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Trabalho de campo, TGD

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Declaração negocial
ZEFANIAS SEBASTIÃO CHIHULUME – 11210472
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
TEORIA GERAL DO DIREITO
CURSO DE LICENCIATURA EM DIREITO
1º ANO
TRABALHO DE CAMPO
DECLARAÇÃO NEGOCIAL
BEIRA, AOS 30 DE AGOSTO DE 2021
Sumário
 Introdução	3
Negόcio jurídico
1.1Conceito de negόcio jurídico	4
 1.2 O negόcio jurídico como criador do direito	5
 1.3 Importância do negόcio jurídico	5
1.4 Relação exteriorizada da declaração negocial e os efeitos jurídicos do negόcio	5
Classificação do negόcio jurídico	6
 2. Declaração negocial 									
 2.1Declaração negocial: conceito………………………………………………………………………………………………………..7
 2.2Declaração de vontade e declaração de vontade negocial……………………………………………………………..7
 2.3Elementos constitutivos normais da declaração negocial..…………………………………………………………....8
 2.4Declaração expressa e declaração tacita………………………………………………………………………………………..9
 2.5Eficácia da declaração negocial……………………………………………………………………………………………………...9
 3.A declaração de vontade negocial como meio de formação do negócio jurídico………………………...10
 3.2 Teoria voluntarista……………………………………………………………………………………………………………………...10
 3.2.2 Teoria perceptiva……………………………………………………………………………………………………………………..11
 3.3 Declaração expressa…………………………………………………………………………………………………………………...11
 3.4 Declaração não séria……………………………………………………………………………………………………………………12
 3.5 Silêncio como meio declarativo…………………………………………………………………………………………………..12
 3.6 Erro na declaração……………………………………………………………………………………………………………………...13
 Considerações finais………………………………………………………………………………………………………………………....14
 Referências bibliográficas……………………………………………………………………………………………………………..…..15 
Introdução
No presente trabalho da cadeira de teoria geral do direito, que tem como tema a declaração negocial, procura-se compreender e desenvolver a matéria em relação a declaração negocial. A escolha do objecto deste estudo da declaração negocial tem para a formação do negócio jurídico. Procura-se adentar no próprio conceito de negócio jurídico, a fim de dissecar qual é de facto o papel da declaração de vontade negocial na sua formação bem como os elementos necessários para que se produza a manifestação de vontade apta a criar ou extinguir direitos dentro da esfera do direito privado. No presente trabalho busca-se enfrentar as principais formas da declaração negocial conhecidas bem como as que estão encaradas pelas legislações contemporâneas.
Primeiramente procura-se ilustrar os diferentes conceitos do negócio jurídico, o mesmo como criador do direito, a sua importância e a sua classificação. Pois, para falar da declaração negocial primeiro aborda-se o negócio jurídico. Contudo a questão que não quer calar é, Seria todo negócio jurídico uma declaração de vontade?
-A resposta e positiva, no mesmo negócio jurídico pode haver uma ou mais declarações mas não há negócio jurídico que não tenha suporte fáctico pelo menos uma declaração de vontade.
 No segundo capítulo aborda se sobre a declaração negocial que este para Francesco Marino seria toda exteriorização da vontade como meio declarativo. Bem como a diferença do mesmo com a declaração de vontade negocial que segundo Francesco Marino declaração de vontade negocial seria tudo aquilo que é expressado a sua vontade ao votar em um determinado candidato nas eleições. Aborda-se ainda neste capítulo os elementos constitutivos normais da declaração negocial, a declaração expressa e declaração tácita e a eficácia da declaração negocial.
 No terceiro e no último capítulo procura-se aprofundar sobre declaração de vontade negocial como meio de formação do negócio jurídico, sobre a declaração expressa, aborda-se também sobre a declaração não seria que por sua vez seria segundo artigo 245º do código civil uma declaração feita na expectativa de que a falta de seriedade não seja desconhecida. Fala-se também do silêncio como meio declarativo e o erro na declaração.
1.Negócio jurídico
Francesco Crescenzo Marino diz que, desde o início da organização do homem como ser social os indivíduos pautam boa parte das suas relações pessoais pela interacção social com os semelhantes, seja ela patrimonial ou não.
Ainda que sem qualquer noção conceitual, o negócio jurídico caminha ao desenvolvimento da humanidade.
Miguel Reale, diz que o negócio jurídico tem sua origem na doutrina alemã, foi assimilado pela Itália e posteriormente por outros países.
