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PROVA DIREITO PENAL II

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NOME: Andrea Jaqueline Pantoja dos Santos 
MATRÍCULA:202007402839 
 DISCIPLINA: DIREITO PENAL II TURMA: 3001 
 PROFESSOR: TIAGO BRITO DATA:06/10/2020 
1ª AVALIAÇÃO 
 
1- O concurso de pessoas é a participação consciente e voluntária de duas ou mais pessoas na 
mesma infração penal. Tem-se a livre convergência de vontades para um fim ilícito criminal. 
Cite e explique três requisitos imprescindíveis à formação do concurso de pessoas. 
R: São requisitos imprescindíveis à formação do concurso de pessoas: 
 
I. Pluralidade de condutas: cada indivíduo pratica certo ato a fim de alcançar o objetivo criminoso. 
Tem-se a divisão das tarefas necessárias à execução do crime. 
II. Relevância causal entre as ações: as condutas devem estar ligadas, de modo a completarem-se 
no sentido da consumação do crime. B 
III. Liame subjetivo entre os lagentes: deve haver a ligação entre as vontades dos agentes, as 
condutas, no concurso de pessoas, são previamente combinadas e não podem fugir do acordado, 
configurando, portanto, um desígnio comum. 
 
2- A teoria monista ou unitária é a adotada como regra pelo Código Penal, no artigo 29, caput. Explique 
o que é essa teoria. 
 
R: A teoria monista ou unitária é a adotada como regra pelo Código Penal, no artigo 29, caput, ao 
prescrever: Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua culpabilidade. ... A exceção à regra geral adotada pelo Código Penal são a teoria 
dualista e a teoria pluralista. 
 
3-"O concurso de crimes significa a prática de várias infrações penais por um só agente ou por um 
grupo de autores atuando em conjunto. Diversamente do concurso de pessoas, onde um único delito 
é cometido, embora por vários agentes, no caso do concurso de crimes busca-se estudar qual a pena 
justa para quem comete mais de um delito." (NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal. 
15ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. p. 477). Explique a diferença entre concurso material de crimes 
e concurso formal de crimes. 
 
R: Concurso de crime é o nome que se dá quando a mesma pessoa praticar mais de um crime, seja 
como uma só ou com várias ações. 
O código penal estabeleceu 3 formas de crimes mas no entanto só vamos falar de duas. 
 • Concurso Material (Art. 69 do cp) 
 • Concurso Formal ( Art. 70 do cp) 
Segundo o Art. 69 – Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais 
crimes, idênticos ou não, aplicam-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja 
incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeiro 
aquela. 
Já de acordo com o artigo 70 do Código Penal, o concurso formal ocorre: Quando o agente, mediante 
uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave 
das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um 
sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa 
e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. 
Concurso de crimes é a nomenclatura dada a prática de mais de um crime pela mesma pessoa. 
Se o agente praticou várias ações que resultaram em mais de um crime, concurso material. 
Se ele pratica uma ação só e comete mais de um crime, concurso formal. 
 
4-Três correntes doutrinárias determinam os fundamentos da pena, são elas: absolutistas, relativas 
ou utilitárias, e as mistas. Explique cada uma delas. 
R: A Teoria Absoluta a pena é um castigo e uma conseqüência pelo crime realizado, não possuindo 
qualquer outro desiderato, senão ser um fim em si mesma, e por aplicar as sanções previstas na 
legislação, é considerada como uma forma de fazer justiça. 
Já a Teoria Relativa possui uma pretensão diversa da anterior, e têm por objetivo a prevenção de 
novos delitos, ou seja, busca obstruir a realização de novas condutas criminosas; impedir que os 
condenados voltem a delinqüir. 
E a Teoria mista, unificadora ou eclética aderiu às outras duas teorias, possuindo dois interesses, o 
primeiro retribuir ao condenado o mal causado, e o segundo prevenir que o condenado e a sociedade 
busquem o cometimento de novas condutas criminosas. 
 
5- O Código Penal brasileiro, prevê em seu artigo 32, três espécies de pena. Explique no que consiste 
cada uma delas. 
 
R: As penas são específicas a tipificação penal, ou seja, a lei determina a cada tipo penal a sanção a 
ser aplicada. 
As penas em espécies se encontram regradas em nosso Código Penal e assim são consideradas: 
Artigo 32 - As penas são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
I - privativas de liberdade; 
 
II - restritivas de direitos; 
 
III - de multa. 
 
As penas privativas de liberdade se dividem em: 
Artigo 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, 
semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou 
aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). 
Lei de Contravenção Penal: 
Decreto-Lei 3.688 de 03 de outubro de 1941: 
Artigo 5º- As penas principais são: 
 
I – prisão simples. 
 
II – multa. 
As penas restritivas de direitos são as sanções penais impostas em 
substituição à pena privativa de liberdade e consistente na supressão 
ou diminuição de um ou mais direitos do condenado. Trata-se de 
espécie de pena alternativa. Irá ser aplicado aos crimes com menores 
grau de responsabilidade, com penas mais brandas. 
Artigo 43. As penas restritivas de direitos são: (Lei nº 9.714, de 
1998) 
 
I - prestação pecuniária; (Lei nº 9.714, de 1998) 
 
II - perda de bens e valores; (Lei nº 9.714, de 1998) 
 
III - limitação de fim de semana. ( Lei nº 7.209, de 1984) 
 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; (Lei 
nº 9.714, de 25.11.1998) 
 
V - interdição temporária de direitos; (Lei nº 9.714, de 25.11.1998) 
 
VI - limitação de fim de semana. (Lei nº 9.714, de 25.11.1998) 
Pena de Multa ou pecuniária é a terceira das três espécies de sanções 
prevista no Código Penal, e consiste na imposição ao condenado da 
obrigação de pagar ao fundo penitenciário determinada quantia em 
dinheiro, calculada na forma de dias-multa. Ela atinge, o patrimônio 
de condenado. 
Artigo 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo 
penitenciário da quantia fixada na sentença e calculada em dias-
multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, de 360 (trezentos 
e sessenta) dias-multa. (Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
§ 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser 
inferior a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao 
tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse salário.(Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 
§ 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos 
índices de correção monetária. (Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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