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Apostila_Administração Financeira e Orçamentária_completa

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Prévia do material em texto

Administração 
Financeira e 
Orçamentária
Zulmira Ferreira Silva
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Administração Finan-
ceira e Orçamentária, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado 
dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar 
aos(às) alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA ........................................................... 7
1.1 Organograma Tradicional de Finanças ....................................................................................................................7
1.2 Objetivos da Administração Financeira ...............................................................................................................10
1.3 Funções do Administrador Financeiro .................................................................................................................10
1.4 Metas da Administração Financeira ......................................................................................................................11
1.5 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................11
1.6 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................12
2 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .......................................................................................... 13
2.1 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional ..........................................................................................................13
2.2 Instituições de Apoio ao Sistema Financeiro Nacional ..................................................................................14
2.3 Instituições do Sistema Financeiro Nacional .....................................................................................................15
2.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................16
2.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................17
3 MERCADO FINANCEIRO ................................................................................................................. 19
3.1 Divisão do Mercado Financeiro ...............................................................................................................................20
3.2 Mercado de Ações .......................................................................................................................................................21
3.3 Rentabilidade das Ações ............................................................................................................................................21
3.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................22
3.5 Atividade Proposta .......................................................................................................................................................22
4 INFLAÇÃO E JUROS ............................................................................................................................ 23
4.1 Inflação .............................................................................................................................................................................23
4.2 Taxas de Juros.................................................................................................................................................................24
4.3 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................25
4.4 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................25
5 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS .......................................................... 27
5.1 Aspecto Econômico .....................................................................................................................................................27
5.2 Aspecto Administrativo ..............................................................................................................................................27
5.3 Aspecto Jurídico ............................................................................................................................................................28
5.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................28
5.5 Atividade Proposta .......................................................................................................................................................28
6 GESTÃO DE RISCO ............................................................................................................................... 29
6.1 Tipos de Risco .................................................................................................................................................................29
6.2 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................30
6.3 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................31
7 PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE CURTO PRAZO ...................................................... 33
7.1 Capital de Giro ............................................................................................................................................................... 34
7.2 Regime de Competência e Regime de Caixa ..................................................................................................... 36
7.3 Administração de Fluxo de Caixa ........................................................................................................................... 37
7.4 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................... 39
7.5 Atividades Propostas ................................................................................................................................................... 39
8 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OU CONTÁBEIS ..................................................... 41
8.1Administração Financeira e a Contabilidade ..................................................................................................... 41
8.2 Técnicas de Análise de Balanços ............................................................................................................................. 42
8.3 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................... 46
8.4 Atividades Propostas .................................................................................................................................................. 47
9 ORÇAMENTO EMPRESARIAL ...................................................................................................... 49
9.1 Vantagens e Limitações do Orçamento ............................................................................................................... 49
9.2 Estrutura do Plano Orçamentário ........................................................................................................................... 50
9.3 Níveis de Decisão e Tipos de Planejamento ....................................................................................................... 51
9.4 Organização do Orçamento ..................................................................................................................................... 52
9.5 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................... 52
9.6 Atividades Propostas .................................................................................................................................................. 53
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 55
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 61
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a),
A Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Administração Financeira e Orçamentária 
para um aprendizado dinâmico e autônomo, que a educação a distância exige. 
O objetivo desta apostila e disciplina é propiciar a você uma visão de finanças corporativas e orça-
mentárias, apresentando os conceitos fundamentais.
A disciplina mostrará o papel e as funções do administrador financeiro, bem como as ferramentas 
financeiras para tomadas de decisões e, em um segundo momento, as finanças orçamentárias.
A Unisa Digital oferece outros recursos para apoiá-lo(a) em seu estudo e aprendizado a fim de alcan-
çar uma formação completa, com ferramentas multidisciplinares como chats, fóruns, aulas web, material 
de apoio e e-mail.
Espera-se que no encerramento da disciplina o(a) aluno(a) tenha um conteúdo aprendido que pos-
sa auxiliá-lo(a) em sua vida profissional e pessoal, pois muitos princípios da administração financeira po-
dem ser aplicados tanto em uma quanto na outra esfera.
Será um prazer acompanhá-lo(a) ao longo de nossa disciplina!
Zulmira F. Silva
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
7
Caro(a) aluno, neste capítulo, trataremos do 
objetivo e das funções da administração finan-
ceira. Vamos entender os conceitos de finanças, 
conhecer as principais áreas de finanças e com 
quem elas interagem, o papel do administrador 
financeiro, bem como entender por que a parte 
financeira da empresa é uma das mais importan-
tes e vitais para sua sobrevivência.
Vamos iniciar a discussão? 
Começaremos pelo conceito de finanças. O 
dicionário Aurélio define o termo como a “ciên-
cia e a profissão do manejo do dinheiro, particu-
larmente do dinheiro do Estado”. Dessa forma, 
entendemos que finanças consiste na arte e na 
ciência de administrar o dinheiro ou fundos com 
o auxílio dos princípios econômicos, contábeis e 
conceitos do valor do dinheiro no tempo às toma-
das de decisões em negócios.
INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA1
Gestão financeira pode ser definida como 
um conjunto de ações e procedimentos para oti-
mizar o resultado da empresa por meio de análise 
e controle financeiro. O planejamento financeiro 
surge como um suporte às decisões da empresa, 
no ambiente de incertezas, permitindo sucesso 
nas decisões e visando maximizar os resultados 
econômico-financeiros decorrentes de suas ativi-
dades.
Tendo como objetivo econômico a maximi-
zação de seu valor de mercado e de suas riquezas, 
as empresas visam geração de lucro e de caixa, 
contribuindo para o cumprimento de suas fun-
ções sociais, pagamentos de salários, impostos, 
investimentos etc. 
1.1 Organograma Tradicional de Finanças
Vamos conhecer, agora, os setores que 
compõem a administração financeira. Em algu-
mas empresas de pequeno porte, muitas vezes, 
o próprio proprietário desempenha o papel de 
administrador financeiro, em razão de não haver 
tal departamento. No entanto, à medida que a 
empresa cresce, o departamento financeiro bem 
estruturado faz-se necessário, para que as ativida-
des sejam desempenhadas com mais qualidade.
O organograma tem como finalidade apre-
sentar as responsabilidades hierárquicas da em-
presa; ele nos auxiliará a entender melhor a divi-
são desse departamento.
Apresentamos como exemplo, a seguir, um 
organograma tradicional do departamento finan-
ceiro e seus setores.
Zulmira Ferreira Silva
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8
Figura 1 – Modelo de estrutura do departamento financeiro nas empresas.
Devemos ressaltar também o papel da con-
troladoria, que lida com a contabilidade de cus-
tos, o orçamento, os pagamentos de impostos e 
os sistemas de informações gerenciais. A tesou-
raria é responsável pela administração do caixa 
e dos créditos da empresa, pelo planejamento 
financeiro e pelas despesas de capital.
A empresa é um sistema que interage com 
os agentes no ambiente em que está inserida. O 
diagrama a seguir mostra essa interação com os 
clientes internos e externos, com a finalidade de 
gerar resultados econômicos e financeiros para 
a remuneração dos acionistas/proprietários pelo 
investimento realizado.
Administração Financeira e Orçamentária
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9
Figura 2 – Diagrama da relação com clientes internos. 
 
Fonte: http://www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/financeiro.htm.
Figura 3 – Diagrama da relação com clientes externos. 
Fonte: http://www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/financeiro.htm.
http://www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/financeiro.htm
http://www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/financeiro.htm
Zulmira Ferreira Silva
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10
A empresa tem como objetivo maximizar 
o valor de mercado do capital dos proprietários/
acionistas que esperam lucro que possam au-
mentar os recursos nela investidos e a remunera-
ção de seu capital, sob a forma de distribuição de 
lucro ou dividendos.
Dessa forma, a administração financeira 
tem como objetivos:
�� manter a empresa em permanente si-
tuação de liquidez, como condição bá-
sica para gerir suas atividades;
�� captar recursos financeiros necessários 
para planos de expansão, com base 
em estudos de viabilidade econômico-
-financeira e com os menores custos 
possíveis;
�� assegurar o equilíbrio entre os objeti-
vos de lucro e os de liquidez financeira, 
quantificando os planos de expansão 
de acordo com as possibilidades de ob-
tenção de recursos, próprios ou de ter-
ceiros. 
1.2 Objetivos da Administração Financeira
Saiba maisSaiba mais
Dividendos é a parcela do lucro apurado pela 
empresa que é distribuída aos acionistas por oca-
sião do encerramento do exercício social (balan-
ço). Pela lei das S/As, deverá ser distribuído um 
dividendo de no mínimo 25% do lucro líquido 
apurado, e sempre em dinheiro (moeda cor-
rente). Os dividendos podem ter periodicidade 
diversa: mensal, trimestral, semestral, anual etc., 
desde que consteno estatuto da empresa o pe-
ríodo determinado. A Assembleia Geral Ordinária 
(AGO) é quem determina a parcela a ser distribuí-
da como dividendo, de acordo com os interesses 
da empresa, por meio da manifestação de seus 
acionistas. O montante a ser distribuído deverá 
ser dividido pelo número de ações emitidas pela 
empresa, de forma a garantir a proporcionalidade 
da distribuição (WIKIPÉDIA, 2007).
