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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 1 HALLIDAY, RESNICK, WALKER, FUNDAMENTOS DE FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996. FÍSICA 2 CAPÍTULO 21 - A TEORIA CINÉTICA DOS GASES 03. Se as moléculas de água em 1,00 g de água fossem distribuídas uniformemente pela superfície da Terra, quantas moléculas haveriam em 1,00 cm 2 dessa superfície? (Pág. 226) Solução. A solução consiste em obter a razão N/A, em que N é o número de moléculas de água na amostra e A é a área da superfície da Terra, em cm 2 . No desenvolvimento abaixo, n é o número de moles de água na amostra, ma é a massa da amostra de água, NA é o número de Avogadro, M é a massa molar da água e RT é o raio da Terra. 23 1 2 22 2 8 1,00 g 6,02 10 mol 6.558,96 moléculas/cm 4 4 18 g/mol 4 6,37 10 cm a AA T T m NnNN A R M R 26.560 moléculas/cm N A 08. O melhor vácuo que pode ser obtido em um laboratório corresponde à pressão de cerca de 1,00 10 18 atm ou 1,01 10 13 Pa. Quantas moléculas existem por centímetro cúbico em tal vácuo, a 293 K? (Pág. 227) Solução. A solução consiste em obter a razão N/V, em que N é o número de moléculas de gás e V é o volume do recipiente. No desenvolvimento abaixo, p é a pressão exercida pelo gás, V é o volume do recipiente, n é o número de moles de gás na amostra, R é a constante dos gases ideais, T é a temperatura da amostra e NA é o número de Avogadro. A N pV nRT RT N 13 23 1 3 1,01 10 Pa 6,02 10 mol 2,4959 moléculas/m 8,314 J/K.mol 293 K ApNN V RT 32,50 moléculas/m N V 09. Uma quantidade de um gás ideal a 10,0 o C e à pressão de 100 kPa ocupa um volume de 2,50 m 3 . (a) Quantos moles de gás estão presentes? (b) Se a pressão for elevada para 300 kPa e a temperatura para 30,0 o C, qual o volume que o gás ocupará? Suponha que não haja perdas. (Pág. 227) Solução. (a) A solução requer a aplicação da equação de estado do gás ideal: Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 2 0 0 0p V nRT 3 3 0 0 0 100 10 Pa 2,50 m 106,1785 moles 8,314 J/K.mol 283,2 K p V n RT 106 molesn (b) Como a quantidade de gás não foi modificada, o produto nR permanece constante antes e após a transformação das condições do sistema: 0 0 0 p V pV nR T T 3 30 0 0 100 kPa 2,50 m 303,2 K 0,892184 m 300 kPa 283,2 K p V T V pT 30,892 mV 11. Um pneu de automóvel tem um volume de 1.000 pol 3 e contém ar à pressão manométrica de 24,0 lb/pol 2 , quando a temperatura é de 0,00 o C. Qual a pressão manométrica do ar no pneu, quando sua temperatura sobe para 27 o C e seu volume para 1.020 pol 3 ? (Sugestão: Não é necessário converter unidades inglesas para unidades internacionais; por quê? Use patm = 14,7 lb/pol 2 .) (Pág. 227) Solução. Assumindo-se comportamento ideal para o gás no interior do pneu, podemos usar a equação de estado do gás ideal: 0 0 0p V nRT Sabendo-se que o número de moles de gás (n) permanece constante, temos que a quantidade nR não se altera ao longo do processo: 0 0 0 p V pV nR T T ' ' 0 atm 0 atm 0 p p V p p V T T Na expressão acima, '0p e 'p são as pressões manométricas inicial e final do gás. ' 0 atm 0' atm 0 p p V T p p VT 2 2 3 ' 2 3 24,0 lb/pol 14,7 lb/pol 1.000 pol 300 K 14,7 lb/pol 1.020 pol 273 K p ' 226,9936 lb/polp ' 227,0 lb/polp Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 3 14. A pressão p, o volume V e a temperatura T para um certo material são relacionados por 2AT BT p V Encontre uma expressão para o trabalho realizado pelo material, se a temperatura mudar de T1 para T2, enquanto a pressão permanece constante. (Pág. 227) Solução. Como a pressão depende da temperatura e do volume, se houve variação na temperatura, mas a pressão permaneceu constante, o volume deve ter variado de V1 para V2, onde: 2 1 1 1 AT BT V p 2 2 2 2 AT BT V p O trabalho realizado pela expansão de um gás é dado por: 0 ( ) V V V W p dV Como no presente caso a pressão permaneceu constante, podemos retirá-la da integral: 0 2 1 V V W p dV p V p V V Logo: 2 2 2 22 2 1 1 2 2 1 1 1 AT BT AT BT W p AT BT AT BT p p 2 2 2 2 1W A T T B T T 15. Uma amostra de ar, que ocupa 0,14 m 3 à pressão manométrica de 1,03 10 5 Pa, se expande isotermicamente até atingir a pressão atmosférica e é então resfriada, à pressão constante, até que retorne ao seu volume inicial. Calcule o trabalho realizado pelo