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Fisioterapia na Bursite no Quadril

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A bursite no quadril, também conhecida por bursite trocantérica, consiste num 
processo inflamatório doloroso das bursas sinoviais, que são pequenas 
bolsas de tecido conjuntivo cheias de líquido sinovial situadas em torno de 
algumas articulações, que funcionam como uma superfície que reduz o atrito 
entre o osso e os tendões e os músculos. 
 
Este problema pode ser causado por doenças, fraqueza muscular ou 
exercício físico intenso que pode provocar sobrecarga nestas estruturas. O 
tratamento consiste na administração de anti-inflamatórios, realização de 
fisioterapia e em casos mais graves pode ser necessário recorrer a cirurgia. 
 
O quadril é uma articulação estável, composta somente pelos ossos do fêmur 
e da cavidade acetabular. Mas, apesar disso, possui bastante graus de 
liberdade e pode apresentar algumas disfunções e desequilíbrios que podem 
levar à lesões, tais como as bursites. 
 
Na prática, em clinicas de Fisioterapia dificilmente você vai receber um novo 
paciente/aluno que não tenha algum histórico de patologia. A bursite de 
quadril é uma lesão comum, bastante frequente e que muitas vezes vai ser o 
seu desafio nos atendimentos. 
 
Essa patologia acomete especialmente mulheres acima de 30 anos, mas 
pode se apresentar também em homens e em qualquer faixa etária. 
Anatomia do Quadril
 
 
O quadril é uma articulação estável capaz de suportar peso. 
 
É composto pelos ossos do fêmur e da pelve. Comumente é comparado ao 
ombro pelo fato de ser uma articulação triaxial. Seu formato de bola e 
soquete (esferóidea), suportado por uma cápsula articular forte que é 
reforçada pelos ligamentos iliofemoral, pubofemoral e isquiofemoral, permite 
seu funcionando em três planos de movimento. 
 
As duas articulações do quadril, direita e esquerda, estão ligadas uma à outra 
pelo osso pélvico e com a coluna vertebral pelas articulações sacroilíaca e 
lombossacral. 
 
A parte óssea côncava, o acetábulo, está localizada na face lateral da pelve e 
aponta lateral, anterior e inferiormente. A profundidade do acetábulo é 
aumentada por um anel de fibrocartilagem, o lábio do acetábulo. 
 
A cartilagem apresenta formato de ferradura, sendo mais espessa na região 
lateral onde são transmitidas as principais forças de suporte de peso. A 
porção central da superfície acetabular é não–articular. A parte óssea 
convexa é a cabeça esférica do fêmur, que está ligada ao colo femoral. Ela se 
projeta anterior, medial e superiormente. 
 
As forças de reação do solo são provenientes dos membros inferiores e são 
transmitidas para cima por meio dos quadris até a pelve e o tronco durante a 
marcha e outras atividades desses membros. 
 
Os quadris também suportam o peso da cabeça, do tronco e dos membros 
superiores. Porém, para que seja capaz de desempenhar as atividades de 
vida diária, são necessários pelo menos 120° de flexão e 20° de abdução e 
rotação externa. 
Amplitude 
 
Artrocinemática 
 
1) Movimentos do Fêmur 
A cabeça do fêmur, de formato convexo, desliza na direção oposta ao 
movimento fisiológico do fêmur, de modo que com a flexão do quadril e 
rotação interna a superfície articuladora desliza posteriormente. Com a 
extensão e a rotação externa a superfície desliza anteriormente; com a 
abdução desliza inferiormente e com a adução, superiormente. 
 
2) Movimentos da Pelve 
Quando o membro inferior está fixado distalmente, como quando se está de 
pé ou durante a fase de apoio da marcha, o acetábulo de formato côncavo 
move-se sobre a cabeça femoral de formato convexo, de modo que desliza 
na mesma direção que a pelve. 
 
