADE E OSMOLALIDADE Osmolaridade n° de miliosmoles por litro de solução Osmolalidade n° de miliosmoles por quilo de água Ambos refletem as partículas osmóticas ativas na solução Na prática clínica tolerância digestiva Estômago tolera dietas com osmolalidade mais elevada Porções distais do TGI respondem melhor a formulações isoosmolares NUTRIENTES QUE + AFETAM A OSMOLALIDADE Carboidratos simples mono e dissacarídeos Efeito osmótico > do que CHO de > peso molecular amido Minerais e eletrólitos Na, cloreto, potássio Proteínas hidrolisadas e aa cristalinos TCM+ solúveis que TCL FÓRMULA ENTERAL X VIA E TIPO DE ADMINISTRAÇÃO DE DIETAS ENTERAIS A escolha da via de administração, tipo de infusão influenciará na escolha da formulação; Horários de administração da dieta Volume a ser infundido e Velocidade de infusão Tipo de administração contínua ou intermitente gotejamento gravitacional Bomba de infusão ou em bolo MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 30 POSICIONAMENTO DA SONDA PRÉ-PILÓRICO VOLUME Confere > liberdade quanto ao volume a ser administrado por horário. Esta > flexibilidade depende da capacidade gástrica do paciente. OSMOLALIDADE Estômago tolera soluções hiperosmolares embora o esvaziamento gástrico fica + lento quanto >osmolalidade da solução FRACIONAMENTO Depende do volume total/dia e tolerância do paciente Opção < fracionamento (4 a 6/dia) e > volume em cada tomada TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO Aproximadamente 120gotas/min. Depende exclusivamente da tolerância do paciente EQUIPAMENTOS Funil plástico gastrostomia Seringa bolo Equipos com pinça intermitente Equipo para uso de bomba de infusão contínuo PÓS-PILÓRICO VOLUME Se intermitente volume limitado 300ml/horário Paciente já adaptado OSMOLALIDADE > tolerância de formulações de osmolalidade < 550 Se hiperosmolares controle rigoroso no gotejamento bomba de infusão FRACIONAMENTO Se intermitente 6 a 8 tomadas/dia Programação a cada 3hs TEMPO DE ADMINISTRAÇÃO Fase inicial 60 gotas/min Fase adaptada 120 gotas/min MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 31 EQUIPAMENTOS Seringa bolo Equipos com pinça intermitente Equipos próprios de bomba de infusão contínuo CARBOIDRATOS Energia 40 a 60% VCT Mono, di, oligo e polissacarídeos. Principais fontes: Frutose açúcar das frutas. Glicose; Sacarose açúcar refinado. Maltodextrina dextrinas e Amido de milho cereais Oligossacarídeos + utilizado Fácil de serem digeridos e absorvidos TGI Síndrome de má absorção Interferem – nos valores de osmolalidade da solução quando comparados com CHO + simples. Lactose Verificar intolerância a lactose, Intercorrências digestivas, Diarréia, Desconforto pós-prandial, Flatulência excessiva e Distensão abdominal Desnutrição deficiência de lactase nas bordas em escova e microvilosidades intestinais DE geralmente são isentas de lactose poderá ser adicionada CHO varia quanto ao n° de moléculas de glicose: Monossacarídeos glicose – frutose – galactose Dissacarídeos sacarose – lactose – maltose Oligossacarídeos maltodextrinas Polissacarídeos amido FIBRAS ALIMENTARES Polissacarídeos não amiláceos e lignina Resistem à hidrólise pelas enzimas do aparelho digestivo São fermentadas pelas bactérias intestinais na luz intestinal Iniciar com quantidade pequena e gradativamente de acordo com a tolerância digestiva Não há necessidade de atingir as recomendações mobilidade de mudanças de hábitos alimentares FontesPectina solúvel Goma guar e Polissacarídeo da soja Regularização do Tempo de trânsito intestinal Diarréia Diarréia/constipação Conteúdo de fibras de DE varia entre 4 a 20g Verificar o calibre da sonda obstrução MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 32 PROTEÍNAS Correspondem a 14 a 20% do VCT Não vinculada ao fornecimento de calorias proverem AAs, retenção nitrogênio massa muscular. Literatura: BN+ 150 calorias não protéicas para cada grama de nitrogênio 150:1 Fontes Soja e Caseína, Lactoalbumina, Gema de ovo e Soro de leite Proteínas intactas (poliméricas) Extrato protéico de soja Obtido através do tratamento térmico de emulsão aquosa de soja Desidratada e liofilizada ± 40% proteína Isolado protéico de soja Obtido após lavagem e secagem de um preicpitado protéico de soja Removidos os polissacarídeos insolúveis e açúcares ± 90% de proteína Lactoalbumina 68% da proteína do leite Apresenta AVB e coagula-se pelo calor Todos AAs essenciais Caseína Proteína láctea, de AVB, considerada completa quando fornecida 18% das proteínas totais Utilizada como proteína padrão em estudos experimentais, compreende ± 80% da proteína do leite e aparece combinada com Ca ++ Todos AAs essenciais deficiente em metionina PROTEÍNAS HIDROLISADAS OU À BASE DE PEPTÍDEOS DE CADEIA CURTA Boas fontes de peptídeos para pacientes com má digestão, má absorção ou alergia que precisa de proteínas em uma forma de fácil digestão. Peptídeos pequenos sãomais rapidamente absorvidos dos que os AAs livres AMINOÁCIDOS LIVRES OU CRISTALINOS Quando proteína se encontra fragmentada em suas < partes dividem-se em essenciais e não essenciais Proporção de AAs nas fórmulas varia sadios à alterações metabólicas Pacientes com trauma AAs cadeia ramificada Glutamina estímulo para mucosa intestinal durante stress massa celular e altura das vilosidades da mucosa Presença deste AAs NE à NPT. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 33 LIPÍDEOS Nutrientes de > densidade calórica substratos energéticos Correspondem a 30-35% do VCT Podem aparecer na forma intactaTCL Veiculados por fontes alimentares que carreiam os TCM e TCC Ácidos graxos poliinsaturados TCLÓleo de milho, Óleo de girassol, Gordura Láctea, Óleo de peixe TCMÓleo de coco, TCM industrialmente extraído Lípides estruturadosPUFA, Procedentes de óleos vegetais, TCM VITAMINAS E SAIS MINERAIS Varia com as necessidades do paciente e a doença de base Carências nutricionais avaliar indicação de suplementação Maioria das DE é adequada quanto ao fornecimento Síndromes de má absorção deficiência de vitaminas lipossolúveis Não existem recomendações específicas de vitaminas e minerais para pacientes críticos Literatura nutrientes antioxidantes é recomendadoA C e E Podem ser classificadas em: Anormalidades gastrintestinais; Mecânicas; Metabólicas; Infecciosas; Respiratórias; Psicológicas. ANORMALIDADES GASTRINTESTINAIS Mais comum Náuseas 10-25% dos pacientes Vômitos, estase gástrica, refluxo gastresofágico, distensão abdominal, cólicas, empachamento, flatulência, diarreia/constipação. Frequência de 2,3 a 68% Desnutrição absortiva intestinal microvilosidades Hipoalbuminemia da absorção retenção de líquidos na luz intestinal e a motilidade intestinal ministração endovenosa de albumina Contaminação da dieta Nutrição enteral + antibioticoterapia Clostridium difficile anaeróbico produz enterotoxina associada à colite e diarreia intensa. Recomendado uso de Lactobacillus acidophilus para reposição da flora intestinal Atualmente suplementar Prebióticos: Frutooligossacarídeos crescimento de bactérias resistentes no cólon metabolicamente ativas e importantes da reposição da flora intestinal. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 34 Administração de Sacchoromyces boulardii reduz em 25%. Medicamentos que causam diarreia Antiácidos com magnésio, Digitais, Lactulose, Laxativos, Colchichina, Aminofilina, Propanolol, Suplementos com potássio e ferro COMPLICAÇÕES METABÓLICAS Menos frequentes Aporte adequado de água evita desidratação e hiper-hidratação Hiper-hidratação Desnutrição grave, Insuficiência cardíaca, renal ou hepáticaexcesso de líquidos administrados. e concentrar o volume da dieta, administrar diurético, balanço hídrico diário, controle de