ar. (Pág. 227) Solução. O processo termodinâmico descrito no enunciado pode ser representado no seguinte gráfico: O trabalho total W corresponde à soma dos trabalhos executados nos caminhos 1 (W1) e 2 (W2): 1 2W W W (1) O trabalho realizado no caminho 1 é dado por: 0 0 0 1 ( ) V V V V V V V nRT nRT W p dV dV dV V V p patm VVV0 p0 1 2 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 4 Como o caminho 1 é uma isoterma, ou seja, todos os estados (pontos) sobre o caminho 1 estão à mesma temperatura, temos: 0 1 V V dV W nRT V (2) Além disso, podemos relacionar os estados inicial e final do caminho 1, para determinar o volume final do caminho 1: 0 0 atmp V p V 0 0 atm p V V p Substituindo o valor de V na integral (2) e reconhecendo que nRT = P0V0: 0 0 atm 0 0 0 atm 1 0 0 0 0 0 ln p V p V p V pdV W p V p V V V 0 1 0 0 atm ln p W p V p (3) O trabalho no caminho 2 é realizado à pressão constante. Logo: 0 0 0 2 0 0 atm V V p V W p dV p V p V V p V p 2 atm 0 0W p p V (4) Substituindo-se (3) e (4) em (1): 0 00 0 atm 0 0 0 atm 0 0 atm atm ln ln p p W p V p p V p p p V p p É preciso lembrar que p0 (pressão absoluta) é a soma da pressão manométrica ' 0p (dada no enunciado) e a pressão atmosférica patm, ou seja, 2,04 10 5 Pa. 5 5 5 5 3 5 2,04 10 Pa 2,04 10 Pa ln 1,01 10 Pa 2,04 10 Pa 0,14 m 1,01 10 Pa W 5.657,665 JW 5.700 JW 19. Uma bolha de ar de 20 cm 3 está no fundo de um lago, a 40 m de profundidade, onde a temperatura é 4,0 o C. Ela se solta e vai para a superfície, onde a temperatura é 20 o C. Considere a temperatura da bolha como sendo a mesma da água à sua volta e encontre seu volume no exato momento em que alcança a superfície - ainda na água. (Pág. 227) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 5 Como a quantidade de ar no interior da bolha é constante, vale a relação: 0 0 0 p V pV T T atm 0 0 p gh V pV T T Logo: atm 0 0 p gh V T VVT 5 3 3 2 6 3 5 1,01 10 Pa 1,0 10 kg/m 9,81 m/s 40 m 20 10 m 293,15 K 1,01 10 Pa 277,15 K V 3103,3434 mV 3100 mV 22. Um tanque de aço contém 300 g de amônia (NH3) no estado gasoso, a uma pressão absoluta de 1,35 10 6 Pa e temperatura de 77 o C. (a) Qual o volume do tanque? (b) O tanque é inspecionado mais tarde, quando a temperatura cai para 22 o C e a pressão absoluta para 8,7 10 5 Pa. Quantos gramas de gás escaparam do tanque? (Pág. 227) Solução. (a) Considerando-se que a amônia tenha comportamento ideal, podemos utilizar a equação de estado do gás ideal: 0 0 0 0 0 amp V n RT RT M Na expressão acima, ma0 é a massa inicial da amostra de amônia e M é a massa molar da amônia. Logo: 30 00 6 0 300 g 8,314 J/K.mol 350 K 0,0380379 m 17 g/mol 1,35 10 Pa am RTV Mp 3 0 0,0380 mV (b) A situação final do sistema pode ser descrita pela seguinte equação de estado, em que ma é a massa final de amônia e m’ é a massa de amônia que escapou: ' 0aa m mm pV nRT RT RT M M p , V T0 0 0, p p V T = , , atm h Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 6 O volume final do recipiente pode ser determinado por meio da análise da dilatação térmica sofrida: 0 aço 01 3V V T T Logo: ' 0 0 aço 01 3 am m pV T T RT M ' 0 0 aço 01 3a pV M m m T T RT 5 3 ' 5o 1 8,7 10 Pa 0,0380379 m 17 g/mol 300 g 8,314 J/K.mol 295 K 1 3 1,1 10 K 295 K 350 K 71,0378 g m ' 71 gm 23. O recipiente A, na Fig. 21-17, contém um gás ideal à pressão de 5,0 10 5 Pa e à temperatura de 300 K. Ele está conectado por um fino tubo ao recipiente B, que tem quatro vezes o volume de A. O B contém o mesmo gás ideal, à pressão de 1,0 10 5 Pa e à temperatura de 400 K. A válvula de conexão é aberta e o equilíbrio é atingido a uma pressão comum, enquanto a temperatura de cada recipiente é mantida constante, em seu valor inicial. Qual a pressão final do sistema? (Pág. 227) Solução. Este problema pode ser resolvido levando-se em conta que o número total de moles do gás permanece constante durante o processo. , , , ,A i B i A f B fn n n n A A B B A B A B A B p V p V pV pV RT RT RT RT No segundo membro da expressão acima, vemos que a pressão final nos dois compartimentos é igual (p), uma vez que eles estão conectados, e que suas temperaturas são diferentes, iguais às da situação inicial. Lembrando que VB = 4 VA: 4 4A A B A A A A B A B p V p V pV p V T T T T 4 4A B A B A B p p p p T T T T Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 7 5 55,0 10 