Adita Reale que, fundamentalmente consiste na manifestação de vontade que procura produzir determinado efeito jurídico, embora haja profundas divergências em sua conceituação doutrinária. Trata-se de uma declaração de vontade que não apenas constitui um acto livre, mas pela qual o declarante procura uma relação jurídica entre várias possibilidades que oferece o universo jurídico.
Emílio Betti diz que o negócio jurídico tem sua génese na vida de relações, surgem como actos por meio dos quais os particulares dispõem para o futuro um regulamento obrigatório de interesses das suas recíprocas relações e desenvolvem se espontaneamente sob o impulso das necessidades para satisfazer diversíssimas funções económico-sociais sem a ingerência de qualquer ordem jurídica.
1.1 Conceito de negócio jurídico
 Miguel Reale, entende o negócio jurídico como uma declaração de vontade de um sujeito voltada à produção e predispostos genérica ou especificamente na lei.
Segundo Francesco Crescenzo Marino, toma se negócio jurídico como um facto social, manifestação humana movida pela necessidade prática ou mediante processo a partir dos diversos tipos negociais.
 Segundo Hans Kelsen, citado por André Avillés, negócios jurídicos são actos jurídicos constituídos por uma ou mais declarações de vontade com a intenção de alcançar o ordenamento jurídico conforme a intenção manifestada pelo declarante ou declarantes, ou seja, é o conjunto de efeitos jurídicos que são objecto da própria vontade dos contraentes.
1.2 O negócio jurídico como criador do direito
Para Hans Kelsen, o negócio jurídico seria um fenómeno criador da direito vez que os indivíduos teriam a capacidade de regular as próprias relações.
Emílio Betti, critica a visão kelsiana uma vez que não qualifica o negócio jurídico como criador do direito de normas jurídicas, pois apesar de autonomia das partes em autor regulamentarem, é necessária a ordem jurídica para mastrear e sacramentar o que fora firmado entre os indivíduos. Não é o negócio jurídico, portanto a fonte primária da lei, mas tão-somente um fenómeno social reconhecido e apoiado na norma vigente.
 1.3 Importância do negócio jurídico 
Hans Kelsen diz que, manifesta-se circunstância de esta figura ser o meio de auto ordenação das relações jurídicas de cada sujeito de direito. Esta se perante o instrumento principal de realização do princípio da autonomia da vontade ou autonomia privada.
1.4 Relação exteriorizada da declaração negocial e os efeitos jurídicos do negócio 
Segundo António Junqueira de Azevedo, citado por André Guimaraes Avilles, a relação entre a declaração negocial e os efeitos jurídicos do negócio é a seguinte:
· Teoria dos efeitos jurídicos: para esta doutrina os efeitos jurídicos produzidos tais como leis os determinam são perfeitas e completamente correspondentes ao conteúdo da vontade das partes. Os próprios efeitos derivados de normas supletivas resultariam da tácita vontade das partes. Haveria uma vontade das partes dirigida a produção de determinados e precisos efeitos jurídicos.
· Teoria dos efeitos práticos: para esta doutrina a teoria dos efeitos jurídicos está longe da realidade. As partes manifestam apenas uma vontade de efeitos empíricos, normalmente económicos sem carácter ilícito. A estes efeitos a lei faria corresponder efeitos jurídicos concordantes.
· Teoria dos efeitos prático-jurídicos: é o ponto de vista correcto. Os autores dos negócios jurídicos visam certos resultados práticos ou materiais e querem realiza-los por via jurídica.
 1.5 Classificação dos negócios jurídicosSegundo Emílio Betti, o negócio jurídico classifica se em singular, quando apenas intervém uma pessoa.
E plural quando intervierem mais do que uma pessoa. E. Betti subdivide esta classificação em duas partes que são:
Negócio unilateral, há uma declaração de vontade ou várias declarações porem paralelas formando um só grupo.
Negócio bilateral, há duas ou mais declarações de vontade de conteúdo oposto mas convergentes ajustando se na sua comum pretensão de reduzir resultado jurídico unitário embora com um significado para cada parte.
2 Declaração negocial
	2.1. Declaração negocial: conceito
Para Francesco Marino, a declaração negocial seria toda exteriorização da vontade como meio declarativo.
Para António Junqueira de Azevedo, declaração negocial é o suporte fáctico primordial do negócio jurídico. Uma vez emitida uma declaração qualificada, isto é, socialmente reconhecida como tal diante das circunstâncias negociais, o negócio jurídico estará apto à produção dos efeitos.
