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TABELA – DOENÇAS SISTÊMICAS 1 FREQUÊNCIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MORFOLOGIA MICROSCOPIA ÓPTICA IMUNOFLUORESCÊNCIA MICROSCOPIA ELETRÔNICA PATOGÊNESE EVOLUÇÃO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO Idade média de 24 anos, mais frequente em mulheres (8:1). Alterações urinárias variáveis dependendo do tipo de lesão do parênquima renal. As mais comuns são proteinúria, hematúria e HAS. Achados variáveis dependendo do tipo de lesão glomerular e da fase evolutiva da moléstia Alças em “fio de arame” espessadas e eosinófilas. Presença de corpos hematoxilínicos devido fragmentação nuclear é patognomônico. Frequente a associação de lesões e mudança no tipo de lesão glomerular no decorrer. Padrão granular, positividade na parede dos túbulos. Forte positividade para imunoglobulinas e frações do complemento (c1q) Depósitos eletrodensos em qualquer localização e pode observar inclusões tubulorreticulares do tipo viral Moléstia autoimune. Defeito nos mecanismos de auto tolerância produz autoanticorpos. Fator de predisposição genética, ambientais e imunológicos. Em geral, a deposição de imunocomplexos é do tipo DNA-anti-DNA Variável e imprevisível, exacerbações tratadas com corticoesteroides e imunossupressores. AMILOIDOSE 3-12% do total de biópsias de adultos. Substância amiloide pode depositar nos glomérulos, interstício e vasos. As substâncias que podem depositar no rim são proteína AL (cadeias leves de Ig – doenças linfoproliferativas) e proteína AA (inflamação crônica) Proteinúria, nefrótica ou não Rins aumentados de volume e pálidos Deposição inicialmente no mesângio e ao redor de túbulos, parede de vasos e interstício na camada medular. Para verificar se é amiloide corar de vermelho Congo e cor verde-esmeralda na luz polarizada. Negativa Fibrilas entrecruzadas não ramificadas Derivadas de precursores solúveis da circulação. Em infecções crônicas, precursor é SAA, proteína produzida no fígado. A propriedade amiloide não depende da substância, mas sim do padrão “beta- cruzado” IRC entre 13 e 30 meses MIELOMA MÚLTIPLO Neoplasia maligna multifocal de células plasmáticas da medula óssea com produção anômala de cadeias leves capa e/ou lambda. Comprometimento renal em 50%. IRC de início insidioso Rins com volume normal ou diminuído, com cicatrizes na superfície externa devido fibrose intersticial Presença de cilindros amplos com aspecto fraturado margeado por células mono ou multinucleadas. Precipitação de proteínas Bence-Jones Positividade de cadeias capa e/ou lambda nos cilindros Se há amiloide associado, presença de fibrilas entrecruzadas e não ramificadas Cargas elétricas positivas e/ou pequeno peso molecular permitem que cadeias leves atravessem os glomérulos dando origem aos cilindros. Sobrevida de 2 a 13 meses TABELA – DOENÇAS SISTÊMICAS 2 FREQUÊNCIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MORFOLOGIA MICROSCOPIA ÓPTICA IMUNOFLUORESCÊNCIA MICROSCOPIA ELETRÔNICA PATOGÊNESE EVOLUÇÃO DIABETES MELITO Incide predominantemente em mulheres entre 50 e 70 anos. Proteinúria com ou sem síndrome nefrótica. Ocorre em 55% dos pacientes do tipo 1 e 30% do tipo 2 Rins aumentados, diminuídos ou de volume normal dependendo do tempo de evolução da lesão Lesados principalmente glomérulos e arteríolas (arteriosclerose hialina – acomete aferente e eferente). Pode ser glomeruloesclerose diabética difusa (espessamento difuso da matriz mesangial) ou nodular (lesão de Kimmelstiel-Wilson) Negativa Aumento da matriz mesangial Diabetes tipo 1 resulta de falta absoluta de insulina por redução da massa de células B nas ilhotas de Langerhans por genética, autoimunidade e insulto ambiental. No tipo 2, há alteração na secreção e resistência periférica a insulina. Lesão renal resultante do “hiperfluxo glomerular”, pois hiperglicemia altera funções de contração das células mesangiais levando a vasodilatação glomerular. Mais frequente