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139 COMÉRCIO ELETRÔNICO Unidade IV Em nossa reta final, iremos discutir alguns pontos importantes, tais o comércio eletrônico e as pequenas empresas, as operações de franquias e atacados, o e‑commerce em operações B2B e a sua importância nos dias atuais. Depois vamos apresentar um pouco sobre algumas prestadoras de serviços virtuais no B2B, o mercado crescente e seus benefícios. Com o desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação, o que é mais presente em nossa sociedade é a mobilidade, por isso veremos também o social commerce, com as diversas redes sociais trazendo grandes transformações para o comércio eletrônico e mobile payment. 7 COMÉRCIO ELETRÔNICO E AS PEQUENAS EMPRESAS Como vimos, o comércio eletrônico é algo que vem crescendo de forma exponencial. As oportunidades para os pequenos empresários também têm aumentado, visto que o consumidor procura todo tipo de produto na internet, como livros, CDs, carros, apartamentos, alimentação e até coisas mais incomuns. Porém, muitas vezes, o cliente inicia sua compra na internet e a finaliza em uma loja física. Portanto, o ideal é que haja uma integração entre um canal e outro para que o cliente se sinta satisfeito e decida onde quer comprar. A internet é o único meio de comunicação que pode explorar determinados e específicos nichos de mercado. A maioria das pessoas, quando pensa em fazer compras, procura na internet primeiro para depois efetivar sua compra, o que pode acontecer no mundo virtual ou físico. Não será diferente para as pessoas que têm gostos extravagantes e que, quando quiserem comprar, por exemplo, CDs de bandas não famosas, vestimentas dos anos 1920 ou uma mobília colorida, irão procurar na internet. Aliás, onde mais esse consumidor poderá encontrar o tipo de produto diferente se não na internet? Esse tipo de mercado com um foco muito específico foi denominado, por Anderson (2006), de Cauda Longa. Saiba mais Sobre o mercado de nicho ou segmentação de mercado, leia: ANDERSON, C. A cauda longa: do mercado de massa para o mercado de nicho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. 140 Unidade IV Figura 34 – Cauda longa Essa imagem mostra o conceito da cauda longa, a parte de cima seria o mercado de massa, a maior quantidade de consumo, e a parte de baixo, ou seja, a cauda longa do dinossauro, é o que indica o mercado de nicho. Observação Nicho de mercado é nome dado a um pequeno grupo de pessoas que têm preferências específicas, por exemplo, pessoas que gostam de música dos anos 1950. O pequeno empresário, caso queira entrar no mundo digital, não tem muitas dificuldades hoje, tendo em vista que existe uma infinidade de formas de montar um site, até gratuitamente e sem dificuldades. Diversos sites, produzidos, por exemplo, pela Associação das Agências Digitais (Apadi) ou pelo Sebrae, escrevem e‑books e dão dicas de como encontrar soluções de software para desenvolver uma infraestrutura de TI e localizar especialistas em tecnologia em sua área de atuação, caso queira. Também oferecem aconselhamentos e dicas, como o valor do provedor, formas para administrar o negócio on‑line. Também existem as assessorias, que montam a infraestrutura de tecnologia, oferecem o suporte aos usuários finais e implementam novas soluções a fim de suprir as necessidades do negócio. Existem também alguns sites ou mesmo tutoriais que ensinam a usar as plataformas e que mostram como capturar endereços de e‑mail para atrair novos visitantes usando as métricas já mostradas anteriormente. O próprio Google Analytics, como já mencionado, é uma ferramenta gratuita, ou seja, o pequeno empresário não terá nenhum problema para utilizar os recursos que estão disponíveis na plataforma. 141 COMÉRCIO ELETRÔNICO Lembrete O Google Analytics é uma das ferramentas que podem contribuir para a indicação dos KPIs adequados, além de possuir métricas úteis ao acompanhamento digital. Segundo dados do Sebrae Mato Grosso (2014), em dez anos, os valores da produção gerada pelos pequenos negócios saltaram de R$ 144 bilhões para R$ 599 bilhões. Os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no País representam 27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos. Os números ainda mostram que as micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza no comércio no Brasil, respondendo por 53,4% do PIB desse setor. No PIB da indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima das médias empresas (24,5%). E no setor de serviços, mais de um terço da produção nacional (36,3%) tem origem nos pequenos negócios. Ou seja, se todos os micro e pequenos empresários se utilizassem da tecnologia, esses números cresceriam (SEBRAE MATO GROSSO, 2014). Figura 35 – Sapatos variados Uma pequena empresa pode ser de qualquer ramo de atividade, até de venda de sapatos usados, ou seja, só algumas pessoas irão se interessar por essa mercadoria. O Google Analytics possibilita à micro ou pequena empresa realizar, por exemplo, a coleta de diferentes informações. Entre outros dados, ele: • Coleta automaticamente os endereços de e‑mail dos visitantes. • Envia e‑mail a todos os visitantes com apenas um clique de mouse. • Oferece dados demográficos, como faixa etária, profissão, lazer, estudo, entre outros, dos visitantes de um site. 142 Unidade IV • Administra a mala direta da empresa. • Armazena mensagens para reutilização. Imagine o quanto os vendedores ambulantes venderiam se construíssem um site, colocassem seus produtos à venda e utilizassem as ferramentas do Google. No entanto, muito provavelmente eles acreditam que é algo extremamente difícil e não têm nenhum conhecimento de toda a tecnologia que está a seu dispor. E quantos nichos de mercados não seriam descobertos? Atualmente também encontramos na internet comunidades virtuais que abrem temas para serem discutidos entre o grupo, no qual perguntas são feitas e comentadas procurando solucionar determinados problemas existentes com o propósito de ajudar quem está com alguma dificuldade específica. Como podemos ver pelos números apresentados sobre o crescimento das micro e pequenas empresas, não resta nenhuma dúvida de que existem motivações suficientes para estimular esses empresários a explorarem todas as potencialidades oferecidas pelo comércio eletrônico. Entretanto, são necessários certa infraestrutura e conhecimentos para realizar esse tipo de atividade. Segundo Turchi (2012, p. 24) os pequenos empresários alegam que não veem necessidade de realizar negócios on‑line e não sabem ao certo o que a internet pode lhes proporcionar. Entretanto, quando percebem que seus concorrentes estão expandido seus negócios por estarem utilizando a web, passam a se interessar e ter a necessidade. Os pequenos empresários também questionam quanto à capacidade de competir em igualdade com as grandes empresas. Turchi (2012) acredita que eles não só podem competir como podem, inclusive, sobressair‑se. Os consumidores poderão encontrá‑los por meio de busca por produtos ou serviços que eles oferecem. Na verdade, na internet é isso que importa, se os micro e pequenos empresários focarem em determinados nichos de mercado, com interesses específicos, existem grandes chances de sucesso do negócio on‑line. Na web é fácil fazer uma publicação segmentada com base nos resultados e pagá‑las, como se faz com os links patrocinados. Isso faz com que os custos sejam pequenos, pois só se paga quando os anúncios recebem um clique. Algumas ações também são bem mais rápidas, por exemplo, o e‑mail marketing em comparação com o envio de uma mala direta. A primeira pode trazer melhores resultados com menores investimentos, desde que seja bem‑feita, ou seja, se a empresa utilizar a técnica de segmentar o seu público, como também buscar novos clientes dentro do perfil desejado. Além de tudo, podem ser alterados rapidamente, realizando novos testes de e‑mail marketing.No caso da mala direta, há custos de correio, impressão, entre outros. Assim, juntar os dois fatores – atendimento a nichos específicos de mercado e investimento em divulgação segmentada – é o caminho para que os micro e pequenos empresários possam competir de forma interessante na internet. O que não quer dizer que eles vão roubar mercados dos grandes empresários, mas podem aparecer como outra opção para o consumidor. Isso acontece quando se busca por técnicos de televisão ou lojas de móveis planejados, por exemplo, pois é 143 COMÉRCIO ELETRÔNICO possível encontrar empresas de todos os tamanhos, mas não necessariamente a de porte grande sempre irá atender a todos. Para as pequenas e médias empresas, investir em uma loja virtual pode ser muito vantajoso, por representar mais uma forma de conquistar novos clientes, além de ser uma fonte alternativa de receita e, inclusive, de ampliar a visibilidade de sua marca. Os custos também são menores, se considerarmos que a loja virtual não requer a contratação de vendedores, nem local físico, o que dispensa pagamento de aluguel ou luva pelo ponto comercial, funciona 24 horas, sem horário de pico, e não apresenta nenhuma barreira física, nem regional (TURCHI, 2012, p. 25). Sem dúvida, abrir uma loja virtual pode ser vantajoso. Entretanto, essas empresas têm que ter uma pequena infraestrutura para atender às demandas que irão surgir, pois, caso contrário, elas não conseguirão atender seu consumidor. Para isso, será necessário fazer um planejamento. Para atuar no mercado digital, a empresa necessitará fazer estudo de mercado, análise sobre seu produto, verificar a concorrência, a localização, o público‑alvo e onde está concentrado, entre outras coisas, ou seja, fazer um planejamento do negócio. Durante todo o processo da abertura da loja virtual, o importante é fazer um direcionamento específico sobre o público que se quer atingir. O site deverá ser construído com características apropriadas para que ele seja capturado pelos buscadores, pois, no comércio eletrônico, caso ele não seja encontrado, ele não existe. Outro ponto vital é que seja de fácil navegação e bem simples, porque as pessoas estão constantemente dizendo que não têm tempo, ou seja, é um motivo para procurar o concorrente. Também não têm paciência para visitar sites complexos e lentos. Lembrete O abandono do carrinho de compra é um dos grandes motivos para as pessoas não finalizarem a negociação. Outro ponto importante é a escolha do nome. Ele deve que estar relacionado com a marca já conhecida pelos consumidores das vendas ou serviços da loja física para que haja um reconhecimento e uma lembrança de outras compras realizadas anteriormente. Isso faz com que o consumidor deposite confiança na empresa. Caso mude de nome ou crie outro, é interessante que ele seja claro, sonoro e que tenha algum vínculo com os produtos ou serviços prestados para que a loja seja facilmente encontrada pelos consumidores e que apareça com maior destaque nos buscadores, como Google, Yahoo, Ask entre outros. Também será necessário fazer uma pesquisa sobre o nome escolhido, pois caso já conste na internet, não será possível ir adiante com ele, porque o sistema não aceita dois nomes iguais. Assim, caso já exista, deverá se pensar em outro e estruturar todo o trabalho com um nome definido. 