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Corpo e Movimento na Educação Física

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CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ANA LETÍCIA MARTINS GOBIRA
MATRÍCULA: 201808320662
CORPOREIDADE E MOTRICIDADE
FORTALEZA
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
2 CORPO E EXPRESSIVIDADE
3 O SENTIDO DO CORPO E O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
4 CONTROLE MOTOR, SISTEMA NERVOSO E MÚSCULO ESQUELÉTICO 
5 CORPOREIDADE E MOTRICIDADE 
6 ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO
INTRODUÇÃO 
Todos os temas apresentados são interligados e de extrema importância para a Educação Física. O estudo do corpo, expressividade do mesmo, controle motor e sistema nervoso é essencial para a profissional de Educação Física!
O indivíduo age no mundo através de seu corpo, mais especificamente através do movimento. É o movimento corporal que possibilita às pessoas se comunicarem, trabalharem, aprenderem, sentirem o mundo e serem sentidos. No entanto, há um preconceito contra o movimento. Solange Arruda, na introdução de seu livro Arte do movimento, afirma que “é mais chic, educado, correto, civilizado e intelectual permanecer rígido. Os adultos, em sua maioria, não se movimentam e reprimem a soltura das crianças.”1 Isso começa em casa e se prolonga na escola.
O movimento corporal sempre funcionou como uma moeda de troca. Se observarmos brevemente as atitudes disciplinares que continuam sendo utilizadas hoje em dia nas escolas, percebemos que não nos diferenciamos muito das famosas “palmatórias” da época de nossos avós. Professores e diretores lançam mão da imobilidade física como punição e da liberdade de se movimentar como prêmio. Constantemente, os alunos indisciplinados (lembrando que muitas vezes o que define uma criança indisciplinada é exatamente o seu excesso de movimento) são impedidos de realizar atividades no pátio, seja através da proibição de usufruir do horário do recreio, seja através do impedimento de participar da aula de educação física, enquanto que aquele que se comporta pode ir ao pátio mais cedo para brincar. Estas atitudes evidenciam que o movimento é sinônimo de prazer e a imobilidade ou desconforto.
CORPO E EXPRESSIVIDADE 
 O corpo e movimento – o descobrimento do corpo na educação infantil se justifica pela necessidade de enfatizar, a partir de observações, a necessidade de a criança conhecer as funções de seu corpo e estabelecer relações de movimento que pertencem ao indivíduo em sua totalidade, revelando sentimentos, emoções, experiências vivenciadas por ela assim como a importância de criar hábitos e atitudes integradas ao corpo, possibilitando a construção da personalidade e da identidade; em outras palavras, se redescobrir.
A Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem por meio do seu corpo em movimento e em relação ao mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, em que o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. Por sua vez, o corpo é o lugar onde se dá toda a experiência psicomotora do indivíduo e traz de forma dinâmica informações e diversão à criança, fazendo com ela possa não só conhecer seu próprio corpo, mas também a formação geral como ser humano.
O foco principal deste trabalho se volta para o desenvolvimento da descoberta do corpo, no âmbito de investigação da consciência corporal, com o propósito de refletir sobre esse nível de complexidade envolvido no descobrimento do corpo durante a Educação Infantil.
Percebemos que existe um grande número de crianças com dificuldade para perceber sua identidade corporal e que, além disso, as famílias e muitas vezes as escolas não se preocupam ou não estão preparadas para ensinar ou proporcionar um desenvolvimento corporal satisfatório.
A questão do corpo atravessou séculos e mantém-se ainda hoje como uma das mais importantes discussões diante das atividades corporais, da consciência do próprio corpo, e de suas mobilizações; associada à educação, proporciona o controle e domínio dos movimentos mais complexos.
Uma educação bem conduzida é determinante para o desenvolvimento psíquico, intelectual e psicomotor do aluno. É condição fundamental para a educação e incentiva a propor um conteúdo estruturado e adaptado para a sua aplicação.