A pelve é um elo em uma cadeia fechada, portanto, quando ela se move, 
ocorre movimento nas articulações dos joelhos, assim como na coluna 
lombar. 
 
Os músculos responsáveis pelos movimentos da articulação do quadril são: 
Flexores 
● Psoas 
● Ilíaco 
● Sartório 
● Reto Femural 
● Tensor da Fáscia Lata 
Obs.: Apesar de medias, o pectíneo, o adutor curto, o adutor longo, fibras 
anteriores dos glúteos mínimo e médio também auxiliam no movimento de 
flexão do quadril. 
 
 
Extensores 
● Glúteo Máximo 
● Fibras Posteriores do ​Glúteo Médio 
● Fibras Posteriores do Glúteo Mínimo 
● Porção Longa do Bíceps Femoral 
● Semitendinoso 
● Semimembranáceo 
● Porção Extensora do Adutor Longo 
Abdutores 
● Fibras Superiores e Laterais de Glúteo Máximo 
● Glúteo Médio 
● Glúteo Mínimo 
● Tensor da Fáscia Lata 
● Piriforme 
● Sartório 
● Obturador Interno e Externo (Auxiliadores) 
Adutores 
http://www.skatesaude.com.br/2017/11/gluteo-medio-e-o-skate.html
https://blogpilates.com.br/tratamento-sindrome-do-piriforme-2/
● Adutor Magno 
● Adutor Longo e Curto 
● Grácil 
● Pectíneo 
● Psoas Ilíaco 
● Semitendinoso 
● Semimembranoso 
Rotadores Externos 
● Piriforme 
● Obturador Externo e Interno 
● Gêmeo Superior e Inferior 
● Fibras Posteriores do Glúteo Médio 
● Sartório 
Rotadores Internos 
● Glúteo Mínimo 
● Tensor da Fáscia Lata 
● Semitendinoso 
● Semimembranaceo 
Bursas 
Bursa ou bolsa sinovial é uma pequena bolsa cheia de líquido (​sinóvia​) que 
se localiza no ponto em que um músculo ou tendão toca um osso e são 
capazes de reduzir o atrito entre as duas superfícies em movimento. Existem 
centenas delas por todo o corpo. As bursas assemelham-se a bolsas, de 
onde vem o seu nome em latim. 
 
A bursa trocantérica está localizada superficialmente ao trocânter maior, parte 
do fêmur proximal, saliente lateralmente ao quadril. Todos os indivíduos 
possuem quatro ou mais bursas trocantéricas em cada quadril. 
 
O termo “bursite trocantérica” ou bursite de quadril, se refere à inflamação da 
bursa. 
 
Esta é uma das causas mais frequentes de dores apresentadas no quadril. 
Existem ainda outras bursas que podem causar sintomas no quadril, como a 
bursa isquiática e do músculo iliopsoas, porém são bem menos frequentes 
que a bursite trocantérica, portanto nos ateremos a este tema. 
Possíveis causas 
A bursite no quadril pode ser causada pela sobrecarga dos tendões e das 
bursas, que pode ser provocadadurante uma atividade física intensa ou 
exercícios em que são realizados movimentos repetitivos. Esta inflamação 
também pode ocorrer devido a situações de fraqueza muscular, em que 
mesmo atividades leves podem ser suficientes para provocar lesões. 
Existem doenças que também são um fator de risco para o desenvolvimento 
deste problema, como doença na coluna lombar, doença na articulação 
sacroíliaca, artrite reumatóide, artrose de joelho, gota, diabetes, infecção por 
uma bactéria chamada ​Staphylococcus aureus​ ou escoliose. 
Além disso, lesões no quadril, cirurgias anteriores no quadril, entorse nos 
tornozelos, discrepância no comprimento das pernas, encurtamento da fáscia 
lata e ter o quadril largo são também fatores que podem em algumas vezes 
afetar o caminhar e sobrecarregar as bursas e os tendões e levar a uma 
bursite no quadril. 
 