peso diário Desidratação Uso de fórmulas hipertônicas Diarreia. da oferta de água; Diluir a dieta usar fórmulas isotônicas; Controlar a diarreia; Repor água após as dietas Balanço hídrico; Observar pele e mucosa. Hiperglicemia Deficiência de insulina diabetes, trauma, sepse, uso de corticoides. Administrar insulina e/ou hipoglicemiantes orais, dietas isenta de sacarose; Monitorar glicemia diariamente no mesmo horário; Hipoglicemia Suspensão súbita da dieta em pacientes hiperglicêmicos ou excesso de administração de insulina; Monitorar os níveis de glicemia diariamente no mesmo horário; Quadro clínico sudorese e vertigem; Administrar 20ml de glicose a 50% EV repetir glicemia observar. Anormalidades de eletrólitos e elementos-traços Diarreia, Desnutrição, Infecção, Disfunção renal. Monitorar níveis séricos de eletrólitos Observar sinais clínicos tremores câimbras, irritabilidade, anemia, escorbuto, dificuldade de cicatrização e o uso de medicamentos que interferem na absorção. Alteração da função hepática Sobrecarga calórica, toxinas, substratos inapropriados - Observar os níveis de transaminases e utilizar dietas especializadas. MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 35 COMPLICAÇÕES MECÂNICAS Relacionadas com sonda nasoenteral: Erosão nasal, necrose e abscesso septo nasal: Sondas de calibre grosso e de pouca flexibilidade Usar sondas com diâmetro 5 a 12 F de silicone ou poliuretano, realizar limpeza e lubrificação das narinas e utilizar fitas adesivas apropriadas para fixar a sonda. Sinusite aguda, rouquidão, otite: Sondas de pouca flexibilidade e permanência prolongada de SNE Utilizar sondas de silicone ou poliuretano e preferir gastrostomia endoscópica ou convencional para período indeterminado de SNE Faringite Esofagite, ulceração esofágica, estenose: Sonda de grosso calibre Vômitos persistentes RGE Utilizar sondas com diâmetro de até 12 F, retirar a sonda e usar jejunostomia. Fístula traqueoesofágica Necrose por pressão na parede posterior da traqueostomia e parede anterior do esôfago Gastrostomia, jejunostomia, NPT. Ruptura de varizes esofágicas Irritação e pressão excessiva e Esofagites Retirada da sonda Jejunostomia ou NPT Saída ou migração acidental da sonda Alterações do peristaltismo Paciente hiperativo Avaliar sistematicamente 3 x /dia ausculta, aspiração do conteúdo gástrico. Radiografia do abdome Obstrução da sonda Obstrução 6-10% Aspiração do conteúdo gástrico Lavagem incorreta da sonda após a dieta e medicamentos Impactação de medicamentos pouco solúveis em água Dobramento e nó na sonda Administrar 30 de água filtrada após cada dieta Desobstrução com Vitamina C, água morna, enzimas (pancrealipase), bebidas carbonatadas e bicarbonato de sódio. Retirar e reintroduzir se possível MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 36 COMPLICAÇÕES INFECCIOSAS Gastrenterocolite por contaminação microbiana no preparo, nos utensílios e na administração da fórmula. COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS Pneumonia aspirativa incidência 21 a 95%; Causas Idade dos pacientes, oferta exagerada de dieta, retardo do esvaziamento gástrico e Íleo paralítico afecção neurológica; Precauções: Aspiração da sonda antes da administração de cada dieta refluxo gástrico exagerado; Elevar a cabeceira do leito em 30° com tacos de madeira disposto nos pés da cama; TNE prolongada jejunostomia. COMPLICAÇÕES PSICOLÓGICAS Desconforto da sonda, sede e boca seca falta de estímulo ao paladar. Horários fixos de alimentação favorecem a monotonia. Autoimagem prejudicada interfere na sociabilidade e inatividade do paciente depressão e ansiedade Apoio psicológico. Administração por outras vias CENTRAL E PERIFÉRICA CONCEITOS NPTadministração de todos os nutrientes necessários para a sobrevida por outras vias que não o TGI. Pode ser: NUTRIÇÃO PARENTERAL CENTRAL