Pa 400 K 4 1,0 10 Pa 300 K4 300 K 400 K A B B A A B p T p T p T T 52,0 10 Pap 27. Considere o Sol como uma gigantesca bola de gás ideal à alta temperatura. A pressão e a temperatura na atmosfera solar são 0,0300 Pa e 2,00 10 6 K, respectivamente. Calcule a velocidade rms dos elétrons livres (massa = 9,11 10 -31 kg) na atmosfera solar. (Pág. 228) Solução. Considerando-se a atmosfera solar composta de gás ideal, teremos: 6 6 rms 31 23 1 3 8,314 J/K.mol 2,00 10 K3 3 9,5372 10 m/s 9,11 10 kg 6,02 10 molA RT RT v M mN rms 9.540 km/sv 29. A que temperatura os átomos de hélio têm a mesma velocidade rms que os do hidrogênio a 20 o C? (Pág. 228) Solução. Para resolver, basta igualar as velocidades quadráticas médias do hidrogênio e do hélio e resolver para a temperatura. 2rms,He rms,H v v 2 2 HHe He H 33 RTRT M M 2 2 HHe He H TT M M 2 2 o He H o He H 4,003 g/mol 20 C 308,933 C 2,016 g/mol M T T M o He 310 CT 30. A densidade de um gás a 273 K e 1,00 10 2 atm é de 1,24 10 5 g/cm 3 . (a) Encontre a velocidade vrms para as moléculas do gás. (b) Ache a massa molar do gás e identifique-o. (Pág. 228) Solução. (a) A velocidade média quadrática é dada por: rms 3RT v M Como pV = nRT, podemos substituir RT na expressão acima: Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 8 rms 3pV v nM (1) A densidade do gás é a razão entre a massa da amostra ma e o seu volume V: a m nM V V nM V (2) Substituindo-se (2) em (1): 3 rms 2 3 3 1,01 10 Pa3 494,3226 m/s 1,24 10 kg/m p v rms 494 m/sv (b) O gás pode ser identificado por meio de sua massa molar: 22 rms 3 8,314 J/K.mol 273 K3 0,027865 kg/mol 494,3226 m/s RT M v 27,9 g/molM Esta massa molar corresponde ao nitrogênio (N2). 31. A massa da molécula de hidrogênio é de 3,3 10 24 g. Se 10 23 moléculas de hidrogênio por segundo atingissem 2,0 centímetros quadrados de uma parede, a um ângulo de 55 o com a normal à parede, com velocidade 1,0 10 5 cm/s, que pressão elas exerceriam sobre a parede? (Pág. 228) Solução. A pressão exercida pelo gás corresponde à razão entre a força total exercida ortogonalmente à parede pelos choques das moléculas (N.Fx, onde N é o número de moléculas e Fx é a força que cada molécula transmite à parede) e a área da parede: x NF p A (1) A força transmitida ortogonalmente à parede (v cos ) por cada choque corresponde à razão entre variação do momento linear da molécula e o tempo entre os choques: x x m v F t Sendo vx a velocidade antes do choque, após o choque a velocidade será vx (choque elástico), o que implica numa variação do momento linear em termos absolutos de 2vx. 2 2 cosx x m v m v F t t (2) Substituindo-se (2) em (1): 2 cos 2 cosN mv mv N p A t A t 24 5 o 23 1 2 2 2 3,3 10 g 1,0 10 cm/s cos55 10 s 18.928,0 dinas/cm 2,0 cm p 4 21.9 10 dinas/cmp Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 9 34. A que temperatura a energia cinética de translação de uma molécula é igual a 1,00 eV? (Pág. 228) Solução. A energia cinética média de translação K de cada molécula vale: 3 2 K kT Logo: 19 23 2 1,00 eV 1,602 10 J/eV2 7.739,13 K 3 3 1,38 10 J/K K T k 7.740 KT 61. 20,9 J de calor são adicionados a um certo gás ideal. Como resultado, seu volume aumenta de 50,0 para 100 centímetros cúbicos, enquanto a pressão permanece constante (1,00 atm). (a) Qual a variação na energia interna do gás? (b) Se a quantidade de gás presente for de 2,00 10 3 mol, calcule o calor específico molar à pressão constante. (c) Calcule o calor específico molar a volume constante. (Pág. 229) Solução. O processo termodinâmico pode ser representado pelo seguinte gráfico pV: (a) A variação da energia interna do gás pode ser calculada diretamente da primeira lei da termodinâmica: 5 6 3int 0 20,9 J 1,01 10 Pa 50 10 m 15,85 JpE Q W Q p V int 16 JE (b) Sejam as seguintes relações: p pQ nC T p V nR T A razão entre estas equações resulta em: p pQ C p V R 5 6 3 20,9 J 8,314 J/K.mol 34,4084 J/K.mol 1,01 10 Pa 50 10 m p p Q R C p V 34 J/K.molpC(c) A relação entre os calores específicos à pressão e a volume constantes é: p p0 VVV0 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 10 34,4084 J/K.mol 8,314 J/K.mol 26,0944 J/K.molV pC C R 26 J/K.molVC 62. Uma certa quantidade de um gás ideal monoatômico (n moles) está inicialmente à temperatura T1. A pressão e o volume são então lentamente duplicados, de tal maneira