PAPER JULIA ALVES - 17 06 2020 - VERSÃO 2 - 11 07 2020

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APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA A SAÚDE: 
UMA BREVE REVISÃO
Jeferson Visoto¹
Júlia Helen Alves¹
Luís Augusto Lang Estery¹
Thaise Tramontina²
RESUMO
Quando entramos no assunto de aptidão física, não estamos apenas nos referindo na prática de esportes e de atletas altamente desenvolvidos, mas estamos tratando também da capacidade em realizar atividades cotidianas com a maior tranquilidade e menor esforço possível, onde a saúde física e mental está relacionada diretamente para a realização de atividades físicas e tarefas do dia-a-dia. Esse trabalho tem como metodologia principal, fazer uma breve revisão baseado em artigos e livros bibliográficos referentes à saúde. Espera-se poder mostrar os benefícios que a prática de simples exercícios desencadeia numa melhora significativa do bem-estar e a saúde das pessoas e, também o quão valioso é o incentivo de um profissional do ramo de Educação Física nesse quesito.
1. INTRODUÇÃO
Durante a evolução dos anos e das gerações, houve uma grande mudança de hábitos e estilos de vidas, onde foi modificado muito em comparação a antigamente. Com isso, estudos comprovam que simples atividades físicas do cotidiano requerem uma boa aptidão física para serem realizadas, pois algo simples como juntar algo que caiu é preciso de um mínimo de flexibilidade e esforço (NAHAS, 2019).
Grande parte da população entende que mudanças no seu hábito para regularizar suas atividades físicas requerem esforços além. Porém um simples hábito de exercitar-se auxilia tanto mentalmente, como psicologicamente (NAHAS, 2019).
Estudos são relacionados onde atividades físicas são efeitos muito positivos a saúde e acredita-se também que a população já incorporou a ideia de que o “movimentar-se” faz parte de nosso cotidiano e tende a prevalecer o direito de ir e vir. E esse ato não pode somente ser incorporado pelo cotidiano das pessoas, mas também para uso referente a tratamentos médicos, a educação infantil, ao fator social, ao fator econômico. CITAR AUTOR.
Segundo a carta de Ottawa (1986) a promoção da saúde é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde. Pode ser definida, também como uma combinação de apoios educacionais e ambientais que visam atingir ações e condições de vida relevantes à saúde. Uma das metas da promoção da saúde é o impulso a cultura da saúde e ao estilo de vida saudável, dando prioridade às questões da saúde, entre elas a prática de atividades físicas.
As práticas de atividades físicas facilitam o desenvolvimento do corpo e da mente, porque provocam sensações de prazer ao cérebro, liberando hormônios. Desta forma, podem-se utilizar práticas que envolvam a cultura corporal de movimento, através do esporte, da dança, dos jogos, das brincadeiras, da ginástica e das lutas (RODRIGUES, 1998).
A expressão “Promoção da Saúde”, de acordo com Buss (2000), surgiu em 1946, quando Henry E. Sigerist, médico canadense, a indicou como uma das quatro áreas da medicina. A Organização Mundial de Saúde define saúde como um completo estado de bem-estar físico, mental e social do indivíduo, e não como ausência de doença como era vista antigamente. Portanto, a saúde passa a ser um direito fundamental da pessoa humana, assegurado sem distinção de religião, ideologia política ou condição socioeconômica. Ela passa a ser um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um aproveitá-la individualmente e de forma solidária.
Por fim, esse trabalho terá um objetivo em trazer um pouco sobre a importância em exercitar-se, e o quão valiosa é a aptidão física, necessária para o dia-a-dia das pessoas, visando sempre sua qualidade de vida e saúde, trazendo diferentes enfoques baseando-se na literatura antiga e moderna.
2. METODOLOGIA
	A metodologia dessa pesquisa será baseada em revisões bibliográficas de artigos e livros com bases de estudo científico. Com isso, foi utilizado alguns termos “aptidão física”, “aptidão física relacionada a saúde”. Todas as buscas foram realizadas em junho de 2020.
3. APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE
	Muitos entendem que dentro da aptidão física, a resistência cardiorrespiratória é um dos componentes mais importantes quando se diz respeito a saúde. Exemplificando, para muitas pessoas isso se dá a uma simples atividade como uma caminhada, uma corrida, natação, ciclismo, onde se necessita ter uma boa capacidade de resistência para a realização e persistência dos mesmos durante períodos mais longos. CITAR AUTOR.