144 Unidade IV Saiba mais A consulta sobre a existência do nome pode ser realizada no site: <https://registro.br/>. O site está relacionado com a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp), órgão governamental responsável pela liberação, administração e registro dos domínios com final “br”. Para as micro e pequenas empresas começarem a realizar suas operações on‑line, existem alguns cenários possíveis. O primeiro trata‑se de uma empresa que já tenha um orçamento definido para a execução dessas atividades, contratar uma equipe de profissionais especializados em design e programação para criar o site, integrar os meios e formatos de pagamentos, tabelas para cálculo de frete, carrinhos de compras, criptografia das páginas, entre outras, ou seja, todo o trabalho será realizado internamente com pessoas que farão parte do quadro de funcionários. Uma segunda opção é contratar uma assessoria externa, que irá fazer todo o trabalho, desde o planejamento, a colocação do site no ar e o atendimento e suporte após o sistema começar a funcionar. Esses profissionais normalmente cobram de acordo com o tamanho do projeto e da empresa. Outra opção seria contratar uma plataforma de comércio eletrônico, hoje existem várias nas quais os custos e modelos comerciais são bem variados. Nesse caso, o melhor é fazer uma pesquisa no sentido de encontrar o que se encaixe melhor com as necessidades da empresa. Pontos importantes a serem levados em conta: • Se a plataforma é de fácil customização para se adequar às necessidades da micro ou pequena empresa. • Se a plataforma oferece soluções completas. A plataforma completa deve ter módulos de pagamento, cálculo de frete, criação de promoções, inserção e retirada de produtos de forma prática, como exportação de lista de produtos já cadastrados, fotos e vídeos de produtos, indexação das páginas nos buscadores, entre outros. • Quando da contratação de um provedor para hospedagem do site, deve‑se ter o cuidado com relação à capacidade para guardar arquivos pesados, como vídeos e imagens em alta resolução. • A questão da segurança. Outra alternativa para os micro e pequenos empresários é a possibilidade de se montar uma loja num modelo de shopping virtual, no qual tudo está estruturado, bastando somente inserir os produtos 145 COMÉRCIO ELETRÔNICO e pagar uma taxa ao gestor do shopping. Em alguns casos, é permitido que haja um domínio (endereço do site) independente, entretanto isso nem sempre é possível. É uma opção que proporciona uma experiência para quem quer conhecer o mundo do comércio virtual sem gastar muito. 7.1 Comércio eletrônico em operações: franquias e atacados Uma dúvida muito recorrente em empresas que estão crescendo é: qual é o melhor formato de e‑commerce. Quando se trata de franquias, parte sempre do franqueador. Para Turchi (2012, p. 36), “no caso das franquias, em geral, a intenção de iniciar uma operação de e‑commerce parte do franqueador, mas o dilema em questão é que isso pode ser visto como mais um ‘concorrente’ pelos seus franqueadores”. Observação A franquia é a licença para usar uma marca ou uma tecnologia de um determinado negócio. Normalmente, é firmado um contrato com todas as condições. Quem cede os direitos é chamado franqueador e quem recebe, franqueado. São exemplos de franquias: McDonald’s, Casa do Pão de Queijo, CCAA, O Boticário, Chocolates Brasil Cacau e uma infinidade de outras que existem no mercado brasileiro. Algumas são nacionais e outras multinacionais, como é o caso do McDonald’s. Normalmente quem produz o SI é a franqueadora e ali estão os dados e informações dos franqueados, com endereços, nome do gerente, entre outros. Os sites apresentam as informações da empresa, produtos, preços, promoções, e outros, ou seja, existe a comunicação empresarial bem definida com os públicos internos e externos. No caso do atacadista, quando ele constrói um site, normalmente existe um questionamento e preocupação se deve passar a vender diretamente para o consumidor ou se deve continuar vendendo somente para a loja, ou seja, dar um salto pelo varejista. Afinal, nenhuma empresa quer ter problemas com seus públicos. Nesses casos, o que pode acontecer é um problema na cadeia de distribuição, já bem definida há muito tempo. Não existe uma solução para esses casos ainda, mas já existem iniciativas para não atrapalhar o canal. Ainda segundo Turchi (2012, p. 36), São todos chamados de conflitos de canal, pois o risco que existe é de haver uma ruptura na cadeia de distribuição já estabelecida. Ainda não há respostas conclusivas sobre como proceder em todos esses casos, mas já são praticadasiniciativas no sentido de não “agredir” o parceiro de canal. Independentemente de qualquer disputa, é fundamental encontrar uma solução, porque, acima de tudo, está o consumidor, e ele deseja cada vez mais ter opção de comprar, não importa o canal especificamente. 146 Unidade IV O consumidor de hoje em dia, muitas vezes procura o produto na web para depois comprar na loja física, ou ainda, às vezes primeiro procura uma loja física para ver o produto de perto, analisá‑lo e ver se é isso mesmo que ele quer para depois então finalizar a compra em uma loja virtual. Como é o caso, por exemplo, da compra de sapatos, principalmente as mulheres, que muitas vezes vão à loja física, experimentam o sapato e, caso gostem, compram pela internet. Tendo em vista que as opções de compras são tantas na atualidade, o consumidor ora quer comprar na loja física, ora procura o comércio eletrônico para resolver seu problema sem sair de casa. O empresário tem que saber que, caso seu consumidor não o encontre com apenas um clique, ele pode procurar o concorrente. E quando se fala de atacadistas e varejistas estamos falando de operação de empresa com empresa, não importa o tamanho de cada uma delas. 8 E‑COMMERCE: B2B, SOCIAL COMMERCE E MOBILE COMMERCE 8.1 E‑commerce em operações B2B Figura 36 – Comércio eletrônico: empresa‑empresa O comércio eletrônico empresa‑empresa (business‑to‑business e‑commerce – CE B2B) refere‑se ao comércio realizado pela internet, extranet, intranet ou redes privadas. Essas negociações podem ser realizadas entre uma empresa e os membros de sua cadeia suprimentos, bem como uma empresa e qualquer outra. A denominação empresa pode indicar uma organização, privada ou pública, com ou sem fins lucrativos. A principal característica do B2B é que as empresas automatizam o processo de transação comercial com o intuito de melhorá‑lo. Para isso, é necessário possuir uma plataforma específica para o e‑commerce B2B. O tamanho do mercado B2B, na verdade, é enorme, tendo em vista que podem estar envolvidas quaisquer empresas umas com as outras. 147 COMÉRCIO ELETRÔNICO Partes envolvidas nas operações B2B As partes envolvidas são as próprias empresas que fazem a negociação. O comércio B2B sempre existiu, mas sua realização era feita sem a existência da internet. Atualmente, o maior problema encontrado com o B2B é a própria resistência entre os representantes e o corpo de vendas, pois acreditam que isso pode causar um incômodo no sentido de criar uma concorrência para a própria empresa. Entretanto, isso pode ser resolvido colocando as regras bem claras e também determinar, por exemplo, o B2B para os novos clientes, deixando a carteira antiga para a infraestrutura anterior. Existem boas plataformas B2B que podem resolver a identificação de cada um dos pedidos efetuados, mantendo o bom relacionamento entre empresas e representantes. Alguns exemplos de empresas brasileiras que estão atuando no B2B: • Moda na Web: é uma empresa atacadista que mantém sede no Rio de Janeiro. A “modanaweb. com” comercializa peças de vestuário masculino e feminino, vendendo diretamente e somente para lojistas. A empresa possui uma loja virtual, com um portal informativo com tutoriais para os fabricantes que querem vender e para os atacadistas que pretendem comprar. Para ter acesso aos preços, os lojistas devem se cadastrar e aguardar autorização para visualização. • Yatspet: empresa sediada em São Paulo, o “yatspet.com.br” é um e‑commerce voltado para a comercialização de brinquedos, comedouros, identificadores, bolsas, mantas, camas e flats, e outros acessórios para cães e gatos diretamente para empresas revendedoras. Para o varejista ter acesso aos preços, precisa se cadastrar na plataforma da Yatspet, preenchendo todos os dados de seu varejo e aguardar um comunicado. • B2Brazil: empresa localizada em São Paulo, a “b2brazil.com.br” mantém um site e‑commerce marketplace com centenas de outros lojistas que comercializam diferentes tipos de produtos. Além do marketplace, a plataforma conta com um portal que serve para que um lojista possa criar um perfil, ler tutoriais e acessar serviços e recursos diversos. Tipos de materiais utilizados para realização das operações B2B Dois tipos de material são negociados no B2B: diretos e indiretos. Materiais diretos são os utilizados na fabricação de produtos, como aço em carro ou papel em livro. Suas características são: • A utilização é programada. • Em geral, não são itens de prateleira. • Usualmente são comprados em grandes quantidades. 