Pretendemos enfatizar a importância do estímulo à criatividade das crianças para que elas aprendam com as diversidades existentes no cotidiano escolar infantil seus valores, fundamentos e perspectivas na prática de uma aprendizagem rompendo barreiras e mitos sobre a educação, o lúdico e o corpo, e com isso mostrar que através da conscientização podemos demonstrar a contribuição que pode haver nesse campo de estudo que é a integração homem-cotidiano, fazendo com que nossos alunos aprendam brincando e para que eles possam também refletir não só sobre regras e limites, mas também sobre como aprender das mais diferentes formas. Minhas metas a serem alcançadas são a expansões do conhecimento e a consciência do quanto é importante que conheçam seu corpo, suas capacidades e possibilidades e o mundo onde vivem para que assim possam atuar melhor na sua realidade de vida.
O objetivo principal deste trabalho é mediar o processo de como olhamos nossos companheiros, como nos olhamos e como olhamos nosso mundo, isto é, para que as pessoas saibam muito mais do que experimentaram pessoalmente e para que sua experiência com o mundo exterior, que constitui a realidade, através desses exercícios e brincadeiras, seja um meio de aceitação de si próprio, de suas limitações e do outro, atuando assim na sociedade de forma a construir um mundo melhor.
 O SENTIDO DO CORPO E O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
 O profissional de educação física, em sua prática docente, tem o papel fundamental de agir como mediador no processo de ensino aprendizagem se utilizando do corpo, suas ações e expressões como ferramenta no desenvolvimento social, cognitivo, motor e afetivo do aluno. Tão valiosa ferramenta não pode ser encarada com simplismo, o docente da educação física deve se encontrar consciente de todas as questões que envolvem o corpo e seu simbolismo.
	Segundo Ruffoni (2004) “a educação física atravessa um momento de mudança de paradigma; de uma educação biologizante, desportivizante, tecnicista, para uma pedagogia voltada para a cultura corporal”. Nesse novo momento, o corpo que antes era tratado pelo professor apenas como um organismo biológico, ganha novos atributos com os quais o educador deve estar pronto para lhe dar.
Para tanto, é preciso que o professor seja capaz de enxergar esse corpo como um fenômeno cultural e histórico, deixando de lado suas preferências pessoais e principalmente seus preconceitos tendo uma visão corporal e social holística do aluno. “Corpo que se educa é corpo humano que aprende a fazer história, fazendo cultura”. (Moreira, 1995)
	Vargas (1995) evidencia que a característica humana é delineada pela sociedade e acrescenta que é no grupo que o movimento humano é adjetivado de valores. Logo, para se trabalhar com o corpo deve-se compreender o meio onde aquele corpo está inserido e entender as intenções que se escondem por detrás de cada ação daquele corpo, intenções estas construídas nos meios sociais e resultantes da cultura local.
	É através do corpo, do movimento, da ação que o aluno se expressa, deixando muitas vezes evidente sua intenção, a “tribo” a qual pertence, sua religião e suas crenças. Interpretar esses sinais dá ao professor o poder de entrar na cabeça do seu aluno, entendendo a origem de suas ações, facilitando assim qualquer processo de intervenção educacional.
	O professor de educação física ainda tem uma vantagem sobre os demais docentes no âmbito escolar, além de atuar diretamente com o corpo este tem nas mãos o esporte. Nesse momento se faz necessário citar Tubino (1998), que nos diz: “o esporte como fenômeno social de características universais se constitui numa verdadeira forma de cultura, e reflete os valores políticose ideológicos da sociedade”. Complementando com Sérgio (1997) que afirma que o “esporte permite ao homem transcender e transcender-se”.
Não há barreiras para o esporte, nem sociais, nem políticas, nem religiosas, permitindo ao professor circular com este instrumento por entre todas as culturas atingindo a todos de maneira única. O esporte, se bem utilizado, é ferramenta agregadora e imparcial, livre de preconceitos e capaz de tornar o professor um agente transformador social.
