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RESPOSTA A ACUSAÇÃO ZE DA FARMÁCIA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE CONCEIÇÃO DO AGRESTE – CE.
Processo número: xxxxxxxxxx
José Percival da Silva, conhecido como Zé da Farmácia, brasileiro, casado, profissão “xxxxxx”, portador do CPF “xxxxxxx”, carteira de identidade “xxxxxxxxx”, residente domiciliado na rua “xxxxxxxx”, número “xxxx”, bairro “xxxxxx”, CEP “xxxxxxx” no município de Conceição do Agreste, CE. Vem por meio de seu advogado, que ao final subscreve, apresentar, dentro do prazo legal, com base no artigo 396 e 96-A do Código de Processo Penal sua: 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO 
Pelas razões de fato e direito expostas a seguir.
DOS FATOS
No dia xx/xx/xxxx o Ministério Público da Comarca de Conceição do Agreste/CE, ofereceu denúncia contra José Percival da Silva, vulgo “Zé da Farmácia”, devido solicitação de vantagens indevida, com o pagamento de R$ 100.000,00 (cem mil reais), do Sr. Paulo Matos, empresário sócio de uma empresa interessada em participar de um procedimento licitatório.
A conduta foi qualificada por crime de corrupção passiva previsto no artigo 317 do Código de Processo Penal. O denunciado foi devidamente citado para oferecer resposta à acusação, e apresentar todos os tipos de provas previstas em direito em sua defesa, que o faz nestes termos.
DOS DIREITOS
a. Acordo de colaboração premida. O acordo de colaboração premiada, celebrado entre o Ministério Público e o acusado João dos Santos, não está de acordo com o artigo 564 – IV do Código de Processo Penal e artigo 4º, § 15 da lei 12850/2013 que predizem:
Artigo 564 - IV Código de Processo Penal. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: Por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
Artigo 4º - § 15 da lei 12850/2013. Em todos os atos de negociação, confirmação e execução da colaboração, o colaborador deverá estar assistido por defensor.
Assim, fica claro a irregularidade processual do Ministério Pública o que torna passivo a sua nulidade.
b. Prova Ilícita. Importante verificar que a prova foi produzida de forma ilícita, tendo em vista que esta foi obtida sem obedecer ao preceito do artigo 157 do Código de Processo Penal que diz:
Artigo 157 Código de Processo Penal. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
Assim, fica claro a irregularidade processual da obtenção das provas.
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer o imputado que Vossa Excelência:
a. Receba a presente resposta à acusação.
b. Acate a nulidade do acordo de colaboração premiada firmada entre o Ministério e o acusado João Santos por ferir o Artigo 564 - IV Código de Processo Penal e Artigo 4º - § 15 da lei 12850/2013, com o desentranhamento da referida prova dos autos.
c. Se fizer necessário, protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, especialmente pelo depoimento pessoal do reclamado, oitiva de testemunhas, sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis
Nestes termos, pede e espera deferimento
Conceição do Agreste, CE. xx de xxxxxx de xxxx
________________________ 
“Nome do advogado” - OAB número “xxxxxx”

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