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Alessandra Furiama Morita ❃ DTS: implica em pessoas que já são portadoras da doença. ❃ IST: muitas vezes a pessoa é assintomática → transmissão pelo contato sexual. ▪ Anal ▪ Vaginal ▪ Oral Divisão por quadros sindrômicos Risco dessa divisão: fazer abordagem muito geralneralizada → cuidado com tratamentos gerais. Portanto, por mais que se agrupe as doenças em quadros sindrômicos, o ideal é sempre tentar rastrear a etiologia. Classificações: ▪ UG causadas por IST - Herpes simples vírus → HIV - Treponema pallidum → sífilis - Haemophilus Ducreyi → cancro mole - Chlamypdia trachomatis sorotipos L1- L3 → linfogranuloma venéreo - Klebsiella Granulomatis → donovanose. Infecções Sexualmente Trasmissíveis (IST ) IST x DST Transmissão sexual Diversos microorganismos → bactérias, fungos e protozoários IST ➪ HIV ➪ Hepatites B e C ➪ HPV ➪ Tricomonas ➪ Herpes vaginal ➪ Sífilis ➪ Cancro mole ➪ Donovanose ➪ Linfogranuloma venereo ➪ Gonorreia ➪ Clamídia ➪ DIP IST Úlceras Genitais Alessandra Furiama Morita ▪ UG não relacionada às IST - Vasculite autoimune → doença de Behçet - Traumática - Vascular - Neoplásica ▪ Nem sempre fácil → pesquisar bem a história. ▪ Disponibilidade para uso de exames laboratoriais. ▪ Diagnóstico sindrômico. ▪ MS e ONU recomendam tratamento sindrômico → cuidado: se possível pesquisar etiologia. ▪ Investigação → anamnese e exame físico. ▪ Tempo e forma de evolução. ▪ Localização precisa. ▪ Aspectos → tamanho, profundidade e grau de inflamação. ▪ Presença de linfoadenomegalia regional e/ou à distância. ▪ Aparecimento concomitante de outras lesões no corpo e boca. ▪ Se houve algum fator desencadeante → trauma, uso de medicamentos, outras pessoas com mesmo quadro; Outras doenças sistêmicas, troca de parceiro sexual. ▪ Coletar material quando possível. Diagnóstico Pesquisar Diagnóstico Diferencial ➪ É feito através dos linfonodos inguinais. Alessandra Furiama Morita ▪ Alta prevalência ▪ Autolimitado → 5-7 dias ▪ Incurável → vírus se aloja em nervos e fica em latência até se reativar. ➪ Hiperemia ➪ Pequenas vesículas agrupadas ➪ Exulceração dolorosa ➪ Cicatrização ➪ Lesões na pele e mucosas → boca e/ ou genitália ➪ Manifestações sempre no mesmo local ➪ Herpes oral pode transmitir via sexo oral para as genitálias. ▪ O diagnóstico é essencialmente clínico, mas também pode ser realizada cultura e biópsia (raramente utilizadas) ▪ História - as manifestações, após o primeiro episódio, serão sempre no mesmo lugar; ▪ Orientar evitar contato sexual na doença ativa → risco de transmissão. ▪ Controle → sistema imunológico (sono, traumas, trabalho excessivo, má alimentação, quimioterapia, AIDS e outros) e tratamento sintomatológico (primoinfecção e surtos redicivantes). ▪ Não há cura ▪ O tratamento é para diminuir as manifestações da doença e aumentar o intervalo entre as crises. ▪ Primoinfecção → aciclovir 400 mg 3x/ dia (7-14 dias) - tratamento mais prolongado. Casos de recorrência → aciclovir 400 mg 3x/dia (5 dias) - utiliza-se por tempo menor porque perdura menos tempo a herpes. Herpes genital – HSV Característica Manifestacões Diagnóstico Tratamento Alessandra Furiama Morita ▪ Outras drogas → valaciclovir e fanciclovir. ▪ Gestantes → se houver manifestações pode passar pelo parto (aciclovir pode ser usado na gestação). OBS: na primoinfecção a sintomatologia é maior. Diagnóstico Diferencial ➪ Cancro mole ou Sífilis. Alessandra Furiama Morita ▪ Evolução sistêmica quando não tratada, com quadro grave a longo prazo. ▪ Agente etiológico: Treponema pallidum As manifestações depende do tempo da doença Sífilis primária: ➪ Lesão única ➪ Bordas endurecidas ➪ Com desaparecimento em 21-30 dias ➪ Adenopatia bilateral ➪ Indolor ➪ Não inflamatória Sífilis secundária e tardia: Não apresentam ulceração; Eritema palmar e plantar ou por todo o corpo. Sífilis Características Manifestações Observação: quadros de sífilis e herpes podem ser mais graves em pacientes imunocomprometidos. Alessandra Furiama Morita FONTE:– PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS PARA ATENÇÃO INTEGRAL ÀS PESSOAS COM INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) - PÁG. 58 Manifestações Clínicas Estágios da Sífilis Adquirida Primária Cancro duro (Úlcera Genital) Linfonodos regionais Secundária Lesões cutâneo-mucosas (roséola, placa mucosa, sifilides papulosas, sifilides palmoplantares, condiloma plano, alopecia em clareira, madarose, rouquidão) Micropoliadenopatia Linfadenopatia generalizada Sinais constitucionais Quadros neurológicos, oculares