Para António Junqueira de Azevedo neste sentido todo negócio jurídico existente parte da premissa da ocorrência da declaração de vontade: 
Seria todo negócio jurídico uma declaração de vontade?
A resposta e positiva, no mesmo negócio jurídico pode haver uma ou mais declarações mas não há negócio jurídico que não tenha suporte fáctico pelo menos uma declaração de vontade. A declaração de vontade e pois elemento necessário para que o negocio jurídico exista. E relevante aditar que, não e toda declaração de vontade que e apela a formação do negócio jurídico, é preciso que haja uma vontade qualificada, isto e, socialmente vista como meio para a produção de efeitos jurídicos.
	2.2. Declaração de vontade e declaração de vontade negocial
Francesco Marino diz que por declaração de vontade pode se ter tudo aquilo que é expressado a sua vontade ao votar em um determinado candidato nas eleições. Há vontade e há sua expressão mas não existe qualquer interesse na produção de efeitos jurídicos dentro da esfera do direito privado.
Tem se como exemplo o caso do eleitor que expressa a sua vontade ao votar em um determinado candidato nas eleições. Há vontade e há sua expressão, mas não existe qualquer interesse na produção de efeitos jurídicos dentro da esfera do direito privado.
Francesco Marino recorda que a declaração se caracteriza pelo facto de atingir, de buscar modificar a vontade interna do seu destinatário podendo ser definida como acto jurídico de carácter psíquico que ao se materializar promove a alteração da psique de quem a recebe.
A declaração de vontade negocial acrescenta Francesco Marino, esta por sua vez demanda uma determinada contextualização ainda que mínima dentro da área do direito privado. E preciso que ocorram determinadas circunstâncias e que em vista de ordenamento o declarante pretenda a produção de determinados efeitos, portanto a manifestação da vontade negocial é aquela que se dá exclusivamente dentro dos limites do direito privado e visa à concreção de um negócio jurídico, o mesmo exige também que não haja hierarquia entre as partes.
	2.3. Elementos constitutivos normais da declaração negocial
Numa declaração negocial segundo Carlos da Mota Pinto distinguem se os seguintes elementos:
· Elemento externo – que seria a declaração propriamente dita: consiste no comportamento declarativo;
· Elemento interno – que seria a vontade do agente: consiste no querer, na realidade volitiva que normalmente existirá e coincidirá com o sentido objectivo da declaração.
Segundo o jurista português Carlos Pinto, o elemento interno a vontade subdivide se em três factores:
i. Vontade de acção, consiste na voluntariedade do comportamento declarativo, pode faltar vontade de acção, isto é, somente haverá declaração de vontade e consequentemente o negócio jurídico se o agente declarante tiver plena noção que o seu comportamento implica em manifestação de vontade.
ii. Vontade da declaração ou da relevância negocial da acção, consiste em o declarante atribuir ao comportamento inequívoco o significado de uma declaração negocial, este subelemento só está presente se o declarante tiver consciência e a vontade de o seu comportamento tenha significado negocial vinculativo.
Este ocorrerá somente caso o declarante esteja consciente dos seus actos e que sua manifestação implicará necessariamente e vinculação com a outra parte.
iii. Vontade negocial, vontade do conteúdo da declaração ou intenção do resultado, consiste na vontade de celebrar um negócio jurídico do conteúdo coincidente com o significado exterior da declaração.
Neste sentido percebe-se que a vontade apta a produzir efeito jurídico é aquela que transcende a esfera psíquica e é fetidamente declarada. A vontade por si só, enquanto presa ao âmago do individuo sem se traduzir em quaisquer actos, não é apta a produzir quaisquer efeitos jurídicos apesar de juridicamente protegida e tutelares.
	2.4. Declaração expressa e declaração tácita 
Segundo o artigo 217º do código civil, a declaração negocial pode ser expressa ou tácita.
· Expressa, quando feitas por palavras, escrito ou qualquer outro meio directo de manifestação da vontade;
· Tácita, quando se traduz de factos que com toda a responsabilidade a revelam.
O carácter formal da declaração não impede que ela seja emitida desde que a forma tenha sido observada quanto aos factos de que a declaração se deduz. Número 2 artigo 217º Código Civil.
	2.5. Eficácia da declaração negocial
Segundo a artigo 224º do Código Civil, a declaração negocial que tem um destinatário torna se eficaz logo que chega ao seu poder ou é dele conhecido, as outras logo que a vontade do declarante se manifesta na forma adequada. Também considerada eficaz a declaração que só por culpa do destinatário não foi por ele oportunamente recebida. A declaração recebida pelo destinatário em condições de sem culpa sua não pode ser conhecida é ineficaz.
