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INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS e DIP - HERPES GENITAL, SÍFILIS, CANCRO MOLE, DONOVANOSE, LINFOGRANULOMA VENÉREO, GONORREIA, CLAMÍDIA

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Semiologia Obstétrica e Ginecológica 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Profª Dra. Talita Campos 
 
Orientar uso de método de barreira – preservativos!!! 
• HIV 
• HEPATITE B e C 
• HPV 
• TRICOMONÍASE 
• HERPES GENITAL 
• SÍFILIS 
• CANCRO MOLE 
• DONOVANOSE 
• LINFOGRANULOMA VENÉREO 
• GONORREIA 
• CLAMÍDIA 
• DIP 
➢ Divisão sobre o quadro sindrômico do quadro dessas patologias: 
 
Diagnóstico e tratamento adequados – evitar tratamento sindrômico/generalizado: evitar recidivas, 
peregrinação em consultórios. Diagnóstico etiológico inadequado pode levar a complicações, como sepse, DIP, 
comprometimento de sistema reprodutor... EVITAR TRATAMENTOS GERAIS, SEM DIAGNOSTICAR CAUSA E 
ETIOLOGIA! 
➢ Úlceras genitais: 
Classificação: podem ser IST, mas algumas podem não ser. Atentar a características e história da paciente! 
Suspeitando de IST: rastrear etiologia, tratar úlcera, orientar e se confirmar IST colher outros exames para outras 
doenças. 
→ Úlceras genitais causadas por IST: 
●Herpes simples vírus (HSV) 
●Treponema pallidum (sífilis) 
●Haemophilus ducreyi (cancro mole) 
Semiologia Obstétrica e Ginecológica 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Profª Dra. Talita Campos 
 
●Chlamydia trachomatis sosortipos L1-L3 (linfogranuloma venéreo) 
●Klebsiella granulomatis (donovanose) 
Úlceras genitais não relacionadas às IST: 
Vasculite autoimune – doença de Behçet – geralmente associada a úlceras orais. 
Traumática 
Vascular 
Neoplásica 
O diagnóstico de IST por úlcera genital nem sempre é fácil. 
 A paciente chega com uma úlcera que pode estar com um processo de cicatrização, pode estar toda desconfigurada. 
Às vezes não há como pesquisar etiologia pela dificuldade de fazer uma coleta do material, então é importante ter 
cuidado e pesquisar história anterior, questionar como surgiu, questionar histórico sindrômico, investigar se o 
parceiro tem. 
MS e ONU recomendam tratamento sindrômico. 
→Investigação adequada: boa anamnese! 
●Se teve contato com parceiro diferente, relação sexual sem preservativo. 
●Tempo e forma de evolução, localização precisa, aspectos (tamanho, profundidade, grau de inflamação) 
●Presença de linfoadenomegalia regional e/ou a distância (linfonodos inguinais)... 
●Aparecimento concomitante de outras lesões no corpo e boca. 
●Se houve algum fator desencadeante (trauma, uso de medicamentos, outras pessoas com mesmo quadro). 
●Outras doenças sistêmicas. 
●Coletar material quando possível, para não ficar apenas no diagnóstico sindrômico. 
As vezes a paciente demora para procurar atendimento, o que altera o exame físico. 
Lembrar que uma lesão é porta de entrada para outras! 
✓ Herpes genital: 
Alta prevalência 
HSV – lesões na pele e mucosa. Nem todas pacientes manifestam. 
Manifestação: hiperemia, pequenas vesículas agrupadas, em seguida ulceração dolorosa e cicatrização. 
A primeira manifestação é mais intensa. A paciente pode ter recidivas, não tem cura, se aloja em nervos. O controle 
é tratamento de imunidade 
Diagnóstico: história é muita clássica, essencialmente clínico. Cultura e biopsia raramente utilizadas. 
Herpes labial pode transmitir 
para genital via sexo oral. 
No consultório é mais comum 
que as lesões já tenham aspecto 
de úlcera, pois geralmente não 
paciente procura atendimento na 
fase das vesículas. 
Controle: sistema imunológico, 
regulação de sono, traumas, 
trabalho excessivo, má 
alimentação, quimioterapia, AIDS 
e outros... 
Tratamento: não há cura. Deve-
se tentar diminuir manifestações da doença e aumentar o intervalo entre as crises. 
Primoinfeccção: Aciclovir 400mg 3x/dia (7 a 14 dias). 
Recorrência: Aciclovir 400mg 3x dia (5 dias). 
Outras drogas: Valaciclovir e Fanciclovir. 
Semiologia Obstétrica e Ginecológica 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Profª Dra. Talita Campos 
 
