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25/08/2020 1 Líquidos Biológicos Curso de Biomedicina Disciplina: Líquidos Biológicos Prof Msc. Leandro Vaz Toffoli Londrina 2020/2 Líquidos Biológicos Curso de Biomedicina Disciplina: Líquidos Biológicos Prof Msc. Leandro Vaz Toffoli Londrina 2020/2 Flebotomia, soro e plasma Avaliação Diagnóstica 25/08/2020 2 • Diferencie soro e plasma. • O que são líquidos cavitários? Cite exemplos. • Cite quais análises podem ser realizadas no exame de urina. • É possível realizar dosagens hormonais na saliva? Quais? • O que é citologia seminal? • É possível avaliar espermatozóides na urina? Introdução •Qualidade na prestação de serviços de saúde •Qualidade dos resultados dos exames laboratoriais está intimamente relacionada à fase pré-analítica •Inúmeras variáveis podem interferir no desempenho da fase analítica e, consequentemente, na exatidão e precisão dos resultados dos exames, vitais para a conduta médica e bem-estar do paciente. •Todos os laboratórios querem atender melhor e encantar o cliente. •Ser atendido com excelência também é um desejo de todos. Fase Pré-analítica 25/08/2020 3 Causas Pré-analíticas de Variação nos Resultados Laboratoriais • Variação cronobiológica • Gênero • Idade • Atividade física • Jejum • Dieta • Uso de drogas para fins terapêuticos ou não • Aplicação de torniquete • Variação Cronobiológica: corresponde às alterações cíclicas da concentração de um determinado parâmetro em função do tempo. O ciclo de variação pode ser diário, mensal, sazonal, anual, etc. • Exemplo: • A concentração de aldosterona é cerca de 100% mais elevada na fase pré-ovulatória do que na fase folicular. • Concentrações do ferro e do cortisol no soro, onde as coletas realizadas à tarde fornecem resultados até 50% mais baixos do que os obtidos nas amostras coletadas pela manhã. • Identificação Nome completo Idade Gênero Doença Medicação • Atividade Física: o efeito da atividade física sobre alguns componentes sanguíneos, em geral, é transitório e decorre da mobilização de água e outras substâncias entre os diferentes compartimentos corporais, das variações nas necessidades energéticas do metabolismo e da eventual modificação fisiológica que a própria atividade física condiciona. Esta é a razão pela qual se prefere a coleta de amostras com o paciente em condições basais, mais facilmente reprodutíveis e padronizáveis. O esforço físico pode causar aumento da atividade sérica de algumas enzimas, como a creatinoquinase, a aldolase e a aspartato aminotransferase, pelo aumento da liberação celular 25/08/2020 4 • Aplicação do Torniquete: ao se aplicar o torniquete por um tempo máximo de 1 minuto, ocorre aumento da pressão intravascular no território venoso, facilitando a saída de líquido e de moléculas pequenas para o espaço intersticial, resultando em hemoconcentração relativa. Se o torniquete permanecer por mais tempo, a estase venosa fará com que alterações metabólicas, tais como glicólise anaeróbica elevem a concentração de lactato, com redução do pH. • Hemólise: hemólise leve tem pouco efeito sobre a maioria dos exames, mas se for de intensidade significativa causa aumento na atividade plasmática de algumas enzimas, como aldolase, aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina, desidrogenase láctica e nas dosagens de potássio, magnésio e fosfato. A hemólise pode ser responsável por resultados falsamente reduzidos de insulina, dentre outros. Coleta de material • Sangue • Urina • Escarro • Esperma • Fezes • Líquor • Saliva Coleta de material • Anticoagulante Homogeneização Tipo/volume • Torniquete • Antisséptico • Contaminação 25/08/2020 5 • Existe uma possibilidade pequena de contaminação com aditivos de um tubo para outro, durante a troca de tubos, no momento da coleta de sangue. Por isso, foi estabelecida pela NCCLS uma ordem de coleta. • Esta contaminação pode ocorrer numa coleta de sangue venoso quando: • Na coleta de sangue a vácuo, o sangue do paciente entra no tubo e se mistura ao ativador de coágulo ou anticoagulante, podendo contaminar a agulha distal, (recoberta pela manga de borracha da agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo), quando a mesma penetra a rolha do tubo. • Na coleta com seringa e agulha, pelo contato da ponta da seringa com o anticoagulante ou ativador de coágulo na parede do tubo, quando da dispensação do sangue dentro do tubo. • Transporte • Separação • Armazenamento 25/08/2020 6 Locais para venopunção Locais para venopunção Embora qualquer veia do membro superior que apresente condições para coleta possa ser puncionada, as veias basílica e cefálica são as mais freqüentemente utilizadas. A veia basílica costuma ser a melhor opção, pois a cefálica é mais propensa à formação de hematomas. Locais para venopunção Já no dorso da