Buscar

Resumo Unificado TGDP I- Monitoria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resumo Monitoria Final TGDP 1 
Monitoras: Fernanda M. e Giuliana Rezende 
Pessoa Jurídica 
O desenvolvimento econômico dos povos demonstrou a necessidade de o 
homem formar grupos para atingir suas metas. Inicialmente, os pequenos 
grupos confundiam-se com as famílias, mas, com o tempo, eles tornaram-se 
complexos e surgiu a necessidade de o Estado intervir para coibir abusos. 
Surge, então, a necessidade de personalizar o grupo, para que possa proceder 
a uma unidade, participando do comércio jurídico, com individualidade. 
(Orlando Gomes). 
O Direito equipara à pessoa natural certos argumentos de indivíduos e certas 
destinações patrimoniais e lhes aconselham atribuir personalidade e 
capacidade de ação a entes abstratos assim gerados. 
O sentimento gregário do indivíduo permite afirmar que a associação é inerente 
à sua natureza (Caio Mario). 
Esse grupo terá personalidade jurídica autônoma, patrimônio autônomo, 
existência independente dos membros e autonomia no exercício dos direitos. 
Em Portugal, esses entes são denominados de Pessoa Coletiva enquanto na 
França denominam-se Pessoa Moral. 
O direito, então, confere personalidade jurídica a esse grupo. 
1) Conceito: grupo humano, criado na forma da lei e dotado de personalidade 
jurídica própria, para a realização de fins comuns. Surge, então, um novo 
sujeito de direito, dotado de personalidade e de sua própria capacidade de fato. 
Tem, portanto, autonomia. 
2) Pressupostos existenciais da PJ: 
Ø A vontade humana criadora 
Ø A observância das condições legais para a sua instituição 
Ø A licitude do seu objeto ou finalidade 
Quando duas ou mais pessoas se congregam e desenvolvem as suas 
atividades ou reúnem seus esforços, trabalhando em companhia ou 
conjugando suas aptidões para o mesmo fim, nem por isso dão nascimento a 
uma entidade personificada. Não nasce daí uma personalidade autônoma. 
Para que isso ocorra é essencial a conversão das vontades dos participantes 
do grupo na direção integrativa deste em um organismo. Sempre a pessoa 
jurídica tem sua gênese na vontade humana, vontade criadora, que, para ser 
eficaz, deve emitir-se na conformidade do que prescreve o direito. 
O segundo requisito está na observância das prescrições legais relativas à sua 
constituição. É a lei que determina a forma a que obedece a aquela declaração 
de vontade, franqueando aos indivíduos a adoção de instrumento particular ou 
exigindo ao o escrito público. É a lei que determina a conversão de um 
aglomerado de pessoas em uma só pessoa jurídica. 
Um terceiro requisito ainda é exigido: a liceidade dos objetivos, pois não se 
compreende que a ordem jurídica vá franquear a formação de uma entidade, 
cuja existência é à projeção da vontade humana investida de poder criador pela 
ordem legal, a atuar e proceder em descompasso com o direito que lhe 
possibilitou o surgimento. 
Natureza Jurídica 
Numerosas teorias dividem os escritores acerca da natureza jurídica da pessoa 
jurídica: 
1) Teoria da Ficção: sob esta epígrafe podem ser agrupadas as teorias que 
negam a existência real da pessoa jurídica procurando explicá-la como ente 
fictício. Na verdade, existem muitas teorias da ficção: a primeira delas, para 
Caio Mario, é a que considera a pessoa jurídica mera criação legal, cuja 
existência só encontra explicação como ficção da lei, ou da doutrina. A 
qualidade de sujeito da relação jurídica é prerrogativa exclusiva do ser humano 
e, fora dele, como ser do mundo real, o direito concebe a pessoa jurídica como 
uma criação artificial, engendrada pela mente humana, e cuja existência, por 
isso mesmo, é mera ficção. 