CONTROLE MOTOR, SISTEMA NERVOSO E MÚSCULO ESQUELÉTICO
Controle Motor:
Quando realizamos um movimento no espaço, vários processamentos precisam ocorrer nos níveis moleculares, celulares, musculares e neurais para dar vida à ação motora. Em cada um destes níveis, a quantidade de sub processamentos é muito grande, mesmo quando se trata da execução de movimentos simples.
Mecanismos neurais que integram a postura com o movimento são difundidos ao longo do sistema nervoso central, e são recrutados em padrões que são tarefa e contexto dependentes.
As informações sensoriais são integradas em todos os níveis do sistema nervoso e causam respostas motoras apropriadas, começando na medula espinhal com reflexos relativamente simples, estendendo-se para o tronco cerebral com respostas ainda mais complexas e, finalmente, estendendo-se até o cérebro, onde são controladas as respostas mais complicadas.
Dessa forma, o sistema motor gera movimentos de três tipos, que diferem entre si em sua complexidade e grau de controle voluntário. São eles: reflexos, padrões motores rítmicos e movimentos voluntários.
Os movimentos reflexos têm respostas simples, rápidas, estereotipadas, involuntárias, que são integradas na medula espinhal. A substância cinzenta medular é a área de integração não apenas dos reflexos da medula espinhal, mas também de outras funções motoras.
Os padrões motores rítmicos combinam características de movimentos reflexos e voluntários. Podem ser modificados ou interrompidos por impulsos provenientes do encéfalo ou informações sensoriais da periferia.
Os movimentos voluntários são proposicionais, têm caráter complexo e sua execução melhora com a prática. Virtualmente todos os movimentos voluntários implicam atividade consciente no córtex cerebral. Contudo, a maior parte do controle pelo córtex compreende uma ativação simultânea de múltiplos padrões funcionais armazenados em áreas inferiores, e estes centros enviam a maioria dos sinais ativadores específicos para os músculos.
Deste modo, as funções do controle motor seriam: 
- Controlar a contração de músculos individuais, 
- Controlar o momento de execução de um movimento,
- Planejar ajustes posturais adequados para determinados movimentos, 
- Compensar a inércia dos membros e a disposição mecânica dos músculos, ossos e articulações antes de iniciar o movimento.
Sistema Nervoso: 
O sistema nervoso é o sistema responsável por captar, processar e gerar respostas diante dos estímulos aos quais somos submetidos. É devido à presença desse sistema que somos capazes de sentir e reagir a diferentes alterações que ocorrem em nossa volta e mesmo no interior do nosso corpo.
Ele pode ser dividido em duas porções:
•Sistema nervoso central: formado pelo encéfalo e medula espinhal.
•Sistema nervoso periférico: formado pelos nervos, gânglios e terminações nervosas.
O sistema nervoso é composto por um tipo especial de tecido denominado tecido nervoso, o qual possui como tipos celulares os neurônios e as chamadas células da glia.
Os neurônios são responsáveis pela propagação do impulso nervoso e apresentam como partes básicas o corpo celular, onde está localizado o núcleo, e dois tipos de prolongamentos, os axônios e os dendritos. De acordo com a função desempenhada, os neurônios podem ser classificados em dois grupos básicos: sensitivos ou aferentes (levam impulsos para o sistema nervoso) e motores ou eferentes (levam impulsos para outras partes, como músculos e glândulas).
Músculo Esquelético:
Os músculos esqueléticos são formados por centenas de células alongadas conhecidas como fibras musculares. Essas fibras são compostas pela actina e miosina, proteínas com capacidade de contração e que formam filamentos finos e espessos, respectivamente.
Os filamentos ficam dispostos ao longo da fibra muscular e formam bandas claras e escuras. As claras são denominadas de banda I e são formadas apenas por filamentos finos. Já as bandas escuras são formadas por filamentos finos e espessos e são chamadas de banda A. A região mais clara dessa banda, onde são encontrados apenas filamentos de miosina, é chamada de banda H. Na região central dessa banda, existe ainda uma linha escura chamada de linha M.
Na porção central da banda I, existe uma linha escura denominada de linha Z que delimita o sarcômero. Cada sarcômero é formado, portanto, por duas porções da banda I e uma banda A.