1.3 Funções do Administrador Financeiro
O administrador tem como responsabilida-
de administrar as atividades financeiras de curto 
e longo prazos, sendo as de curto prazo também 
chamadas de “administração do capital circulan-
te”:
�� administração de caixa;
�� crédito e cobrança;
�� contas a pagar e a receber;
�� estoques;
�� financiamento a curto prazo; 
�� planejamento financeiro e tributário.
No longo prazo, o administrador financeiro 
envolve-se com decisões financeiras estratégicas:
�� orçamento de capital, estrutura de capi-
tal e custo de capital;
�� captação de recursos para projetos e in-
vestimentos;
�� definição dos critérios para escolha de 
investimentos.
Em resumo, podemos definir como funções 
do administrador financeiro as seguintes atribui-
ções:
Administração Financeira e Orçamentária
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11
1.4 Metas da Administração Financeira
�� manter a empresa em permanente si-
tuação de liquidez;
�� maximizar o retorno sobre os investi-
mentos realizados;
�� administrar o capital de giro da empre-
sa;
�� avaliar os investimentos realizados em 
itens do ativo permanente;
�� analisar as aplicações financeiras mais 
atrativas para a organização;
�� estimar o custo dos recursos de tercei-
ros, quando captados;
�� informar sobre as condições econômi-
co-financeiras atuais e futuras da em-
presa; 
�� interpretar as demonstrações financei-
ras;
�� atualizar-se em relação ao mercado e às 
linhas de crédito oferecidas pelas insti-
tuições financeiras;
�� fornecer à alta administração informa-
ções e perspectivas futuras; 
�� elaborar planos para a fonte e usar fun-
dos a curto e longo prazos. 
Como vimos anteriormente, o propósito de 
qualquer empresa é maximizar os lucros, e por 
isso as decisões financeiras são voltadas para o 
aumento do valor de mercado da empresa. Essas 
decisões estão segmentadas em:
�� decisões de investimentos em novos 
ativos;
�� decisões de financiamentos, ou seja, 
captação de recursos próprios ou por 
meio de terceiros;
�� destino dos lucros significa ter planos 
para os investimentos, pois é necessário 
a retenção parte dos lucros e o restante 
poderá ser captado por meio de outras 
fontes.
Saiba maisSaiba mais
Oportunidades de carreira: a administração fi-
nanceira é a área que oferece grandes oportuni-
dades de emprego. Emprega os administradores 
em todos os tipos de negócio, incluindo bancos, 
indústrias, empresas, escolas, operações.
1.5 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo, estudamos a importância da administração financeira, ou corpora-
tiva, para a sobrevivência da empresa. A área financeira faz várias tarefas e atividades. É encontrada em 
qualquer empresa com a finalidade de análises, controle e decisões financeiras, tanto com a escassez de 
recursos quanto com a realidade operacional, exigindo do administrador uma visão de toda a empresa. 
Apresentamos também o principal objetivo da administração financeira, que é maximizar a riqueza 
dos sócios/acionistas. Para tanto, as atribuições do administrador financeiro podem ser sintetizadas em 
três atividades básicas: 
Zulmira Ferreira Silva
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12
a) realização de análise e planejamento financeiro; 
b) tomada de decisões de investimentos; 
c) tomada de decisões de financiamento. 
Em suma, o administrador financeiro é o responsável pela saúde financeira da organização.
1.6 Atividades Propostas
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
1. Quais são as principais áreas de finanças? 
2. Quais são as funções financeiras da empresa? 
3. Quais são os objetivos da administração financeira?
4. Quais são as atribuições dos administradores financeiros?
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13
Caro(a) aluno(a), neste capítulo, vamos des-
crever a estrutura do Sistema Financeiro Nacional 
(SFN) e das principais instituições que o com-
põem.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL2
2.1 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
O SFN é um conjunto de instituições e ór-
gãos que tem como finalidade intermediar o flu-
xo de recursos entre poupadores, investidores e 
os tomadores de recursos em condições satisfa-
tórias do mercado.
As autoridades monetárias têm como papel 
regular e fiscalizar o mercado. As três autoridades 
monetárias que merecem destaque são:
�� O Conselho Monetário Nacional 
(CMN): tem função normativa, sendo 
responsável pelas diretrizes de funcio-
namento do SFN, formulando política 
monetária, de crédito e cambial da eco-
nomia. Seus objetivos principais são 
estabelecer as diretrizes da política mo-
netária, definir a taxa de juros básica da 
economia-taxa Selic e produzir o “Rela-
tório de Inflação”.
�� O Banco Central do Brasil (BACEN): ór-
gão responsável pela fiscalização e pelo 
cumprimento das normas que regulam 
o SFN. Tem como atribuições: emitir 
normas; autorizar o funcionamento 
das instituições financeiras; fiscalizar e 
fazer intervenções; receber depósitos 
compulsórios e voluntários; fazer ope-
rações de redesconto; emitir, comprar e 
vender títulos públicos federais; emitir 
papel-moeda; controlar e sanear o meio 
circulante; administrar a dívida pública 
interna e externa; e gerir as reservas in-
ternacionais.
�� A Comissão de Valores Mobiliários 
(CVM): órgão normativo, tem como 
principal atribuição promover o desen-
volvimento, a disciplina e a fiscalização 
do mercado de ações e debêntures 
para que as bolsas de valores funcio-
nem adequadamente.
A seguir, apresentamos, por meio do orga-
nograma, a estrutura do Sistema Financeiro Na-
cional. 
Zulmira Ferreira Silva
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14
 Figura 4 – Sistema Financeiro Nacional.
Fonte: http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=concursobb01grafico.
2.2 Instituições de Apoio ao Sistema Financeiro Nacional
Destacamos, a seguir, as principais institui-
ções que atuam como agente auxiliar de normali-
zação e fiscalização do SFN.
�� O Banco do Brasil hoje é um banco 
comercial comum, ou banco múltiplo, 
que opera como agente financeiro do 
Governo Federal. Entre suas ativida-
des principais, podemos mencionar: 
realizar operações cambiais, por conta 
própria ou por conta do Banco Central; 
financiar a aquisição e a instalação da 
pequena e média propriedade rural; 
financiar atividades tidas como funda-
mentais pela execução do orçamento 
monetário; executar o serviço de com-
pensação de cheques e outros papéis; 
propiciar mecanismos monetários para 
a execução da política de comércio 
exterior; realizar pagamentos e supri-
mentos necessários à execução do or-
çamento geral da União.
�� O Banco Nacional do Desenvolvi-
mento Econômico e Social (BNDES) 
é responsável pela política de inves-
timentos a longo prazo do Governo 
Federal, sendo a principal instituição 
financeira de fomento para estimular o 
desenvolvimento econômico no Brasil, 
como compras de máquinas e equipa-
mentos, exportações etc.
�� A Caixa Econômica Federal (CEF) atua 
como banco comercial e múltiplo, mas 
tem como finalidade o financiamento 
http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=concursobb01grafico
Administração Financeira e Orçamentária
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15
habitacional e o saneamento básico. 
É um instrumento governamental de 
financiamento social. Também tem a 
função de administrar os recursos do 
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço 
(FGTS) e das loterias federais. Tem tam-
bém o monopólio das operações de pe-
nhor, que são empréstimos garantidos 
com bens de valor e alta liquidez, como 
joias, metais e pedras preciosas etc.
AtençãoAtenção
Podemosagrupar as instituições financeiras, se-
gundo suas funções de crédito, em segmentos: 
• Instituições de crédito a curto prazo: 
 Bancos comerciais 
 Caixas econômicas 
 Cooperativas de crédito 
• Instituições de crédito de médio e longo 
prazos: 
 Bancos de desenvolvimento 
 Bancos de investimento
2.3 Instituições do Sistema Financeiro Nacional
A seguir, apresentamos algumas institui-
ções e suas principais características.
�� Bancos comerciais: seu objetivo é pro-
porcionar recursos necessários para 
financiar, a curto e médio prazos, o co-
mércio, a indústria, as empresas presta-
doras de serviços e as pessoas físicas. As 
principais fontes de recursos dos ban-
cos comerciais são depósitos à vista e 
a prazo fixo. Constituídos em forma de 
Sociedade Anônima (S.A.), executam 
operações de crédito de curto prazo. 
Têm capacidade de criar moeda; ten-
dência a concentração via fusões, pres-
tação de serviços: pagamento de che-
ques; cobranças; transferências. ordens 
de pagamentos, aluguel de cofres, cus-
tódia de valores e operações de câmbio.