2) Teorias realistas: em contraposição às teorias da ficção, as teorias realistas 
reúnem a aceitação dos juristas modernos. Realista foi a concepção de 
Lecerda de Almeida, ao construir sua doutrina do dualismo, segundo a qual na 
pessoa jurídica devem distinguir-se a ideia que se manifesta e os órgãos que a 
exprimem, em perfeita similitude com a pessoa natural, que manifesta a sua 
vontade através de seus órgãos. 
Classificação 
DE DIREITO PÚBLICO: ART. 41 e 42 DO CC 
• Externo: Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidos pelo DIP 
• Interno: PJ criadas por lei para administração pública direta ou indireta. 
• União, Estados, Municípios, autarquias (serviço autônomo, criado por lei, com 
personalidade jurídica, patrimônio e receitas próprios, para executar atividades 
típicas da Administração Pública), etc. 
DIREITO PRIVADO: ART. 44 DO CC 
• Sociedades, associações e fundações. 
3) Surgimento da pessoa jurídica: ART. 45 do CC 
“Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a 
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando 
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no 
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo”. 
 
Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com 
a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando 
necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no 
registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das 
pessoas jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo, contado o 
prazo da publicação de sua inscrição no registro. 
Podemos concluir, portanto, que a inscrição do ato constitutivo ou do contrato 
social no registro competente é condição indispensável para a atribuição de 
personalidade à pessoa jurídica. 
O registo da PJ, então tem natureza constitutiva, por ser atributivo de sua 
personalidade, diferentemente do registo civil de nascimento da pessoa natural, 
eminentemente declaratório. 
O registro declarará: ART 46. CC 
Art. 46. O registro declarará: 
I - a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, 
quando houver; 
II - o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; 
III - o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e 
extrajudicialmente; 
IV - se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que 
modo; 
Junta Comercial: sociedades mercantis em geral 
Cartório de Registro Civil de PJS: fundações, associações e sociedades. 
Ato Constitutivo civis. o pode ser: contrato social, escritura pública ou 
testamento. 
Em algumas hipóteses exige-se ainda a autorização do Poder executivo para 
seu funcionamento. 
V - se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações 
sociais; 
VI - as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, 
nesse caso. 
Como pessoa, a PJ tem assegurados seus direitos patrimoniais, obrigacionais, 
sucessórios e, até mesmo, da personalidade. 
Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos 
da personalidade. 
Súmula 227 do STJ: 
 
A pessoa jurídica pode sofrer dano moral. 
Capacidade: por sua própria natureza, a PJ tem capacidade especial. Ela não 
poderá, por óbvio, praticar todos os atos jurídicos admitidos para a pessoa 
natural. Não exerce, por exemplo, direitos puros de família, nem pode ser 
objeto de institutos protetivos como a tutela, a curatela ou a ausência. 
• O seu campo de atuação encontra-se delimitado no contrato social, nos 
estatutos ou na própria lei. 
Representação: ora, por sua própria natureza, a PJ necessita de representação 
para poder atuar na órbita social. ART 47. 
Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos administradores, exercidos nos 
limites de seus poderes definidos no ato constitutivo. 
Mas, e se a administração for exercida por várias pessoas? ART 48. 
Art. 48. Se a pessoa jurídica tiver administração coletiva, as decisões se 
tomarão pela maioria de votos dos presentes, salvo se o ato constitutivo 
dispuser de modo diverso. 
Parágrafo único. Decai em três anos o direito deanular as decisões a que se 
refere este artigo, quando violarem a lei ou estatuto, ou forem eivadas de erro, 
dolo, simulação ou fraude. 
Desconsideração da Personalidade Jurídica 
A desconsideração visa levantar o véu da Pessoa Jurídica. No nosso cenário 
isso aparece no CDC em 90 e no artigo 50 o CC institucionalizou a temática. 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio 
de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da 
parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, 
desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de 
sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. 
(Redação dada pela Medida Provisória no 881, de 2019). 