que o processo é descrito por uma reta no gráfico p-V. Quais são, em termos de n, R e T1, (a) W, (b) Eint e (c) Q? (d) Se quisermos definir um calor específico molar para este processo, qual seria o seu valor? (Pág. 230) Solução. O processo termodinâmico pode ser representado pelo seguinte gráfico pV: (a) O trabalho pode ser calculado somando-se as áreas AA e AB sob a reta 1-2: 1 1 1 1 1 1 1 1 A B 1 1 1 1 1 2 2 3 2 2 2 2 V V p p p V p V W A A p V V p V 1 3 2 W nRT (b) A variação da energia interna é dada por: int VE nC T (1) A temperatura do estado 2, T2, pode ser calculada por comparação dos estados 1 e 2: 1 1 2 2 1 2 p V p V T T 1 1 1 1 1 2 2 2pV p V T T 2 14T T (2) Considerando-se que, para um gás ideal monoatômico, CV = 3/2 R, e substituindo-se (2) em (1): int 1 1 3 4 2 E n R T T int 1 9 2 E nRT (c) O calor pode ser calculado a partir do enunciado da primeira lei da termodinâmica: intE Q W int 1 1 9 3 2 2 Q E W nRT nRT 16Q nRT (d) A definição do calor específico de um processo X, CX, é dada simplesmente por: p p1 VV1 2V1 2p1 1 2 A B Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 11 X XQ nC T onde QX é o calor envolvido no processo que, neste caso, é 6nRT1: 16 XnRT nC T 2XC R 65. Um gás diatômico cujas moléculas apresentam rotação, mas não oscilam, perde 90 J de calor. A perda de energia interna do gás será maior se o processo for à pressão constante ou a volume constante? (Pág. 230) Solução. No processo a volume constante, o trabalho executado pelo gás é nulo. Logo: int, 0VE Q W Q Q int, 90 JVE (1) No processo à pressão constante, teremos: int, pE Q W Q p V Q nR T (2) Em qualquer processo envolvendo gás ideal vale a seguinte relação: int int, 2 p V f E E nC T n R T Na equação acima, f corresponde ao número de graus de liberdade associado ao gás. No presente caso, o gás diatômico apresenta 3 graus de liberdade translacional e 2 rotacionais, ou seja, f =5. Logo: int, 5 2 pE nR T int, 2 5 pnR T E (3) Substituindo-se (3) em (2): int, int, 2 5 p pE Q E int, 5 5 90 J 64,28 J 7 7 pE Q int, 64 JpE (4) Comparando-se (1) e (4), vemos que a maior perda de energia interna se dará no processo a volume constante. Isto não deveria surpreender o aluno. No processo a volume constante nenhuma energia é gasta com trabalho de expansão. Logo toda a variação de energia aparece na forma de variação da energia interna do gás. Nos processos que ocorrem a volume constante, tanto expansão como contração, trabalho e calor têm sempre sinais opostos e, portanto, tendem a tornar menor o valor absoluto da variação da energia interna do processo. 67. Suponha que 12,0 g de oxigênio (diatômico) sejam aquecidos, à pressão atmosférica constante, de 25,0 a 125 o C. (a) Quantos moles de oxigênio estão presentes? (Veja Tabela 21-1.) (b) Quanto calor é transferido para o oxigênio? (As moléculas giram, mas não oscilam.) (c) Que fração do calor é usada para aumentar a energia interna do oxigênio? Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 12 (Pág. 230) Solução. O processo termodinâmico pode ser representado pelo seguinte gráfico pV: (a) Sendo ma a massa da amostra de gás e M a sua massa molar, o número de moles n será: 12 g 0,375 mol 32 g/mol amn M 0,38 moln (b) Lembrando que para um gás ideal diatômico incapaz de oscilar Cp = 7/2 R, teremos: o o 0 7 7 0,375 mol 8,314 J/K.mol 125 C 25,0 C 2 2 p pQ nC T n R T T 1.091,2125 JpQ 1,1 kJpQ (c) A fração f do calor utilizada para aumentar a energia interna do gás vale: int 7 7 1 52 2 0,7142 7 7 7 2 2 nR T nR T E Q W f Q Q nR T 0,71f 68. Suponha que 4,00 moles de um gás ideal diatômico, cujas moléculas estejam em rotação sem oscilar, sofrem um aumento de temperatura de 60,0 K à pressão constante. (a) Quanto calor foi transferido para o gás? (b) Em quanto aumentou a energia interna do gás? (c) Quanto trabalho foi realizado pelo gás? (d) Qual foi o aumento na energia interna translacional nas moléculas do p p0 V T0 T1 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 13 gás? (Pág. 230) Solução. O processo termodinâmico pode ser representado pelo seguinte gráfico pV: (a) O calor transferido á pressão constante é Qp, sendo que um gás ideal diatômico incapaz de oscilar possui Cp = 7/2 R. Logo: 0 7 7 4,00 moles 8,314 J/K.mol 60,0 K 6.983,76 J 2 2 p pQ nC T n R T T 6,98 kJpQ (b) int 7 5 2 2 p p pE Q W Q p V