e hepáticos Latente recente (até dois anos de duração) Assintomática Latente tardia (mais de dois anos de duração) Assintomática Terciária Cutâneas: lesões gomosas e nodulares, de caráter destrutivo Óssea: periostite, osteite gomosa ou esclerosaste, artrites, sinovites e nódulos justa- articulares Neurológicas: meningite, gomas no cérebro ou da medula, atrofia do nervo óptico, lesão do sétimo par craniano, manifestações psiquiátricas, tabes dorsalis e quadros demenciais como o da paralisia geral. Alessandra Furiama Morita ▪ Exame direto → campo escuro (vê-se diretamente o Treponema) ▪ Sorologias treponêmicas (rastreamento direto do agente) → FTA-Abs e teste rápido ▪ Sorologias não treponêmicas → VDRL e ELISA → cuidado com reação cruzada. Hoje para diagnóstico se usa mais as sorologias treponêmicas (mais específicas), ao passo que as não treponêmicas são mais usadas para avaliação de seguimento do tratamento e cura. Caso o exame venha positivo, utiliza-se o VDRL para titulação. O teste treponêmico pode permanecer positivo por anos, sempre pesquisar história do paciente. Na sífilis tardia o VDRL cai, por isso a preferência pelo teste treponêmico. Portanto: fazer teste treponêmico, se der reagente, fazer o teste não treponêmico. Se também der reagente, há confirmação do diagnóstico. Do contrário, pode indicar cicatriz sorológica. ▪ Primária, secundária e latente recente → penicilina benzatina 2,4 milhões de UI, IM, dose única (1,2 milhões em cada nádega). ▪ Latente tardia ou latente com duração ignorada e terciária → penicilina benzatina 2,4 milhões de UI, IM, semanal, por 3 semanas (1,2 milhões semanais em cada glúteo) - total de 7,2 milhões de UI. Diagnóstico Tratamento Observação: se não obedecer os dias recomeçar o esquema. Sempre pesquisar outras doenças ISTs após diagnóstico de sífilis. Alessandra Furiama Morita Seguimento ▪ VDRL 3, 6 e 12 meses após tratamento para analisar a titulação. ▪ Gestantes → mensalmente. ▪ Rastrear o parceiro. Alessandra Furiama Morita ▪ Baixa prevalência ▪ Haemophilus Ducreyi → cocobacilo gram-negativo ▪ Incubação de 3-7 dias. ➪ Lesões múltiplas na maioria das vezes, mas pode haver lesão única. ➪ Pápulas dolorosas se rompem formando úlceras rasas, com bordas irregulares. ➪ Erosão com destruição tecidual acentuada → pode formar úlceras maiores. ➪ Linfonodos inguinais dolorosos, aumentados, formam um abscesso com flutuação na virilha (bubão). ▪ Exame bacterioscópico após limpeza da lesão com SF 0,9%; ▪ Coletar esxudato do fundo da lesão; ▪ Cultura e biópsia → não são feitos de rotina (geralmente inicia-se o tratamento imediatamente). ▪ Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, VO, dose única. ▪ Ceftriaxona 500 mg, IM, dose única ▪ Ciprofloxacina 500 mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por 3 dias. Cancro Mole Característica Manifestações Diagnóstico Tratamento Alessandra Furiama Morita ▪ Sinonímias → linfogranuloma inguinal, mula, bubão ou doença de Nicolas-Frave. ▪ Chlamydia Trachomatis L1, L2 e L3. ▪ Incubação de 3-32 dias. ▪ Baixa prevalência. ➪Pápula ➪ Pústula ➪ Exulceração indolor ➪ Desaparecem sem deixar sequela ➪ Muitas vezes desapercebida ➪ Disseminação linfática regional → linfonodo venéreo (fistulização e drenagem) ➪ Comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização por orifícios múltiplos ▪ Clínico + epidemiologia + exclusão ▪ Exames complementares: cultura, imunofluorescência direta ou detecção dos ácidos nucleicos → pouco usados. ▪ Doxiciclina 100 mg, VO, 2x/dia por 21 dias. ▪ Azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, VO, 1x/semana por 21 dias. Linfogranuloma venéreo Característica Manifestações Diagnóstico Tratamento Alessandra Furiama Morita ▪ Sinonímias → granuloma venéreo, granuloma tropical. ▪ Klebsiella granulomatis → bactéria gram-negativa. ▪ IST crônica ulcerativa; ▪ Incubação de 8-6 meses. ➪ Lesão nodular que evolui para úlcera ➪ Não dolorosa e altamente vascularizada → ao contato com a lesão sangra muito. ➪ Sangra facilmente com contato. ➪ As lesões costumam ser múltiplas, sendo frequente a configuração em “espelho”, em bordas cutâneas e/ou mucosas. ➪ Outras apresentações: lesões vegetantes e ulcero-vegetantes. ➪ As lesões são mais múltiplas no cancro mole e donovanose. ➪ Linfogranulomas e sífilis geralmente são mais únicas. ▪ Exame histopatológico e citopatológicos → corpúsculos de Donovam. ▪ Doxiciclina 100 mg, 1 comprimido, VO, 2x/dia, por 21 dias. Donovanose Característica Manifestações Diagnóstico Tratamento
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