Com efeito, a teoria maior da desconsideração da personalidade jurídica impõe 
justamente a observância aos requisitos do Código Civil, salientando-se a 
Medida Provisória n° 881/2019 (Liberdade Econômica), editada em caráter 
recente, especificou que a extensão dos efeitos dependerá da prova de que os 
administradores ou sócios forem beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. Além disso, a medida provisória também forneceu restrições conceituais 
para a caracterização do incidente, senão vejamos : 
§ 1o Para fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a utilização 
dolosa da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de 
atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído pela Medida Provisória no 881, de 
2019) 
 
§ 2o Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato 
entre os patrimônios, caracterizada por: (Incluído pela Medida Provisória no 
881, de 2019) 
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do 
administrador ou vice-versa; (Incluído pela Medida Provisória no 881, de 2019) 
II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, 
exceto o de valor proporcionalmente insignificante; e (Incluído pela Medida 
Provisória no 881, de 2019) 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído pela 
Medida Provisória no 881, de 2019) 
§ 3o O disposto no caput e nos § 1o e § 2o também se aplica à extensão das 
obrigações de sócios ou de administradores à pessoa jurídica. (Incluído pela 
Medida Provisória no 881, de 2019) 
§ 4o A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos de 
que trata o caput não autoriza a desconsideração da personalidade da pessoa 
jurídica. (Incluído pela Medida Provisória no 881, de 2019) 
§ 5o Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração da 
finalidade original da atividade econômica específica da pessoa jurídica. 
(Incluído pela Medida Provisória no 881, de 2019) 
Há, ainda, a teoria menor da desconsideração da personalidade jurídica, 
segundo a qual a mera impossibilidade de satisfação do crédito já impõe a 
necessidade de instauração do incidente. Esta teoria é aplicada em legislações 
específicas, como no Código de Defesa do Consumidor e na legislação 
ambiental. 
"Com efeito, no que concerne à aplicação do § 2o do art. 28 do CDC, é assente 
na jurisprudência desta Corte o entendimento que admite, por aplicação da 
teoria menor, a desconsideração da personalidade jurídica unicamente pelo 
fato de ela representar um obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados 
aos consumidores. 
De fato, como já decidido pela Terceira Turma, a aplicação da teoria menor da 
desconsideração às relações de consumo está calcada na exegese autônoma 
do § 5o do art. 28 do CDC, porquanto a incidência desse dispositivo não se 
subordina à demonstração dos requisitos previstos no caput do artigo em 
referência, mas apenas à prova de causar, a mera existência da pessoa 
jurídica, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores 
(REsp 279.273/SP, Terceira Turma, DJ 29/03/2004). " 
Cabe, ainda, ressaltar que a desconsideração não leva à extinção da pessoa 
jurídica mas sim, retira-se o véu para aquele ato específico. 
Extinção: 
A extinção da pessoa jurídica ocorre em 3 momentos: 
1) Dissolução – averbação no cartório de registro 
2) Liquidação – vai-se liquidar os eventuais débitos deixados 
3) Cancelamento do registro – ocorre após a liquidação 
Art. 51. Nos casos de dissolução da pessoa jurídica ou cassada a autorização 
para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que esta 
se conclua. 
§ 1o Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação 
de sua dissolução. 
§ 2o As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que 
couber, às demais pessoas jurídicas de direito privado. 
§ 3o Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscriçãoda 
pessoa jurídica. 
Associação 
Conceito: entidades de direito privado, formadas pela união de indivíduos com 
o propósito de realizarem fins não econômicos (pode ser artístico, religioso, 
profissional). 
ART. 53 A receita, portanto, deve ser revertida para a própria associação, 
visando a melhoria de sua atividade. 
O ato constitutivo (estatuto), portanto, não contêm direitos e obrigações 
recíprocos. (Parágrafo único do Art. 53) 
Art. 53. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se 
organizem para fins não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
Estatuto art. 54: Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: 
I - a denominação, os fins e a sede da associação; 
Art. 1o. O Minas Tênis Clube é uma associação civil sem não econômicos, 
fundada em 15 de novembro de 1935, com prazo de duração indeterminado, 
localizado na rua da Bahia no 2244, com sede e foro na cidade de Belo 
Horizonte, no estado de Minas Gerais. 