Q nR T nR T nR T nR T int 5 4,00 moles 8,314 J/K.mol 60,0 K 4.988,4 J 2 E int 4,99 kJE (c) 4,00 moles 8,314 J/K.mol 60,0 K 1.995,36 JW p V nR T 2,00 kJW (d) A variação da energia interna de um gás ideal diatômico incapaz de oscilar é a soma das variações das energias interna translacional e rotacional Eint, transl e rotacional Eint, rot. int int, transl int, rotE E E int 3 2 2 2 E nR T nR T A parcela associada à variação da energia cinética translacional é 3/2 nR T. int, transl 3 3 4,00 moles 8,314 J/K.mol 60,0 K 2.993,04 J 2 2 E nR T int, transl 2,99 kJE 73. Sabemos que pV = uma constante para um processo adiabático. Faça uma estimativa do valor desta "constante" para um processo adiabático envolvendo exatamente 2,0 mol de um gás ideal que passa, durante o processo, por um estado onde p = 1,0 atm e T = 300 K. Considere um gás diatômico cujas moléculas apresentem rotação, mas não oscilem. (Pág. 230) Solução. p p0 V T0 T1 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 14 Um gás ideal diatômico que apresenta rotação sem oscilação possui : 7 72 5 5 2 p V RC C R A constante pV valerá: 1 nRT pV p p nRT p 1 51,01 10 Pa 2,0 moles 8,314 J/K.mol 300 KpV 7/5 3 11/51.497,67 Pa m 1.497,67 N.mpV 2,21.500 N.mpV 81. Uma certa quantidade de um gás ideal ocupa um volume inicial V0 à pressão p0 e temperatura T0. O gás se expande até o volume V1 (a) à pressão constante, (b) à temperatura constante e (c) adiabaticamente. Construa o gráfico p-V para cada caso. Em qual deles Q é maior? E menor? Em qual caso W é maior? E menor? Em qual caso Eint é maior?E menor? (Pág. 230) Solução. Os processos termodinâmicos podem ser representados pelo seguinte gráfico pV: Como o trabalho executado pelos gases corresponde à área sob as curvas do gráfico pV, temos: a b cW W W Como a variação da energia interna é proporcional à variação da temperatura e o gráfico mostra que Ta Tb Tc, temos: int,a int,b int,cE E E Como Q = Eint + W, temos: a b cQ Q Q 83. Certa máquina térmica processa 1,00 mol de um gás ideal monoatômico através do ciclo mostrado na Fig. 21-21. O processo 1 2 acontece a volume constante, o 2 3 é adiabático e o 3 1 acontece à pressão constante. (a) Calcule o calor Q, a variação na energia interna Eint e o trabalho realizado W, para cada um dos três processos e para o ciclo como um todo. (b) Se a pressão inicial no ponto 1 for 1,00 atm, encontre a pressão e o volume nos pontos 2 e 3. Use 1,00 atm = 1,013 10 5 Pa e R = 8,314 J/mol.K. p VV0 V1 T0 p0 a b c a = isobárico b = isotérmico c = adiabático Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 15 (Pág. 231) Solução. (a) Variação da energia interna. Passo 1 2: 12 12 3 1,00 mol 8,314 J/K.mol 300 K 3.741,3 J 2 VE nC T 12 3,74 kJE Variação da energia interna. Passo 2 3: 23 23 3 1,00 mol 8,314 J/K.mol 145 K 1.808,295 J 2 VE nC T 23 1,81 kJE Variação da energia interna. Passo 3 1: 31 31 3 1,00 mol 8,314 J/K.mol 155 K 1.933,005 J 2 VE nC T 31 1,93 kJE Variação da energia interna. Ciclo: 12 23 31 0E E E E Calor. Passo 1 2: 12 12 3.741,3 JVQ nC T 12 3,74 kJQ Calor. Passo 2 3: 23 0Q (etapa adiabática) Calor. Passo 3 1: 31 31 5 1,00 mol 8,314 J/K.mol 155 K 3.221,675 J 2 pQ nC T 31 3,22 kJQ Calor. Ciclo: 12 23 31 519,625 JQ Q Q Q 520 JQ Trabalho. Passo 1 2: Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 21 – A Teoria Cinética dos Gases 16 12 0W (etapa isométrica) Trabalho. Passo 2 3: 23 23 23 0 1.808,295 J 1.808,295 JW Q E 23 1,81 kJW Trabalho. Passo 3 1: 31 31 31 3.221,675 J 1.933,005 J 1.288,67 JW Q E 31 1,29 kJW Trabalho. Ciclo: 12 23 31 519,625 JW W W W 520 JW (b) Cálculo de V2: 31 1 5 1 (1,00 mol)(8,314 J/K.mol)(300 K) 0,024621 m (1,013 10 Pa) nRT V p 32 1 0,0246 mV V Cálculo de V3: 31 1 3 VV T T 3 31 3 3 1 (0,024621 m )(455 K) 0,037343 m (300 K) VT V T 33 0,0373 mV O gráfico mostra que p3 = p1. Logo: 5 5 3 Pa 1,00 atm 1,013 10 1,013 10 Pa atm p 5 3 1,01 10 Pap Na etapa 1 2 (isocórica), temos: 1 2 1 2 p p T T 5 51 2 2 1 Pa 1,00 atm 1,013 10 600 K atm 2,026 10 Pa 300 K p T p T 5 2 2,03 10 Pap Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 23 – A Teoria Cinética e o Gás Ideal 17 RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996. FÍSICA 2 CAPÍTULO 23 - A TEORIA CINÉTICA E O GÁS IDEAL 12. Um tubo com uma extremidade fechada e outra aberta, de comprimento L = 25,0 m, contém ar