	Os autores chamaram de resistência cardiorrespiratória de “Capacidade Aeróbica” e deu a seguinte definição:
Aeróbica refere-se a uma variedade de exercícios que estimulam a atividade do coração, dos pulmões durante um período suficientemente longo para produzir mudanças benéficas para o corpo. Correr, nadar, pedalar, são exercícios tipicamente aeróbicos. Há muitos outros. Eles têm uma coisa em comum: ao fazê-lo trabalhar intensamente, eles exigem bastante oxigênio. Esta é a ideia básica (COOPER, 1970, apud BARBANTI, 1990, p.........).
	Além da melhora significativa da resistência cardiorrespiratória, entende-se que a aptidão física também é benéfica para exercer atividades cotidianas, assim serve tanto para o lado fitness quanto para um “comportamento saudável” onde são conjuntos de fatores capazes de promover a saúde, o bem-estar físico e mental e a qualidade de vida dos indivíduos. Para combater, ou amenizar a situação de sedentarismo, sobrepeso e obesidade que encontramos atualmente, uma alternativa que pode ser aplicada é um meio de trabalho interdisciplinar que envolva diversos temas, profissionais e transmita conhecimento da situação para quem nela se encontra. CITAR AUTOR.
 Temos como exemplo, um estudo realizado por Alves (2017), na cidade de camacho MG, com participantes do programa bolsa família, em avaliação de rotina por profissionais da suade que acompanham este grupo, foi constatado que de 302 participantes, de diversas faixas etárias, 75 estariam em situação de sobrepeso ou obesidade, portanto seria necessário um projeto de intervenção para isto. Foi aplicado então palestras aos participantes, sobre os riscos que tais doenças, o sobrepeso e a obesidade podem ocasionar bem como disponibilizado espaço físico e incentivo a práticas esportivas diversas. Visto todos os riscos e agravos a saúde que o sobrepeso e obesidade podem causar, acredita-se ser relevantes a implementação de projetos como este atuando na prevenção e melhora da qualidade de vida.
	Ainda no estudo de Alves (2017), observa e destaca-se a importância do poder publico estar a par destes dados e incentivar estes projetos, e com isso contribuir criando espaços e incentivando a praticas de atividades físicas. Isto vem como uma alternativa no controle desses problemas podendo reduzir os níveis de obesidade, construir hábitos de vida saudáveis e com isso melhorar a qualidade de vida da população.
Devido à importância da aptidão física para uma saúde adequada, pesquisadores de diferentes partes do mundo, entre eles AAHPERD (1988), Davis & Cowie (1992), Harris & Elbourn (1992), Nahas & Corbin (1992), Guedes & Guedes (1994) e Nahas (2001) sugerem propostas para a inclusão da AFRS nos currículos escolares. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física (1996) a AFRS também está contemplada nos objetivos gerais desta disciplina para o ensino fundamental e médio.
3.1 Composição corporal
	Dentro do conhecimento referente a peso corporal, existem dois componentes: Peso da gordura e o peso de massa magra (músculos, ossos e água). Com isso, o mais importante em termos de saúde não está relacionado a quantidade total e sim a proporção ideal de gordura em relação a massa magra. Por exemplo, há pessoas “pesadas”, mas com um índice de musculatura elevado ou até mesmo ossatura pesada, porém não são “gordas”. Por outro lado, existem pessoas no “peso ideal”, mas possuem grandes quantidades de gordura presente no corpo (ALVES, 2017).
	Conclui-se que os níveis de gordura para os homens são ótimos quando sua porcentagem chega até15% e acima disso são considerados irregulares e acima de 25% já são considerados obesidade. Para as mulheres há uma diferença onde que até 20% é considerado ótimo e acima de 33% é considerado obesidade (ALVES, 2017).
3.2 Flexibilidade, Força e Resistência Muscular 
	A flexibilidade, força e a resistência são desenvolvidas através do treino de musculação localizado. Ou seja, quanto mais o corpo estiver acostumado a realizar exercícios sem exaustão, melhor a sua aptidão física e para reforçar isso, nada mais apropriado do que um treino de musculação (ALVES, 1990).