O quadril é utiliza grandes grupos de suporte do corpo como os glúteos e o 
Core. Sem seus movimentos, não temos funcionalidade. Levando em 
consideração sua conexão com esses grupos musculares, dá para imaginar 
que um grande número de compensações pode levar ao surgimento da 
patologia. Seguem algumas possíveis causas para o surgimento da bursite de 
quadril: 
● Movimentos repetitivos aliados a desequilíbrios musculares; 
● Fraqueza de glúteo mínimo e/ou médio; 
● Trauma direto na região; 
● Discrepância de membros inferiores; 
● Encurtamento da fáscia lata; 
● Doenças degenerativas do quadril como artrite e osteoartrite; 
● Fibromialgia; 
● Obesidade. 
 
Nenhum desses fatores que citei determina que alguém desenvolverá bursite 
do quadril ou é a causa da patologia. Vamos para um exemplo, mulheres são 
o grupo mais afetado, especialmente pelo formato da sua pelve. Mesmo 
assim, não podemos dizer que todas as mulheres com uma dessas 
características desenvolverá bursite. 
 
Esses são mais fatores de risco que podemos observar na hora do 
diagnóstico. Eles indicam bem os desequilíbrios musculares que 
precisaremos trabalhar durante o tratamento de bursite de quadril. 
Quais os sinais e sintomas 
Os sintomas mais comuns que podem ocorrer durante uma bursite no quadril 
são: 
● Dor na região lateral do quadril que pode aumentar de intensidade 
quando se está muito tempo de pé ou deitado de lado; 
● Dor ao toque; 
● Inchaço; 
● Dor que irradia para a coxa. 
Se esta doença não for tratada, pode tornar-se crônica, sendo cada vez mais 
difícil de tratar e de controlar os sintomas. 
 
Para o diagnóstico devemos analisar o quadro álgico, histórico médico do 
paciente e movimentos funcionais. Muitas vezes o médico também pedirá 
exames de imagem para confirmar essa patologia, o que não exclui uma 
avaliação completa. 
 
Durante a avaliação devemos analisar alguns fatores como: 
 
● Sensibilidade na região; 
● Testar a força das musculaturas que realizam movimentos do quadril; 
● Verificar compensações durante movimentos da marcha; 
● Conferir se não existem outras patologias afetando o quadril. 
 
Tome bastante cuidado com seu aluno. Dependendo da evolução do quadril 
mesmo movimentos com amplitude pequena e sem força causam dor. Apesar 
de o ideal ser não causar dor alguma ao aluno, ainda precisamos completar a 
avaliação. 
 
Em geral, durante a avaliação você perceberá alguns padrões de dor em 
pacientes com bursite de quadril. É normal apresentarem dor na região lateral 
do quadril e sensibilidade sobre o trocânter maior, que é aumentada pela 
rotação externa e abdução. 
 
Também perceba que só o fato da pessoa sentir dor em certos movimentos já 
é um indicativo de seu quadro. Anote tudo que ela relata durante a avaliação 
para depois juntar as peças desse quebra cabeças de compensações que se 
instalou em seu corpo. 
 
Por fim, também é importante avaliar aqueles fatores de risco que mencionei 
mais acima no texto. Eles podem ajudar a descartar outras patologias ou 
confirmar a bursite de quadril. 
 
Quando o diagnóstico através da avaliação for ambíguo, o aluno também 
deverá fazer exames de imagem. O exame pode ser usado tanto para 
confirmar uma informação em alguma bursa do quadril quanto para eliminar 
lesões e outras patologias. É bastante normal que o paciente já seja 
encaminhado para a reabilitação com exames de imagem feitos e um 
diagnóstico médico. 
 