148 Unidade IV Materiais indiretos são, por exemplo, suprimentos para escritório; lâmpadas; material para limpeza, entre outros. Esses materiais são os que darão apoio à produção. Conhecidos também como materiais não produtivos. Direção do mercado nas operações B2B Marketplaces B2B podem ser classificados de duas formas. Marketplaces verticais são os que tratam com um único setor ou segmento do setor industrial. No comércio eletrônico B2B, as redes sociais representam uma ótima oportunidade de negócio, pois utilizam as marcas nesses espaços para divulgar conteúdos de interesse exclusivo a um determinado público, a um determinado segmento. Algumas empresas colocam anúncios nas redes sociais referentes aos produtos ou serviços diretamente ligados aos temas discutidos na rede. As buscas também são efetuadas com base em palavras‑chave utilizadas especialmente para aquele grupo e a linguagem possui termos exclusivos e conhecidos pelos membros. Os modelos de negócios verticais oferecem acesso a apenas um segmento de produto, sendo especializados em uma necessidade específica de mercado, como aplicativos para encontrar taxistas mais próximos. O LinkedIn é um exemplo claro de mídia social vertical, pois ele reúne pessoas com interesse em desenvolvimento de carreira e mercado profissional. Marketplaces horizontais são os que se concentram em um serviço ou produtos utilizados por todos. O comércio eletrônico B2B horizontal é um modelo de negócio que faz com que a marca da empresa seja referência no segmento em que atua. Esse modelo, se bem desenvolvido, permite tornar o negócio uma referência no segmento e gerar uma lembrança de marca maior entre os usuários. As redes sociais horizontais são aquelas que abarcam todo tipo de consumidor, podemos citar, por exemplo, o Facebook, o Google+, o Twitter, entre outras. Estas funcionam de forma mais genérica, pois se constituem como ambiente on‑line em que as pessoas se comunicam e compartilham conteúdos diversificados. Na verdade, não existe um modelo que seja melhor ou pior que o outro, o importante é você adequar o seu negócio da melhor forma possível. Relacionamentos na cadeia de suprimentos no B2B Nos vários tipos de transações realizadas no B2B, as atividades empresariais normalmente são executadas ao longo da cadeia de suprimentos de uma empresa. O processo de cadeia de suprimentos consiste de uma série de subprodutos e papéis que se inter‑relacionam. Este se inicia desde a embalagem, seu deslocamento de distribuidores e varejistas e termina pelo consumidor final. O B2B pode tornar as cadeias de suprimentos mais eficientes ou alterá‑las completamente, eliminado um ou mais intermediários. 149 COMÉRCIO ELETRÔNICO Alguns serviços virtuais no B2B Além de comercializar produtos na cadeia de suprimentos, também podem ser oferecidos serviços no B2B. Alguns serviços B2B são: • Serviços de viagens: grandes corporações, normalmente, conseguem descontos nos agentes de viagens em relacionamentos B2B. São parcerias realizadas entre várias empresas. Também existem agências de viagens que oferecem serviços e preços especiais para empresas e seus funcionários que fazem parte de um determinado grupo de organização. Muitas operações para viagens, hoje em dia, são efetuadas pela própria pessoa e um serviço personalizado acaba obtendo algumas vantagens. • Serviços imobiliários: algumas transações que envolvem imóveis normalmentesão negociações mais complexas. Com a web é possível um direcionamento e um maior número de opções quando necessário. • Pagamentos eletrônicos: o internet banking é uma maneira econômica de fazer os pagamentos empresariais, transações de fundo ou executar outra transação. As transferências eletrônicas de fundo normalmente são realizadas on‑line, mesmo porque as taxas cobradas são as mais baixas do mercado, consequentemente fica muito atrativo para as empresas. • Mercado de ações on‑line: as organizações são muito importantes no mercado de ações. Como as taxas cobradas na negociação on‑line são muito baixas e fixas, independentemente do valor da negociação, esse tipo de negócio virtual fica muito atraente para as empresas. • Financiamento on‑line: empréstimos empresariais podem ser solicitados virtualmente. Alguns bancos oferecem serviço de compatibilização, usando a extranet para compatibilizar empresas que solicitam empréstimos com potenciais financeiros. • Outros serviços on‑line: atualmente, existe uma infinidade de serviços oferecidos nas operações B2B, como consultoria, advocacia, professores, entre outras coisas que são vendidas na internet. Os benefícios do B2B Os benefícios, em geral, irão depender do tipo de negócio e o modelo que você está utilizando. Em geral, esse tipo de comércio tem como vantagem: • Elimina papéis e reduz custos administrativos, pois a maioria das negociações é realizada on‑line. • Acelera o ciclo, pois a comunicação pode acontecer o tempo todo e de forma instantânea. • Reduz custos e tempo de busca para os compradores, eles são os próprios parceiros de trabalho. 150 Unidade IV • Aumenta a produtividade de funcionários que cuidam de compra e/ou vendas, pois no B2B as relações podem ser muito mais próximas. • Reduz erros e/ou aprimora a qualidade dos serviços. • Reduz níveis e custos de estoque. • Aumenta a flexibilidade da produção, permitindo entrega Just‑in‑Time. • Aumenta as oportunidades de colaboração. • Receita adicional: se a empresa trabalha no segmento B2C (empresa/consumidor), ao acrescentar o B2B a empresa terá um novo público, além do existente. Uma loja voltada para esse público é uma solução. • Vendas maiores: caso as vendas sejam feitas para o consumidor final, o volume máximo que ele irá comprar será equivalente a suas necessidades. Entretanto, se for uma distribuidora, as compras serão para uma série de consumidores. • Oportunidade para expandir: o e‑commerce B2B oferece oportunidades de crescimento, pois a empresa pode vender tanto em nível local quanto para outras partes do mundo. • Valorização da marca: um canal de distribuição diferente pode aumentar a quantidade de consumidores, como também pode tornar a marca mais conhecida. As empresas que querem se manter no mercado do B2B necessitam se atualizar. Leia o seguinte artigo, que faz referências a todas essas questões: Como o omnichannel está revolucionando o comércio B2B Até alguns anos atrás, as vendas de indústrias, distribuidoras e atacadistas eram formadas, essencialmente, por dois processos: um deles, o de pré‑venda, no qual o vendedor cumpre um roteiro determinado para registrar os pedidos coletados ao longo do trajeto. O outro é o de pronta entrega, em que o vendedor registrava a venda, emitindo boleto e nota fiscal e, no mesmo atendimento, realizava a entrega. Atualmente, é quase impensável ter sucesso nos resultados de vendas desprezando a internet. Entretanto, para esses segmentos, seria igualmente prejudicial abrir mão das vendas presenciais, de forma que unir essas duas frentes – internet e força de vendas – é, comprovadamente, o caminho mais eficiente a se seguir. A essa convergência, que exige integração efetiva entre todos os canais de venda adotados por uma empresa e seus clientes, dá‑se o nome omnichannel (omni, do latim, tudo, de todos, e channel, de canal, em inglês). Esse conceito, elevado a tendência mundial 151 COMÉRCIO ELETRÔNICO a partir do sucesso de sua implementação no varejo, agora vem sendo adotado no comércio B2B (business‑to‑business). Para uma indústria, distribuidora ou atacadista, ser omnichannel consiste em oferecer ao cliente a possibilidade de fazer compras presenciais, através de um vendedor ou representante. Mas também oferecer a possibilidade de realizá‑las através de atendimento telefônico e de seu próprio site na internet, em seu computador, celular e tablet, com as mesmas condições de compra (preço, prazo, descontos etc.) que teria com um vendedor (cuja persuasão, aspecto potencializado pela presença física, também é fundamental) em sua frente. Essa é a grande revolução trazida pelo omnichannel: dissolver – do ponto de vista do consumidor – as barreiras entre o mundo on‑line e off‑line. Entre as ferramentas que adotam esse conceito estão as das vendas externas. Ali estão reunidas diversas soluções para vendas multicanal, satisfazendo as demandas de cinco áreas (pré‑vendas, pronta entrega, trade marketing, e‑commerce e televendas) e resolvendo problemas dos negócios que levam os produtos até o consumidor. Como resultado, a empresa conquista relacionamentos melhores com seus clientes, aumentando a eficiência de todo o ciclo de venda, do pré ao pós. A quantidade de oferta, a concorrência acirrada e a busca constante por melhores resultados fazem com que empresas que atuam no corporativo também busquem soluções B2B. Esse esforço é urgente para qualquer empresa que queira realmente melhorar seus resultados de vendas. Fonte: Both (2017). Saiba mais O site a seguir produz uma série de artigos relacionados ao e‑commerce, vale a leitura: <https://www.ecommercebrasil.com.br/>. Como você sabe, as redes sociais (Twitter, Facebook, LinkedIn, entre outras.) ampliaram muito a possibilidade de troca de informações. Elas influenciam as pessoas, pois nas redes, elas podem falar sobre seus interesses e, dentre os assuntos mencionados, estão as empresas, marcas ou produtos. As pessoas interagem umas com as outras, por exemplo, umas procurando esclarecer suas dúvidas e outras tentando sanar as dúvidas que outros possam ter. Por isso, as opiniões de pessoas, conhecidas ou não, são levadas em consideração. 