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RESUMO P2 BIOLOGIA MOLECULAR A PCR E SUAS APLICAÇÕES · PCR Reação de polimerização em cadeia do DNA · Consiste em fazer cópias de DNA “in vitro” utilizando elementos básicos do processo de replicação natural do DNA · Como uma PCR é possível? - In vivo – complexo enzimático promove abertura das fitas de DNA - In vitro – abertura das fitas de DNA (temperatura) · A PCR requer 6 componentes essenciais 1- Molde de DNA a ser amplificado 2- Solução tampão = solução que permite o balanço do pH da solução para que este não se altere durante a reação, prejudicando-a 3- Taq DNA polimerase = responsável pela sintese de novas fitas de DNA complementares usando uma cadeia precursora como molde 4- Primers = um par de oligonucleotídeos para iniciar a sintese de DNA (primers iniciadores senso e antisenso) 5- dNTPs = “matéria prima” para a sintese das novas cadeias. 6- Mg+2 = cofator da Taq DNA polimerase · Qualquer sequência alvo de DNA pode ser amplificada por PCR · A localização da sequencia alvo é feita pelos iniciadores (primers). · O pareamento dos “primers” com a sequencia alvo no molde se faz pelo estabelecimento de pontes de hidrogênio, obedecendo o pareamento convencional descrito por Watson e Crick (A-T e C-G) · A PCR é uma reação realizada em 3 passos básicos 1) Desnaturação do DNA molde por aquecimento 2) Pareamento dos iniciadores à sequencia de DNA alvo (fita simples) 3) Extensão dos iniciadores pela DNA polimerase termoestável (Taq polimerase) · A PCR representa atualmente um método de rotina para isolar rapidamente sequencias especificas de DNA a partir de uma mistura complexa de sequencias genômicas ou cDNAs · Primers degenerados a partir da sequência de aminoácidos da proteina · Aplicações do PCR detecção de patógenos, ciência forense, paleontologia, epidemiologia, banco de sangue, testes de paternidade ELETROFORESE CONVENCIONAL · Técnica que permite separar amostras de moléculas carregadas eletricamente, através de uma diferença de potencial · Os fragmentos migram inversamente proporcional ao seu tamanho · PCR/ELETROFORESE é preciso tomar certos cuidados: separar a área de manipulação do DNA da área de preparo do mix de PCR; manter bancadas sempre limpas; técnicas de desenho de iniciadores; verificar ciclagem; verificar as condições dos reagentes; verificar os componentes tampão; esterilização; controles + e -; PCR E DNA FINGERPRINT · “DNA fingerprint” – perfil individualizado de DNA · 2 regiões alvos (microssatélites) a- Regiões STR – repetições compreendendo de 2 a 7 pares de bases b- Regiões de VNTR – repetições compreendendo de 10 a 100 pares de bases · O número de sequencias repetidas é altamente variável entre os indivíduos e distribuídas de maneira aleatória no genoma · Utilizado também para realizar testes de paternidade; ciência forense; banco de sangue para detectar certas doenças que podem estar presentes no sangue; detecção de patógenos; diagnostico pré-natal para verificar diferentes anomalias no feto; RT PCR · Técnica utilizada para amplificar sequencias que codificam um gene expresso no RNA total · Para isso realizamos a sintese do DNA complementar (cDNA), pois o DNA não pode ser usado diretamente na PCR · cDNA é uma cópia de fita simples de uma sequencia de RNA sintetizada pela enzima transcriptase reversa (RT) · Com o cDNA em mãos podemos fazer o PCR com primers específicos do gene de interesse · Aplicações do RT PCR – analise da expressão de um gene especifico PCR EM TEMPO REAL (qPCR) · A PCR em tempo real monitora a fluorescência emitida durante a reação de amplificação como um indicador da produção de amplificado em cada ciclo de PCR · Princípios do Real-time baseado na detecção e quantificação de uma molécula fluorescente repórter; o 1° aumento significativo na quantidade de amplificado de PCR correlaciona-se com a quantidade inicial de amostra alvo usada como molde · PCR tradicional X PCR em tempo real - Os produtos de PCR têm que ser visualizados em gel de agarose - Esses correspondem aos produtos