mão, o arco venoso dorsal é o mais recomendado por ser mais calibroso, porém a veia dorsal do metacarpo também poderá ser puncionada. Procedimento de Coleta de Sangue a Vácuo 25/08/2020 7 • 2º - Solicitar ao paciente que diga seu nome completo para confirmação do pedido médico e etiquetas. • 3º - Conferir e ordenar todo material a ser usado no paciente, de acordo com o pedido médico (tubos, gaze, torniquete, etc). Esta identificação dos tubos deve ser feita na frente do paciente. • 4º - Informá-lo sobre o procedimento. • 5º - Abrir o lacre da agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo em frente ao paciente. • 6º - Higienizar as mãos. • 7º - Calçar as luvas. • 8º - Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo na altura do ombro • 9º - Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que o • paciente abra e feche a mão, afrouxá-lo e esperar 2 minutos para usá-lo novamente. • 10º- Fazer a antissepsia. • 11º - Garrotear o braço do paciente. Procedimento de Coleta de Sangue á Vácuo (Sistema Fechado) Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30º, com o bisel da agulha voltado para cima. Se necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (longe do local onde foi feita a antissepsia). Realizar a troca dos tubos sucessivamente Quando o sangue começar a fluir para dentro do tubo (ultimo tubo), desgarrotear o braço do paciente e pedir para que abra a mão Homogeneizar imediatamente após a retirada de cada tubo, invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes. 25/08/2020 8 Após a retirada do último tubo, remover a agulha e fazer a compressão no local da punção, com algodão ou gaze secos. Procedimento de Coleta de Sangue com Seringa (Sistema Aberto) • 2º - Solicitar ao paciente que diga seu nome completo paraconfirmação do pedido médico e etiquetas. • 3º - Conferir e ordenar todo material a ser usado no paciente, de acordo com o pedido médico (tubos, gaze, torniquete, etc). Esta identificação dos tubos deve ser feita na frente do paciente. • 4º - Informá-lo sobre o procedimento. • 5º - Abrir o lacre da agulha de coleta múltipla de sangue a vácuo em frente ao paciente. • 6º - Higienizar as mãos. • 7º - Calçar as luvas. • 8º - Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo na altura do ombro • 9º - Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, pedir para que o • paciente abra e feche a mão, afrouxá-lo e esperar 2 minutos para usá-lo novamente. • 10º- Fazer a antissepsia. • 11º - Garrotear o braço do paciente. 25/08/2020 9 Retirar a proteção da agulha hipodérmica. Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30°, com o bisel da agulha voltado para cima, se necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (longe do local onde foi feita a antissepsia). Desgarrotear o braço do paciente assim que o sangue começar a fluir dentro da seringa. Aspirar devagar o volume necessário de acordo com a quantidade de sangue requerida na etiqueta dos tubos a serem utilizados (respeitar ao máximo a exigência da proporção sangue/aditivo). Aspirar o sangue evitando bolhas e espuma, e com agilidade, pois o processo de coagulação do organismo dopaciente já foi ativado no momento da punção. Descartar a agulha imediatamente após sua remoção do braço do paciente, em recipiente adequado, sem a utilização das mãos (de acordo com a normatização nacional – não desconectar a agulha - não reencapar). Abrir a tampa do 1° tubo, deixar que o sangue escorra pela sua parede devagar para evitar hemólise 25/08/2020 10 Fechar o tubo e homogeneizar, invertendo-o suavemente de 5 a 10 vezes de acordo com o tubo utilizado. Abrir a tampa do 2º tubo, e assim sucessivamente até o último tubo, de acordo com o pedido médico do paciente. Não esquecer de fazer o processo tubo a tubo, para evitar a troca de tampa dos tubos (causando erro de diagnóstico). •O bisel está encostado na parede superior da veia. •O ideal é inclinar um pouco para cima e avançar um pouco com a agulha, permitindo a passagem do fluxo sangüíneo para dentro da agulha. • Neste caso a parte posterior da agulha está encostada na parede da veia. • Deve-se então retroceder um pouco com a agulha e girar sutilmente o adaptador ou seringa para permitir a retomada do fluxo sangüíneo. Neste caso deve-se retroceder um pouco a agulha, observando a retomada do fluxo. É eminente a formação de hematoma neste caso. Vemos o extravasamento de sangue abaixo da pele. Para evitar que seja feita uma segunda punção, deve-se introduzir um pouco mais a agulha no braço do paciente, tranqüilizá-lo e, após o término da coleta, fazer compressa com gelo. Retirar ou afrouxar o torniquete para permitir o restabelecimento da circulação. Retroceder um pouco a agulha para permitir que o fluxo sanguíneo desobstrua.
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