Isso quer dizer que podemos pular a avaliação física? Mas claro que não! A 
avaliação ainda é a única capaz de determinar como você consegue tratar 
esse paciente de maneira eficiente. 
Tipos de tratamento de bursite de quadril 
 
Existem duas opções de tratamento de bursite de quadril: o conservador e 
cirúrgico. Na maioria dos casos o tratamento conservador é bastante 
eficiente. Por isso, a cirurgia só é recomendada para quem persiste a 
apresentar sintomas e limitações através da fisioterapia ou outros métodos 
conservadores. 
Tratamento conservador para bursite 
No tratamento conservador usaremos algumas maneiras para aliviar a dor, 
diminuir a inflamação e também fortalecer musculaturas relacionadas ao 
quadril. Sempre, em qualquer reabilitação, você começará pelo alívio da dor. 
O motivo é simples: dor é a preocupação primária do seu paciente. Ele quer 
dormir a noite inteira sem acordar com o quadril latejando, andar 
normalmente, voltar a praticar corrida, brincar com os filhos sem precisar se 
preocupar com o incômodo. Ela também deve ser a preocupação do 
profissional do movimento porque ela limita o movimento e, portanto, o 
tratamento de bursite de quadril. 
 
É simples, enquanto seu paciente sentir dor, ele não vai conseguir fazer os 
exercícios. Então como consigo trabalhar com ele? Aliviando a dor através de 
uma variedade de métodos. Podemos usar medicamentos (com cautela), 
gelo, calor e mobilizações. 
 
Nessa primeira fase você poderá utilizar exercícios que não causem dor e 
que ajudam a diminuir a inflamação. Também usaremos muita terapia 
manual, liberação miofascial e alongamentos. Queremos prestar muita 
atenção desde o início nas compensações que pioram o quadro do aluno. 
 
Esse corpo estará com musculaturas de base do corpo encurtadas e pouco 
ativadas. Você provavelmente perceberá fraqueza em estruturas do Core 
assim como nos glúteos e, possivelmente, isquiotibiais. 
 
Podemos usar o repouso como uma ferramenta para diminuir o quadro de dor 
inicialmente. A falta de movimento nunca deve ser indicada como uma 
solução para o problema. Nós podemos dizer para o aluno descansar por 
alguns dias até que a dor diminua, mas não que ele não pode fazer esse ou 
aquele movimento. 
 
Nosso trabalho deve fazer o contrário: incentivar o movimento aos poucos. 
Caso a bursite de quadril seja um sintoma relacionado a outra patologia, 
condição ou lesão o profissional também precisará fazer o tratamento dessa 
outra condição. 
Tratamento cirúrgico da bursite 
Como já falei, só alunos que não respondem bem ao tratamento conservador 
ou casos muito extremos devem realizar a cirurgia. O procedimento cirúrgico 
deve ser recomendado pelo médico que acompanha o aluno. 
 
Nosso papel como profissionais do movimento, em especial fisioterapia, será 
nos momentos antes e depois da cirurgia. Antes do procedimento cirúrgico 
poderemos orientar o aluno sobre o mesmo e instruí-lo para manter seus 
movimentos após o procedimento. 
 
Já nas sessões após a cirurgia teremos o papel de: 
 
1. Aliviar a dor. 
 
2. Recuperar a amplitude de movimento e/ou evitar que a articulação crie 
rigidez. 
 
É de extrema importância que o profissional esteja sempre em contato pelo 
profissional responsável pela cirurgia. O aluno terá diversas limitações que 
precisam ser respeitadas até seu completo restabelecimento. 
 
Então meu aluno não pode fazer exercícios logo após a cirurgia? 
 
Pode, mas com cuidado extremo para evitarmos dor ou piora do quadro do 
aluno. Teremos de encontrar um equilíbrio entre exercícios seguros para 
nosso paciente e também que ajudem na sua reabilitação. Os exercícios 
também dependem bastante do tipo de cirurgia realizado. 
 