Em gestantes, quando a paciente está com manifestação ativa no momento do parto: pode passar pro feto. Aciclovir 
pode ser utilizado na gestação em qualquer trimestre. 
✓ Sífilis (lues, cancro duro) 
Agente etiológico é o Treponema pallidum. Se não tratada pode ter uma evolução sistêmica. 
Manifestações: 
Depende do tempo da doença. 
Sífilis primária: lesão única, bordas endurecidas, desaparece em 21 
a 30 dias; adenopatia bilateral. É indolor e não inflamatória, o que 
leva a paciente não procurar atendimento e pode passar 
despercebida. Difícil pegar paciente com lesão primária, muitas 
vezes diagnostica em sorologia de rastreamento. 
Sífilis secundária e tardia: não apresentam ulceração, eritema/máculas palmar e plantar, ou no corpo todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico: exame direto (campo escuro). 
Sorologia treponêmicas: se +, sabe que é o treponema (FTA-Abs; teste rápido). 
Não treponêmicas: VDRL (tem muita reação cruzada), ELISA. VDRL é mais utilizado para controle de cura (titulação) 
Semiologia Obstétrica e Ginecológica 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Profª Dra. Talita Campos 
 
 
Fazer o teste treponêmico primeiro, porque não some, levam muito tempo. E depois faz VDRL para titulação e 
seguimento de tratamento. 
Questionar se o paciente teve a doença e foi tratado, porque teste treponêmico pode estar positivo. 
Ficar atento porque também pode ocorrer reinfecção, por isso ainda deve-se pedir VDRL. 
 
Semiologia Obstétrica e Ginecológica 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Profª Dra. Talita Campos 
 
Tratamento: 
▪Primária, secundária e latente recente → Penicilina Benzatina, 2,4 milhões de UI, IM, dose única. 
▪Latente tardia ou latente com duração ignorada e terciária → Penicilina Benzatina, 2,4 milhões de UI, IM, semanal, 
por 3 semanas. Total = 7,2 milhões de UI. 
Orientar a paciente fazer o tratamento CERTO! 
Seguimento: VDRL – 3, 6 e 12 meses após tratamento. 
Gestante – mensalmente. 
Tem que tratar parceiro! 
 
✓ Cancro mole 
Causada pelo agente etiológico Haemophilus Ducreyi (cocobacilo gram-negativo). 
Baixa prevalência. 
Tem incubação de 3 a 7 dias. 
Manifestação: caracteriza-se por lesões múltiplas (pode haver uma 
única lesão). Formam pápulas dolorosas que se rompem formando 
úlceras rasas, com bordas irregulares. 
Erosão com destruição tecidual acentuada. 
Linfonodos inguinais dolorosos, aumentados, formam um abscesso 
com flutuação (bubão) na virilha). 
Diagnóstico: 
Exame bacterioscópico após limpeza da lesão com SF 0,9%. Coletar 
exsudato do fundo da lesão. 
Cultura e biopsia não são feitas de rotina. Inicia o tratamento antes do resultado. 
Tratamento: Azitromicina 500mg, 2 comprimidos VO, dose única. 
Ceftriazona 500mg, IM, dose única. 
Ciprofloxacina 500mg, 1 comprimido VO, 2x/dia, por 3 dias. 
 
✓ Linfogranuloma venéreo ou inguinal, mula, bubão ou Doença de Nicolas-Favre 
Agente etiológico: Chlamydia trachomatis L1, L2 e L3. 
Baixa prevalência. Tem incubação de 3-32 dias. 
Manifestações: 
Pápula, pústula ou ulceração indolor, que desaparece sem deixar sequela. 
Muitas vezes passa despercebida. 
O problema é que ocorre uma disseminação linfática regional e 
comprometimento ganglionar (daí o nome linfogranuloma venéreo) e pode 
ocorrer fistulização por orifícios múltiplos. 
Diagnóstico: 
Clínica + epidemiologia + exclusão. Acometimento dos linfonodos. 
Exame complementares: cultura, imunofluorescência direta ou detecção de ácidos nucleicos, pouco utilizados. 
Tratamento: Doxiciclina 100mg, VO 2x/dia por 21 dias. 
Azitromicina 500mg, 2 comprimidos, VO, 1x/semana por 21 dias. 
 
 
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✓ Danovanose, granuloma venéreo, granuloma tropical. 
Causada pela Klebsiella granulomatis (bactéria gram-negativa). 
É uma IST crônica ulcerativa. Incubação de 8 a 6 meses. 
Manifestação: 
Lesão nodular que evolui para úlcera. Não dolorosa e altamente vascularizada e sangra facilmente com contato. 
As lesões costumam ser múltiplas, sendo frequente a configuração em “espelho”, em bordas cutâneasou 
mucosas. 
Podem ter outras apresentações, como lesões vegetantes e ulcero-vegetantes. 
 
Diagnóstico: exame histopatológico e 
citopatológicos: corpúsculos de de 
Donovan. 
Tratamento: Doxiciclina 100mg, 1 cp 
VO, 2x/dia por 21 dias. 
 