sob pressão atmosférica. Ele é introduzido verticalmente em um lago de água doce até que a água no seu interior atinja a metade da sua altura, como indica a Fig. 16. Qual a profundidade h da extremidade inferior do tubo? Suponha que a temperatura seja a mesma em todo o sistema e que não varie. (Pág. 196) Solução. Na interface água/ar, no interior do tubo, a pressão do ar (p) é igual à pressão na água à profundidade h L/2: )2/(0 Lhgpp (1) onde p0 é a pressão atmosférica, é a densidade da água e g é a aceleração local da gravidade. A única incógnita em (1), além de h é p. O valor de p é facilmente calculado através de: 0 00 T Vp T pV Como foi dito que T = T0: 00VppV O esquema inicial indica que o volume final é a metade do volume inicial. Logo, 00 0 2 Vp V p Portanto, 02pp (2) Substituindo-se (2) em (1), e resolvendo em função de h: 2 0 L g p h (3) Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 23 – A Teoria Cinética e o Gás Ideal 18 Substituindo-se os valores numéricos em (3): m 8,22m 7956,22h 14. Dois recipientes de volume 1,22 L e 3,18 L contém o gás criptônio e são ligados por um tubo fino. Inicialmente, eles estão à mesma temperatura, 16,0 o C, e à mesma pressão, 1,44 atm. O recipiente maior é, então, aquecido até 108 o C enquanto o menor permanece a 16,0 o C. Calcule a pressão final. (Pág. 196) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: Durante o processo termodinâmico descrito no enunciado a quantidade de gás no recipiente permaneceu constante. Seja n01 e n02 o número de moles de gás na condição inicial e n1 e n2 o número de moles de gás na condição final. Pode-se afirmar que: 210201 nnnn (1) Utilizando-se a equação de estado do gás ideal, resolvida para o número de moles, n: RT pV n (2) Pode-se substituir (2) em (1), utilizando-se as variáveis de estado apropriadas, de acordo com o esquema inicial. RT pV RT pV RT Vp RT Vp 2 0 1 0 20 0 10 T V T V pVV T p 2 0 1 21 0 0 )( (3) Resolvendo-se (3) para a pressão final, p: T V T V VV T p p 2 0 1 21 0 0 Substituindo-se pelos valores numéricos apropriados, não se esquecendo de converter todas as temperaturas T0 e T para Kelvin: K 74,1K 74443,1p 15. Considere uma amostra de gás argônio a 35,0 o C e sob pressão de 1,22 atm. Suponha que o raio de um átomo (esférico) de argônio seja 0,710 10 10 m. Calcule a fração do volume do T0 T0 p0 V1 V2 p0 n01 n02 T0 T p V1 V2 p n1 n2 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 23 – A Teoria Cinética e o Gás Ideal 19 recipiente que é realmente ocupada pelos átomos. (Pág. 196) Solução. A fração pedida (f) corresponde à razão entre o volume dos N átomos presentes (Vat) e o volume da amostra de gás (V). 3 33 4 . 443 3 3 at A A N r V r pNNr p f nRT NV RT RT p N Na equação acima, utilizamos a equação de estado do gás ideal pV = nRT e a relação n = N/NA, em que n é o número de moles da amostra e NA é o número de Avogadro. 3 10 5 23 1 5 4 0,710 10 m 1, 2322 10 Pa 6,02 10 mol 4,3407 10 3 8,314 J/K.mol 308,15 K f 54,34 10f 35. O envoltório e a cesta de um balão de ar quente têm massa total de 249 kg, e o envoltório tem capacidade de 2.180 m 3 . Quando inflado completamente, qual deverá ser a temperatura do ar no interior do balão para que ele seja capaz de erguer 272 kg (além de sua própria massa)? Suponha que o ar circundante, a 18 o C, tenha densidade igual a 1,22 kg/m 3 . (Pág. 197) Solução. Na situação de equilíbrio, o peso do balão (P) é igual ao empuxo exercido pelo ar (E): EP Be gVmg (1) onde m é a massa total do balão, e éa densidade do ar externo, g é a aceleração local da gravidade e VB é o volume do balão. A massa total do balão é a soma da massa do balão (mB), da massa da carga (mC) e da massa do ar interno (mi). iCB mmmm (2) A massa do ar interno (mi) pode ser calculada considerando-se o ar como um gás ideal: i A i iiii RT M m RTnVp i ABe i Aii i RT MVp RT MVp m (3) Na equação (3), reconheceu-se que a pressão do ar interno é igual à pressão do ar externo e que o volume do ar interno é o próprio volume do balão. MA é a massa molar média do ar. A pressão do ar externo é calculada da seguinte maneira: e A e eeee RT M m RTnVp e A e e Ae e e RT M RT MV m p (4) Substituindo-se (2) em (1): Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 23 – A Teoria Cinética e o Gás Ideal 20 BeiCB gVgmmm )( (5) Substituindo-se (3) em (5): Be i ABe CB V RT MVp mm (6) Substituindo-se (4) em (6): Be i ABe A e CB V RT MVRT M mm CBBe Bee Ai mmV VT T Substituindo-se pelos valores numéricos fornecidos: C88,9K 89264,361 o AiT 43. Um gás ocupa um volume de 4,33 L sob pressão de 1,17 atm e à temperatura de 310 K. Ele é comprimido adiabaticamente até um volume de 1,06 L. Determine (a) a pressão final e (b) a temperatura final, supondo tratar-se de um gás ideal para o qual = 1,40. (c) Qual foi o trabalho realizado sobre o gás? (Pág. 198) Solução. O processo termodinâmico pode ser representado pelo seguinte gráfico pV: (a) Num processo adiabático, vale a seguinte relação: 0 0p V pV 1,4 0 0 0 0 4,33 L 1,17 atm 8,3915 atm 1,06 L p V V p p V V 8,4 atmp (b) Num processo adiabático, também vale a seguinte relação: 1 10 0T V TV 1,4 111 0 0 0 01 4,33 L 310 K 544,2952 K 1,06 L T V V T T V V 540 KT (c) p VV V0 p T0 T p0 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 23 – A Teoria Cinética e o Gás Ideal 21 0 0 1 1 W pV p V 5 3 3 1 8,3915 atm 1,06 L 1,17 atm 4,33 L 1,4 1 1,01 10 Pa/atm 10 m /L 966,79 J W 970 JW 44. (a) Um litro de gás com = 1,32 encontra-se a 273 K e sob pressão de 1,00 atm. Ele é comprimido adiabaticamente até a metade de seu volume inicial. Determine a pressão final e a temperatura final. (b) O gás agora é resfriado, a pressão constante, até voltar a 273 K. Determine o volume final. (c) Determine o trabalho total realizado sobre o gás. (Pág. 198) Solução. Considere o seguinte diagrama pV da situação: (a) Num processo termodinâmico adiabático envolvendo um gás ideal, os produtos pV e TV -1 são constantes ao longo de todo o caminho. Considerando-se os estados A e B, pode-se dizer que: BBAA VpVp (1) A A AA B AA B p V Vp V Vp p 2 2 atm 2,49666atm 00,12 32,1Bp atm 2,50Bp Tomando-se (1) e usando a equação de estado do gás ideal (pV = nRT): 11 BBAA VTVT (2) Substituindo-se VB = VA/2 em (2) e resolvendo-se para TB: AB TT 12 K 7942,340K) 273(2 32,0BT K 341BT (b) Como o volume e a quantidade de gás permanece constante no caminho BC: BBCC VpVp C BB C p Vp V p p0 VV0V1V2 p1=p2 A BC Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 23 – A Teoria Cinética e o Gás Ideal 22 L 0,20026L) 0,5( atm) (2,49666 atm) 00,1( CV L 0,2CV (c) O trabalho total é a soma dos trabalhos executados nas etapas AB e BC: )()( 1 1 BCBAABBBCAB VpVpVpWWW ) 2 () 2 ( 1 A CBA BA VVpp pV W J 96239,153W kJ 2,0W Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 5 a Ed. - LTC - 2003. Cap. 22 – Propriedades Moleculares dos Gases 23 RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 5.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 2003. FÍSICA 2 CAPÍTULO 22 - PROPRIEDADES MOLECULARES DOS GASES 11. A que freqüência o comprimento de onda do som é da mesma ordem de grandeza da trajetória livre média no nitrogênio à pressão de 1,02 atm e temperatura de 18,0 o C? Considere o diâmetro da molécula de nitrogênio como sendo de 315 pm. (Pág. 243) Solução. A freqüência f da onda de som é dada pela seguinte relação, em que v é a velocidade do som e é o comprimento de onda do som: v f Se corresponde ao caminho livre médio da molécula de N2, que é o componente mais abundante no ar, temos: 23 8 22 12 5 1,38 10 J/K 291,15 K 8,8468 10 m 2 2 315 10 m 1,0302 10 Pa kT d p Logo: 9 8 343 m/s 3,8770 10 Hz 8,8468 10 m f 93,87 10 Hzf 01. Na temperatura de 0 o C e pressão de 1000 atm as massas específicas do ar, do oxigênio e nitrogênio valem, respectivamente, 1,293 kg/m 3 , 1,429 kg/m 3 e 1,250 kg/m 3 . Calcule a percentagem, em massa, de nitrogênio no ar, a partir desses dados, supondo que apenas esses dois gases estejam presentes. (Pág. 245) Solução. Considere o seguinte esquema, onde os gases encontram-se à temperatura de 0 o C e pressão de 1000 atm e ocupam um volume V: Para que o nitrogênio e oxigênio formem um volume V de ar, nas mesmas condições de temperatura e pressão, uma fração f da massa de nitrogênio e uma fração (1 f) da massa do oxigênio devem ser retiradas dos recipientes acima para se misturarem num recipiente vazio, de volume V. V m, N2 V m, O2 Nitrogênio Oxigênio Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 5 a Ed. - LTC - 2003. Cap. 22 – Propriedades Moleculares dos Gases 24 Logo, vale a seguinte identidade: 2 2Ar N O 1m fm f m Dividindo-se ambos os membros desta equação