Parágrafo único. O termo “Clube” e a denominação “Minas Tênis Clube” se 
equivalem, neste Estatuto. 
Art. 2o. O Clube tem por finalidade proporcionar aos seus sócios, titulares e 
dependentes lazer, esporte, educação e entretenimentos físico, cívico e 
artístico/cultural. 
II - os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados; 
III - os direitos e deveres dos associados; 
IV - as fontes de recursos para sua manutenção; 
V - o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos; 
(Redação dada pela Lei no 11.127, de 2005) 
VI - as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a 
dissolução. 
VII - a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivas contas. 
(Incluído pela Lei no 11.127, de 2005) 
ð Assembleia: Órgão colegiado das pessoas jurídicas (Há invocação prévia 
para deliberação e/ou votação para algum ato) – Estabelece-se um quórum 
mínimo e edita-se um documento oficial. 
ð Reunião (Apenas divulgação de informações) 
Além da Assembleia Geral, é muito comum que a associação tenha um 
conselho ( por exemplo, XVIII - deliberar sobre planos e estratégias do Clube;) 
Cabe à Assembleia (Art. 59) destituir os administradores e alterar o estatuto. 
Para isso, entretanto, deliberação da assembleia deve ser convocada para 
esse fim, cujo quórum será estabelecido no estatuto, bem como os critérios de 
eleição dos administradores. 
Garante-se o direito de convocação a 1/5 dos associados (art. 60) 
A condição de associado é intransmissível (art. 56). Se o estatuto permitir, 
entretanto, o titular da quota ou fração poderá transmitir, por ato inter vivo ou 
mortis causa a um terceiro, a um terceiro, a condição de associado. 
§ 3o. A autorização para transferência de quota fica condicionada à aprovação 
pela Diretoria, nos termos de disposição específica. 
Por óbvio, ninguém está preso à associação e pode desligar-se a qualquer 
momento. 
A exclusão do associado é prevista desde que haja justa causa e, na estrita 
forma do estatuto, deve haver um procedimento que assegure o direito de 
defesa e de recurso.(Art. 57) 
III - atentar contra a moralidade social e desportiva ou contra superiores 
interesses do Clube; 
Extinta uma associação, o patrimônio líquido (- quotas de cada associado), 
bem como os débitos sociais – será destinado à entidade de fins não 
econômicos designada no estatuto, ou, se este for silente, a instituição 
municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes (art. 61) 
Por cláusula do estatuto ou, no silêncio deste, prevê o parágrafo primeiro do 
art. 61 que é permitido aos respectivos membros, antes da destinação do 
remanescente a entidade congênere, receber em restituição, em valor 
atualizado, as contribuições que houverem prestado ao patrimônio da entidade. 
Fundação (Viva Cazuza): 
Resultam da afetação de um patrimônio, por testamento ou escritura pública, 
especificando o fim para o qual ela se destinará. 
Tais fins serão: assistência social, cultura, defesa e conservação do patrimônio 
histórico e artístico, saúde, segurança, pesquisa, etc e, portanto, não visam a 
divisão do lucro. 
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se 
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
Todo o dinheiro é investido na própria atividade. 
Não tem sócios ou associados, apenas administradores. 
Sua criação por meio da instituição (escritura pública ou testamento), pela 
redação do estatuto e, então, pela aprovação do MP. 
Art. 65. Aqueles a quem o instituidor cometer a aplicação do patrimônio, em 
tendo ciência do encargo, formularão logo, de acordo com as suas bases (art. 
62), o estatuto da fundação projetada, submetendo-o, em seguida, à aprovação 
da autoridade competente, com recurso ao juiz. 