Para que a contração muscular ocorra, é necessário que a actina desloque-se sobre a miosina.
O mecanismo de contração muscular faz com que as fibras consigam encurtar o seu tamanho. Essa ação é possível graças a estímulos nervosos e às proteínas actina e miosina, que deslizam uma sobre a outra.
A contração inicia-se com um estímulo que desencadeia uma liberação de acetilcolina na fenda sináptica e causa despolarização da membrana da célula muscular. Ocorre, então, a abertura de canais de Ca2+, fazendo com que esses íons sejam lançados no citoplasma pelo retículo sarcoplasmático. Nesse momento, ocorre a interação do Ca2+ com as miofibrilas.
Na presença do Ca2+, as extremidades da miosina ligam-se com moléculas de actina próximas e dobram-se com grande velocidade. O filamento de actina, então, desloca-se para o centro do sarcômero, desencadeando a aproximação das duas linhas Z. Isso faz com que o sarcômero diminua e, em grande escala, leva à contração de todo o músculo.
Quando o cálcio retorna para o interior do retículo sarcoplasmático, os níveis citoplasmáticos diminuem. Isso faz com que o músculo relaxe e seja interrompido o processo de contração.
CORPOREIDADE E MOTRICIDADE 
Corporeidade: é supostamente animada pela alma humana que lhe daria transcendência pelo nosso corpo.
Motricidade: competência ou conjunto das funções nervosas que possibilitam os movimentos, nos seres humanos.
O corpo, para a Educação Física, significa a união do ser cognitivo com o ser movimento. Será que conhecemos o corpo que somos? Santos (2009) nos chamam atenção em como entender que não somos dono do nosso corpo e sim temos um corpo que é capaz de pensar, sentir e agir e que necessita de entendimento de si próprio e do outro. A corporeidade é a própria existência humana, é a tentativa de se entender com o mundo através de sentimentos que estruturamos para conviver em uma sociedade onde “se mostrar” é prioridade para alguns e desconforto para outros. O ambiente escolar é um local facilitador da compreensão corporal visto que corpos se misturam e interagem entre si proporcionando o conhecimento, a troca de experiência e a vivencia corporal. A consciência corporal proporciona ao individuo capacidade de aprender e se relacionar consigo, com o outro, com objetos e desejos. Separar o homem nos seus aspectos cognitivo, motor e social não será uma tarefa possível visto que nosso corpo é complexo e indivisível. Desenvolver o aprendizado através desta interação corporal é ou deveria ser uma pratica comum entre conhecimento e relacionamento. A corporeidade vem se constituindo num dos mais interessantes temas de reflexão na área da educação, em especial da Educação Física. (VOGEL, et al. 2009) e esta pratica são os estímulos para trabalhar as relações interpessoais e proporcionar aos alunos um aprendizado que conseqüentemente levar a melhoria do desempenho. Caberá ao professor de Educação Física em suas aulas dar sentido a este corpo que necessita de pensamento e movimento para se relacionar e sobreviver neste espaço de tanta diversidade e diferenças culturais. Conhecer este corpo é desenvolver a autonomia e apresentar se culturalmente capaz de sobreviverperpassando de um corpo individual para um corpo em plena consonância com a sociedade.
 A perspectiva pedagógica de ter o movimento como experiência corporal abre um novo horizonte para o professor redimensionar a concepção de corpo e movimento que tem orientado a pedagogia da Educação Física, principalmente na escola, pois ´este passa a ser compreendido como algo que não é realizado mecanicamente, mas, sim, que surge do encontro da interioridade de cada um com o mundo e revela uma relação singular como sua corporalidade e com este mundo. O sentido do movimento humano age como integrador das etapas consecutivas. Assim, todos os movimentos realizados em aula devem ser portadores de um sentido para o aluno.
A motricidade vem arraigada na intencionalidade de gestos, de subjetividade e de significados que só compreenderemos se investirmos no desenvolvimento e no aperfeiçoamento da nossa própria sensibilidade, ou melhor, se investirmos na própria compreensão da corporeidade como a porta aberta para a motricidade surgir.