152 Unidade IV Esse processo acontece cada vez mais e normalmente antecede as compras, pela web ou não. É na internet que se inicia toda a socialização das informações. Existem diversos benefícios que os internautas descobriram nessa interação propiciada pelo social commerce como: soluções baseadas em interesses comuns, trocas de experiências, redução do risco de uma compra inadequada, aumento do poder de barganha, economia de tempo, além de um relacionamento mais próximo com as marcas. Como pudemos notar, o B2B está atuando em todas as áreas, portanto obter uma plataforma apropriada no negócio e usar algumas ferramentas de marketing para atuar no setor B2B e no e‑commerce pode ajudar o empreendedor a ter mais sucesso. Para tal, são importantes algumas recomendações, como: • A empresa deve se manter presente nas redes sociais: manter um espaço em redes sociais, como Facebook e o LinkedIn, é vital, pois você pode usá‑las para mapear os perfis dos seus visitantes mais frequentes e, assim, procurar entender melhor quais são os desejos em relação aos produtos e serviços que você oferece, o que poderá ajudar a manter seu discurso de vendas mais direcionado. • Humanizar a marca: a presença do ser humano ainda é essencial para a efetivação das compras. O consumidor ainda prefere uma pessoa para interagir sobre suas dúvidas, portanto não se pode pensar em eliminar os vendedores. As pessoas podem não acreditar que tudo será resolvido pelos computadores e softwares. • Criação de conteúdo: escrever sobre a empresa e sobre os produtos ou serviços no e‑commerce é muito importante para atrair leads para o seu site B2B. Existem muitos assuntos dos quais podem ser comentados, por exemplo, histórias de sucesso de sua empresa, lançamentos de novos produtos, ações sociaisem que a empresa atua e muito mais. Ou seja, esses assuntos irão atrair o consumidor a permanecer por maior tempo no seu site. • Fazer link building: outra forma de atrair visitantes no site do e‑commerce B2B da sua empresa pode ser produzir textos para blogs de empresas parceiras. Esses textos deverão ter links para o seu site ou para outras páginas do seu blog. • Adaptar‑se ao mobile: tendo em vista que os dispositivos móveis estão cada vez mais presentes na vida das pessoas, não se pode ignorar essa questão. Todas essas questões têm que ser pensadas quando se cria uma loja virtual, porque o social commerce é muito importante para a coleta de dados sobre o que está acontecendo no mercado de atuação. 153 COMÉRCIO ELETRÔNICO 8.2 Social commerce Figura 37 – Social commerce O social commerce, como o próprio nome diz – social, de sociedade ou de rede social, e commerce, de comércio –, por definição, é o comércio que envolve relacionamentos e acontece por influência das pessoas. Com o desenvolvimento da tecnologia, plataformas e o comércio eletrônico, as redes sociais têm contribuído muito para ampliar a atividade comercial na internet. Esse tipo de comércio já existe há muito tempo, desde os tempos mais remotos, bem como as redes sociais, só que sem tecnologia. Empresas como Avon, Natura, Tupperware e Amway já praticavam esse tipo de venda há décadas, utilizando redes sociais de seus colaboradores como canal de comercialização. Entretanto, as redes eram limitadas no tempo e no espaço, bem como a logística física para deslocar pessoas era diferente. Nesse sentido, as TICs aceleraram o social commerce por meio das redes sociais digitais on‑line. Desta maneira, as redes sociais no comércio se tornaram uma estratégia de marketing extremamente vantajosa. Assim, no contexto digital, podemos definir o comércio social (s‑commerce) como um subconjunto do comércio eletrônico (e‑commerce) que emprega ferramentas colaborativas de redes sociais para auxiliar na compra e venda on‑line. Em outras palavras, se o e‑commerce é a compra e venda on‑line, o s‑commerce é a compra e venda on‑line com milhões de pessoas ajudando no processo (GABRIEL, 2010, p. 319). Esse conceito é bem utilizado hoje em dia e algumas pessoas são influenciadas pelas compras que outros realizam e são estimulados pelas referências de pessoas conhecidas e que fazem parte de sua rede social. É uma forma de identificação com aquele grupo social. As pessoas são influenciadas e direcionadas também por comentários deixados no site por pessoas que compraram em uma determinada loja. É interessante observar que, quando isso se expande para o universo digital, pode ser considerado um fenômeno novo e muito interessante, principalmente se lembrarmos que hoje há, no mundo, aproximadamente um bilhão de pessoas nas redes sociais (TURCHI, 2012, p. 57). 154 Unidade IV É claro que as redes sociais ampliaram as possibilidades de troca de informações e influências entre as pessoas que fazem parte da rede. As pessoas, normalmente, falam sobre seus interesses e as marcas dos produtos ou serviços fazem parte do seu dia a dia. Elas interagem nas redes sociais no sentido de tirar dúvidas, conhecer ou fazer questionamentos com outros usuários e, para isso, usam as opiniões de outras pessoas, conhecidas ou não. Segundo a pesquisa Social Media Trends 2018, a participação das empresas nas redes sociais é expressiva, sendo que 94,4% afirmam estar presentes e somente 5,6% não estão presentes nas redes sociais (VIANNA, 2017). Os motivos que levam as empresas a usarem as redes sociais, mais especificamente a criar um perfil, são: Tabela 27 85,3% A visibilidade 64,8% Interação com o público 13,6% O fato de a concorrência estar presente nesse meio Fonte: Vianna (2017). A visibilidade é o que mais motiva as empresas a estarem presentes nas redes sociais, pois, na perspectiva do marketing, a marca será reconhecida e, consequentemente, poderá levar o consumidor a efetivar uma compra. A importância da interação com o público é algo que as empresas já se deram conta. O consumidor hoje em dia quer ser atendido em qualquer meio, não importa se é pela internet, se é com vendedor ou pelo telefone, ainda mais quando lidamos com o público mais jovem, que está constantemente conectado. É um público totalmente “antenado”, além de querer ser atendido rápido. Pelas redes sociais isso se torna possível. É claro que existe uma preocupação também com o concorrente, porém não é o que mais aflige ou preocupa as empresas. Entretanto, quando uma organização percebe que seu concorrente está sendo mencionado pelas redes sociais, já procura interagir também com seu consumidor via rede social. Entre as redes sociais mais visitadas, estão, em primeiro lugar, o Facebook, em segundo lugar o Instagram, depois o YouTube. Seguidos pelo Twitter, LinkedIn, Google+ e outras redes menos visitadas. Pode‑se dizer que o social commerce é uma estratégia de marketing que conecta consumidores a consumidores, com objetivos de aumentar as relações comerciais. É um meio que não tem como principal propósito apenas falar sobre os produtos ou marcas, mas incentivar as pessoas a comprarem por meio do canal social. 155 COMÉRCIO ELETRÔNICO Figura 38 Social commerce é algo sem fim, pois todos ficam conectados a todos. Para o bem ou para o mal. Se alguém falar bem da sua empresa, está perfeito, porém se os comentários forem negativos você vai precisar correr atrás e resolver o problema antes que o boca a boca espalhe as críticas. Segundo Marta Gabriel (2010), as estratégias do social commerce podem envolver ações dentro ou fora do site de e‑commerce. Alguns exemplos estratégicos para aumentar o s‑commerce: • Programas de recomendação (quando se compra algum produto e o site recomenda produtos relacionados que outros consumidores compraram). • Sistema de reviews/avaliações/recomendações feitas pelos consumidores. Neste caso, você pode ter programas para solicitar a um consumidor que faça uma recomendação de um produto já usado. Normalmente, para essas pessoas são oferecidos brindes ou descontos em novas compras. No entanto, é preciso tomar cuidado para que o consumidor não pense que é um argumento de marketing. • Sistemas participativos dentro do site de e‑commerce que envolvam o consumidor a colaborar. Pode haver links com as redes sociais para compartilhar com os amigos, por exemplo. O que se pode dizer é que as redes sociais são um meio que já está sendo explorado pelo marketing com objetivos de maior obtenção de lucros para a empresa. O interessante é que cada vez mais pessoas, antes de efetuar uma compra, procuram informações nas redes sociais. Elas descobriram que a internet pode trazer economia de tempo, pois não precisam sair de casa para o compartilhamento da informação, troca de experiências, redução de riscos em uma compra inadequada, soluções baseadas em interesses comuns, ou seja, existe a questão do pertencimento a um determinado grupo. As pessoas aprenderam também que em grupo é mais fácil barganhar preços e adquirir benefícios no ato da compra, além da proximidade com a marca e os fabricantes. 