	Acredita-se que a resistência muscular criada após o processo de hipertrofia é o que mais reforça o corpo quando o aluno precisa realizar atividades de grande esforço sem cansar. O que define a aptidão, é que o corpo esta tão forte, resistente e flexível que os processos ocorridos após treinos aumentam a sua qualidade de vida por inteiro. Desde o aumento de sua capacidade cardiovascular até atividades que exigem mobilidade do seu corpo, como por exemplo: tarefas diárias, como caminhar, subir escadas, carregar compras de um mercado, etc; (ALVES, 1992).
	A qualidade de vida é um aspecto que conta muito para o avanço dos níveis de saúde e de aptidão física de uma pessoa; mais energia, mobilidade, massa magra e sistema de metabolismo equilibrado fazem parte da promoção de saúde e qualidade de vida que resultam na aptidão física (BUSS, 2000).
3.3 Atividades que Promovem a Aptidão Física Relacionada à Saúde
Atualmente nossas vidas estão cada vez mais sendo levadas ao sedentarismo, isto é, menos esforços físicos e mais avanços tecnológicos e menos “trabalhos braçais”. Muitas pessoas passam grande parte de sua vida profissional com um gasto energético muito baixo, quase próximo ao repouso, e isso pode afetar diretamente no risco a saúde atacando diretamente algumas doenças como obesidade, problemas cardiovasculares, artrites e entre outras envolvendo atividades motoras. No entanto, há infinidades de atividades físicas nas quais as pessoas de ambos os sexos podem realizar durante seu tempo livre para que não ocorra tais problemas, onde essa não se quer requerem habilidades especiais, coragem e equipamentos sofisticados, mas apenas determinação e força de vontade (NAHAS, 1995).
Para combater, ou amenizar a situação de sedentarismo, sobrepeso e obesidade que encontramos atualmente, uma alternativa que pode ser aplicada é um meio de trabalho interdisciplinar que envolva diversos temas, profissionais e transmita conhecimento da situação para quem nela se encontra (NAHAS, 1995).
4. CONCLUSÕES
	Esse estudo visou como objetivo mostrar que mesmo sabendo o quão valioso e importante é a realização de atividades físicas para nossa saúde, muitas pessoas ainda não adquiriram esse hábito em sua rotina. E ainda sim, continuam a buscar atividades físicas apenas para fins de perca de peso ou ganhos musculares e não propriamente dito à saúde em si. Todas as pessoas possuem alguma atividade física que goste, e cabe ao profissional da área saber identificar e transmitir o conhecimento necessário para proporcionar a melhor maneira de incentivar sobre os benefícios que isso poderá acrescentar em seu dia-a-dia, melhorando ainda mais seu bem-estar e sua qualidade de vida.
Também pode se concluir que aptidão física é resumidamente, a capacidade que uma pessoa possui de praticar atividades físicas em segurança, evitando o risco de sofrer problemas de saúde ou lesões. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, ANO), aptidão física é a capacidade de realização de atividade física ou muscular de maneira satisfatória. Praticar exercícios e atividades físicas é a base para construir uma boa aptidão física. 
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 6022: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
ARAÚJO, Denise S. M. Aptidão física, saúde e qualidade de vida relacionada à saúde em adultos. Disponível em https://www.scielo.br/pdf/rbme/v6n5/v6n5a05.pdf 
BARBANTI, Valdir J. Aptidão Física Um Convite à Saúde. São Paulo: Editora Manole, 1990.
BOELHOUWER, Cristiane et al. Aptidão Física Relacionada á Saúde e De Escolares De 11 a 14 anos de idade. Disponível em Revista Unioeste, 2002 – unioeste.br. Acesso em: 12 de junho de 2020.
GLANER ,Maria Fátima. IMPORTÂNCIA DA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE. Disponível em Revista Brasileira Cineantropom Desempenho Humano, 2003 - educacaofisica.com.br. Acesso em 12 de junho de 2020.
GUEDES.D.P. Educação para saúde mediante programas de Educação Física escolar. Motriz, Londrina, v. 5, n. 1, Junho, 1999. Disponível em< http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ccs/pebII/Dartagnam_revista_motriz.pdf>. Acesso em: 15 Abril, 2019.
NAHAS, M.V. et al Educação para atividade física e saúde. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, V 1, n 1, p 57-65, 1995. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBAFS/article/view/452/496> Acesso em: 16 Abril, 2019.
Acadêmicos¹: Jeferson Visoto, Julia H.Alves e Luis Augusto L.Estery.
Tutor Externo²: Thaise Tramontina.
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Educação Física Bacharel (EFL0819) – Prática Interdisciplinar: Aptidão Física e Saúde – 11/07/2020.