�� Bancos múltiplos: são instituições fi-
nanceiras do mesmo grupo econômi-
co constituindo uma única instituição 
financeira com a finalidade de raciona-
lizar a administração e os custos ope-
racionais. Os bancos múltiplos podem 
ter as seguintes carteiras: comercial, de 
investimento e/ou de desenvolvimento, 
de crédito imobiliário, de arrendamen-
to mercantil e de crédito e financiamen-
to e investimento.
�� Bancos de desenvolvimento (BD): o 
BNDES é o principal agente do governo 
para financiamentos de médio e longo 
prazos. Os bancos estaduais de desenvol-
vimento são controlados pelos governos 
estaduais e destinados ao fornecimen-
to de crédito de médio e longo prazos 
às empresas localizadas nos respectivos 
Estados.
�� Bancos de investimento (BI): sua fun-
ção é canalizar recursos de médio e lon-
go prazos para suprimento de capital 
fixo ou de giro das empresas. Apoiam 
basicamente a estrutura privada, tendo, 
inclusive, limites para apoiar os órgãos 
e as empresas do Estado. Os financia-
mentos ao capital fixo são precedidos 
de cuidadosas avaliações de projeto 
e não podem destinar recursos a em-
preendimentos imobiliários.
�� Sociedades de crédito, financiamen-
to e investimento – financeiras: têm 
como objetivo financiar bens de consu-
mo duráveis por meio do popularmen-
te conhecido “crediário” ou crédito dire-
to ao consumidor.
Zulmira Ferreira Silva
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
16
�� Sociedades de arrendamento mer-
cantil (leasing): têm como finalida-
de financiar a compra de bens, como 
máquinas, equipamentos e veículos. 
A operação de leasing se assemelha a 
uma locação, tendo o cliente, no fim 
do contrato, as opções de renová-la, de 
adquirir o equipamento pelo valor resi-
dual fixado em contrato ou de devolvê-
-lo à empresa. 
�� Sociedades administradoras de car-
tões de crédito: são empresas que 
prestam serviços de intermediação en-
tre consumidor e varejista.
�� Empresas de factoring: não estão su-
jeitas às normas do BACEN, portanto 
não são consideradas instituições fi-
nanceiras. Sua finalidade é financiar as 
atividades industriais e comerciais por 
meio de compra de duplicatas. 
Saiba maisSaiba mais
Bolsa de Valores: A BM&FBOVESPA S.A.
Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros foi criada 
em 2008 com a integração entre Bolsa de Merca-
dorias & Futuros (BM&F) e Bolsa de Valores de São 
Paulo (BOVESPA).
Juntas, as companhias formam uma das maiores 
bolsas do mundo em valor de mercado, a segun-
da das Américas e a líder no continente latino-
-americano.
�� Bolsa de valores: são instituições cons-
tituídas pelas corretoras de valores para 
fornecer um local adequado ao encon-
tro de seus membros e à realização de 
transações de compra e venda de títu-
los e valores mobiliários em mercado 
livre e aberto e fiscalizado pela CVM.
2.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo, estudamos a composição do Sistema Financeiro Nacional e algu-
mas das principais instituições que o compõem. 
Vimos que o principal papel da autoridade monetária é o de regular e fiscalizar o mercado. Mostra-
mos as características das principais autoridades monetárias: 
�� Conselho Monetário Nacional (CMN) 
Responsável pela fixação de diretrizes das políticas monetária, creditícia e cambial. 
�� Banco Central do Brasil 
As principais atribuições do BACEN são: 
�� emitir normas, autorizar o funcionamento das instituições financeiras, fiscalizar e fazer inter-
venções; 
�� receber depósitos compulsórios e voluntários, fazer operações de redesconto; 
�� emitir, comprar e vender títulos públicos federais; 
�� emitir papel-moeda, controlar e sanear o meio circulante; 
�� administrar a dívida pública interna e externa e gerir as reservas internacionais. 
Administração Financeira e Orçamentária
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
17
�� Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
É o órgão normativo responsável pelo desenvolvimento, disciplina e fiscalização do mercado 
de ações e debêntures. Sua principal atribuição é a fiscalização da emissão e negociação de 
títulos emitidos pelas Sociedades Anônimas de capital aberto, para que as bolsas de valores 
funcionem adequadamente. 
Aprendemos que os intermediários financeiros (bancários ou monetários) constituídos pelos ban-
cos comerciais e pelos bancos múltiplos criam moeda por meio de recebimento de depósitos a vista e, 
posteriormente, aplicam esses recursos junto às empresas, por intermédio de empréstimos e financia-
mento, Incluem-se neste segmento.
2.5 Atividades Propostas
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
1. Quais são os objetivos do CNM?
2. Quais são as atribuições do BACEN?
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
19
Neste capítulo, vamos estudar o mercado 
financeiro e conhecer sua abrangência. Nesse 
sentido, os mercados monetários, de créditos, de 
capitais e de câmbio serão definidos e discutidos 
brevemente. Também compreenderemos que o 
mercado está ligado ao valor das taxas de juros, 
ou seja, o mercado precisa encontrar a taxa de 
juros de equilíbrio, isto é, a taxa que os empresta-
dores desejam fornecer precisa ser igual à que os 
tomadores desejam captar.
Vamos também entender como as institui-
ções trabalham para propiciar condições do fluxo 
de recursos entre poupadores e investidores, ten-
do em vista que o desenvolvimento econômico 
exige a formação de uma poupança para atender 
às necessidades de financiar investimentos. E, 
diante desse processo de distribuição de recur-
sos, compreenderemos a importância do Sistema 
Financeiro Nacional.
Uma instituição financeira pode atuar como 
intermediador financeiro no mercado. Coloca-se 
entre os agentes econômicos, capta dos investi-
dores e dos depositantes e repassa os recursos a 
tomadores, cobrando uma taxa de intermedia-
ção, o chamado spread.
Vale ressaltar que o mercado financeiro bra-
sileiro é um dos mais desenvolvidos do mundo. 
O Banco Central mantém forte controle sobre o 
sistema financeiro e aplica de forma rígida a po-
lítica monetária determinada pelo Conselho Mo-
netário Nacional.
MERCADO FINANCEIRO3
O mercado financeiro está divido em: 
�� Intermediários financeiros (bancos), 
que captam diretamente do público 
por meio de depósitos e aplicam es-
ses recursos mediante empréstimos 
e financiamentos junto às empresas. 
Exemplos
�� Instituições auxiliares, aquelas que 
se propõem a colocar os investidores 
e poupadores em contato. Exemplos: 
distribuidoras, corretoras, bolsas de va-
lores etc.
AtençãoAtenção
Importância do mercado financeiro na or-
denação dos recursos na economia 
O mercado financeiro tem a dupla função de 
levantar, reunir e concentrar os recursos dispo-
níveis e de, em seguida, canalizá-los para os di-
ferentes tomadores.
 
 Indivíduos
Recursos disponíveis => Empresas
 Governo
ZulmiraFerreira Silva
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20
Agora, vamos estudar a divisão do mercado 
financeiro. Ele é subdividido em quatro segmen-
tos:
�� mercado monetário;
�� mercado de créditos;
�� mercado de capitais;
�� mercado de câmbio.
O mercado monetário consiste em opera-
ções de curto e curtíssimo prazos. A política mo-
netária do governo visa, por meio desse mercado, 
a um controle rápido da liquidez monetária e das 
taxas de juros da economia. Nesse mercado, são 
negociadas a compra e a venda dos títulos da dí-
vida pública, como o BBC-Bônus do Banco Central 
e pelo Tesouro Nacional, emitidas para financia-
mento do orçamento público como LTN-Letras 
do Tesouro Nacional, NTN-Notas do Tesouro Na-
cional.
Quando for necessário reduzir a liquidez no 
mercado financeiro, o Banco Central coloca títu-
los à venda. Quando for necessário aumentar a 
liquidez no mercado financeiro, o Banco Central 
resgata esses títulos antes de seu vencimento.
O mercado de créditos visa atender às ne-
cessidades de curto e médio prazos, relacionan-
do-se com os bancos comerciais e múltiplos, os 
bancos de investimentos e sociedade de crédito, 
financiamento. 
As operações de crédito visam suprir ne-
cessidades de pessoas físicas e jurídicas. Algumas 
dessas necessidades das empresas são o capital 
de giro, os descontos de títulos, a conta garanti-
da, o adiantamento sobre o contrato de câmbio 
(ACC), o financiamento de importação e o finan-
ciamento de ativos permanentes.
O mercado de capitais visa financiar as 
atividades produtivas; portanto, são operações 
financeiras de médio e longo prazos que estimu-
lam o desenvolvimento econômico. O mercado 
3.1 Divisão do Mercado Financeiro
de capital é constituído pelas bolsas, corretoras 
e outras instituições financeiras autorizadas, e os 
principais instrumentos de financiamentos exis-
tentes são: ações, debêntures e notas promissó-
rias (commercial papers). As ações e os títulos de 
crédito são mercado primário e mercado secun-
dário.