156 Unidade IV [...] pesquisa realizada pela empresa Nielsen sobre quais formas de propaganda as pessoas confiam, 90% alegam “recomendações de amigos”, 70% citam “opinião de outros consumidores on‑line”, 69% dizem site da marca e também com 69% notícias na imprensa, seguido por patrocinadores da marca, com 63% e propaganda na TV com 61% (TURCHI, 2012, p. 58). Como esses números nos mostram, as mídias sociais estão cada vez mais presentes na vida das pessoas. Outra tendência é o denominado video hauling, que começou nos Estados Unidos. É um formato de comunicação por meio de um vídeo produzido pelos próprios consumidores. A pessoa compra um produto e depois se filma utilizando o produto e falando sobre todas as qualidades ou defeitos, a loja, o atendimento, enfim, sobre tudo o que envolve aquele objeto. Os produtospodem ser roupas, maquiagens, acessórios, algo que esteja na moda, ou seja, qualquer produto. Esse fenômeno é mais difundido entre o público mais jovem. A mais famosa nesse ramo é a Blair Fowler. Ela pedia dinheiro ao seu pai para ir à loja Forever 21, onde comprava um produto. Chegava em casa, vestia‑se com o produto comprado e falava dele (defeitos, qualidades e dicas que ela achava interessante). Um dia a loja entrou em contato com ela para trabalhar fazendo video hauling, ou seja, iria fazer o que já fazia, porém só aceitou fazer o trabalho se pudesse falar bem ou mal do produto. A marca aceitou e hoje cada vídeo que ela produz tem milhares de acessos, e ela se tornou a pessoa mais famosa a fazer esse tipo de vídeo. Foi ela que abriu caminho para muitas outras pessoas fazerem o mesmo trabalho nas redes sociais. 8.2.1 Alguns tipos de social commerce Redes sociais Como já mencionado anteriormente, as empresas utilizam redes sociais como Facebook, Twitter, Google+, LinkedIn e Pinterest para impulsionar suas vendas. O Facebook também permite que seja adicionada a funcionalidade de loja na página da internet. YouTubers Outro exemplo de social commerce são os YouTubers, que são pessoas que fazem demonstrações de produtos, como roupas, calçados, utensílios domésticos, comidas, entre outros e, com o testemunho sobre a qualidade deles, conseguem fazer com que empresas aumentem suas vendas e, consequentemente, seu faturamento. Saiba mais Para você que gosta do assunto, visite o endereço a seguir. Ali estão várias informações sobre esse mundo dos YouTubers, como os canais mais visitados: <https://socialblade.com/>. 157 COMÉRCIO ELETRÔNICO Tabela 28 – Os seis principais YouTubers do Brasil Nome do canal Uploads Inscritos Visualizações de vídeo Canal KondZilla 636 27.814.436 13.677.409.800 Whinderssonnunes 333 27.052.869 2.193.349.811 Felipe Neto 941 19.218.752 2.863.305.938 CanalCanalha 178 15.650.873 1.054.449.565 Rezendeevil 5.695 15.331.640 5.539.715.816 Porta dos Fundos 812 13.976.534 3.752.379.795 Fonte: Socialblade (2018). Os números apresentados mudam constantemente. Esses YouTubers estão fazendo sucesso e ganhando dinheiro com apresentações em shows, com propagandas de marcas conhecidas, entre outras ações. Atualmente existem empresas interessadas nessas celebridades, porque muitas vezes são personalidades mais importantes do que alguns artistas das mídias tradicionais, como televisão ou cinema. Compras coletivas As compras coletivas também fazem bastante sucesso no mundo das mídias sociais e aconteciam pela união de várias pessoas interessadas em adquirir um produto ou serviço através de sites, como o Groupon, uma empresa americana, ou Peixe Urbano, empresa nacional. Eles compõem outra forma de social commerce. Nesses grupos de compras, são ofertados um número de tickets a serem vendidos e pessoas dos mais diversos lugares podem adquirir os produtos. Já existiram mais de 1.000 sites nesses moldes, mas o modelo entrou em crise e precisou se reformular. Atualmente esse modelo tenta se reinventar. Caixa de recomendações e opiniões Denominado barras de recomendações, são grandes influenciadores de compras porque mostram opiniões de pessoas que já utilizaram o produto e voltaram para dizer se cumprem mesmo o que prometem ou se deixam a desejar. Funciona como uma rede social em que as pessoas são influenciadas pela opinião de outro consumidor, um usuário do produto, que é de grande valia. Compras colaborativas Sites como o Kickante podem servir de exemplos para esse módulo. É um site colaborativo, no qual os projetos são apresentados para que haja compartilhamento financeiro na produção. Hoje também já existem aplicativos para serem baixados no celular, por exemplo, o The Voucher, que permite visualizar as promoções e comprar o que mais interessa ao consumidor. 158 Unidade IV Fóruns e chats Essa modalidade talvez seja uma das mais antigas como meios de divulgação coletiva. São aqueles sites que abrem fóruns ou chats para que os consumidores possam trocar experiências e ajudar uns aos outros. É uma modalidade que ajuda as pessoas a trocarem suas experiências. As empresas, em certa medida, já descobriram que as redes sociais são um local no qual é possível se comunicar diretamente com o consumidor, aumentar o conhecimento sobre ele, bem como criar condições para monitorar os resultados dos impactos das ações da organização. As redes sociais se tornaram uma plataforma de interação e até de tendências de interesse de compras do consumidor. Como nas mídias tradicionais, as ações têm que ser estudadas e planejadas para atingir um determinado público, senão será só mais um meio de comunicação. Como já foi mencionado outras vezes, as pessoas estão cada vez mais conectadas. Praticamente a metade dos brasileiros, 48%, usa internet. O percentual de pessoas que a utilizam todos dos dias cresceu de 26% em 2014 para 37% em 2015. O hábito de uso da internet também é mais intenso do que o obtido anteriormente. Os usuários das novas mídias ficam conectados, em média, 4h59 por dia durante a semana e 4h24 nos fins de semana – na PBM 2014, os números eram 3h39 e 3h43 –, valores superiores aos obtidos pela televisão (BRASIL, 2014). Os profissionais de marketing, cada vez mais, têm que efetuar ações voltadas para esse mercado consumidor que está conectado quase cinco horas por dia. O social commerce é algo já consagrado nesse mundo virtual, não é apenas uma moda, mas algo que veio para ficar efetivamente, inclusive quando se fala de tecnologia móvel, mobile commerce e mobile payment. 8.3 Cenário da tecnologia móvel A tecnologia móvel foi um meio de informação e comunicação que se propagou como nenhum outro na história das mídias. Os primeiros aparelhos de celular surgiram na década de 1980; em 1992, esses aparelhos começaram a ser substituídos pelas redes digitais e em 1997 nasceu a tecnologia GSM (Global System for Mobile Communication), que tornou a comunicação mais rápida e melhor. Nesse período, a aquisição dessa tecnologia era percentualmente maior entre as classes privilegiadas financeiramente em virtude de seu preço. Nos anos 2000, os telefones celulares entraram na terceira geração, ou 3G (Sistema Celular de Terceira Geração), ampliando suas funções. A comunicação se tornou mais rápida com a tecnologia 3G, surgiu uma variedade enorme de equipamentos, os aparelhos tornaram‑se mais baratos no Brasil. Tudo isso fez com que essa tecnologia fosse adquirida por grande parte da população. Em 2010, mais de um terço dos brasileiros utilizavam o telefone celular de modo exclusivo, dispensando até o uso da telefonia fixa. Os celulares podem ser utilizados para realizar várias atividades, fazer fotos ou vídeos, pagar contas, fazer compras, mandar mensagens, assistir TV, ouvir músicas, acessar a web e redes sociais, enviar e receber mensagens de texto ou de imagens, “baixar” livros, enfim, o aparelho é utilizado para uma 159 COMÉRCIO ELETRÔNICO infinidade de atividades. O que menos se faz são ligações. Para algumas pessoas, ainda, os celulares servem até para substituir a própria memória, pois armazenam todos os tipos de informações, que vão de uma simples data de aniversário a agendas com os horários de reuniões. As crianças recebem seu primeiro celular cada vez mais cedo e estão lidando com a tecnologia na mais tenra idade, muitas vezes, aprendendo sozinhas a utilizá‑lo mesmo antes de serem alfabetizadas. Em pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil – CGI (BARBOSA, 2012), dos entrevistados, 59% de crianças na faixa etária entre 10 e 15 anos já possuem seu próprio celular. Esses números vêm se alterando, ano a ano, de modo que, se essa tendência permanecer, em breve, o primeiro presente dado a uma criança será um celular. Todas essas atividades têm sido praticadas com muito mais facilidade, já que os celulares são ofertados às crianças desde muito cedo, o acesso a redes sociais está disponívela todos, sem necessidade de se pagarem planos extras. 8.3.1 Algumas características da tecnologia móvel Mobilidade O celular está com a pessoa o tempo todo, 24 por dia, sete dias por semana. No contexto de marketing, isso permite o envio de mensagens mais personalizadas. Geolocalização (GPS) Esse aplicativo permite saber qual é a localização exata do consumidor, o que pode impactar nas ações baseadas em local e trajeto. Convergência das mídias Os profissionais de marketing têm a possibilidade de desenvolver ações em diferentes mídias. Hoje já é normal vídeos tanto nos sites como nas redes sociais, que são possíveis serem acessados pelos consumidores, por exemplo. Transmídia (crossmedia) Por meio de mensagens recebidas pelo WhatsApp, por exemplo, o consumidor pode ir para outras plataformas, tanto no celular como para outras mídias, como jornal, revista, rádio ou TV. Ou seja, a comunicação atravessa de uma mídia para outra. Interatividade Os celulares permitem a interação, que pode acontecer por voz, imagem ou texto. As pessoas fazem um vídeo sobre determinado fato e logo postam nas redes sociais, algo que não era possível em nenhuma mídia anterior. 