 
 
 
Essas úlceras genitais são bem tratadas com Azitromicina, Doxiciclina – em locais sem acesso a exames laboratoriais 
– faz-se tratamento sindrômico de Azitromicina + Doxiciclina. 
Se suspeita de sífilis, deve fazer sorologia. 
Suspeitou de IST por úlcera, deve rastrear outras doenças. 
→ Sempre que há úlcera genital, observar bem a história, o aparecimento, se é lesão única ou não, se dói ou não, se 
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Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
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sangra, se há muita inflamação... 
 
 
➢ ISTs que causam corrimento uretral e vaginal! 
 
✓ Gonorreia 
Causada pela Neisseria Gonorrhoeae. Na microscopia são dipoclocos gram-negativos intracelulares. 
Na maioria das vezes o diagnóstico é clínico. 
Pode ser por cultura ou NAAT. 
Nos homens: manifestação se dá por uma uretrite. Tem incubação de 2 a 14 dias. Leve 
desconforto na uretra, sensibilidade peniana grave e dor, disúria, eliminação de secreção 
purulenta. 
Podem desenvolver urgência e frequência urinárias. 
Exame físico: secreção uretral purulenta amarelo-esverdeada e meato inflamado. 
 
 
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Na mulher a manifestação se dá desde de corrimento a cervicite. Possui período de incubação por mais de 10 dias. 
A secreção é purulenta ou mucopurulenta. 
O cérvice pode estar com hiperemia e sangrar facilmente ao toque do espéculo. 
Tratamento: dose única de Ceftriaxona + Azitromicina. Tem 
que tratar parceiro! 
Geralmente pacientes procuram atendimentos quando a 
intensidade da infecção está maior. 
 
➢ Clamídia 
Causada pela Chlamydia trachomatis. 
A maioria dos casos são assintomáticos. 
Manifestação: dor em abdome inferior, corrimento vaginal, dispareunia. Pode 
causar disúria. 
Pode cursar com febre, calafrios, vômitos: doença grave. 
Cervicite com exsudato amarelado e mucopulento; presença de ectopia cervical. 
Frequentemente coexistem com gonorreia (testar pacientes com uretrite 
sintomática). 
Diagnóstico: clínico + testes. 
Tratamento: Doxiciclina 100mg de 12/12 por 7 dias. 
→ Aconselhamento VDRL e 
oferecer anti-HIV. Agendar retorno. Convocar parceiros. Notificação. 
Lembrar de diferenciar corrimento da candidíase e da vaginose. 
Corrimento com aspecto purulento + inflamação no cérvice: associar gonorreia e clamídia. 
 
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➢ DIP – Doença Inflamatória Pélvica 
É um processo infeccioso que envolve trato genital superior; 
→ Salpingite, anexite, parametrite, ooforite, salpingo-ooforite, endometrite ou abscesso tubo-ovariano. 
Agentes patogênicos: Clamydia tracomatis; Neisseria gonorrheae; Mycoplasma hominis. 
Fatores de risco: múltiplos parceiros; situações socioeconômica mais baixa; ausência de higiene; novo parceiro 
sexual; outras ISTs. Não uso de preservativo. 
→Cursam com corrimento mucopurulento, dor abdominal baixa, corrimento cervical e sangramento vaginal 
irregular. 
Complicação mais comum: abscesso tubo-ovariano. 
Complicações a longo prazo: infertilidade, dor pélvica crônica (aderências) e gestação ectópica (modificação 
anatomia da trompa). 
Infertilidade primária: pode levar obstrução tubária; aderências pélvicas. 
Aderências, 
modificações anatômicas da trompa devido inflamações. 
Diagnóstico: 
Clínico 
PCR na amostra cervical, exame microscópio de secreção; ultrassom ou laparoscopia. 
Suspeita: 
Dor pélvica, dispareunia, leucorréia, sangramento ao coito. 
Conteúdo vaginal acinzentado e bolhoso. 
Dor à mobilização do colo uterino e palpação de anexos. 
→Critérios maiores: dor pélvica a palpação, dor anexial, dor a mobilização do colo uterino. 
→Critérios menores: temperatura acima de 38°C, leucocitose, secreção vaginal purulenta, aumento de proteína C 
reativa, cultura de material positiva para N. gonorrhea ou C. trachomatis. 
Semiologia Obstétrica e Ginecológica 
Pamela Barbieri – T23 – FMBM 
Profª Dra. Talita Campos 
 
→Critérios elaborados: abscesso tubo-ovariano ao US, laparoscopia evidenciando DIP, histopatologia com 
endometrite. Um deles já fecha diagnóstico. 
 
 
Importante diagnóstico precoce, para evitar complicações! 
Tratamento ambulatorial: branda a moderada. 
Hospitalização: suspeita de abscesso, peritonite, doença grave, uso de drogas, terapia ambulatorial ineficaz. 
Tratamento hospitalar: ATBterapia parenteral. 
Abscesso tubo-ovariano: ATB, drenagem. 
Medicamentos: Ceftriaxona + Metronidazol + Doxiciclina 
 
3 critérios maiores + 1 menor ou 1 elaborado = DIP

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