Parágrafo único. Se o estatuto não for elaborado no prazo assinado pelo 
instituidor, ou, não havendo prazo, em cento e oitenta dias, a incumbência 
caberá ao Ministério Público. 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a 
reforma: 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a 
fundação; 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
III - seja aprovada pelo órgão do Ministério Público, e, caso este a denegue, 
poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. 
III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45 
(quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a 
denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. (Redação dada 
pela Lei no 13.151, de 2015) 
O Ministério Público fiscaliza as fundações. ART 66 
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas. 
Art. 63: Quando insuficientes para constituir uma fundação, os bens a ela 
destinados serão, se de outro modo não dispuser o instituidor, incorporados em 
outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante. 
Art. 64: Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor é 
obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens 
adotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado 
judicial. 
“O que se encontra é a atribuição de personalidade jurídica a um patrimônio, 
que a vontade humana destina a uma finalidade social” 
Extinção da Fundação: 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a 
fundação, ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, 
ou qualquer interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu 
patrimônio, salvo disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, 
em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou 
semelhante. 
O MP ou qualquer interessado pode promover a ação de extinção da fundação 
de maneira que seu patrimônio será incorporado por outra fundação ( a não ser 
que o ato constitutivo ou o estatuto disponha o contrário). 
2ª parte do resumo: 
Sociedades Civis e Comerciais 
Conceito: sociedade é pessoa jurídica composta por corporação de pessoas 
reunidas com finalidade lucratica (art. 981, CC). 
Espécies: 
 sociedades civis/simples: organizadas sem os elementos 
caracterizadores da forma empresarial, envolvendo atividades 
econômicas de natureza intelectual, artistica, científica ou literária (tem 
fins econômicos, mas não fins empresariais, ver artigo 966, parágrafo 
único, CC); 
 sociedades empresariais/comerciais, organizadas com os elementos 
caracterizadores da empresa, especificamente a organização para a 
produção ou circulação de bens ou serviços (tem fins econômicos E 
empresariais, ver artigos 966, parágrafo único e 982, CC). Podem ser: 
o Sociedade limitada: cada sócio tem quota. Responsabilidade dos 
sócios é limitada a partir da integralização do patrimônio social. 
Até a integralização, os sócios têm responsabilidade solidária 
pela mesma. Regido pelos artigos 1.052 a 1.087, CC. 
o Sociedade anônima: capital divide-se em ações. 
Responsabilidade dos sócios é limitada. Regida pela Lei de 
Sociedades por Ações (Lei n. 6.404/76). 
o Sociedade em nome coletivo: todos os sócios (devem ser 
pessoas naturais) respondem, ilimitadamente, pelas obrigações 
sociais. Diferencia-se por apresentar o nome dos sócios em sua 
denominação. Regido pelos artigos. 1.039 a 1.044, CC. 
o Sociedade em comandita simples: um ou alguns dos sócios têm 
responsabilidade ilimitada pelas obrigações sociais 
(comanditados), e os demais têm responsabilidade limitada pelas 
obrigações sociais (comanditários). Regido pelos artigos 1.045 a 
1.051, CC. 
o Sociedade em comandita por ações: capital é dividido em ações, 
o acionista diretor responde subsidiária e ilimitadamente pelas 
obrigações da sociedade. Regido pelos artigos 1.090 a 1.092. 
*Observação terminológica: No Código Civil de 1916, dividia-se as socieddades 
em civis e comerciais. Já no Código Civil de 2002 todas as sociedades são 
civis, e foi adotada a nova classificação em sociedade simples e empresarial. 
Constituição: Contrato social (elementos: art. 997, CC), que cria direitos e 
deveres entre sócios, e entre estes e a sociedade. As sociedades 
empresariais/comerciais devem ser inscritas no Registro de Empresas de sua 
sede para terem personalidade jurídica (art. 985, CC) 
*Sociedade Unipessoal de Advocacia: figura criada pela Lei 13.247/16, que 
alterou os arts. 15 a 17 do Estatuto da Advocacia. É empresa individual, 
composta por pessoa física que não possua impedimentos para o regular 
exercício da atividade. O titular da sociedade responde ilimitada e 
subsidiariamente por danos causados no exercício da profissão. Um mesmo 
advogado não pode integrar mais de uma sociedade de advogados, constituir 
mais de uma sociedade unipessoal de advocacia nem integrar, 
simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade unipessoal 
de advocacia. 