É importante ressaltar que o crescimento 
econômico é impulsionado à medida que cresce 
o nível de poupança, fonte principal de financia-
mentos dos investimentos de um país. Com um 
nível de poupança alto, maior é a disponibilida-
de de recursos para que as empresas invistam em 
novos equipamentos ou no desenvolvimento de 
pesquisas, melhorando seu processo produtivo, 
tornando-o mais eficiente e beneficiando toda a 
comunidade.
Os recursos de que as empresas necessitam 
podem ser obtidos por meio de:
�� empréstimos de terceiros;
�� reinvestimentos de lucros;
�� participação de acionistas.
O mercado de câmbio é o segmento do 
mercado financeiro em que ocorrem as nego-
ciações de moedas internacionais pelos agentes 
econômicos que mantém relação de comércio 
internacional (importação e exportação), paga-
mentos de dividendos, juros e principal de dívi-
das, royalties e recebimentos de capitais e outros 
valores, viagens internacionais etc.
O Banco Central atua nesse mercado para 
regulamentar, fiscalizar e controlar as reservas 
cambiais da economia. No Brasil, as operações de 
compra e venda de moedas estrangeiras somente 
podem ser realizadas por agente autorizado pelo 
Banco Central a operar no mercado de câmbio.
As principais moedas estrangeiras negocia-
das no mercado de câmbio brasileiro são:
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�� dólar – Estados Unidos;
�� Iene – Japão;
�� euro – União Europeia;
�� libra esterlina – Grã-Bretanha;
�� franco – Suíça.
AtençãoAtenção
Mercado primário: onde ocorrem as emissões 
iniciais de títulos, e obtém recursos novos para 
suprir as necessidades de caixa da empresa.
Mercado secundário: onde são negociados 
títulos que foram emitidos e negociados no 
mercado primário; ou seja, ocorre apenas a 
transferência de propriedade e de recursos en-
tre investidores.
3.2 Mercado de Ações 
Primeiro, é importante definirmos o que é 
uma “ação”. Ação é um valor mobiliário, é a menor 
parcela do capital social das companhias ou So-
ciedades Anônimas, é um título de renda variável, 
e só pode ser emitida por companhias registra-
das na CVM, chamadas de “companhias abertas”; 
pode ser negociada publicamente no mercado 
de valores mobiliários. Já as companhias de socie-
dade limitada são chamadas de “capital fechado” 
e não são listadas em bolsas.
Ao comprar uma ação, você passa a ser só-
cio de uma empresa, ou seja, você está adquirin-
do uma participação no capital da empresa; no 
entanto, por ter rendimentos, são variáveis. O pre-
ço das ações depende dos resultados da empresa 
e das condições de mercado e da economia.
Existem dois tipos de ação:
�� ações ordinárias, que dão direito a 
voto do acionista em assembleias ge-
rais de acionistas e à participação nos 
lucros da sociedade mediante o recebi-
mento de dividendos; 
�� ações preferenciais, que, ao contrário, 
não dão direito a voto, mas têm prefe-
rência no recebimento de dividendos.
3.3 Rentabilidade das Ações
Como estudamos anteriormente, as ações 
têm rendimentos variáveis e são influenciadas 
por algumas variáveis: 
�� Macroeconômicas: taxa de crescimen-
to da economia que leva a maior lucro 
das empresas e, consequentemente, 
alta nos preços das ações, nas taxa de 
juros e no mercado externo.
�� Setoriais: constituem os eventos que 
afetam de forma positiva ou negativa 
o setor de atividades em uma empre-
sa. Outras variáveis que podem afetar a 
empresa são as inovações tecnológicas, 
as mudanças de preços de matérias-
-primas etc.
�� De mercado: podemos citar como va-
riáveis de mercado que afetam os pre-
Zulmira Ferreira Silva
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22
ços das ações os impostos sobre aplica-
ções em ações ou alguma mudança nas 
regras de investimentos.
�� De desempenho da empresa: novos 
contratos, aquisição de novas empresas 
e novos parceiros etc.
�� De dividendos: representa uma parce-
la do lucro da empresa no exercício que 
será distribuído aos acionistas.
�� De bonificação: uma sociedade decide 
elevar seu capital social mediante a in-
corporação de reservas e lucros, emitin-
do novas ações e distribuindo-as gra-
tuitamente aos seus acionistas ou por 
meio de bonificação em dinheiro. 
AtençãoAtenção
As bolsas de valores são sociedades anônimas 
ou associações civis com o objetivo de manter 
um local ou sistema adequado ao encontro 
de seus membros e à realização, entre eles, de 
transações de compra e venda de títulos e va-
lores mobiliários, em mercado livre e aberto, es-
pecialmente organizado e fiscalizado por seus 
membros e pela CVM.
As sociedades anônimas de capital fechado 
normalmente estão divididas entre poucos 
acionistas. As ações de empresas desse tipo 
não são comercializadas em bolsas de valores 
ou no mercado de balcão.
�� De direitos de subscrição: são os di-
reitos de preferência do acionista para 
subscrever (adquirir) novas ações, 
quando houver aumento de capital. Os 
acionistas podem transferir o direito de 
subscrição a terceiros por meio de ven-
da na Bolsa.
3.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), estudamos, neste capítulo, o mercado financeiro. Identificamos os segmentos 
de mercado e como ele é subdividido (mercado monetário, mercado de crédito, mercado de capitais e 
mercado cambial). Entendemos também que ações são cotas de uma empresa, ou seja, uma parcela do 
capital social de uma sociedade, e essas ações são negociáveis no mercado. Aprendemos também que 
existem dois tipos de ações: ordinárias e preferenciais.
Em relação aos rendimentos, compreendemos que eles são variáveis, dependendo dos resultados 
apurados pela empresa de acordo com as condições de mercado e da economia.
3.5 Atividade Proposta
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
1. No mercado financeiro, a intermediação financeira desenvolve-se de forma segmentada, com 
base em quatro subdivisões: mercados monetário, cambial, de crédito e de capitais. Explique 
cada um deles.
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23
Caro(a) aluno(a), uma vez estudados o sis-
tema e o mercado financeiros, é importante tam-
bém salientar as questões de juros e de inflação 
no Brasil, compreendendo os males da inflação 
e seus indicadores e entendendo a interferência 
das taxas de juros na economia.
INFLAÇÃO E JUROS4
4.1 Inflação
Em primeiro lugar, é importante conceituar 
inflação. Inflação é o aumento persistente dos 
preços, e quem perde com esse aumento cons-
tante são os trabalhadores, pois a inflação os faz 
perder o poder aquisitivo de compra.
O Brasil teve um histórico de hiperinflação 
por duas décadas, o que prejudicava o planeja-
mento dos agentes econômicos. Houve vários 
planos fracassados, como o Plano Cruzado, em 
1986, o Plano Bresser, em 1987, o Plano Verão, em 
1989, posteriormente chamado de Cruzado Novo, 
o Plano Color, em 1990 e Color II, o Plano Bresser 
e, por fim, o Plano Real, instituído em 1994, com a 
expectativa de redução da inflação, trazendo oti-
mismo para o País.
Algumas das causas da inflação incluem:
�� aumento da demanda; 
�� aumento dos custos dos produtos e 
serviços.
Outro problema que podemos citar como 
causa da inflação é a desvalorização da moeda em 
relação a outras. O aumento do dólar faz o custo 
das importações elevar-se, e esses custos são re-
passados aos preços, impulsionando a inflação.
Um país com inflação alta faz os investidores 
não se sentirem estimulados a aumentar a capa-
cidade produtiva da empresa, preferindo deixar 
o dinheiro em aplicações financeiras em bancos, 
pois sabem que inflação é indicador de economia 
com problema. Uma inflação alta estimula a espe-
culação financeira de investidores estrangeiros, o 
que pode ser prejudicial, uma vez que esse capi-
tal estrangeiro entra e pode sair rapidamente do 
país, causando instabilidade no câmbio.
Existem vários índices que medem a infla-
ção. Os principais são:
�� Índice Geral de Preços (IGP) (calculado 
pela Fundação Getúlio Vargas);
�� Índice de Preços ao Consumidor (IPC) 
(medido pela Fundação Instituto de 
Pesquisas Econômicas – FIPE);
�� Índice Nacional de Preços ao Consumi-
dor (INPC) (medido pelo Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística – IBGE); 
�� Índice de Preços ao Consumidor Amplo 
(IPCA) (também calculado pelo IBGE).
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24
O Governo Brasileiro tem adotado políticas 
econômicas há anos para manter a inflação sob 
controle, e entre essas políticas foram adotadas a 
consolidação dos sistemas de metas para a infla-
ção e de câmbio flutuante, a acumulação de re-
servas internacionais, um sistema de supervisão 
eficiente por parte das autoridades governamen-
tais e a prática de uma política fiscal responsável. 
Vale salientar que um país que sofre com 
altas taxas de inflação tem como consequência 
aumento das taxas de desemprego. Isso acontece 
porque não há estímulo para investimentos nas 
empresas.