A morte ou incapacidade do declarante, posterior à emissão da declaração não prejudica a eficácia desta, salvo se o contrário resultar da própria declaração. A declaração é ineficaz se o declarante enquanto o destinatário não a receber ou dela não tiver conhecimento perder o poder de disposição do direito a que ela se refere. Artigo 226º Código Civil.
Quanto ao anúncio público da declaração, esta pode ser feita mediante anúncio publicado num dos jornais da residência do declarante, quando se dirija a pessoa desconhecida ou cujo paradeiro seja por aquele ignorado. Artigo 225º Código Civil.
3.1. A declaração de vontade negocial como meio de formação do negócio jurídico
Emílio Betti aduz que o negócio jurídico passa de uma forma invariável pelo papel de vontade negocial, como canal de expressão da autonomia negocial.
Emílio Betti diz que, a partir da posição do conceito do negócio jurídico, a doutrina e as legislações subsequentes passaram à debater de maneira que a vontade do agente importaria para a declaração negocial e consequentemente para a formação do negócio jurídico. Assim, segundo Emílio Betti surgiu um debate entre as duas principais teorias sobre a vontade como meio de formação do negócio jurídico:
· Teoria voluntarista e
· Teoria perceptiva.
3.2. Teoria voluntarista
Emílio Betti diz que, voluntarismo é qualquer sistema metafísico ou psicológico que atribui à vontade um papel mais predominante do que o atribuído ao intelecto ou equivalente. A teoria voluntarista para Emílio Betti enfatiza o carácter psicológico do agente dando ao foro íntimo a função crucial quanto à formação do negócio jurídico.
 Segundo Emílio Betti, toda teoria voluntarista baseia-se na expressão máxima da autonomia do indivíduo, a existência do negócio jurídico se baseia naquilo que ele pretende e idealiza para a concreção da avença, não o que de facto é percebido pela sociedade. Por isso Emilio Betti, a vontade sendo algo desprovido de substância física não é nela que devem ser fixas as bases do negócio jurídico, mas naquilo que é reconhecido socialmente qual seja a sua expressão percebida no mundo fenómeno.
3.2.2. Teoria perceptivaÉ explicada por Hans Kelsen através do conceito do comportamento perceptivo, um comportamento complexo que se inter-relaciona com muitos outros. Na teoria kelsiana divide se em duas partes:
· Estudo do comportamento perceptivo como precorrente;
· Estudo dos precorrentes do comportamento perceptivo.
No primeiro caso, a investigação passa pelo processo de resolução de problemas no qual o comportamento perceptivo desempenha um papel fundamental, modificando o ambiente o que permite a emissão do comportamento discriminativo e a solução do problema. No segundo caso, a investigação trata com uma série de comportamentos, tais como propósito, atenção e consciência que modificam a probabilidade de emissão do comportamento perceptivo.
3.3. Declaração expressa
Francesco Paulo de Crescenzo Marino diz que a declaração expressa define-se como declaração por meio de símbolos ou signos linguísticos que por serem representativos de conceitos e ideias possuem dimensão semântica relativamente constante.
Já Emílio Betti afirma que, é expressa toda declaração inequívoca, isto é, que não demanda a análise interpretativa para que se constate a intenção das partes em firmar o negócio jurídico. Diz se que é a mais complexa expressão da vontade negocial as partes, visto que sua intenção é plenamente reconhecível aos olhos da sociedade e do direito privado.
3.4. Declaração não séria
Segundo o número 1 do artigo 245 do Código Civil moçambicano, a declaração não séria, feita na expectativa de que a falta de seriedade não seja desconhecida carece de qualquer efeito. 2 Se porém a declaração for feita em circunstâncias que induziram o declaratário a aceitar justificadamente a sua seriedade tem ele o direito de ser indemnizado pelo prejuízo que sofrer.
Assim sendo, aquela declaração desprovida da seriedade totalmente fora das circunstâncias negociais, não terá efeitos de declaração negocial sendo totalmente inapta a forma negócio jurídico. 
Sendo assim Miguel Reale diz que maiores exemplos de declarações não sérias são aquelas feitas com animus jocandi, da qual o evidente o tom jocoso declarante demonstra sua total falta de aptidão vinculativa. No mesmo sentido as declarações feitas fora de um contexto negocial real, como aquelas feitas por dois personagens em uma peça teatral por óbvio também não possuem qualquer traço vinculativo.