finais obtidos na fase final da reação de PCR (plateau – saturação) - Em condições de saturação não é possível quantificar · Plot de amplificação do PCR em tempo real - Detecção da fluorescência associada à amplificação do DNA a cada ciclo de PCR - Não há necessidade do uso de eletroforese para verificar os produtos amplificados - Acompanhamento da cinética de amplificação (fluorescência) é feito via computador · Princípios do Real-time 3 métodos de ensaios quantitativos: Sondas hidrolisáveis, sondas hibridizáveis e agentes ligantes ao DNA · Aplicações do Real-time quantificação de expressão gênica; controle de qualidade e validação de ensaio; biossegurança e estabilidade do material genômico; quantificação viral; detecção de patógenos; detecção de inativação de cromossomos X; estudos de DNA mitocondrial; ensaios de exposição a radiação; genotipagem (discriminação de alelos) SEQUENCIAMENTO DO DNA · Método enzimático Sanger, 1970 · Método dos dideoxinucleotídeos a posição das bases é determinada pelo tamanho dos fragmentos obtidos através de reações de polimerização na presença de dideoxinucleotídeos · Marcação com fluorescência (automatização) – marcação do DNA usando PCR 1- Dideoxinucleotídeos marcados + dideoxinucleotídeos normais (dNTPs) 2- DNA polimerase I ao invés da Taq 3- Utiliza primer único 4- Amplificação por PCR é linear ANÁLISES MOLECULARES (SOUTHERN BLOT – DNA, NORTHERN BLOT – RNA, WESTERN BLOT – PROTEINAS) · BLOT = processo de transferência de ácidos nucleicos (DNA ou RNA) para um suporte sólido (membrana de nylon) e hibridização com sonda marcada para detecção do homólogo em uma mistura complexa (EX. DNA genômico do organismo ou amostras de RNA total) · Triagem de biblioteca de DNA hibridização com sonda é feita em membrana correspondente aos clones presentes na placa; não há separação do DNA por tamanho (eletroforese) · BLOTS a- SOUTHERN usa DNA como substrato e sonda de DNA (análise da presença de um gene) b- NORTHERN usa RNA total ou mRNA como substrato e sonda de DNA ou RNA (análise da expressão gênica) c- WESTERN usa proteinas como substrato e anticorpos como sonda (detecção da proteina expressa) · Material transferido em cada técnica é o mesmo que é utilizado para faze-la · Transferência para membrana se dá por capilaridade – gel de agarose com DNA/RNA · SONDAS = ácido nucleico responsável pela detecção da sequencia alvo usada no processo de hibridização · Southern blot (DNA) 1- Digerir DNA em pequenos fragmentos 2- Separar os fragmentos em gel de eletroforese 3- Mergulhar o gel em um meio alcalino para separar (desnaturar) o DNA 4- Colocar o gel em um filtro de nitrocelulose aonde o DNA vai se mover para filtrar por ação dos capilares 5- Adicionar sonda de ssDNA radioativa que vai hibridizar as sequencias de interesse 6- Lavar após retirar a sonda 7- Fazer um auto radiograma e estudar os resultados · Detecção de genes expressos - Análise da expressão de um único gene de cada vez = Northern blot; RT-PCR (PCR precedido de transcrição reversa) - Análise da expressão de milhares de genes simultaneamente = macroarranjos de DNA e microarranjos de DNA · Microarranjos de DNA arranjo ordenado de fragmentos de DNA imobilizados em uma superfície sólida porosa ou não porosa; cada “ponto” neste arranjo corresponde a um gene especifico. É possível fabricar microarranjos com milhares de ”pontos” em alta densidade ELETROFORESE DE PROTEINAS (SDS-PAGE) · SDS desnatura a proteina e fornece carga negativa · Aparato de eletroforese de proteinas (fonte de tensão de cargas e uma unidade de eletroforese) · Abaixo é descrito o mecanismo da eletroforese. 