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI. 
Conceito: pessoa jurídica de direito privado constituída por um único indivíduo, 
titular da totalidade do capital social (Art. 980-A, CC). O patrimônio da EIRELI 
será diferente do patrimônio do seu titular (há autonomia – art. 980-A, §7º, CC) 
Limitações: Uma pessoa natural só pode constituir uma EIRELI (art. 980-A, §2 
º, CC). 
Direitos patrimoniais do autor: Pode ser atribuída à EIRELI a cessão de direitos 
patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor 
o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional (ex. Xuxa pode 
constituir uma EIRELI e atribuir a ela a remuneração decorrente do uso de sua 
própria imagem). 
Desconsideração da personalidade jurídica: ocorrerá se demonstrada fraude, 
hipótese na qual o patrimônio da pessoa titular da EIRELI poderá responder 
pelas obrigações assumidas pela empresa (art. 980-A, §7º, CC). Sofre críticas 
por não ser correspondente aos requisitos do art. 50, CC. 
Entes despersonalizados:espólio, massa falida, condomónio 
Conceito: grupos sociais que, embora sejam constituídos para consecução de 
um fim como, não são dotados de personalidade jurídica, mas são titulares de 
alguns direitos e obrigações. 
Capacidades titularizadas: (1) processual; (2) 
Hipóteses:. Costuma ocorrer em caso de universalidade de direito e massas de 
bens identificáveis: complexo de relações jurídicas de uma pessoa, dotadas de 
valor econômico (art. 91, CC). É o caso da herança, da massa falida, dos 
condomínios etc. 
Exemplos: 
 Condomínio edilício: situação na qual um bem é submetido à 
propriedade de mais de um indivíduo, e cada condômino tem uma parte 
ideal do todo. Representado processualmente pelo administrador ou 
síndico (art. 75, inciso XI, CPC). 
 Espólio: Complexo de direitos e obrigações do falecido, surge quando da 
abertura da sucessão e extingue-se com a partilha (art. 618 e 655, CC). 
Representado processualmente pelo inventariante (art. 75, inciso VII, 
CPC). 
 Herança jacente: Diz-se jacente a herança quando se abre a sucessão, 
mas o falecido não deixou testamento e não se sabe da existência de 
herdeiros (art. 1.819, CC). O curador administrará os bens até que 
ocorra a habilitação dos herdeiros. Representada processualmente pelo 
curador (art. 75, inciso VI, CPC). 
 Herança vacante:Se, após a declaração de herança jacente e da 
realização de todos os procedimentos legais, herdeiros não se habilitam 
ou renunciam à herança, a mesma se torna vacante (art. 1.820 a 1.823, 
CC). Os bens que compõe a herança erão então ser incoporados ao 
domínio da União, do Estado ou do Município. É representada 
processualmente pelo curador (art. 75, inciso VI, CPC). 
 Massa Falida: é o acervo de bens pertencentes ao falido. Surge após 
sentença declaratória de falência. Exerce os direitos do falido, e pode 
inclusive agir contra ele. Representada processualmente pelo 
administrador judicial (art. 75, inciso V, CPC). 
 Sociedade ou Associação de Fato: São entidades existentes na prática, 
mas que, por não terem registro no órgão competente ou por falta de 
autorização legal, não têm personalidade jurídica (art. 986, CC). 
Representada processualmente por “quem couber a administração de 
seus bens” (art. 75, inciso IX, CPC). 
Domicílio 
Conceito: local onde o sujeito responde por suas obrigações. 
Domicílio da pessoa natural 
Critérios: 
 Geral (art. 71,CC): 
o Elemento objetivo: Residência: é estado de fato, onde o sujeito 
mora com habitualidade. É diferente de morada ou habitaçao 
(ocupação esporádica de determinado local). 
o Elemento subjetivo: Ânimus definitivo 
*Domicílio é situação jurídica, enquanto residência é estado de fato. 