 Por exemplo: Zefanias decide fazer uma partida à Flávio, Zefanias tem uma empresa e decide convidar Flávio para ir trabalhar consigo. Como Flávio está empregado, Zefanias espera que o Flávio acredite que está a brincar, Flávio pensa que o convite é sério e despede-se para ir para o outro emprego. A decisão de Zefanias não tinha sido tomada no sentido da produção de quaisquer efeitos jurídicos.
3.5. Silêncio como meio declarativo
O artigo 218º do Código Civil, diz que o silêncio vale como declaração negocial, quando esse valor lhe seja atribuído por lei, uso ou convenção.
Carlos Da Mota Pinto afirma que, o princípio geral do silêncio é o de que à circunstância de uma pessoa fazer ou não dizer, não se pode atribuir valor ao silêncio.
Salienta Carlos Pinto que o silêncio só tem valor nos casos especialmente previstos na: lei, uso e convenção.
· Lei exige que exista uma disposição legal que garanta que o silêncio funcione com o meio declarativo;
· Usos exigem que a circunstância em que uma pessoa esteja calada tenha valor jurídico;
· Convenção permite atribuir valor ao silêncio em determinadas circunstâncias.
 Por exemplo: “se eu não te disser nada em relação ao assunto Z em 30 dias, então não tenho interesse no mesmo”. Neste caso atribui-se o valor do silêncio por meio de convenção.
Contudo, atribui-se valor ao silêncio próprio e não ao de outrem.
3.6. Erro na declaração
O artigo 247º do Código Civil diz que, quando em virtude de erro, a vontade declarada não corresponde à vontade real do autor a declaração negocial é anulável, desde que o declaratário conhecesse ou não devesse ignorar a essencialidade para o declarante do elemento sobre incidiu o erro.
Encontra se dois elementos que caracterizam o erro na declaração. O erro existe quando:
A vontade declarada não corresponde à vontade real, isto acontece devido ao erro(não intencional)
E tem se como consequências do erro: a declaração anulável se estiver verificada os requisitos de relevância do erro, que este erro recaia sobre um elemento essencial para o declarante; que o declaratário conhecesse ou não devesse ignorar essa essencialidade.
Fonte: http://wikipédia.org. Declaração Negocial (acessado em 20 de Agosto de 2021 as 13:30). 
Considerações finais
No que tange ao tema em estudo, pode se observar que a declaração negocial é toda exteriorização da vontade como meio declarativo. Conclui-se que o negócio jurídico decorre essencialmente da prerrogativa de cada indivíduo em exercer seu direito subjectivo de regular seus próprios interesses privados, este é o fruto da interacção da autonomia negocial de cada um dos sujeitos envolvidos.
Entende-se que a consciência da declaração de vontade negocial como meio apto a formar o negócio jurídico é um desdobramento interno das circunstâncias negociais, na mediada em que somente ao ter ciência, conduta como acto declarativo o agente poderá permutar sua vontade de maneira qualificada, caso o agente não tenha nenhuma noção dos efeitos vinculativos de sua declaração, esta não transcende ao carácter negocial, configurando-se mera manifestação desprovida de significados negociais.
O silêncio que por sua vez vale como declaração negocial, quando esse valor lhe seja atribuído por lei, uso ou convenção, evidentemente demanda uma análise mais apurada e profunda dado que é o instituto dotado de maior grau de subjectividade e aquele que pode comportar o maior número de significações, por isso, uma norma mais eficiente do que um dispositivo em teoria, mais aberto que em verdade não está a altura de todos os questionamentos que produz.
Bibliografia
AZEVEDO, António Junqueira de. Negócio jurídico e Declaração Negocial, São Paulo, 1986.
BETTI, Emílio. Teoria Geral do Negócio Jurídico, Coimbra, 1969
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito, 6ªedição, São Paulo, Martins Fontes, 1998
MARINO, Francesco Paulo de Cresenzo. Interpretação do negócio jurídico, São Paulo, Saraiva, 2011.p.21 
PINTO, Paulo Mota. Teoria Geral do Direito Civil, 3ª edição, Coimbra, Coimbra Editora, 1977
REALE, Miguel, propedêutica de direito civil, 6ª edição, São Paulo, 2001
http://Wikipédia.org. Declaração Negocial (a cessado em 20 de Agosto de 2021 as 13:30)
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