Administrada por meio de uma veia de grande diâmetro subclávia ou jugular interna diretamente ao coração NUTRIÇÃO PARENTERAL PERIFÉRICA Administrada através de uma veia menor mão ou antebraço MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 37 INDICAÇÃO Alimentação oral não é possível ou indesejável Absorção de nutrientes é incompleta Incapacidade para tolerar ingestão enteral durante + de 7 dias Taxa metabólica moderada e gravemente aumentada Quando as condições acima estão associadas ao estado de desnutrição não corrigíveis por NE OBS: NPT não deve ser usada rotineiramente em pacientes terminais, quando não houver esperanças de vida e do sofrimento. Câncer Quando o tratamento causa toxicidade gastrintestinal impedindo a ingestão oral por mais de uma semana Pré-operatório 7 a 10 dias antes da cirurgia Pacientes gravemente desnutridosDoença inflamatória intestinal Facilita a remissão de 60-80% dos pacientes com doença de Crohn Insuficiência renalIndicada para manter a ingestão calórica Pancreatite intolerância a NE Pacientes críticos Quando é esperado que o hipermetabolismo se prolongue por 4 a 5 dias SIC Impossibilidade de absorção adequada de nutrientes por via oral ou enteral por tempo indeterminado e se houver menos de 60 cm de intestino funcionante. Fístulas digestivas e íleo paralítico prolongadoGeralmente em trânsito e com alto débito OutrasDistúrbios alimentares que levam à desnutrição grave QUANDO INICIAR A NP ? Deve ser indicada quando a duração prevista é por pelo menos 7 dias Iniciar tão logo seja possível Aceita-se como adequado um período de 7 a 15 dias de nutrição pré-operatória Continua até que o paciente consiga se alimentar via enteral ou oral Senão houver sinais de desnutrição não há necessidade de uso da TNP para pacientes que vão ser submetidos a tratamentos não complicados e que estão em estado nutricional adequado. Caso a função gastrintestinal não se restabeleça em 5 dias após o tratamento deve-se então indicar a TNP até que a alimentação possa ser realizada via oral ou enteral Nos casos de complicações pós-operatórias que impedem o uso do TGI a TNP deve ser iniciada imediatamente após estabilização hemodinâmica MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 38 Devido ao hipermetabolismo peso corpóreo e escassa reservas energéticas prematuro e neonato deve receber imediatamente TNP quando não forem administrados alimentos suficientes por via oral ou enteral. Geralmente pacientes queimados aceitam alimentação via oral, quando não for possível a TNP deve iniciar assim que a fase de alteração hemodinâmica 1 a 2 diasseja superada. A perda de integridade cutânea propicia perdas de energia, fluidos, eletrólitos e proteínas. TNP precoce de quantidades adequadas protéico-calóricas pode reduzir a morbimortalidade Inicia-se assim que o choque e desequilíbrio hemodinâmico são superados 2º dia. QUANDO TERMINAR A NPT ?? Restauração do TGI normal Transição deve ser gradual de preferência via enteral para permitir que o TGI anteriormente inativo se readapte ao processo digestivo Via oral o paciente deve receber alimentos líquidos e depois dieta branda assim que conseguir atingir as necessidades via oral é cessada a TN suplementar. OBS: Crianças e adultos que estão em TNP prolongada devem ingerir periodicamente algum alimento para impedir a inatividade intestinal atrofia e translocação bacteriana. TNP todos os nutrientes essenciais devem ser fornecidos em quantidades adequadas Carboidratos, gorduras, AAs, eletrólitos, minerais, vitaminas e oligoelementos não conhecidos totalmente. NPT deve suprir todas as necessidades, mas obstáculos farmacotécnicos impedem: Solubilidade em meio aquoso, estabilidade térmica e de armazenamento, compatibilidade química e toxicidade Presença de contaminantes nas embalagens a longo prazo acúmulo de alumínio MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 39 RECOMENDAÇÕES DE MACRONUTRIENTES PARA ADULTOS EM NPT – Adaptada de Skipper A, 1998 NUTRIENTE PACIENTES CRÍTICOS ESTÁVEIS Proteína 1,2 a 1,5g/kg/dia 0,8a 1,0g/kg/dia CHO ≤4mg/kg/min ≤ 7mg/kg/min Lípides 1g/kg/dia 1g/kg/dia Calorias Totais 25 a 30kcal/kg/dia 30 a 35kcal/kg/dia * Líquidos Mín necessário para fornecer Macronutrientes 30 a 40ml/kg/dia ** * Varia de acordo com o nível de atividade ** Pode variar se o paciente estiver perdendo líquido RECOMENDAÇÕES DE ELETRÓLITOS PARA NUTRIÇÃO PARENTERAL Sheldon Pesquisadores Grant Schlictig Potássio 120 – 160 mmol/d 70 – 150 mEq 70 – 100 mEq Sódio 125 – 150 mmol/d 60 – 150 mEq 70 – 100 mEq Fósforo 12 – 25 mmol/1000 kcal 7 – 10 mmol/1000kcal 20 – 30 mmol Magnésio 7,5 – 10 mmol/d 0,35 – 0,45 mEq/kg/dia 15 – 20mEq Cálcio 0,2 – 0,3 mEq/kg/dia 10 – 20 mmol Cloro igual ao Na para evitar distúrbios ácido base Modificado de: Skipper A., 1998. RECOMENDAÇÕES DA AMA PARA PRESCRIÇÃO DE VITAMINAS POR VIA PARENTERAL VITAMINA QUANTIDADE VITAMINA A 3300 UI VITAMINA D 200UI VITAMINA E 10UI ÁCIDO ASCÓRBICO 100 mg FOLACINA 400 ug NIACINA 40 mg RIBOFLAVINA 3,6 mg TIAMINA 3,0 mg B6 PIRIDOXINA 4,0 mg B12 CIANOCOBALAMINA 5,0 ug ÁCIDO PANTOTÊNICO 15,0 mg BIOTINA 60 mg Adaptado da American Medical Association Departament of Foods and Nutrition MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 40 Também por motivos farmacotécnicos não são colocados Glutamina, Tirosina, Cisteína e Taurina Outros colocados em excesso Glicina, Fenilalanina, Leucina Dipeptídeos de glutamina alanil-glutamina NOVO Dipeptídeos de tirosina alanil-tirosina NOVO Emulsões parenterais fornecem: TCL e TCM Importantes por suas funções imunomoduladoras PRESCRIÇÃO INICIAL Necessidades calórico-protéicas dos pacientes Metas do suporte nutricional Necessidades de macro e micronutrientes devem ser adequadas Associação de AAs, glicose, lipídeos, vitaminas, eletrólitos e minerais e um mesmo frasco Foi utilizada pela primeira vez na França em 1972 EUA somente em 1982 FDA aprovou a solução A partir daí tem-se comparado Solução padrão de NPT sistema glicídico com Mistura 3 em 1 sistema lipídico que utiliza junto com a glicose a emulsão de lípides como fonte calórica em preparação de até 40% do VCT Ambas as soluções promovem balanço nitrogenado + em pacientes hipercatabólicos grande queimado e septicemia VANTAGENS DA NPT 3 EM 1 Metabolicamente mais balanceada Permite reduzir a oferta de glicose melhor tolerada por pacientes diabéticos Densidade calórica alta 9kcal/g Favorece o uso em periféricas Uso preferencial em intolerância a glicose Impede deficiência de ácidos graxos essenciais Volume diário pode ser armazenado em bolsa de 3 litros reduzindo a manipulação e riscos de contaminação do cateter CONTRA INDICAÇÕES DA MISTURA 3 EM 1 Dislipidemias Pancreatite aguda na fase hiperlipêmica Insuficiência hepática MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 41 Em adultos pode iniciar em partes iguais de AAs a 10% e glicose a 50% na velocidade de 50ml/h primeiras 24hs Se não ocorrer hiperglicemia eleva-se gradualmente a oferta até 100 a 120ml/h de acordo com seu VCT Tomar cuidado caso o paciente esteja com restrição hídrica Indivíduo hipometabólico > risco de hiperalimentação iniciar lentamente por uma semana até atingir totalmente as necessidades evitando a hipofosfatemia e insuficiência cardíaca Paciente hipermetabólico em estresse devido às rápidas perdas procura-se atingir as necessidades calóricas em 24-36hs iniciando 50ml/h e aumentando a cada 8hs FINALIZANDO A NPT Não pode ser interrompida abruptamente insulina circulante risco de hipoglicemia súbita Administrar soro glicosado 10% por 12hs Retirada mais rápido = gotejamento pela metade por uma hora Se o paciente tiver com enteral simultâneo não há necessidade desse cuidado