 Ou, no que tange às relações profissionais (art. 72, CC): 
o Domicilio profissional: centro de atividades relativos à profissão 
do indivíduo. 
 Ou, em caso de ausência de residência habitual (art. 73, CC): 
o Domicílio aparente/Domicílio ocasional: se o indivíduo não tiver 
residência fixa (ex. andarilhos, pessoas em situação de rua), seu 
domicílio será o local onde se encontrar. 
Espécies: 
 Domicílio de origem: local onde o sujeito nasceu 
 Voluntário: 
o Geral/comum: depende da vontade exclusiva do sujeito = há 
liberdade de escolha 
o Especial 
 Contrato: sede jurídica ou local especificado no contrato 
para cumprimento das obrigações nele determinadas. 
Obriga os herdeiros e sucessores das partes (art. 63, §2º, 
CPC). 
 Eleição: escolhido pelas partes quando da propositura de 
ações relativas às obrigações contratuais (art. 63, CPC) 
 Necessário/legal: determinado por lei em razão da condição/situação de 
determinadas pessoas (não há liberdade de escolha ou a mesma é 
mitigada). Têm domicílio necessário (art. 76, caput e parágrafo único, 
CC): 
o Incapaz: onde estiver domiciliado seu representante ou assistente 
o Servidor Público: onde exercer permanentemente suas funções 
o Militar: onde servir, e , no caso da marinha ou aeronáutica, onde 
estiver a sede de comando à qual se encontra imediatamente 
subordinado 
o Marítimo: onde o navio estiver matriculado 
o Preso: onde cumprir sentença. 
o Outros, não previstos no art. 76, CC: 
 Cônjuge: domicílio do casal (art. 1.569, CC) 
 Agente diplomático do Brasil servindo em solo estrangeiro: 
Distrito Federal (Art. 77, CC). 
Pluralidade domiciliar: é possível ter mais de um domicílio, desde que o sujeito 
tenha diversas residências e as ocupe alternadamente com elemento subjetivo 
definitivo. É possível inclusive no caso de domicílio necessário/lega, de forma 
que, por exmplo, um indivíduo que seja aprovado em concurso público para ser 
servidor em São Paulo, mas cuja família mantiver domicílio em Belo Horizonte, 
poderá ter dois domicílios. 
Alteração do domicílio: 
 Mudança: é possível mudar de domicílio, desde que transfira-se de 
residência com a intenção manifesta de o mudar (art. 74, CC) = é 
preciso ânimus definitivo. Prova-se o ânimus com declarações feitas 
pela pessoa às municipalidades que deixa e para onde vai, ou das 
circunstâncias da própria mudança (art. 74, parágrafo único, CC). 
 Determinação legal: ver espécies – domícilio necessário/legal. 
 Vontade das partes (contrato ou eleição de foro): ver no tópico espécies 
de domicílio, voluntário, especial. 
Domicílio da pessoa jurídica 
*Obs.: pessoa jurídica não tem residência, só sede. 
Pessoas jurídicas de Direito Público: local onde a pessoa jurídica poderá ser 
demandada. É hipótese de domicílio especial, podendo ser selecionado no 
estatuto ou ato constitutivo. Se não houver determinação, será no local onde 
funcionarem as respectivas diretorias e administrações (art. 75, inciso IV, CC). 
Pluralidade domiciliar: admitida (Art. 75, §§1º e 2º, CC): em caso de diversos 
estabelecimentos em locais distintos, ou em caso de administração/diretoria 
tiver sede no estrangeiro, cada um será considerado domicílio para os atos 
neles praticados. 
Pessoas Jurídicas de Direito Público: domicílio é sede do governo (Art. 75, CC : 
União – Distrito Federal, Estados – Capital, Municípios, onde funcione a 
administração municipal).

Outros materiais