1- A amostra contendo as macromoléculas devidamente desnaturadas e reduzidas, é distribuída ao nos poços ou cavidades do gel de suporte; 2- Após a distribuição o equipamento é fechado e o campo elétrico é aplicado no gel, através de um dispositivo diferencial de energia elétrica e as macromoléculas vão sendo distribuídas pela extensão do gel esão separadas em função de sua massa e tamanho molecular que são os principais fatores que determinam a mobilidade eletroforética. · Bloqueando a membrana tem a finalidade de bloquear sítios inespecíficos presentes na membrana, evitando a interação inespecífica com o anticorpo · Detecção do antígeno usando anticorpo policlonal ou monoclonal reação com anticorpo primário (IgG especifico) ou reação com anticorpo secundário (anti-IgG) – exemplo detecção de HIV MARCADORES MOLECULARES E APLICAÇÕES MARCADORES · Pontos de referencia no genoma; corresponde a um segmento de DNA especifico (expresso ou não) · A sequência e a função dos mesmos são, em geral, desconhecidos · Para ser considerado marcador genético: comportamento de acordo com as leis básicas de herança mendeliana · Marcadores morfológicos 1- Número limitado 2- São em geral, dominantes ou recessivos 3- Apresentam baixo nível de polimorfismo 4- São identificáveis tardiamente 5- Sensíveis aos efeitos do fenótipo 6- Requer grande numero de cruzamentos · MARCADORES MOLECULARES: Biologia molecular viabilizou a diversificação dos métodos permitindo a detecção do polimorfismo diretamente no DNA – nova classe de marcadores moleculares (MM) - MM podem per baseados ou não no uso do PCR - Consequência: um número maior de marcadores altamente polimórficos pode ser obtido em qualquer organismo · Marcadores moleculares 1- Numero limitado 2- Cruzamentos controlados específicos 3- São co-dominantes 4- Informação/locus é alta 5- São identificáveis nas fases iniciais do desenvolvimento 6- Insensíveis aos efeitos do fenótipo – efeito epistático e pleiotrópico · Marcadores moleculares não baseados em PCR (isoenzimas, RFLP e minissatélites) e baseados em PCR (RAPD, microssatélites e AFLP) ISOENZIMAS · Compreende um grupo de múltiplas formas moleculares da mesma enzima em uma mesma espécie, como resultado da presença de mais de um gene codificador · Diferem quanto a mobilidade eletroforética a qual refletem diferenças no DNA que as codificam · Incluem todos os polipeptideos codificados em diferentes lóci ou por alelos diferentes presentes no mesmo lócus (aloenzimas) · Diferenças nas sequencias de aminoácidos influenciam a estrutura e a carga da proteina · Diferenças de mobilidade das isoenzimas no campo elétrico (padrão de bandas) reflete diferenças no DNA codificador · Não requer informação genômica · Co-dominantes (produto dos dois alelos são expressos e visualizados) · Passos para a execução: - Extração das proteinas do tecido alvo - Separação em gel de eletroforese - Visualização atração de reação histoquímica · Vantagens = barata e acessível; analise simultânea de vários locus; co-dominancia · Limitações = diminuição do numero de sistemas isoenzimaticos polimórficos; especificidade de formas em tecidos ou estágios de desenvolvimento; influencia ambiental; dificuldades na interpretação RFLP · Variações na sequência de DNA são retratadas pela presença/ausência de sítio de clivagem de determinada enzima de restrição. · O polimorfismo de comprimento de fragmentos de DNA é uma enzima de restrição, seguido de eletroforese para separação dos fragmentos. Requer hibridização com sonda marcada. · Observação de fenômenos genéticos como deleções, inserções, ou outros rearranjos no DNA, é viável. · Marcadores RFLP são em geral codominantes, isto é, permitem a identificação de alelos maternais e paternais em indivíduos heterozigotos · Base genética = mutação destrói um sitio de restrição e provoca em RFLP · Execução - Extração de DNA genômico - Digestão com enzimas de restrição - Eletroforese: inúmeros fragmentos arraste contínuo - Southern blot: Transferência para membrana; Hibridização com sondas radioativas; Autoradiografia bandas marcadores · Sondas para RPFL obtenção de sondas por bibliotecas de cDNAs, bibliotecas genômicas e PCR com oligoespecificos; cada sonda detecta um locus e tem que se evitar sequencias repetidas · Bastante empregados no melhoramento de plantas · Mapeamento comparativo = bandas na mesma posição são sequencias homólogas, pois ambas são identificadas pela sonda · Vantagens = alta cobertura do genoma; co-dominancia; alta