Saiba maisSaiba mais
Desde 2003, o Banco Central do Brasil (BACEN) 
vem cumprindo as metas de inflação fixadas pelo 
CMN. No mesmo período, as reservas em moedas 
fortes do País quadruplicaram e ultrapassam a fai-
xa dos US$ 250 bilhões. No fim de 2007, o Brasil 
passou de devedor a credor líquido internacional 
e seguiu como um dos principais destinos de 
investimentos estrangeiros entre as economias 
emergentes, apesar da instabilidade nos merca-
dos internacionais.
Fonte: http://www.brasil.gov.br/navegue_por/noticias/
textos-de-referencia/o-sistema-financeiro-do-brasileiro
4.2 Taxas de Juros
Podemos definir taxa de juros como o va-
lor que dever ser pago pelo empréstimo de um 
capital. 
O Governo Brasileiro tem usado a Política 
Monetária para controlar a inflação, e uma dessas 
ferramentas é o Sistema Especial de Liquidação e 
de Custódia (Selic). Considerada a taxa básica de 
juros, o Selic é a taxa que o governo paga ao ven-
der seus títulos no mercado, ou seja, pelos em-
préstimos que levanta junto aos investidores. Essa 
taxa de juros serve também de referência para a 
formação das demais taxas de juros da economia.
A taxa de juros apresenta forte interferência 
na economia. Quando está alta, inibe o consumo, 
forçando os preços a baixar. Entretanto, não es-
timula os financiamentos e, consequentemente, 
não impulsiona os investimentos do setor produ-
tivo. Se a taxa de juros estiver baixa, estimula o 
consumo e os financiamentos para aumentar a 
capacidade produtiva do país.
É importante saber que o maior capital que 
um pais tem é a poupança, ou seja, o volume de 
poupança disponível na economia. Quanto maior 
for o consumo, menor a taxa de poupança e mais 
elevadas as taxas de juros, pois menor o montan-
te de capital disponível para empréstimos para 
financiamento. Ao contrário, com o aumento da 
capacidade de poupança, maior a oferta de di-
nheiro na economia e consequentemente uma 
redução das taxas de juros.
Conclusão: 
Elevação da Taxa de 
Juros (Selic)
Menos consumo
Menos financiamento
Menos investimentos
Diminuição da Taxa de 
Juros (Selic)
Mais consumo
Mais financiamento
Mais investimentos
Administração Financeira e Orçamentária
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Neste capítulo, vimos a influência da inflação e da taxa de juros na economia. Aprendemos os prin-
cipais indicadores de inflação e seu reflexo na decisão das empresas no momento de se fazerem financia-
mentos para aumentar a capacidade produtiva de um país. 
Entendemos que a taxa de juros exerce forte interferência na economia. Com uma taxa de juros 
alta, haverá poucos investimentos em aumento de capacidade produtiva. Taxas de juros baixas signifi-
cam incentivo a financiamentos e, consequentemente, a investimentos. O setor produtivo sempre pede 
juros menores. Quando se reduz a taxa de juros, dá-se ânimo à economia e estimula-se o crescimento, 
gerando, com isso, empregos e novos negócios.
4.3 Resumo do Capítulo
4.4 Atividades Propostas
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
1. Qual é a definição de inflação?
2. Explique as consequências, na economia, de um aumento e de uma diminuição das taxas de 
juros.
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Caro(a) aluno(a), neste capítulo, veremos 
como as empresas podem ser classificadas con-
siderando três aspectos: econômico, administra-
tivo e jurídico. Conheceremos, também, as moda-
lidades legais das organizações.
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 
DAS EMPRESAS5
5.1 Aspecto Econômico
O aspecto econômico refere-se aos setores 
de atividades em que as empresas se classificam:
�� setor primário: está relacionado à ex-
ploração dos recursos da natureza;
�� setor secundário: é o setor que transfor-
ma a matéria-prima em produtos indus-
trializados;
�� setor terciário: está relacionado a aten-
der nossas necessidades por meio dos 
serviços/comércio.
5.2 Aspecto Administrativo
Quanto ao aspecto administrativo, as em-
presas se classificam em: 
�� estatais ou públicas: o capital é contro-
lado pelo setor público;
�� mistas: parte do capital origina-se do 
setor público e parte do setor privado;
�� privadas: o capital é da iniciativa parti-
cular.
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Segundo o aspecto jurídico, as empresas 
dividem-se em individuais e empresa societária: 
�� empresa individual: o capital pertence a 
uma só pessoa, e a responsabilidade do 
proprietário é ilimitada;
�� empresa societária: o capital é consti-
tuído por duas ou mais pessoas (sócios/
cotistas). 
Examinaremos os dois principais tipos de 
empresa societária no Brasil: a sociedade por co-
tas de responsabilidade limitada e a Sociedade 
Anônima.
A sociedade por cotas de responsabilidade 
limitada é o modelo mais comum de constituição 
jurídica de empresas que encontramos e tem o 
5.3 Aspecto Jurídico
capital social representado por cotas. A responsa-
bilidade limitada de cada sócio irá até o valor de 
suas participações em cotas da sociedade, isto é, 
os sócios respondem apenas pelo valor das cotas 
com quese comprometeram no contrato social. 
A Sociedade Anônima é um tipo de empre-
sa que tem seu capital social representado por 
ações, e os sócios têm responsabilidade limitada 
ao preço das ações adquiridas. 
A Sociedade Anônima pode ser classifica-
da em capital aberto e fechado. Na companhia 
aberta, o capital é divido em ações, e seus valo-
res mobiliários são devidamente registrados na 
CVM para negociação na bolsa de valores ou no 
mercado de balcão. Já a companhia fechada tem 
um número limitado de sócios, e a soma de seus 
patrimônios é menor do que o estabelecido pela 
CVM para negociação nas bolsas de valores. 
5.4 Resumo do Capítulo
5.5 Atividade Proposta
Neste capítulo, vimos as diferentes modalidades legais de organização de empresas, a firma indivi-
dual, a sociedade por cotas e a sociedade por ações.
A Sociedade Anônima pode ser classificada em capital aberto e fechado; o que as diferencia é que 
Sociedade Anônima de capital aberto pode ser negociada em bolsa de valores, e a de capital fechado, 
não. 
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
1. Quais são os tipos de Sociedades Anônimas e o que as difere?
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Caro(a) aluno(a), o objetivo deste capítulo é 
abordar a gestão de risco, tendo em vista as preo-
cupações das empresas com a sustentabilidade 
dos negócios, não importando o tamanho ou a 
atividade da empresa.
Primeiro é preciso entender que gestão de 
risco consiste em planejar, organizar, dirigir e con-
trolar os recursos humanos e materiais de uma 
empresa para protegê-la de possíveis perdas e, 
dessa forma, tomar providências para garantir a 
sobrevivência do empreendimento e a geração 
de valor aos acionistas diante de incertezas.
GESTÃO DE RISCO6
Nesse sentido, os administradores têm o 
grande desafio de implantação de processos de 
controle interno, com o objetivo de prevenir e 
mitigar possíveis riscos que possam causar danos 
pessoais ao meio ambiente e à imagem da em-
presa.
6.1 Tipos de Risco
As empresas estão sujeitas a diferentes ti-
pos de riscos; dessa forma, é importante a iden-
tificação dos eventos destes. Os riscos podem ser 
classificados nas dimensões descritas resumida-
mente a seguir.
Risco de crédito refere-se a incertezas de 
recebimentos de um valor. Pode ser divido em:
a) risco da falta de pagamento, ou inadim-
plência; 
b) risco de concentração de crédito;
c) risco soberano, ou risco do país. 
Risco de mercado refere-se à incerteza re-
lacionada aos retornos esperados de um investi-
mento, em decorrência de variações em fatores 
como taxas de juro, taxas de câmbio, preços de 
ações e commodities. A seguir, relacionamos os 
principais riscos de mercado:
a) risco do mercado acionário; 
b) risco do mercado de câmbio;
c) risco do mercado de juros; 
d) risco do mercado de commodities. 
Risco operacional está relacionado a possí-
veis perdas devido ao resultado de sistemas, con-
troles ou processos inadequados, tais como: 
a) risco organizacional;
b) risco de operações;
c) risco de pessoal. 
Risco legal está relacionado a perdas oriun-
das de transações inadequadas devido à falta de 
definições e técnicas e da legalidade na elabora-
ção de contratos.
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Risco de imagem está relacionado a perdas 
decorrentes de desgastes reputação da institui-
ção junto ao mercado ou a autoridades em razão 
de publicidade negativa, de ações particulares 
ilegais ou irresponsáveis, as quais podem ser ver-
dadeiras ou não.
Saiba maisSaiba mais
Os 13 maiores riscos das empresas segundo pesquisa Excellence in Risk Management:
Risco
1º Interrupção dos negócios
2º Condições econômicas
3º Liquidez
4º Riscos regulatórios/compliance
5º Destruição/perdas de recursos físicos
6º Mitigação ou sinistros
7º Catástrofe natural
8º Mudanças legais ou regulatórias
9º Disponibilidade de seguros para mitigar riscos
10º Risco à saúde e à segurança no trabalho
11º Reputação de marca
12º Continuidade de negócios/execução do gerenciamento de crise
13º Disponibilidade de capital
Fonte: http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/os-10-maiores-riscos-das-empresas-em-2013
Este capítulo tratou da importância da gestão de risco, independentemente da atividade e do ta-
manho da empresa. Vimos a importância da implantação de controles internos para identificação e ava-
liação dos riscos que envolvem a atividade da empresa, evitando possíveis impactos negativos e possí-
veis oportunidades. 