Para desenvolvermos a linguagem do corpo, a escuta sensível precisa estar afinada. O sensível coloca a experiência perceptiva como campo de possibilidades para o conhecimento, investido de plasticidade e beleza de formas, cores e sons. O corpo e o conhecimento sensível compreendidos como a obra de arte, aberta e inacabada, horizontes abertos pela percepção do ser humano em movimento.
Motricidade, assim, passa a ser entendida como uma linguagem silenciosa e significante da nossa corporeidade, como enfatizam Couto e Cao, destacando que ´a motricidade acompanha a corporeidade e ambas não se distinguem, pois quando nos movemos é o corpo que se move e nossa corporeidade se manifesta´.
´A motricidade não é simples movimento, porque é práxis e, como tal, cultura (ou seja, transformação que o Homem realiza, consciente e livremente, tanto em si mesmo, como no mundo que o rodeia). A motricidade é a capacidade para o movimento centrífugo da personalização. O movimento é parte de um todo – o ser finito e carente que se transcende. A motricidade é o sentido desse todo, estando por isso presente nas dimensões fundamentais do ser humano, atualizando-as´.
ATIVIDADE FÍSICA E EXERCÍCIO FÍSICO:
Manter o corpo em movimento é, sem dúvida, um dos principais pilares de uma vida saudável. A prática por si só é super benéfica, mas quando aliada a outros hábitos, como a alimentação adequada e saudável, tende a ser ainda melhor para a saúde. E os resultados disso podem ser percebidos em qualquer fase da vida! 
Quando se fala em uma vida fisicamente ativa logo alguns termos vêm em mente, começando por atividade física e exercício físico. Embora exista uma diferença conceitual entre os dois, uma coisa é unânime: ambos fazem bem. Já outra palavra muito disseminada nesse universo é o sedentarismo, mas para esse caso a dica é uma só: ligar o sinal vermelho!
Para ajudar a entender um pouco mais desses termos e embarcar de vez nessa jornada saudável, convidamos a Paula Sandreschi, da Coordenação-Geral de Promoção da Atividade Física e de Ações Intersetoriais do Ministério da Saúde, que explicou a real diferença entre cada um deles e quais pontos merecem a nossa atenção.
Nem um, nem outro
Para começar, ela conta que, apesar do termo sedentarismo ser muito falado, o correto é comportamento sedentário, que representa o tempo que passamos gastando pouca energia e que acontece geralmente quando passamos longas horas sentados ou deitados. Por conta da nossa rotina, principalmente de trabalho e estudo e especialmente em tempos de pandemia, essa é uma conduta muito comum entre as pessoas.
O problema é que até mesmo no período de lazer temos a tendência de optar por atividades de pouco gasto calórico. Estamos falando do período prolongado em frente às telas, sejam elas de celulares, computadores, tablets ou televisores. A situação é mais preocupante em relação às crianças, que estão abrindo mão das brincadeiras infantis, lúdicas e estimulantes para o seu desenvolvimento, para passar mais tempo no celular, por exemplo.
Atividade Física:
É um comportamento que envolve os movimentos do corpo, que são feitos de maneira intencional. Desse modo, os movimentos involuntários, como respirar e fazer o coração bater, não contam.
Além disso, a atividade física também envolve uma relação com a sociedade e com o ambiente no qual a pessoa está inserida. Isso quer dizer que: a sua atividade pode estar presente no lazer, nas tarefas domésticas ou no deslocamento para a escola ou o trabalho. Por estar presente de uma forma mais ampla no cotidiano, ela pode ser indicada por qualquer profissional da saúde.
Exercício Físico:
Quando a atividade física é planejada e estruturada com o objetivo de melhorar ou manter os componentes físicos, como a estrutura muscular, a flexibilidade e o equilíbrio, estamos falando do exercício físico. Nesse caso, ele geralmente é orientado por um profissional de educação física. Ou seja, todo exercício físico é uma atividade física, mas nem toda atividade física é um exercício físico.

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