Vários tipos de cateteres são utilizados para administração NPT todos posicionam sua extremidade na veia cava superior Isso permite a administração de soluções hiperosmolares diluída + rapidamente pelo intenso fluxo sanguíneo neste local Também útil para infusão de quimioterápicos CONTRA INDICAÇÕES RELATIVAS A PUNÇÃO VENOSA POR INTRACATH Estado de hipocoagubilidade, enfisema pulmonar acentuado, deformidade torácica, cirurgia ou irradiação prévia da região cervical, assistência ventilatória com pressão positiva, prematuros e mesmocrianças até um ano de idade e choque hipovolêmico grave. PUNÇÃO DA VEIA SUBCLÁVIA Ambos os lados podem ser puncionados Anestesia local lidocaína PUNÇÃO DA VEIA JUGULAR Mais segura que a punção subclávia Pode ser bilateral alguns autores indicam lado direito evitar lesão do ducto torácico MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 42 COMPLICAÇÕES DAS INSERÇÕES DE CATETERES VENOSOS CENTRAIS Pneumotórax Hemotórax Hidrotórax Punção e laceração arterial Lesão do nervo frênico Lesão da traquéia Trombose venosa Embolia pulmonar Embolia do cateter ou fio guia Arritmia cardíaca Mau posicionamento do cateter Lesão do plexo braquial COMPLICAÇÕES SÉPTICAS Contaminação do cateter atinge índices de 30% potencial foco de contaminação Sinais clínicos de contaminação Febre, calafrios, hipotensão arterial, taquicardia, confusão mental, glicosúria inexplicada, remoção imediata do cateter. Cateter infectado pode determinar outros focos de contaminação Endocardite bacteriana, tromboflebite séptica, embolia séptica, broncopneumonia, artrite infecciosa FOCOS DE CONTAMINAÇÃO DO CATETER VENOSO CENTRAL Contaminação na introdução do cateter Emprego de soluções contaminadas por Técnica de preparo inadequada, defeito na vedação do frasco e adição posterior de medicamentos. Uso inadequado do equipo de infusão Desconexão frequente, infusões em “Y”, uso de filtros e equipos por mais de 24hs. A partir da pele Curativos não trocados após 24 a 48hs e que estiverem sujos ou molhados, fixação inadequada do cateter à pele, contaminação do curativo por secreções e técnica asséptica inadequada na troca do curativo A partir de outros focos infecciosos Peritonite, queimaduras de pele e broncopneumonia Susceptibilidade do paciente Imunodeficiência, desnutrição e câncer avançado DEFINIÇÃO Administração de uma solução de glicose ou sorbitol emulsão gordurosa e AAs por veia periférica Composta com soluções de osmolaridade Pacientes bem nutridos jejum de curta duraçãoPouca influência no estado nutricional reassume ingestão oral em pouco tempo INDICAÇÕES Manutenção do estado nutricional por curto prazo de pacientes que podem se alimentar de maneira adequada pela via enteral, em pacientes moderadamente desnutridos que não apresentam elevação de seus requerimentos energéticos MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 43 Período de jejum previsível e curto Pode ser usada para evitar indicações de NP central em pacientes nos quais as necessidades diárias de macronutrientes não podem ser preenchidas apenas pela via intestinal pode-se usar uma combinação de nutrição enteral e SPP como suplemento sendo suficiente para completar o aporte calórico-protéico. CONTRA INDICAÇÕES História de alergia a ovos ou a emulsões lipídicas intravenosas Disfunção hepática importante, hipertrigliceridemia, hiperlipidemia, infarto agudo do miocárdio Veias periféricas inadequadas Indicação definitiva para NPT central ou uso de alimentação enteral adequada e efetiva Limitações de fluidos 2000 – 3000/24hs OSMOLARIDADE E QUANTIDADE DE CALORIAS DAS SOLUÇÕES DE GLICOSE E EMULSÕES LIPÍDICAS CONCENTRAÇÃO DE GLICOSE % OSMOLARIDADE mOsmL CALORIAS KCAL/L 5 278 170 10 523 340 20 1250 680 30 1569 1020 40 2092 1360 50 2615 1700 70 3660 2330 CONCENTRAÇÃO DE LIPÍDEOS % OSMOLARIDADE mOsmL CALORIAS KCAL/L 10 