por V, teremos: 2 2Ar N O 1f f 2 2 2 3 3 Ar O 3 3 N O 1.293 kg/m 1.429 kg/m 0,75977 1.250 kg/m 1.429 kg/m f 0,760 76,0%f 04. Calcule a trajetória livre média de 35 pequenas esferas em uma jarra que é sacudida vigorosamente. O volume da jarra é de 1,0 litro e o diâmetro de cada uma das esferas é de 1,0 cm. (Pág. 245) Solução. O caminho livre médio é dado pela seguinte expressão, em que V é o volume do recipiente, N é o número de partículas e d é o diâmetro das partículas: 3 3 22 1,0 10 cm 6,4308 cm 2 2 35 1,0 cm V Nd 6,4 cm 07. Dois recipientes estão à mesma temperatura. O primeiro contém gás à pressão p1, cujas moléculas têm massa m1, sendo vrms,1 a sua velocidade média quadrática. O segundo recipiente contém moléculas de massa m2, à pressão igual a 2p1, sendo sua velocidade média vmed,2 = 2 vrms,1. Calcule a razão m1/m2 entre suas moléculas. (Pág. 245) Solução. Vamos usar as expressões referentes às velocidades média e média quadrática de um gás: med,2 rms,12v v 2 1 8 3 2 RT RT M M 2 1 8 12 M M 1 1 1 2 2 2 . 3 4,7123 . 2 A A M m N m M m N m V f m, N2 V f m, (1- ) O2 Nitrogênio Oxigênio V m, Ar Ar Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 5 a Ed. - LTC - 2003. Cap. 22 – Propriedades Moleculares dos Gases 25 1 2 4,71 m m 17. Conforme sugerido na Fig. 22-11, se as forças intermoleculares forem grandes o suficiente, a pressão medida p de um gás que obedece a equação de estado de van der Waals poderia ser nula. (a) Para que valor do volume por mol isto deveria ocorrer? (Sugestão: Existem duas soluções; encontre-as e interprete-as.) (b) Mostre que existe uma temperatura máxima para a pressão nula ocorrer e obtenha essa temperatura máxima em função dos parâmetros a e b da equação de van der Waals. (c) Admitindo-se que o oxigênio obedeça a equação de van der Waals com a = 0,138 J.mol 3 /mol 2 e b = 3,18 10 5 m 3 /mol, obtenha a temperatura máxima para a qual p = 0 para o oxigênio e compare esse valor com o ponto de ebulição normal do oxigênio. (Pág. 245) Solução. (a) Vamos começar com a equação de estado de van der Waals para os gases: 2 2 an p V nb nRT V Fazendo p = 0, teremos: 2 2 an V nb nRT V (1) 2 0 RTV V nb an Multiplicando-se ambos os membros da equação acima por a/n, teremos: 2 0 V V RT a ab n n Esta é uma equação do segundo grau, cuja incógnita é a razão V/n. As raízes são: Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 2 - 5 a Ed. - LTC - 2003. Cap. 22 – Propriedades Moleculares dos Gases 26 2 4 2 V a a abRT n RT (2) A Fig. 22-11 mostra que a densidade de partículas n/V na região hemiesférica de raio R contribui de duas maneiras para alterar a pressão p do gás. Em primeiro lugar, quando maior a densidade de partículas localizadas ao redor de uma partícula que colide com a parede do recipiente, maior a força de atração que elas exercem sobre essa partícula, atraindo-a no sentido oposto ao da parede. Isto faz com que a pressão do gás seja reduzida e essa redução é proporcional a n/V. A segunda é que este fenômeno pode ocorrer com todas as outras partículas existentes na região R. Isto faz com que a redução de pressão seja proporcional à freqüência das colisões nessa região, que por sua vez também é proporcional à densidade das partículas. Esses dois fatores fazem com que a redução da pressão do gás seja proporcional a (n/V) 2 . Como a Eq. (2) expressa V/n, o efeito descrito acima é representado pela menor raiz de (2) (sinal negativo). A outra raiz (sinal positivo) se refere ao outro fenômeno capaz de reduzir a pressão do gás a zero, que é a condensação do gás. (b) A expressão abaixo mostra T em função de V, sendo p = 0, e foi derivada da Eq. (1): 2 2 2 2 an an abn T V nb RV RV RV (3) Para demonstrar que há uma temperatura máxima associada a esta situação, vamos resolver dT/dV = 0 para V: 2 2 3 2 0 dT an abn dV RV RV 2 2 3 2an abn RV RV 2V nb Portanto, em V = 2nb, o valor da temperatura é máximo (verifique a concavidade da curva por meio do sinal de d 2 T/dV 2 ). (c) Vamos calcular o valor Tmax, que corresponde a T(V = 2nb), para p = 0, por meio da equação (3): 2 max 2 1 1 2 2 4 2 2 42 an abn a a a a T R nb bR bR b R R bRR nb 3 2 max 5 3 0,138 J.m /mol 130,4914 K 4 3,18 10 m /mol 8,314 J/K.mol T max 130 KT O ponto de ebulição do oxigênio é cerca de 90 K.
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