associação com genes de interesse; alto nível de polimorfismo · Limitações = obtenção de sondas; pessoal técnico capacitado; requer uso de radioatividade MINISATÉLITES · Unidade de repetição tem de 15 a 100 pb; um lócus hipervariável é composto por um n° variável de unidades de repetição dispostas lado a lado · Diferentes lóci possuem nueros de repetições diferentes · Agrupadas no genoma formando sítios altamente variáveis – diferentes famílias · Base genética mesmo principio do RPFL; restrição em sítios que flanqueiam o VNTR; sondas VNTR (homologas à sequencia da unidade repetida gera perfil complexo de bandas) · Usado no melhoramento de plantas · Sua distribuição peculiar dificulta o uso em mapeamento · Vantagens = mesmas do RPFL; amostragem simultânea de varias regiões do genoma; fingerprint (cada indivíduo possui um padrão diferente) · Limitações = padrão complexo RAPD · Baseia-se na utilização de primers aleatórios na reação de PCR, possibilitando amplificações ao acaso de segmentos de DNA no genoma · São tipicamente dominantes (presença ou ausência de banda), isto é, nao há distinção entre o padrão eletroforético de indivíduos heterozigóticos e homozigotos · Diferenças em relação a PCR comum: - Primer único, curto, de sequência aleatória - Cada primer dirige a sintese de vários segmentos de DNA simultaneamente sítios de iniciação · Polimorfismo binário – banda presente/ausente · Locus distribuídos ao longo do genoma · Permitiu a realização de estudos genéticos nos mais diversos organismos - Fingerprint genômicos - Analise de estrutura e diversidade populacional - Relações filogenéticas - Mapas de alta cobertura/localização de genes · Vantagens = baseada na amplificação do DNA; polimorfismo detectado no gel; não precisa da biblioteca de sondas; quantidade menor de DNA; baixo custo; · Limitações = menor conteúdo informação genético/loco (só um alelo detectado); dominância; dificuldade/ambiguidade na analise de bandas; dificuldade de padronização MICROSATÉLITES – SSR · Pequenas repetições em tandem, altamente polimórficas e distribuídas pelo genoma; observadas em vários organismos · Base genética - PCR usando primers complementares à região que flanqueia o microssatélite - Região repetitiva (polimorfismo): número de unidades repetidas - Diferentes números de repetições: diferentes alelos daquele loco (multialelismo) - Detecção: eletroforese (poliacrilamida) e sequenciador (primers fluorescentes) · Primers de PCR reconhecem sequências de DNA de cópia única que flanqueiam o microsatelite; diferentes fragmentos são detectados. · Vantagens = co-dominancia; multialelismo; maior polimorfismo; completa cobertura do genoma; espécies relacionadas (sítios conservados) e mapeamento, identificação de genótipos · Limitações = desenvolvimento prévio de primers específicos; equipamentos sofisticados; elevado custo AFLP · Associação entre RFLP e RAPD. O DNA é digerido com 2 tipos de endonucleases; a seguir ligam-se adaptadores às sequencias do sitio de restrição e, efetua-se a PCR com primers complementares aos adaptadores · Enzima de restrição: especificidade, resolução e poder de amostragem · DNA clivado com duas enzimas de restrição (1 rara e 1 frequente) · Adaptadores são ligados aos terminais dos fragmentos digeridos · Somente parte dos fragmentos é amplificada; esses fragmentos são separados em gel de alta resolução · Dominante como o RAPD, mas as bandas dos heterozigotos possuem metade da intensidade dos homozigotos · Um dos grandes tributos dessa técnica é sua capacidade multiplex = grande numero de loci pode ser amostrado em um único gel AFLP · Vantagens = grande número de fragmentos e marcadores analisados por gel; eficiente na amostragem ampla e simultânea de um genoma; maior detecção e variabilidade; primers mais longos (especificidade na amplificação) · Limitações = menor informação genéticapor loco: só um alelo é detectado; marcador dominante anônimo; requer DNA muito puro; muitos reagentes e etapas; mais cara que o RAPD
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