160 Unidade IV Internet das Coisas – Internet of Things (IoT) O avanço de objetos denominados inteligentes, com capacidade de sensoriamento, processamento e comunicação, fez surgir o que vem sendo caracterizado como a internet das coisas. Esse fato tem levantado expectativas tanto da área acadêmica como da empresarial, devido ao seu potencial de uso nas mais diversas áreas das atividades humanas. A internet das coisas pode ser considerada uma extensão da internet atual, que proporciona a todos os objetos de nosso cotidiano (quaisquer que sejam), porém com capacidade computacional e de comunicação, conectarem‑se à internet. A conexão com a rede mundial de computadores viabilizará, primeiro, controlar remotamente os objetos e, segundo, permitir que os próprios objetos sejam acessados como provedores de serviços. Esse novo formato e habilidades que se apresentam aos objetos comuns irão gerar várias oportunidades. Porém, essas possibilidades ainda apresentam amplos desafios tanto técnicos como sociais para os estudiosos das áreas, tendo em vista que alguns pontos estão em desenvolvimento ou desconhecidos. Segundo a International Data Corporation – IDC (EXPLOSIVE..., 2015), a internet das coisas, (IoT, abreviatura do inglês Internet of Things), seria uma revolução tecnológica inserida no mercado mundial, cujo mercado deve atingir 1,7 trilhão de dólares em 2020. A IoT irá gerar impacto principalmente nas áreas da indústria eletrônica, de consumo e de saúde e em relação a como será o consumo da informação pela sociedade. Como já mencionado, essa tecnologia permitirá à informação estar disponível em qualquer lugar, a qualquer momento, em qualquer situação, de forma integrada às atividades do dia a dia, em formatos como relógio, pulseira ou óculos, consideradas tecnologias wearables, ou seja, tecnologias vestíveis. Wearables Nos últimos anos, surgiram no mercado diversos produtos vestíveis, ou seja, aqueles que propõem uma integração cada vez maior da tecnologia ao ser humano. Alguns exemplos dessa tecnologia que estão fazendo parte do nosso cotidiano: • Mobii: protótipo que está sendo desenvolvido pela Ford e pela Intel, pretende reinventar o interior dos automóveis. Ao entrar em um carro, uma câmera vai fazer o reconhecimento do rosto do motorista, com objetivos de oferecer informações sobre seu cotidiano, recomendar músicas ou receber orientações para acionar o GPS. Caso não reconheça a pessoa, o sistema tira uma foto do indivíduo que está no carro e manda as informações para o celular do dono, o que pode evitar futuros furtos. • Google Glass (GG): são os óculos de realidade aumentada do Google. Permitem fazer ligações, gravar vídeos, mostrar dados de GPS e tirar fotos em um piscar de olhos (literalmente) e também podem ser usados em cirurgias médicas. 161 COMÉRCIO ELETRÔNICO • Elevadores: uma parceria da fabricante de elevadores Thyssenkrupp com a Microsoft desenvolveu um sistema inteligente e on‑line para monitorar os elevadores através de call centers e técnicos. O software funciona em grandes redes de computadores de mesa e portais, além de rodar em um app para tablets com Windows. O objetivo do programa é prestar assistência em tempo real e evitar acidentes com manutenções preventivas nos elevadores da marca. • Atheer One: óculos de realidade aumentada que prometem ainda mais interação com o usuário, sendo possível compartilhar entre várias pessoas, em tempo real, a mesma imagem virtual. • Rusty Wired Serie: agasalho com fones de ouvido acoplados aos cordões da roupa, com tecnologia wearable. • Skully Helmet: é o primeiro capacete de moto wearable com realidade aumentada. • Hi Call: é uma luva com bluetooth que permite à pessoa atender a ligações na ponta do dedo. • OMsignal: é um tecido wearable biossensível que rastreará em tempo real dados sobre a saúde, como pressão arterial e calorias gastas. Diversos microssensores farão a leitura desses dados, e tudo será transferido para o seu celular em tempo real. • Nymi: é uma pulseira que trará todos os seus dados pessoais de saúde, senhas de gadgets, senhas de cartões de crédito, pins de segurança etc. Com a pulseira, será possível fazer compras e acessar o computador. O sistema só é ativado quando colocado no pulso do próprio dono. • USB Cufflinks: é uma abotoadura para camisas que serve também como pen drive com capacidade de 4 GB. • Nike + FuelBand: rastreia dados de atividade física via bracelete digital. Tem iluminação em LED que indica o progresso das atividades através de cores. Com o FuelBand, é possível definir seus objetivos de exercícios, acompanhar o progresso e compartilhar seus resultados nas redes sociais via celular. • Nike Hyperdunk: tênis com tecnologia wearable. Indicado para a prática do basquete, com ele é possível ter total controle da velocidade, impacto em peso no momento do pulo além de todas as informações de performance da partida para aumentar o rendimento do atleta. • Camiseta detectora de Wi‑Fi: detecta qualquer sinal de Wi‑Fi disponível e mostra a qualidade do sinal em um display no meio da camiseta. • TH2O: é um relógio que promete ser um aliado à saúde, rastreando a quantidade de água no seu organismo e emitindo avisos para a pessoa não se esquecer de tomar água. Estamos vivendo uma conexão constante e somos monitorados o tempo inteiro, são muitos os objetos conectados, como geladeiras, óculos, elevadores ou carros. Assim vêm surgindo empresas que 162 Unidade IV estão pensando em toda essa usabilidade e como unificar a internet das coisas. Estão inseridas as empresas Dell, Intel e Samsung, por exemplo, que se uniram para padronizar as conexões, em um grupo chamado Open Interconnect Consortium (OIC). Todas juntas querem criar um protocolo comum para garantir o bom funcionamento da conexão entre os mais variados dispositivos. Wi‑Fi, Bluetooth e NFC serão recursos desenvolvidos pela organização. Faz parte do consórcio também a Atmel, empresa de microcontroladores; a Broadcom, de soluções de comunicação com e sem fio; e Wind River, de software e tecnologia embarcada. A tecnologia da internet das coisas também pode ser aplicada aos sistemas urbanos em questões de grandezas físicas, como temperatura, pressão e umidade, e também está sendo aplicada para captura de faces, íris e digitais das pessoas, localização de um veículo numa malha viária, localização de indivíduos numa multidão etc. Com a internet das coisas, já é possível elaborar soluções para a integração de veículos “inteligentes”, capazes de interagir entre si para compartilhar informações de acidentes ou congestionamentos; o monitoramento ambiental, visando ao monitoramento da qualidade do ar, praias ou rios e à previsão de catástrofes; e a automação de prédios, permitindo, assim, a concepção de ambientesinteligentes. Algumas aplicações no âmbito de transportes urbanos inteligentes que utilizam a internet das coisas como base vêm surgindo a cada dia. O serviço de assistência aos motoristas, para a detecção colaborativa de colisões, visa informar a um maior número de veículos nas proximidades a ocorrência de uma colisão (AQUINO, 2015, p. 10). Por outro lado, com toda essa tecnologia das coisas, a segurança e a privacidade passam a ser as principais preocupações das pessoas: tudo conectado, tudo acessível, tudo podendo ser observado. O que isso pode significar? Você já parou para pensar sobre isso? Parece que a internet das coisas e o avanço tecnológico traz conceitos bem demarcados pela expressão “faca de dois gumes”, ou seja, o resultado pode ser o esperado, mas também pode ser o oposto disso. Se, por um lado, há um fator bastante positivo com relação à produção da velocidade da informação e da comunicação, pois elas podem ser levadas, traduzidas e analisadas, por outro isso também pode servir de vigilância e controle de uma pessoa e até de uma sociedade, como se fosse um grande Big Brother, como no livro 1984, de George Orwell. Todos sendo vigiados 24 horas por dia. Essas questões vão refletir no comércio eletrônico, pois os profissionais de marketing que atuam nesse meio em plena expansão estão desenvolvendo várias estratégias, como mobile commerce, para atingir maior número de consumidores com objetivos de vender e adquirir maiores lucros para as empresas conectadas ao mundo digital. 163 COMÉRCIO ELETRÔNICO 8.4 Mobile commerce e mobile payment Figura 39 – Pagamento móvel O mobile commerce se refere efetivamente a compras realizadas pelos aparelhos móveis, mais especificamente por meio dos celulares. Ou seja, é algo que está muito presente nos dias atuais, pois as pessoas os carregam para todos os lugares. São as compras nas palmas das mãos. E mobile payment é o uso do celular para pagamento ou acesso a serviços financeiros. Uma das características importantes dos dispositivos móveis é que, diferentemente de todas as outras mídias (jornal, cinema, rádio, TV e internet), como todos sabem, é um meio de comunicação pessoal com acesso à internet, e ainda se interliga com todas as outras mídias, que é a chamada convergência das mídias. Segundo pesquisa realizada pelas empresas Mobile Time e Opinion Box, o brasileiro está se entretendo cada vez mais através do seu smartphone e está pagando por isso. Em apenas seis meses do ano de 2017, subiu de 24% para 32% a proporção de internautas brasileiros que assinam algum serviço pago de entretenimento cujo acesso ao conteúdo é feito predominantemente por meio do smartphone (PANORAMA DIGITAL, 2017). Os líderes de assinaturas continuam sendo Netflix e Spotify, seguidos por Deezer/TIMmusic e Globo Play. Ou seja, as pessoas pagam para ver filmes/séries e também para ouvir música. Ainda segundo a mesma pesquisa, em que foram entrevistados 1.426 brasileiros que acessam a internet e possuem smartphone, 75% dos brasileiros que compram produtos físicos pelo celular afirmam que atualmente compram mais do que o faziam seis meses atrás (PANORAMA DIGITAL, 2017). A navegação gratuita é um ponto bastante positivo para 81% dos compradores móveis brasileiros na hora de escolher o app/site móvel em que farão suas compras. Em um período de um ano, o Brasil registrou um salto de um ano para cá no uso de dois serviços on‑line to off‑line (O2O) pelo celular: solicitação de corrida de táxi/automóvel particular e delivery de comida. Entre março de 2016 e março de 2017, subiu de 37% para 58% a proporção de internautas 164 Unidade IV brasileiros com smartphone que já pediram um táxi ou um carro privado para se deslocar em sua cidade. No mesmo intervalo, cresceu de 38% para 47% a proporção daqueles que já solicitaram a entrega