A maioria dos tratamentos para bursitede quadril são conservadores, com 
uso de anti-inflamatórios não esteroides associados a repouso e fisioterapia. 
Durante a fase aguda os princípios de PRICEMEM (proteção, repouso, gelo, 
compressão, elevação, terapia manual, movimento inicial e medicamentos) 
são aplicados quando apropriados. Os objetivos da fase aguda são: 
● Proteger o Local da Lesão; 
● Restaurar a ADM Livre de Dor de Toda Cadeia Cinética; 
● Melhorar o Conforto do Paciente pela Redução da Dor e da 
Inflamação; 
● Retardar a Atrofia Muscular; 
● Minimizar os Efeitos Nocivos da Restrição da Atividade; 
● Manter o Condicionamento Geral; 
● Promover a Independência do Paciente com um Programa de 
Exercícios em Domicílio. 
Um programa de alongamentos progressivo é iniciado para músculos que são 
propensos ao encurtamento adaptativo, como os flexores de quadril, e os 
adutores curtos. 
Quando os sintomas agudos tiverem diminuído, iniciar um programa de 
exercícios progressivos dentro da tolerância dos tecidos envolvidos para 
melhorar o desempenho muscular: 
● Alongar músculos que estiverem restringindo a mobilidade usando 
técnicas progressivas suaves; 
● Iniciar o desenvolvimento do controle neuromuscular para treinar os 
músculos envolvidos de forma que se contraiam e controlem o 
alinhamento do fêmur. No início a ênfase é na fase de controle, e 
não no fortalecimento; 
● Quando o paciente adquirir percepção do controle muscular 
apropriado e for capaz de manter o alinhamento, progredir para o 
fortalecimento de músculos enfraquecidos ao longo da amplitude de 
movimento; 
● Iniciar exercícios de apoio de peso controlado quando tolerado; 
● Usar exercícios como pedalar ou atividades com apoio de peso 
parcial e transferência de peso nas barras paralelas; 
Para treinar a resistência muscular, ensine o paciente a realizar o exercício 
com segurança por 1 a 3 minutos, antes de progredir para o próximo nível de 
dificuldade. 
 
Para o treino cardiopulmonar é preciso determinar atividades aeróbias que 
não exacerbam os sintomas do paciente. 
Para a fase de retorno a função, a conduta deverá: 
● Progredir para um treinamento em cadeia cinética fechada e 
funcional, que inclua equilíbrio, controle neuromuscular e 
resistência muscular, para cada tipo de atividade; 
● Usar o princípio da especificidade, aumentar a resistência 
excêntrica e a demanda por velocidade controlada, caso isso seja 
necessário para o paciente voltar ao trabalho ou para eventos 
esportivos; 
● Progredir a conduta para utilizar padrões de movimento que sejam 
coerentes com o resultado desejado. Exercícios de 
aceleração/desaceleração e treinamento pliométrico são indicados. 
É preciso avaliar a funcionalidade corporal total enquanto a 
atividade desejada está sendo executada; 
● Antes de voltar a executar a função desejada, é preciso fazer o 
paciente praticar a atividade em um ambiente controlado e durante 
um período limitado. Conforme a tolerância, pode-se introduzir uma 
variabilidade no ambiente e aumentar a intensidade das atividades 
resistidas. 
Como tratar bursite de quadril com Fisioterapia e Pilates 
 
Inicialmente seu aluno estará com dor, já vou avisando que dificilmente 
conseguiremos utilizar exercícios de fortalecimento para membros inferiores. 
Portanto, toda a primeira fase do tratamento será dedicada à analgesia. É 
provável que enquanto você trabalha com movimento para essa finalidade, o 
paciente também tome medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. 
Conforme a dor diminuir de intensidade começaremos a introduzir os 
exercícios de fortalecimento. Só lembre-se que devemos fazer isso de 
maneira gradual. Os primeiros exercícios devem começar da posição mais 
estável que temos na Fisioterapia: deitado. 
 