280 1100 20 330 2000 30 330 3000 Retirado de: Shills, 1999. VIAS DE ACESSO Veias periféricas distais da extremidade superior À medida que estas veias são perdidas prossegue-se em direção a proximal Inserção dos cateteres venosos procedimento cirúrgico com assepsia. Local de punção rodiziado a cada 48hs evitar flebite INÍCIO E FIM DA SP Início e fim de modo gradual MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 44 EFEITOS DA NUTRIÇÃO PARENTERAL SUPLEMENTADA COM GLUTAMINA E PEPTÍDEO DE GLUTAMINA Evita atrofia intestinal relacionada a trauma, melhora o ganho de peso em pacientes hematológicos, redução da internação hospitalar, melhora da sobrevida. Reduz a liberação de citocinas pro inflamatórias IL8, TNF α Aumenta a expressão de citocinas antiinflamatórias IL10 Aumenta a proliferação de linfócitos e melhora a imunidade Reduz a duração da dependência da NPT e ventilador em RN OBS: Em doenças graves a capacidade antioxidante é diminuída devido à formação de radicais livres e com o suplemento de glutamina tem-se demonstrado como preservado da glutationa hepática e dos estoques de glutationa da mucosa intestinal (Hong e col., 1992; Harward e col., 1994) IMPORTÂNCIA DA GLUTAMINA EM DIFERENTES SITUAÇÕES CLÍNICAS DOENÇAS CATABÓLICAS GRAVES Queimaduras, trauma, operação importante, Infecção aguda/crônica, Transplante de medula óssea DISFUNÇÃO INTESTINAL Doença inflamatória intestinal, enterite infecciosa, imaturidade intestinal ou enterocolite, SIC, dano de mucosa após quimioterapia, radiação e doença crítica SÍNDROMES DE IMUNODEFICIÊNCIA Disfunção do sistema imune associada à doença crítica ou transplante de medula óssea, Aids ?? PACIENTES COM DOENÇAS MALIGNAS AVANÇADAS Pacientes com depleção de glutamina sofrendo de caquexia por câncer. Exemplo de prescrição de nutrição parenteral: Paciente: desnutrido Peso ideal: 60kg Peso atual: 51kg Necessidades nutricionais: Água – 30 ml/kg/ de peso ideal Calorias totais - 22 a 25 kcal/ kg /peso atual Proteínas – 0,8 a 1,0 g/kg/peso ideal /dia (14 a 16% do VCT) Carboidratos - 60% do VCT (limite máximo de 5mg/kg de peso atual /min) ou ate 7,2/kg de peso atual Lipídeos – 7 a 30% do VCT (media 24%) ou no Max 2 g/kg de peso atual /dia Relação de calorias não protéicas/g de nitrogênio - 130 a 170 kcal /de n Fonte de proteínas - solução de aminoácidos cristalinos MANUAL DE NUTRIÇÃO CLÍNICA ProfªMs Adriana Lopes 45 Tipo de carboidratos - glicose Eletrólitos - necessidades diárias (RDA) Vitaminas necessidades diárias (RDA) Oligoelementos – necessidades diárias (RDA) Cálculos a serem realizados: Água: 30 ml x 60 = 1800ml/dia VCT = 25 x 60 = 1500 kcal/dia Glicose: 60% do VCT = 900kcal = 225g de glicose = 450ml Glicose a 50% : 100ml_ ________50 X = 500 g 1000ml___ ____ X 1000ml____________ 500g X = 450ml X ____________ 225g Proteína: 14% do VCT = 210 kcal = 52,5g / dia = 525 ml de sol. de aminoácidos a 10 %. 100 ml_________________10 500ml______________100g 1000ml________________ X ______________52,5g X = 100g X = 525ml Lipídio: 24% do VCT = 360 kcal = 200ml de solução de Lipídio a 20% 360 kcal ÷ 9 = 40g 100________________20g 500ml______________100g 500________________X X _________________40,0g X = 100g X = 200ml Practical Volume Glucose a 50% 450ml Solução de aminoácidos/dia a 10% 525ml Lípides a 20% (let) 200ml Cloreto de sódio (2mEq/ml) 20ml Acetato de sódio (2mEq/ml) 6ml Acetato de potássio (2mEq/Ml) 20ml Fosfato de potássio (1 mol/ml) 20ml Gluconato de calico a 10% 20ml Move solução A 10ml na 1 etapa Mvi solução B 10 ml na 1 etapa Ad - element (1 ampola) 2ml Água destilada 397ml Volume total 1800ml Deve se dividir a prescrição acima em duas etapas iguais de 900ml ; e infundir cada etapa em 12 horas, fazer glicemia capilar e se necessário acrescentar insulina Regular por subcutânea .
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