Demonstramos as dimensões dos riscos, que estão classificados em:
�� risco de mercado;
�� risco de crédito;
�� risco operacional;
�� risco legal;
�� risco de imagem.
6.2 Resumo do Capítulo
Administração Financeira e Orçamentária
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Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
1. Quais são os tipos de risco que as organizações podem ter?
2. Como está dividido o risco de mercado?
3. Qual é a finalidade dos controles internos dentro de qualquer organização?
6.3 Atividades Propostas
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Caro(a) aluno(a), neste capítulo, vamos en-
tender a necessidade do planejamento financei-
ro por parte das organizações para alcançar suas 
metas e objetivos e que a ausência dele pode 
provocar falta de liquidez, podendo causar riscos 
à empresa. 
O planejamento financeiro pode ser defi-
nido como uma ferramenta administrativa com-
posta de um conjunto de ações, controles e pro-
cedimentos que possibilita perceber a realidade, 
avaliar os caminhos para definir o futuro dos 
negócios, montar um orçamento, acompanhar 
as contas, saber se há sobra ou falta de recursos, 
tomar providências para nivelar o orçamento, no 
caso de falta, e fazer investimentos caso haja so-
bra de recursos.
Abordaremos a importância de uma boa 
gestão do capital de giro e do fluxo de caixa como 
PLANEJAMENTO FINANCEIRO 
DE CURTO PRAZO7
ferramenta de gestão para tomada de decisão pe-
los administradores.
No entanto, antes de iniciar, vamos relem-
brar alguns conceitos contábeis básicos para faci-
litar nosso entendimento neste capítulo.
�� Ativos circulantes: são os ativos que a 
companhia tem à sua disposição: cai-
xa, investimentos a curto prazo e lon-
go prazos, contas a receber, estoques e 
despesas pré-pagas.
�� Passivos circulantes: são as obriga-
ções que a companhia tem com seus 
fornecedores e credores, no curto pra-
zo: contas a pagar, encargos a apropriar, 
empréstimos e financiamentos de cur-
to prazo.
�� Balanço patrimonial:
Quadro 1 – Balanço patrimonial.
Fonte: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade077.asp.
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Em um ambiente cada vez mais globalizado e um mercado cada vez mais competitivo, manter sob 
controle os recursos financeiros é fator fundamental para a sobrevivência de qualquer organização; por-
tanto, é importante que o administrador conheça e exerça uma boa gestão do capital de giro da empresa. 
Podemos definir capital de giro como o montante de recursos necessários para financiar as ativida-
des da empresa. O capital de giro é conhecido como capital circulante.
Vejamos o exemplo a seguir:
7.1 Capital de Giro
Fonte: http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/gad/A_a_H/administracao_fin_orcam/aula_04-6574/01.html.
O capital de giro líquido é a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante, ou seja,
CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO = Ativo circulante – passivo
 $ 40 – $ 15 = $ 25,00
Quando o valor do ativo circulante supera o do passivo circulante, significa que a empresa apresen-
ta capital de giro líquido positivo. Quando o valor do ativo circulante é menor que o do passivo circulante, 
significa que a empresa apresenta capital de giro líquido negativo.
As dificuldades relativas ao capital de giro em uma empresa são devidas aos seguintes fatores:
�� redução de vendas;�� crescimento da inadimplência;
�� aumento das despesas financeiras;
�� aumento de custo.
http://www.virtual.ufc.br/solar/aula_link/gad/A_a_H/administracao_fin_orcam/aula_04-6574/01.html
Administração Financeira e Orçamentária
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A falta de planejamento e de controle do capital de giro pode comprometer a capacidade da em-
presa de cumprir seus compromissos e prejudicar sua rentabilidade; dessa forma, faz-se necessário o 
acompanhamento sistemático do ciclo operacional. A seguir, é apresentado seu esquema.
Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm.
O ciclo operacional inicia com o recebimento de matéria-prima e estende-se até o recebimento de 
vendas. A primeira parte do ciclo, que se encerra com a venda, é medida pelo período médio de estoques 
(PME), enquanto a segunda parte do ciclo é medida pelo período médio de recebimento (PMR). O admi-
nistrador financeiro deve otimizar permanentemente os prazos médios de permanência nos estoques, as 
contas a receber e as contas a pagar.
PME = Estoques médios
 Vendas diárias
PMR = Contas a receber médio
 Vendas diárias
Ciclo operacional = PME + PMR
O critério para estabelecer o ciclo de caixa é a diferença entre o ciclo operacional e o período médio 
de pagamento (PMP). Para encontrar o PMP, basta dividir o contas a pagar médio e as compras diárias:
PMP = Contas a pagar médio
 Compras diárias 
Ciclo de caixa = Ciclo operacional – PMP
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm
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O ciclo econômico é o período em que a mercadoria permanece em estoque. Inicia-se na aquisi-
ção dos produtos e vai até o ato da venda, não levando em consideração seu recebimento. 
Ciclo econômico = Prazo médio de estocagem (PME)
O ciclo financeiro é o período entre o pagamento a fornecedores e o recebimento de vendas, de-
finido pelo critério: 
Ciclo financeiro = PMDR prazo médio das duplicatas a receber – PMPF prazo médio de paga-
mento a fornecedores
Vejamos o exemplo:
A empresa X opera dentro das seguintes condições:
�� Prazo médio de permanência no estoque (PME) = 10 dias
�� Prazo médio de recebimento de vendas (PMR) = 35 dias
�� Prazo médio de pagamentos (PMP) = 30 dias
CF = PME + PMR – PMP
CF = 10 + 35 – 30
CF = 15 dias
Giro de caixa baseado em um período anual = 360/15 = 24 vezes
AtençãoAtenção
ANALISE: é importante para a empresa sem-
pre buscar alternativas que resultem em ciclos 
financeiros reduzidos, observando sempre as 
limitações do mercado e o setor econômico 
inserido.
7.2 Regime de Competência e Regime de Caixa
Vamos iniciar o estudo sobre administração 
de fluxo de caixa explicando a diferença entre re-
gime de competência e regime de caixa. O regi-
me de competência é adotado pela contabilidade 
para reconhecer as receitas no momento da ven-
da e as despesas no momento em que ocorrem, 
ou seja, é considerado, nesse regime, o mês em 
que ocorreram os fatos. Já no regime de caixa, as 
receitas são reconhecidas no momento em que 
são recebidas, e as despesas, no momento em 
que são pagas. Esses dois regimes são interde-
pendentes e se completam.
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37
O fluxo de caixa é uma ferramenta funda-
mental para os gestores acompanharem com 
precisão qual a situação financeira da empresa. 
Apresentado por meio de relatórios, consiste em 
fornecer uma visão geral de todas as atividades 
(entradas e saídas) para tomada de decisões, que 
serão quase sempre do tipo:
�� quanto e quando será aplicado;
�� alternativas de investimentos; 
7.3 Administração de Fluxo de Caixa
�� retirada de acionistas;
�� captação de empréstimos;
�� qual o caixa mínimo que a empresa de-
verá manter em seu “disponível” para 
honrar seus compromissos.
Veja na Figura 4, a seguir, as informações 
que compõem o fluxo de caixa, os principais in-
gressos e desembolsos de caixa.
 
Fonte: http://www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/financeiro.htm.
http://www.fluxo-de-caixa.com/fluxo_de_caixa/financeiro.htm
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38
Apresentamos, na Figura 6, os principais ob-
jetivos do fluxo de caixa: 
Fonte: Fundação Prefeito Faria Lima.
A falta de recursos na empresa pode ser 
ocasiona por vários motivos; entre eles, podemos 
citar:
�� expansão descontrolada de vendas 
(maiores compras);
�� insuficiência de capital próprio;
�� ampliação exagerada do prazo de ven-
das;
�� compras de porte de caráter cíclico ou 
para reserva;
�� prazos inadequados de recebimentos e 
de pagamentos;
�� rotação lenta de estoques e produtos pron-
tos; 
�� ociosidade do capital fixo pela retração 
de mercado;
�� distribuição de lucros além das disponi-
bilidades;
�� altos custos financeiros pelo fluxo irre-
gular de caixa.
Também existem os fatores externos mais 
comuns que podem provocar problemas no cai-
xa:
�� concorrência;
�� alterações nas alíquotas de impostos;
�� aumento de preços;
�� inflação;
�� inadimplência;
�� declínio nas vendas;
�� expansão ou retração do mercado.
Vale ressaltar a importância da política de 
crédito adequada dentro das empresas para for-
necer concessão de crédito a um cliente. Para isso, 
é fundamental que o administrador financeiro 
implante um sistema eficiente de política de cré-
dito e cobrança, a fim de evitar as perdas com a 
inadimplência.