e severa na diabetes do tipo I. Evoluem para IRC, geralmente acompanhadas de HAS. POLIARTERITE NODOSA Parte de um grupo de moléstias raras que são as vasculites sistêmicas necrosantes não infecciosas. Acometimento renal em 79-87% dos pacientes. Manifestações digestivas, respiratórias, neurológicas, cardíacas, oculares e cutâneas. As manifestações renais são hematúria, proteinúria, insuficiência renal e HAS. Rins diminuídos ou com volume normal, infartos recentes/antigos como cicatrizes na superfície externa Forma macroscópica da lesão acomete artérias de médio ou pequeno calibre; nas lesões agudas há necrose fibrinoide da parede dos vasos além de intenso infiltrado inflamatório; tromboses e infartos. A forma microscópica, acomete glomérulos, várias lesões podem ocorrer incluindo a GN crescêntica Negativa Sem depósitos eletrodensos, glomerulonefrite paucimune Distúrbios da imunidade humoral e celular Sobrevida média em 5 anos é menor que 5%. Leva a insuficiência renal, hemorragia no TGI, infarto do miocárdio ou AVC GLOMERULONEFRITE ANTIMEMBRANA BASAL GLOMERULAR Mais frequente nos EUA, Grã-Bretanha, Europa Ocidental, Nova Zelândia e Austrália Perda de função renal rápida associada a hematúria e proteinúria. Se houver associação com manifestações pulmonares como hemoptise é a síndrome de Goodpasture (fumo predispõe) GN proliferativa focal e crescêntica. Positividade linear para IgG ao longo das paredes capilares Sem alterações Autoimune, antígeno na cadeia alfa 3 do colágeno IV da membrana basal glomerular. Tratamento com transfusão de plasma e imunossupressão. NEFROPATIA ASSOCIADA AO HIV Varia de 3,1-15% do total de pacientes sintomáticos ou assintomáticos. Predileção pela raça negra e usuários de drogas intravenosas. Distúrbios eletrolíticos e do equilíbrio ácido-básico, IRA e proteinúria em níveis nefróticos associada com IR progressiva Rins aumentados de volume Esclerose focal e dilatação tubular cística “tireoidização” IgM e c3 Estruturas tubulorreticulares nas células endoteliais Ação direta do vírus do HIV, estruturas tubulorreticulares representam a infecção viral Se apresenta síndrome nefrótica, IRT em até 2 meses. Hemodiálise prolonga vida de portadores assintomáticos. TABELA – DOENÇAS SISTÊMICAS 3 FREQUÊNCIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MORFOLOGIA MICROSCOPIA ÓPTICA IMUNOFLUORESCÊNCIA MICROSCOPIA ELETRÔNICA PATOGÊNESE EVOLUÇÃO GLOMERULONEFRITE ESCLEROSANTE OU CRÔNICA Causa mais frequente IRT. É a fase final de todas as formas de glomerulopatia primárias ou sistêmicas IRC de acordo com o grau de alteração da fração de filtração glomerular. !: U e C normais, assintom. II: U e C elevados, poliúria e noctúria. III: edema, acidose metabólica e hipocalcemia. IV: fase terminal Rins diminuídos, de superfície externa irregular ou granulosa Depende da fase evolutiva da moléstia. No fim, glomérulos viram “bolas hialinas” pelo aumento da matriz mesangial), atrofia tubular, fibrose intersticial e infiltrado inflamatório. Depende do tipo de GN Depende do tipo de GN Evolui insidiosamente. Tratamentos dialíticos e transplante renal DOENÇAS HEREDITÁRIAS DISPLASIA RENAL MULTICÍSTICA Anomalia na diferenciação do tecido metanéfrico. Cistos, túbulos imaturos rodeados por tecido fibromuscular, cartilagem e outros tecidos indiferenciados. Casos associados a anomalias do trato genital inferior como atresia uretral. ESCLEROSE TUBEROSA Transmissão autossômica com desenvolvimento de hamartomas e tumores benignos no cérebro. No rim pode ocorrer angiomiolipoma (pode haver hemorragia apesar de benigno). DOENÇA POLICÍSTICA NO ADULTO Transmissão autossômica dominante que se manifesta na idade adulta.Presença de múltiplos cistos que se expandem destruindo o parênquima renal DOENÇA POLICÍSTICA INFANTIL Transmissão autossômica recessiva que pode se manifestar desde o nascimento. Cistos alongados em ângulo reto da superfície externa renal.
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