Felizmente, equipamentos de Pilates como o Cadillac tornam nosso trabalho 
bastante eficiente. O Cadillac, por exemplo, foi especialmente desenhado 
para que até pacientes com dificuldades de fazer movimentos em pé 
consigam fazer fortalecimento. Existem inclusive diversos exercícios de 
Pilates que podemos usar no tratamento. 
 
Nesse primeiro momento de trabalho de fortalecimento o aluno terá 
dificuldade para realizar exercícios em apoio lateral. Como essa é a região 
inflamada, ele sente bastante dor nessa posição, que é inclusive um dos 
fatores que atrapalham seu sono. Em aula devemos evitar a posição até que 
a dor esteja controlada. Em casa, o aluno deve ser orientado para encontrar 
posições mais confortáveis na hora de deitar e melhorar a qualidade de seu 
sono. 
 
Deveremos investir principalmente no fortalecimento de glúteos, posteriores 
de coxa, quadríceps e panturrilha. Nossa intenção é recuperar movimentos 
funcionais de membros inferiores e melhorar as estruturas de estabilização 
ativa. Assim a pressão exercida sobre a bursa durante os movimentos 
diminui. 
 
Com a progressão do tratamento, será importante também inserir exercícios 
funcionais que sejam transferíveis para as atividades cotidianas. Esses 
movimentos ajudam o paciente a retomar suas atividades, incluindo 
atividades esportivas, sem medo de dor ou limitação. 
Exercícios no tratamento da bursite de quadril 
 
 
Podemos separar os exercícios para as seguintes fases do tratamento de 
bursite de quadril: 
 
● Fase aguda: o aluno sente dor aguda, limitando muito seus movimentos e 
atividades do dia-a-dia. 
 
● Fase intermediária: já houve uma redução da dor devido aos exercícios e 
medicamentos aplicados durante a primeira fase. 
 
● Fase final: nesta fase podemos eliminar a preocupação com dor e começar 
a trabalhar exercícios integrados que garantam maior estabilidade e 
mobilidade à articulação do quadril. Também poderemos começar a incluir 
apoios laterais nas aulas, já que o aluno provavelmente não terá 
desconfortos. 
Exercícios para cada fase 
 
Na fase aguda a recomendação é focar mais em exercícios isolados que 
ajudem a liberar a tensão da cadeia posterior da coxa. Escolha movimentos 
que exijam pouca movimentação de quadril e ajudem a alinhar as 
articulações de membros inferiores. Se o aluno apresenta algum desvio, falta 
ou excesso de mobilidade no tornozelo ou joelhos essa também é a hora de 
corrigir. 
Exercícios de fortalecimento e alongamento de musculaturas de Core 
também são bastante recomendados para essa primeira fase. O Core possui 
ligação direta nas musculaturas e movimentos do quadril e muitas vezes está 
tenso ou fraco. Portanto, precisaremos que essa estrutura tenha um ótimo 
funcionamento para aliviar a dor do paciente. 
 
Chegando à segunda fase, a fase intermediária, teremos um aluno com dor 
bastante reduzida e pronto para começar com exercícios mais avançados. 
Agora já poderemos introduzir trabalhos de mobilidade de quadril, essenciais 
para essa patologia. Um exercício bastante comum e útil no tratamento de 
bursite de quadril são as pontes e suas variações. Elas são ótimas para 
combinar fortalecimento de glúteos e mobilidade de quadril. Você só precisa 
estar atento para possíveis desalinhamentos de membros inferiores durante o 
exercício. 
 
Por fim, chegamos à fase final. Agora você está trabalhando com um aluno 
que se livrou da grande dor e desconforto iniciais. Porém, fique sabendo que 
ele ainda não está pronto para se movimentar com segurança. Precisaremos 
introduzir exercícios integrados para que o aluno esteja pronto para 
atividades diárias. O ideal é que esses exercícios combinem mobilidade e 
estabilidade de membros inferiores, fortalecimento de musculaturas de base 
e, obviamente, mobilidade de quadril. Quer uma dica? O agachamento e suas 
variações é uma ótima opção para essa fase final no tratamento. 
 
