Aula 5 - 1 Impactos para as organizações

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GESTÃO 
EMPRESARIAL
Impactos para as organizações 
empresariais no contexto nacional e 
internacional
Você sabia que existem, atualmente, profundas transformações 
que estão afetando a administração? Além de compreender 
melhor essa questão, você aprenderá sobre as competências 
que o administrador deve desenvolver para que seja considerado 
competente no atual ambiente de mudanças e incertezas. 
Vamos lá?
O desafio da administração
A administração é uma ciência social do mundo moderno. 
Para Maximiano (2010), “administração é o processo de tomar 
decisões sobre objetivos e utilização de recursos”.
Fonte: Atiketta Sangasaeng, shutterstock,2017
O administrador deve ter cautela ao analisar acontecimentos 
presentes e passados e às previsões futuras para expandir 
suas perspectivas. As alterações sofridas no mundo corporativo 
recentemente estimulam os administradores a tomar decisões 
em um ambiente de contradições e dúvidas. Entre as principais 
mudanças, segundo Sobral e Peci (2013, p.31-32), estão: 
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Globalização – necessidade de uma visão global do mercado.
Diversidade cultural – necessidade de compreender diferentes modelos culturais.
Flexibilidade – necessidade de maior rapidez na resolução de problemas.
Redes – compreensão de que o trabalho em equipe não mais separa decisores de executores.
Processos de gestão – foco no capital humano, no treinamento e desenvolvimento.
Foco no cliente – busca da satisfação e construção de relacionamento duradouro;
Cooperação – necessidade de firmar parcerias e alianças estratégicas.
Ética e sustentabilidade – necessidade de repensar a relação da organização com seu entorno.
Todas essas mudanças estão provocando grande impacto 
nas organizações, sendo que sua sobrevivência passa a 
depender de sua capacidade de identificação das alterações 
do ambiente onde estão inseridas. Como se preparar, então, 
para essa situação? Bem, cabe às organizações acompanharem 
atentamente as mudanças no mercado, buscando identificar 
oportunidades e ameaças, levantando as alterações nas 
preferências dos consumidores, diagnosticando os movimentos 
da economia, tomando decisões de ajustar sua estratégia sempre 
que necessário, entre outras ações. Quer entender melhor esse 
processo? Clique na animação a seguir!
Clique na figura para assistir ao vídeo
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Todos esses desafios trazem uma consequência para a 
administração: a incerteza. Como você sabe, estamos 
acostumados a lidar com a certeza e a previsibilidade e 
despreparados para lidar com a imprevisibilidade, assim, novas 
formas e modelos de organização são necessários para fazer 
frente a esses desafios. Além disso, faz-se necessário um novo 
perfil de administrador que esteja compatível com os desafios 
contemporâneos. 
O grande desafio da administração 
decorre das incertezas resultantes da 
globalização. Assim, deve-se focar na 
visão a longo prazo e na liderança.
Megatendências da administração
Bem, você deve estar questionando como deve ser o perfil do 
administrador nesses novos tempos. A função de administrar 
será incerta e, cada vez mais, desafiadora, pois lidará com 
transformações rápidas e contraditórias, inovações e dificuldades 
cada vez mais distintas e complicadas. Além disso, variáveis 
internas e externas abastecerão a organização de informações 
ambíguas que atrapalharão o diagnóstico para resolução de 
problemas. De acordo com Chiavenato (2001), inúmeros motivos 
provocarão impactos profundos sobre as organizações, como 
você pode ver a seguir. 
As empresas estão, constantemente, moldando-se aos seus ambientes. Essa adaptação pode 
aparecer por meio do crescimento, da extensão ou de transformações variadas que podem 
incluir o mercado, a tecnologia, os produtos ou serviços, entre outras possibilidades. Suas 
estruturas organizacionais conservadoras são colocadas em segundo plano, experimentando 
uma forma de administrar mais democrática e participativa com equipes, de modo a obter 
resultados extraordinários.
A concorrência torna-se cada vez mais intensa, fazendo com que a empresa trabalhe a melhoria 
contínua da qualidade, o lançamento de novos produtos e serviços e o aprimoramento da 
tecnologia e das vendas.
Maior sofisticação da tecnologia, levando à eficiência e precisão cada vez maiores no 
encaminhamento da atividade dos colaboradores para questões mais complexas, que estimulem 
a criatividade e o conhecimento.