Administração Financeira e Orçamentária
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Estudamos, neste capítulo, a importância do planejamento financeiro para a saúde da empresa e o 
quanto é difícil e complexa essa função para o administrador financeiro, que busca conciliar o equilíbrio 
entre os ingressos e desembolsos de caixa para facilitar suas tomadas de decisões. Vimos a importância 
do fluxo de caixa como ferramenta que permite ao administrador de finanças planejar, organizar, coorde-
nar, dirigir e controlar os recursos financeiros da empresa, possibilitando melhor gerenciamento, como, 
por exemplo, buscar recursos ou fazer investimentos, novos projetos, antecipar-se aos problemas etc.
Também foi estudado o objetivo de uma boa gestão de capital de giro, visando minimizar o tempo 
entre o desembolso com as compras e o recebimento de vendas. O gerenciamento do capital de giro en-
volve decisões como a administração do fluxo de caixa, a gestão de estoques, a política de crédito visan-
do maior controle sobre os recebíveis etc. Uma administração ineficiente do capital de giro pode trazer 
consequências sérias para o fluxo de caixa da empresa. Portanto, o capital de giro deve ser acompanhado 
constantemente, tendo em vista que as empresas sofrem impactos de diversas mudanças.
7.4 Resumo do Capítulo
7.5 Atividades Propostas
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
1. Em que medida você acha que o fluxo de caixa facilita a vida de um gestor?
2. Que fluxo de informação a empresa precisa estabelecer para ter condições de elaborar o fluxo 
de caixa?
3. A empresa MARIO & MARIA compra matéria-prima com prazo de 35 dias e vende seu produto 
com prazo de 70 dias. Passam-se 85 dias entre o momento em que a matéria-prima é comprada 
até a época em que o produto acabado é vendido, ou seja, a idade média dos estoques é de 85 
dias.
a) Qual é o ciclo de caixa da empresa? CC = PME + PMC – PMP
b) Qual é o giro de caixas?
c) Se retardar o período médio de pagamento/aumentar prazo médio de compras de 35 para 
45 dias, como fica o ciclo de caixa? CC = PME + PMC – PMP
d) Se reduzir o prazo médio de cobrança de 70 para 50 dias, como ficará o ciclo de caixa? CC = 
PME + PMC – PMP
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Caro(a) aluno(a), este capítulo objetiva apre-
sentar as demonstrações financeiras ou contábeis 
e mostrar que por meio delas a empresa pode ex-
trair informações sobre sua posição econômica, 
financeira, operacional e derentabilidade.
As demonstrações financeiras permitem 
que se tenha uma visão da situação da empresa; 
dessa forma, servem de base para o planejamen-
to dos negócios e a elaboração de orçamentos 
internos.
De acordo com a Lei n° 6.404, de 15/12/1976, 
conhecida também como Lei das Sociedades por 
Ações, é obrigatória a publicação, pelas compa-
nhias, ao fim de cada exercício social (12 meses), 
das seguintes demonstrações financeiras:
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
OU CONTÁBEIS8
�� balanço patrimonial; 
�� Demonstração dos Lucros ou Prejuízos 
Acumulados (DLPA);  
�� Demonstração do Resultado do Exercí-
cio (DRE);
�� Demonstração dos Fluxos de Caixa 
(DFC); 
�� se companhia aberta,  Demonstração 
do Valor Adicionado (DVA).
Vamos ver, no próximo tópico, as análises 
de balanços desenvolvidas a partir das demons-
trações contábeis apuradas pelas empresas.
8.1 Administração Financeira e a Contabilidade
Com base nas informações contábeis, a aná-
lise de balanços visa relatar a situação econômi-
co-financeira passada, presente e futura de uma 
empresa, mostrando seus pontos fortes e fracos e 
também sua evolução durante os anos. Para rea-
lizar essa análise, são necessárias demonstrações 
contábeis, em forma de relatórios, elaboradas pe-
riodicamente pelas empresas. 
É importante lembrar que os usuários mais 
importantes da análise de balanços de uma em-
presa são os fornecedores, os clientes, os interme-
diários financeiros, os acionistas, os concorrentes, 
o governo e seus próprios administradores.
Os interesses desses usuários são:
�� Fornecedores: conhecer a capacidade 
de pagamento da empresa para quem 
estão fornecendo, identificando, no ba-
lanço, o nível de endividamento e a ren-
tabilidade das empresas compradoras.
�� Clientes: é prudente que as empresas 
compradoras avaliem as firmas vende-
doras e verifiquem, por meio de seus 
balanços, os níveis de investimentos 
em pesquisas e desenvolvimento de 
produtos, a existência de projetos e 
expansão, as condições financeiras e a 
captação de recursos a longo prazo.
�� Intermediários financeiros: conhe-
cimento do nível de endividamento, 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/balancopatrimonial.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstlucrosprejacumulados.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstlucrosprejacumulados.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ademonstracaodosfluxos
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ademonstracaodosfluxos
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracaodovalor.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/demonstracaodovalor.htm
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solvência, rentabilidade das empresas 
para concessão de crédito.
�� Acionistas: identificar o retorno de 
seus investimentos.
�� Concorrentes: comparar sua posição 
econômico-financeira (liquidez, cresci-
mento de vendas etc.) em relação a em-
presas concorrentes.
�� Governo: concorrência pública, em 
que o fator importante é o desempe-
nho empresarial para o processo de se-
leção.
�� Próprios administradores: serve de 
acompanhamento e avaliação e toma-
das de decisões pela empresa.
8.2 Técnicas de Análise de Balanços
Como vimos anteriormente, a análise de 
balanço tem o objetivo de extrair dados das de-
monstrações financeiras e transformá-los em in-
formações para a tomada de decisões.
As principais técnicas de análise de balan-
ços são:
�� análise vertical;
�� análise horizontal;
�� análise por indicadores.
A análise vertical facilita a avaliação da es-
trutura do ativo e do passivo, bem como a parti-
cipação de cada item da demonstração de resul-
tado na formação do lucro ou do prejuízo. Essa 
análise demonstra a participação relativa de cada 
linha dos itens do ativo e do passivo em relação à 
somatória do grupo, permitindo avaliar a compo-
sição de itens e sua evolução no tempo.
Exemplo
Quadro 2 – Demonstração de análise vertical.
Fonte: http://www.fisconet.com.br/user/materias/contabilidade/analise_vertical.htm.
http://www.fisconet.com.br/user/materias/contabilidade/analise_vertical.htm
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A análise horizontal é uma análise de cres-
cimento, ou seja, tem como finalidade principal 
a comparação entre os valores de uma determi-
nada conta, ou grupo de contas, em diferentes 
exercícios, mostrando a evolução dos ativos e dos 
passivos, a curto prazo, do ativo permanente e da 
estrutura de capital.
Exemplo
Quadro 3 – Demonstração de análise horizontal.
Fonte: http://www.fisconet.com.br/user/materias/contabilidade/analise_vertical.htm.
A análise por indicadores consiste em evi-
denciar a situação econômica ou a situação finan-
ceira de uma empresa.
A análise econômica é uma avaliação da 
rentabilidade e da lucratividade do desempenho 
da empresa, enquanto a análise financeira con-
siste em acompanhar a evolução da empresa e 
identificar possíveis deficiências na gestão dos 
negócios.
Vamos fornecer uma descrição detalhada 
dos principais indicadores financeiros, começan-
do pelos índices que mostram as grandes linhas 
de tomadas de decisões financeiras no que diz 
respeito à obtenção e à aplicação de recursos.
Participação de capitais de terceiros: re-
laciona as grandes fontes de recursos da empresa, 
capitais próprios e capitais de terceiros e pode ser 
chamado de “índice de grau de endividamento”. 
Esse indicador mostra quanto a empresa tomou 
de capital de terceiros para cada R$ 100 de capital 
próprio investido; portanto, quanto menor o re-
sultado, melhor.
 
Fórmula: Capitais de terceiros X 100
 Patrimônio líquido
Composição do endividamento: esse 
índice mostra qual o percentual de obrigações 
de curto prazo em relação às obrigações totais. 
Quanto menor for o indicador, melhor para a em-
presa.
Fórmula: Passivo circulante X 100
 Capitais de terceiros 
http://www.fisconet.com.br/user/materias/contabilidade/analise_vertical.htm
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Imobilização do patrimônio líquido: esse 
índice mostra quantos reais a empresa aplicou 
no ativo permanente para cada R$ 100 de patri-
mônio líquido. É importante lembrar que, quan-
to mais a empresa investir no ativo permanente, 
menos recursos próprios sobrarão para o ativo 
circulante; portanto, poderá ter dependência de 
capitais de terceiros para o financiamento do ati-
vo circulante.
Fórmula: Ativo permanente X 100
 Patrimônio líquido 
Agora, vamos apresentar alguns índices de 
liquidez, que mostram a situação financeira da 
empresa.