de uma refeição através de app ou site móvel (PANORAMA DIGITAL, 2017). A explicação para esses dois saltos está em uma série de fatores, dentre os quais se destacam: com o smartphone é possível baixar uma série de aplicativos, como também o investimento em mídia de massa por parte dos players desses dois segmentos, além da própria crise econômica no Brasil, que fez com que a frota de carros em Uber aumentasse. O Uber tem um formato de trabalho diferente de um taxi comum, com pouco tempo de espera e mais barato que um taxi comum. No caso de delivery de comida, muitas pessoas estão criando o hábito de não cozinhar, por falta de tempo ou uma série de outras coisas, ou seja, preferem fazer um pedido de comida em casa ou no escritório. O mercado de apps de táxi/carro particular continua sendo altamente competitivo, com inúmeros players disputando espaço. Nos últimos 12 meses, surgiram várias start‑ups regionais buscando se diferenciar através da segmentação do público, como a FemiTaxi e a Venuxx, que permitem somente motoristas e passageiras mulheres. Surgiram também os primeiros apps de táxi criados por governos: TáxiGov, do governo federal, para os funcionários públicos, e o Táxi Rio, da prefeitura do Rio de Janeiro para todos os moradores da cidade. Essa diversidade e a intensa competição fez aparecer até um app que compara os preços dos principais serviços em tempo real, o VAH. Apesar da fragmentação, a liderança incontestável nesse mercado permanece com um único player, o Uber. Ele é o preferido de 86% dos usuários, mantendo o patamar de seis meses atrás. (PANORAMA DIGITAL, 2017, p. 5). Observação O que é uma empresa start‑up? Normalmente são jovens que buscam a inovação em qualquer área ou ramo de atividade, procurando desenvolver um modelo de negócio escalável e que seja repetível, ou seja, copiando o mesmo modelo econômico e apenas utilizando o conceito de inovação, a empresa irá procurar atingir maior número de clientes e consequentemente gerar maior lucro em pouco tempo, sem aumentar os custos da empresa. Tanto o segmento de delivery de comida como a venda de ingressos no site Ingresso.com são líderes de mercado. Atualmente, os consumidores compram os ingressos pelo celular, mais especificamente pelo smartphone, segmento este que já lidera o mercado há mais de dois anos, desde que começou a ser acompanhado pela pesquisa. Outro aplicativo que aparece nesse campo é a rede de cinemas Cinemark, com 9% dos usuários. Outra utilização muito frequente das pessoas com os dispositivos móveis são as atividades financeiras. 165 COMÉRCIO ELETRÔNICO 8.4.1 Mobile payment Figura 40 Como já foi mencionado anteriormente, o mobile payment são os pagamentos feitos por meio da tecnologia móvel. Com o grande crescimento da tecnologia móvel, ficou muito mais fácil fazer vários pagamentos via celular. No Uber, por exemplo, a pessoa contrata o serviço pelo smartphone, chama o carro que preferir, com os opcionais que necessitar, onde estiver, e o pagamento pode ser feito via carteira eletrônica, como o PayPal, sem que lhe seja pedido nem mesmo um login ou uma senha. Hoje em dia é possível abastecer o carro em um posto de combustíveis sem nem sair do veículo, o que proporciona facilidade e segurança. Em um shopping, para pagar o estacionamento, por exemplo: com um app no smartphone, é possível debitar o valor em conta‑corrente e receber um código de barras na tela do celular para liberar o carro na cancela. Também é possível fazer uma compra on‑line em um supermercado ou loja virtual em duas ou três telas pelo celular, com o produto sendo entregue em casa. Pode‑se fazer qualquer tipo de pagamento de uma conta apenas baixando o aplicativo do banco com o qual o consumidor trabalha. Segundo Paula Paschoal (2018), o setor que mais cresce nesse mercado é o de moda, que já ostenta índices de mais de 60% de suas vendas provenientes de compras on‑line realizadas por equipamentos móveis. Isso tudo já usamos no nosso dia a dia e muitas outras coisas ainda estão por vir das empresas de tecnologia e logística avançada nos próximos meses e anos. Tudo isso só é possível porque vários estudosestão acontecendo nessa área já faz algum tempo, pois as empresas estão preocupadas em obter maiores lucros e oferecer melhores condições, principalmente com relação à segurança de seus clientes. Outra ferramenta que está para ser lançada para as empresas é o WhatsApp Business. Segundo Paiva (2017), o WhatsApp lançou o WhatsApp Business (Android), seu aplicativo para pequenas empresas, em cinco países no início do ano: EUA, Indonésia, Itália, México e Reino Unido. Disse que o Brasil e o resto do mundo teriam acesso à novidade em breve. O aplicativo permite que pequenas empresas tenham uma presença oficial dentro do serviço de mensagens para se comunicar com os seus clientes. Sua utilização será gratuita. Os perfis criados a partir do WhatsApp Business são identificados por um ícone especial cinza dentro do aplicativo, para que os consumidores os reconheçam como comerciais. Haverá um processo de confirmação do telefone associado a cada conta. Depois de confirmadas, as contas ganham um “tique” dentro do ícone. 166 Unidade IV Através do novo aplicativo, a empresa pode construir um perfil próprio com informações básicas da empresa, tais como: horário de funcionamento, endereço, página de Facebook, entre outros. Se o usuário preferir, também será possível controlar o perfil através da web, programar respostas prontas para situações recorrentes, como saudação ou alerta de ausência. O app também fornecerá estatísticas de uso. Nesse aplicativo também será possível o consumidor bloquear contatos que julgue impertinentes, inclusive aqueles de perfis comerciais. O WhatsApp tem uma vantagem enorme de mercado, pois possui basicamente 1,3 bilhão de usuários no mundo, sendo praticamente uma unanimidade em alguns mercados, como o Brasil, onde 95% dos usuários de smartphone têm o app instalado e 97% deles o abrem todos os dias ou quase todo dia. Ou seja, para o mobile commerce, é mais uma ferramenta que pode ser usada pelos profissionais de marketing. Vale lembrar que os dispositivos móveis estão sendo companheiros indispensáveis das pessoas, estão sendo utilizados para: Tabela 29 – Uso dos dispositivos móveis em comércio 53% Comparar preços 52% Pesquisar informações de produtos 44% Buscar cupons ou promoções 42% Tomar decisões de compras melhores 41% Tornar a ida às compras mais rápida ou eficiente 38% Comprar produtos Adaptado de: Nielsen (2016b). Tabela 30 – Serviços bancários via telefonia móvel 47% Acesso às informações da conta 42% Pagamentos de contas 36% Transferência de valores entre contas bancárias Adaptado de: Nielsen (2016b). O uso de serviços bancários via celular é mais popular em países em desenvolvimento, com grande parte da população sem conta bancária: Tabela 31 – Países com mais altas taxas de uso de serviços bancários via dispositivos móveis 46% Índia 37% Indonésia 34% México 34% Turquia Adaptado de: Nielsen (2016b). 167 COMÉRCIO ELETRÔNICO Em relação a pagamentos, 52% dos entrevistados responderam que se melhorassem as condições de segurança poderiam aumentar as atividades pelos celulares; 44% responderam que utilizariam mais o serviço se pudessem fazer pagamentos mais rápido em comparação aos métodos tradicionais; e 36% acreditam que deveriam ter incentivos ou recompensas por lealdade, que só deveriam estar disponíveis para usuários de dispositivos móveis (NIELSEN, 2016a). As instituições financeiras têm observado o potencial que esses dispositivos possuem como um meio que pode ser agregado ao comportamento de seu consumidor. Ainda segundo a pesquisa da Nielsen (2016a), os brasileiros valorizam algumas características e funcionalidades específicas: Tabela 32 40% Reconhecimento facial nos apps 36% Reconhecimento de voz nos apps 33% Vinculação com redes sociais para comunicar‑se com o banco 33% A capacidade de transferir dinheiro para outras contas e pessoas 28% A habilidade de aplicar em novos serviços e produtos Fonte: Nielsen (2016a). Saiba mais As informações da pesquisa podem ser encontradas em: NIELSEN. Atividades bancárias pelo dispositivo móvel estão crescendo entre os brasileiros. São Paulo, 2016a. Disponível em: <http://www. nielsen.com/br/pt/press‑room/2016/Atividades‑bancarias‑pelo‑dispositivo ‑movel‑estao‑crescendo‑entre‑os‑brasileiros.html>. Acesso em: 13 mar. 2018. ___. Pesquisa Nielsen sobre Pagamentos, Serviços Bancários e Compras via Celula. São Paulo, 2016b. Disponível em: <http://www.nielsen.com/content/ dam/corporate/Brasil/reports/2016/EstudoGlobal_DinheiroM%C3%B3vel_ PT.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2018. O que podemos concluir é que muita coisa ainda está por vir com toda essa tecnologia, muitas mudanças, novos formatos das profissões. Por isso, as pessoas necessitam desenvolver habilidades que anteriormente nem se conheciam. Crianças, desde muito cedo, já sabem lidar com a tecnologia, mesmo antes de serem alfabetizadas. As pessoas quase não escrevem mais com papel e lápis. Elas estão perdendo o hábito de escrever à mão. Pouca gente compra um jornal hoje em dia. Pessoas que tinham suas profissões bem definidas, hoje estão sendo extintas. 168 Unidade IV Os millennials, pessoas da chamada geração Y, ou seja, que nasceram entre os anos de 1980 e 1990, são os pioneiros quando o assunto são compras, serviços bancários e pagamentos via dispositivos móveis. São pessoas que trabalham e jogam ao mesmo tempo. Se houver um banco que opera exclusivamente via celular, a probabilidade de que eles sejam os primeiros a usar é alta, diferentemente de outras gerações, como os denominados baby boomers (pessoas nascidas entre 1946 e 1964) e da geração silenciosa (pessoas nascidas entre 1925 e 1942). Onde iremos parar? E você, caro aluno, como está sua profissão? O que você precisa fazer de novo para permanecer empregado? Saiba mais Alguns filmes que podem propiciar uma inter‑relação com os conteúdos da unidade. EM BOA companhia. Dir. Paul Weitz. EUA: Universal Pictures, 2004. 