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Internacionalização dos negócios. Meios de comunicação mais eficazes e rápidos favorecem 
essa internacionalização. Quanto mais aumentar a competitividade da economia global, mais 
as organizações deverão apelar aos trabalhadores competentes.
Maior visibilidade das empresas e proximidade dos consumidores. A responsabilidade social 
consequente desse fato é inquestionável. 
É preciso ter consciência de que estamos passando por 
mudanças tão grandes, profundas e rápidas que o momento em 
que vivemos pode ser descrito como a Era de Descontinuidade 
na Sociedade da Informação, conforme afirma Drucker. Veja 
alguns aspectos que nos ajudam a perceber essa era:
Surgimento de tecnologias genuinamente novas;
Grandes mudanças na economia mundial;
Os aspectos políticos, da vida social e econômica modificam-se 
rapidamente.
Fonte: Shutterstock, 2017. 
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Observe, agora, no quadro a seguir, as megatendências 
da administração. Ele sintetiza as mudanças previstas na 
administração, considerando uma evolução desde a época 
industrial até o que está sendo trabalhado para os próximos anos.
De Para Alteração
Sociedade industrial Sociedade da informação Inovação e mudança
Tecnologia simples Tecnologia sofisticada Maior eficiência
Economia nacional Economia mundial
Globalização e 
competitividade
Curto prazo Longo prazo Visão do negócio do futuro
Democracia representativa Democracia participativa Pluralismo e participação
Hierarquia Comunicação lateral
Democratização e 
visibilidade
Opção dual Opção múltipla
Visão sistêmica e 
contingencial
Centralização Descentralização Incerteza e imprevisibilidade
Ajuda institucional Autoajuda
Serviços diferenciados e 
autonomia
Fonte: NAISBIT apud CHIAVENATO, 2001, p. 23.
Nesse sentido, podemos constatar que o mundo está saindo 
da era industrial e adentrando à era da informação, na qual a 
inovação e criatividade são requisitos básicos para a perenidade 
das organizações. Assim, o ambiente global e democrático que 
está se formando exige uma comunicação e estrutura mais 
difusa e descentralizada.
O rompimento do paradigma industrial 
(lento) para a fluidez do momento 
da informação (rápido) marca as 
megatendências.
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Competências organizacionais
Podemos entender que as organizações têm competências, 
que são características que as tornam singulares, únicas. De 
acordo com Hamel e Prahalad, elas são um conjunto essencial 
para a empresa, envolvendo os conhecimentos de todos os 
colaboradores.
Essas competências constituem a vantagem competitiva da 
organização, aquilo que a diferencia no mercado, contribuindo 
para a sua competitividade e gerando valor para o cliente. De 
acordo com Chiavenato (2015), as competências organizacionais 
desdobram-se em outros três níveis, que são os responsáveis por 
sua sustentação. Vamos conhecê-las?
Competências funcionais – relacionadas às áreas funcionais da organização (marketing, recursos 
humanos, finanças, operações). Atendimento ao cliente, eficiência e qualidade são exemplos 
dessas competências. Cabe à organização garantir um portfólio equilibrado de competências 
funcionais, integrando-as, de modo a gerar valor para o cliente e resultados acima da média do 
mercado. 
Competências gerenciais – referem-se às competências que os administradores precisam ter 
para realizar seu trabalho. Administração do tempo, tomada de decisãoe solução de problemas 
são alguns exemplos. Essas competências não são estanques, ao contrário, são atualizadas de 
acordo com as mudanças no ambiente. Cabe ao administrador manter-se sempre atualizado.
Competências individuais — constituem as competências dos talentos da organização, aqueles 
indivíduos que congregam um conjunto excepcional de competências e se destacam ao aplicá-
las em seu trabalho. Criatividade, relacionamento interpessoal e automotivação são algumas 
dessas competências. Cabe à organização criar estratégias para atrair e reter esses indivíduos 
talentosos.
É importante ressaltar que cada característica positiva que 
a empresa possui, e que pode gerar vantagem competitiva 
(diferencial perante os concorrentes), é considerada um ponto 
forte. O contrário também acontece, pois uma variável negativa 
é considerada um ponto fraco. As competências organizacionais 
tornam as organizações capazes de visualizar as oportunidades 
do mercado e aproveitá-las, defendendo-se das ameaças 
que o mercado pode apresentar. Assim, cabe à administração 
gerenciar suas competências, visando alcançar as metas e os 
objetivos organizacionais.