Liquidez geral: esse índice serve para de-
tectar a saúde financeira no que se refere à li-
quidez de longo prazo. Indica a capacidade de 
pagamento de dívida no longo prazo. O índice 
de liquidez geral vai mostrar quanto a empresa 
possui no ativo circulante e realizável a longo pra-
zo para cada R$ 1,00 de dívida. Portanto, quanto 
maior for esse resultado, melhor.
Fórmula: 
Ativo circulante + realizável a longo prazo
Passivo circulante + exigível a longo prazo
Liquidez corrente: esse índice mostra 
quanto dispomos e poderemos dispor a curto 
prazo em dinheiro, com as dívidas a curto prazo, 
ou seja, quanto a empresa possui no ativo circu-
lante para cada R$ 1,00 de passivo circulante. Por-
tanto, quanto maior for o resultado, melhor.
Fórmula: Ativo circulante
 Passivo circulante
Liquidez seca: nesse índice, eliminamos 
os estoques visando medir o grau de excelência 
da situação financeira da empresa, uma vez que 
estes não são transformados em dinheiro imedia-
tamente.
Fórmula: Ativo circulante – estoques
 Passivo circulante 
Liquidez imediata: indica a capacidade fi-
nanceira da empresa e quanto possuide disponí-
veis para liquidar compromissos de curto prazo, 
contando apenas com suas disponibilidades de 
caixa ou em bancos.
Fórmula: 
Disponível (caixa, bancos c/movimento)
 Passivo circulante 
Apresentaremos agora os índices de renta-
bilidade que medem o quanto estão rendendo os 
capitais investidos. Os principais são:
�� margem de lucro sobre vendas;
�� giro do ativo;
�� retorno sobre o ativo;
�� retorno sobre o total do ativo;
�� retorno sobre o patrimônio líquido.
Margem de lucro sobre vendas 
Margem líquida = Lucro líquido
 Vendas líquidas
Margem operacional = Lucro operacional
 Vendas líquidas
Vendas líquidas = Vendas brutas – impostos 
sobre, descontos comerciais e devoluções
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AtençãoAtenção
Vendas líquidas = Vendas brutas – impostos so-
bre, descontos comerciais e devoluções
Giro do ativo
Giro do ativo total = 
Vendas líquidas
Ativo total médio
Giro do ativo operacional = 
Vendas líquidas
Ativo operacional médio
AtençãoAtenção
Ativo total médio = Ativo total do início do 
exercício + ativo total do fim do exercício
2
Retorno sobre o ativo 
O retorno sobre o ativo (ROA) mostra o 
desempenho da empresa de uma forma global, 
compara os resultados encontrados e o retorno 
esperado, mostra o quanto renderam os investi-
mentos e, portanto, o grau de êxito econômico da 
empresa.
ROA = Lucro líquido 
 Ativo total
Até 8%: rentabilidade baixa
De 8 a 14%: rentabilidade normal
De 14 a 20%: rentabilidade boa
Acima de 20%: rentabilidade excelente
Retorno sobre o investimento 
O retorno sobre o investimento (ROI) pos-
sibilita avaliar os rendimentos obtidos por um in-
vestimento realizado pelos acionistas e credores 
nos negócios. 
ROI = Resultado líquido
 Investimento
Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) 
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) 
mede o retorno sobre o investimento dos pro-
prietários da empresa. 
ROE = Lucro líquido
 Patrimônio líquido
Até 2%: rentabilidade péssima.
De 2 a 10%: rentabilidade baixa.
De 10 a 16%: rentabilidade boa.
Acima de 16%: rentabilidade excelente.
Por fim, vamos compreender os índices de 
rotação que revelam a velocidade de alguns itens 
que giram durante o exercício:
�� giro de estoques e prazo médio de esto-
cagem (PME);
�� giro de contas a receber;
�� prazo médio de recebimento;
�� prazo médio de pagamento.
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Giro de estoques 
GE = Custo dos produtos vendidos
 Saldo médio de estoques
PME = Saldo médio de estoques
 Custo dos produtos vendidos
Giro de contas a receber indica quantas 
vezes a empresa gira seu contas a receber. Quan-
to maior o giro, melhor para a empresa.
Giro de contas a receber = 
Vendas líquidas
Contas a receber médio
Contas a receber médio = 
Contas a receber inicial + contas a receber final
2
Prazo médio de recebimento indica o nú-
mero de dias que a empresa, em média, leva para 
seus recebimentos.
Prazo médio de recebimento = 
 _______ 360_________
Giro de contas a receber
Prazo médio de pagamento indica o nú-
mero de dias que a empresa, em média, leva para 
pagar seus fornecedores e decorre entre a compra 
de matéria-prima/mercadoria até o pagamento 
da fatura do fornecedor.
Prazo médio de pagamento = 
________360_________
 Giro de contas a pagar
8.3 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo, entendemos as demonstrações financeiras, a finalidade da aná-
lise de balanço e a quem interessa sua leitura. Entendemos também o quanto é importante a análise 
financeira para as empresas, a fim de avaliar seu desempenho geral, de forma a identificar os resultados 
retrospectivos e prospectivos das diversas decisões a serem tomadas pelas empresas.
Descrevemos as principais técnicas de análise de balanço, entre elas a análise vertical, a análise 
horizontal e a análise por indicadores.
Descrevemos os procedimentos para a realização das análises vertical, horizontal e por indicado-
res. Na de indicadores, dividimos a análise em estrutura de capital, liquidez, rentabilidade e rotação. 
Para auxiliar, apresentamos, a seguir, um quadro-resumo dos indicadores mostrando os indicado-
res financeiros, seu propósito e o resultado esperado.
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Quadro 4 – Quadro-resumo dos índices econômicos.
Fonte: Fesp/possetti/cc/2007.
8.4 Atividades Propostas 
1. Quais são as demonstrações financeiras criadas pela Lei das Sociedades por Ações?
2. Relacione os principais usuários da análise de balanço.
3. O que mostra a análise vertical?
4. O que mostra a análise horizontal?
5. O que mostra a análise por quocientes?
6. Qual o produto final da análise de balanço?
7. Quais são os dois demonstrativos contábeis? 
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49
Estimado(a) aluno(a), para iniciar o capítulo, 
primeiro vamos entender o que é orçamento em-
presarial e sua finalidade dentro de uma empresa. 
O orçamento empresarial é um instrumento 
de planejamento e controle dos mais importantes 
e mais eficientes utilizados para a tomada de deci-
sões financeiras; tem como objetivo acompanhar 
o desempenho da empresa diariamente. Por meio 
do orçamento empresarial é possível estabelecer 
ORÇAMENTO EMPRESARIAL9
com antecedência as ações a serem executadas, 
tais como: recursos disponíveis para produzir, o 
quanto se deseja produzir para alcançar a receita 
desejada, custo com mão de obra, matéria-prima, 
compras de imobilizados, se necessário, etc. Se-
guindo esse propósito, o orçamento empresarial 
precisa saber aonde se quer chegar, quais são os 
objetivos e as metas da empresa.
9.1 Vantagens e Limitações do Orçamento
O orçamento empresarial tem como vanta-
gens a visão da necessidade de desenvolver um 
planejamento orçamentário, obrigando a empre-
sa a realizar uma análise antecipada de suas in-
formações contábeis e financeiras, estabelecendo 
metas, responsabilidades dos diversos departa-
mentos com o resultado, e obrigando os gestores 
a quantificar e datar as atividades pelas quais são 
responsáveis, controlando também o patrimônio 
da empresa, independentemente do seu porte e 
de suas incertezas.
O orçamento empresarial pode ajudar a so-
lucionar os problemas ou as dificuldades que sur-
gem do processo, os quais devem ser analisados e 
para os quais devem ser encontradas as soluções, 
ainda que sejam em curto prazo.
Apesar das muitas vantagens e contribui-
ções que o planejamento de um orçamento pode 
gerar a uma empresa, ele não é resposta para to-
dos os males, pois dados no orçamento trata-se 
de estimativas, estando sujeita a erros e variações. 
Diante das vantagens e limitações de um 
orçamento, é necessária a introdução de um sis-
tema orçamentário e de atitudes apropriadas dos 
envolvidos: é necessário que trabalhem em sinto-
nia e comprometidos com o resultado global, e 
não individual.
Em resumo, as vantagens do sistema orça-
mento empresarial são:
�� contribui para tomada de decisão mais 
rápidas e acertadas;
�� introduz o hábito do exame prévio e 
minucioso de informações antes da to-
mada de decisão.
�� estimula a participação de todos os 
membros da administração na fixação 
dos objetivos;
�� exige quantificação das previsões;
�� exige informações contábeis confiáveis;
�� permite identificar áreas eficientes e de-
ficientes;
�� permite a utilização eficaz dos recursos 
disponíveis.
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50
Também resumimos suas limitações:
�� baseia-se em estimativas;
�� deve ser continuamente monitorado e 
adaptado às circunstâncias;
�� atrasos na emissão dos dados compro-
metem as ações corretivas;
�� as dificuldades de ajustes geram des-
confianças em relação ao resultado pro-

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