109 minutos. ENQUANTO somos jovens. Dir. Noah Baumbach. EUA: IAC Films, 2014. 97 minutos. HOMENS, mulheres e filhos. Dir. Jason Reitman. EUA: Paramount Pictures, 2014. 119 minutos. UM SENHOR estagiário. Dir. Nancy Meyers. EUA: Waverly Films, 2015. 121 minutos. Resumo Nesta unidade falamos sobre e‑commerce e as pequenas empresas, tendo em vista que as pesquisas mostram que o micro e pequeno empresário, no Brasil, é de grande valia em termos de PIB e de empregabilidade. Nesse sentido, a tecnologia pode ajudar e muito o desenvolvimento do setor no País. O problema em si está no conhecimento dos recursos que estão disponíveis para serem usados pelo empreendedor. Depois estudamos sobre o comércio eletrônico e os atacadistas e franquias. Vimos o crescimento do B2B no e‑commerce e as vantagens para o crescimento do setor no Brasil. Também falamos sobre a grande variedade de áreas que são cobertas pelos negócios entre empresas. 169 COMÉRCIO ELETRÔNICO Estudamos o social commerce (s‑commerce), tão importante hoje para a manutenção e crescimento das marcas. As pessoas, de forma geral, são muito influenciadas pelas discussões nas redes sociais sobre produtos, serviços ou marcas. Falamos um pouco sobre as principais e mais procuradas redes sociais. Acentuamos os YouTubers e de que forma estão inseridos no mundo das marcas nos dias atuais. Discutimos sobre o papel desses YouTubers como sendo, muitas vezes, figuras mais significativas do que muitos artistas das grandes mídias, como televisão ou cinema. É claro que muitas empresas já descobriram isso e eles são os novos garotos‑propaganda da atualidade e muitos estão ganhando seus salários dessa maneira. Também falamos sobre outros formatos de compras que são realizados por outras mídias sociais, tais como as compras coletivas, que já fizeram muito sucesso alguns anos atrás e tais empresas vêm tentando se manter e se modernizar em novas estruturas de negócios. Destacamos o modelo de caixa de recomendações e opiniões, este formato é muito parecido como que acontece em fóruns e chats, ou seja, com opiniões e sugestões dadas pelos consumidores. Algumas empresas têm se utilizado deste recurso com o objetivo de aumentar as vendas. Avaliamos, ainda, as tecnologias móveis, as quais estão muito presentes no mundo coorporativo e também colaborando e incentivando, em certa medida, para que as pessoas aumentem a quantidade de compras, tendo em vista que os celulares são dispositivos companheiros de todas as horas da maioria dos seres humanos hoje em dia. Apresentamos todos os recursos tecnológicos e os que estão sendo desenvolvidos, como a internet das coisas, que já atinge todas as áreas de nossa sociedade. Por fim, estudamos o mobile commerce e o mobile payment, muito presentes em nosso cotidiano. Foi apresentada uma pesquisa recente com dados sobre o uso dos dispositivos mobile para essas atividades. O que se pode concluir é que muita coisa pode mudar dentro de poucos anos, o que não se sabe ao certo é onde esse caminho irá chegar. O que se espera é que seja um caminho agradável. 170 Unidade IV Exercícios Questão 1. (Enade 2015, adaptada) A geração dos consumidores hiperconectados costuma saber mais sobre um produto do que os próprios vendedores (porque pesquisa nas redes sociais especializadas), avalia a reputação de uma empresa pelos sites de reclamação e tende a ser completamente indiferente aos apelos emocionais do varejo tradicional e das compras por impulso. Para esses consumidores, Papai Noel é o correio ou o motoboy do delivery. Alguns chegam a ir a uma loja física provar, por exemplo, um sapato, depois escanceiam o código de barras, localizam o item com peço melhor na concorrência e encomendam o produto. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 5 jun. 2020 (adaptado). A tendência retratada no texto pode ser descrita como: A) Proliferação de práticas antiéticas entre consumidores. B) Deterioração dos valores do consumidor. C) Restrição dos direitos do consumidor. D) Demonstração dos efeitos de omnichannel. E) Supressão das lojas físicas. Resposta correta: alternativa D. Análise das alternativas A) Alternativa incorreta. Justificativa: não há nada de antiético em experimentar produtos como sapatos e não comprar. B) Alternativa incorreta. Justificativa: a prática descrita no texto não tem nenhuma relação com escala de valores das pessoas. C) Alternativa incorreta. Justificativa: o texto na verdade dá exemplos de consumidores exercendo seus direitos plenamente. D) Alternativa correta. Justificativa: quando ocorre a integração entre todos os canais de venda adotados por uma empresa (loja, show‑room, telemarketing, quiosques de autoatendimento, e‑commerce etc.), ocorre o 171 COMÉRCIO ELETRÔNICO omnichannel (omni, do latim, tudo, de todos, e channel, de canal, em inglês). Uma tradução aproximada seria “multicanal”. Uma empresa que opere em omnichannel oferece ao cliente a possibilidade de experimentar o produto presencialmente numa loja física e comprar no e‑commerce, e vice‑versa. Pode‑se pesquisar preços via internet, verificar o produto na loja física e comprar por telefone ou em qualquer outro canal de venda, evidenciando a atuação omnichannel da empresa. E) Alternativa incorreta. Justificativa: o texto nem propõe nem incentiva a redução da quantidade de lojas físicas, só aponta mudança de comportamento de alguns consumidores hiperconectados. Questão 2. A WEG S.A. é uma empresa brasileira com sede em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Uma das maiores fabricantes de equipamentos elétricos do mundo, a WEG atua nas áreas de comando e proteção, variação de velocidade, automação de processos industriais, geração e distribuição de energia e tintas e vernizes industriais. Hoje a WEG é uma das maiores multinacionais brasileiras. Produz 50 mil motores elétricos por dia, possui 37 fábricas em 12 países, filiais comerciais em outros 29, distribuidores em mais de 90, comercializa produtos para mais de 135 e conta com uma equipe de 1,4 mil assistentes técnicos nos seis continentes. Motores elétricos como os fabricados pela WEG são produtos business‑to‑business (B2B), pois são comprados por outras empresas para fazer produtos. Por exemplo, aspirador de pó, portão elétrico, ventilador e carro elétrico utilizam motores elétricos como componentes na sua fabricação. Com base na situação descrita anteriormente, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Os motores elétricos da WEG são considerados materiais indiretos. PORQUE II. São produtos com importância indireta na produção, por exemplo, um aspirador, em que o custo do motor elétrico é pequeno comparado com o custo dos demais materiais utilizados na fabricação. Acerca dessas asserções, assinale a alternativa correta. A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As asserções I e II são proposições falsas. Resposta correta: alternativa E. 172 Unidade IV Análise das asserções I – Asserção falsa. Justificativa: dois tipos de material são negociados no B2B: diretos e indiretos, sendo que materiais diretos são os utilizados na fabricação de produtos, como aço em carro. II – Asserção falsa. Justificativa: materiais indiretos são os que dão apoio à produção e não viram produtos, e são chamados também de materiais não produtivos, como material de escritório ou de limpeza. 173 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 1 SMARTPHONE‑2294899_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2017/05/08/09/15/smartphone‑2294899_960_720.jpg>. Acesso em: 5 mar. 2018. Figura 2 YAHOO‑446971_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/09/15/12/59/ yahoo‑446971_960_720.jpg>. Acesso em: 21 fev. 2018. Figura 3 COMPANY‑975971_960_720.PNG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/10/07/10/39/ company‑975971_960_720.png>. Acesso em: 21 fev. 2018. Figura 4 SOCIAL‑1958773_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/01/06/20/19/ social‑1958773_960_720.jpg>. Acesso em: 21 fev. 2018. Figura 5 LOGISTICS‑852937_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/07/20/15/24/ logistics‑852937_960_720.jpg>. Acesso em: 21 fev. 2018. Figura 6 FORKLIFT‑835341_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/07/08/03/13/ forklift‑835341_960_720.jpg>. Acesso em: 21 fev. 2018. Figura 7 AMANDA‑875849_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2015/08/05/08/55/ amanda‑875849_960_720.jpg>. Acesso em: 21 fev. 2018. Figura 8 BINARY‑1536624_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2016/07/23/10/41/ binary‑1536624_960_720.jpg>. Acesso em: 5 Acesso em: 5 mar. 2018. 174 Figura 9 ONLINE‑SALES‑2108028_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2017/03/01/10/03/online‑sales‑2108028_960_720.jpg>. Acesso em: 21 fev. 2018. Figura 10 SHOPPING‑2477511_960_720.PNG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2017/07/06/09/58/shopping‑2477511_960_720.png>. Acesso em: 21 fev. 2018. Figura 11 E‑COMMERCE‑402822_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2014/07/27/09/42/e‑commerce‑402822_960_720.jpg>. Acesso em: 26 mar. 2018. Figura 12 E‑COMMERCE‑1182903_960_720.PNG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2016/02/06/13/31/e‑commerce‑1182903_960_720.png>. Acesso em: 5 mar. 2018. Figura 13 SYSTEM‑571182_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/12/17/08/00/ system‑571182_960_720.jpg>. Acesso em: 5 mar. 2018. Figura 14 SMARTPHONE‑1445489_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2016/06/09/10/00/smartphone‑1445489_960_720.jpg>. Acesso em: 5 mar. 2018. Figura 15 HANDSHAKE‑3139227_960_720.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/ photo/2018/02/08/11/23/handshake‑3139227_960_720.jpg>.
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