Pode parecer muito avançado para um aluno que ainda está no tratamento de 
uma bursite de quadril, mas ele tem tudo que precisamos. Você só deve 
prestar muita atenção na posição do aluno durante o exercício. 
 
Os exercícios recomendados para a bursite no quadril têm a finalidade de 
fortalecer os músculos da região glútea, sobretudo os músculos afetados e 
também os músculosdo membro inferior. 
1. Fazer a ponte 
 
Fazer a ponte com o quadril, ajuda a trabalhar músculos como os flexores do 
quadril, glúteos, isquiotibiais e quadríceps, que são muito importantes para 
suportar as articulações da anca, sendo por isso um bom exercício para 
fortalecer o quadril. 
Para fazer este exercício, a pessoa deve começar por se deitar de costas 
com os pés no chão e as pernas curvadas e de seguida elevar apenas o 
quadril, de forma a formar uma linha reta entre os ombros e os joelhos. 
Depois, deve retomar lentamente a posição anterior e fazer 5 séries de 20 
repetições. 
De forma a aumentar a dificuldade e conseguir melhores resultados, podem 
fazer-se 5 séries com mais repetições. 
2. Elevar as pernas de lado 
 
Este exercício ajuda a fortalecer e desenvolver a banda íliotibial, que se 
localiza na parte exterior da coxa e ajuda também a fortalecer os glúteos. 
Para fazer este exercício, a pessoa deve deitar-se para o lado direito, 
esticando o braço direito para ajudar no equilíbrio durante o exercício e 
levantar a perna direita para cima o máximo possível e voltar a descer em 
direção da outra perna. O ideal é realizar 4 séries de 15 repetições em cada 
perna. 
3. Fazer círculos com as pernas 
 
Este exercício ajuda a melhorar a amplitude do movimento, flexibilidade e 
força em todos os músculos que tornam possível a rotação do quadril e da 
perna, como os flexores do quadril e os glúteos. 
Para realizar este exercício corretamente, a pessoa deve começar por se 
deitar de costas com as pernas esticadas. De seguida, deve elevar 
ligeiramente a perna direita e fazer pequenos círculos, mantendo-a sempre 
esticada. Devem realizar-se 3 séries de 5 rotações em cada perna. 
4. Elevar as pernas de pé 
 
Com uma cadeira à frente para se apoiar ou com a ajuda de alguém, a 
pessoa deve levantar uma das pernas dobradas enquanto a outra permanece 
esticada e depois repetir o movimento com a outra perna e ir alternando as 
duas, fazendo cerca de 3 séries de 15 repetições. 
De forma a obter melhores resultados, estes exercícios devem ser realizados 
cerca de 4 a 5 vezes por semana. 
Para concluir... 
Os principais cuidados que devemos tomar são na fase inicial do tratamento. 
É sempre importante lembrar que estamos trabalhando com um aluno 
fragilizado e com dor aguda. Ele terá muitas restrições, especialmente nas 
posições de apoio lateral. Por isso é comum evitar completamente os 
exercícios que envolvam essa tipo de apoio na primeira fase do tratamento. 
Apesar das inúmeras limitações causadas pela dor, é importante lembrar ao 
paciente que ele não está imóvel para sempre. Quanto mais recomendamos 
o repouso e mudança nas suas atividades, menos ele se moverá. E sabe qual 
será o resultado? Musculaturas do Core e membros inferiores enfraquecidas, 
instabilidade no quadril, mais pressão sobre a bursa e um novo quadro 
inflamatório. Então queremos que o aluno se mova, mesmo que seja aos 
poucos no começo. 
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