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PRINCIPIO DO PROCESSO LEGAL

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FACULDADE UNIJIPA 
DIREITO 
TEORIA GERAL DO PROCESSO 
PROFESSORA: Valdinéia Moretti 
Acadêmico: Flávio Ribeiro de Melo – RA 202050194 
 
 
 
Tema: Considerando os princípios que 
regem a Teoria Geral do Processo, dissertar 
sobre O PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO 
LEGAL (Art. 5, LIV, CF). 
 
Segundo Barroso, “é o princípio que assegura a todos o direito a um 
processo com todas as etapas previstas em lei e todas as garantias 
constitucionais. Se no processo não forem observadas as regras básicas, ele se 
tornará nulo. É considerado o mais importante dos princípios constitucionais, 
pois dele derivam todos os demais. Ele reflete em uma dupla proteção ao sujeito, 
no âmbito material e formal, de forma que o indivíduo receba instrumentos para 
atuar com paridade de condições com o Estado-persecutor”. (BARROSO, Carlos 
Eduardo Ferraz de Mattos. Sinopses Jurídicas. Teoria Geral do Processo e 
Processo de Conhecimento. 8ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2008). 
Chama-se devido processo legal o princípio que garante a todos o 
direito a um processo com todas as etapas previstas em lei, dotado de todas as 
garantias constitucionais. É certo que o devido processo legal, consagrado pelo 
artigo 5º, inciso LIV, da Constituição Federal de 1988 apresenta-se como uma 
garantia constitucional ampla, e uma das mais relevantes do direito 
constitucional. Atualmente, o princípio do devido processo legal é analisado sob 
dois aspectos, quais sejam, devido processo legal formal e devido processo legal 
substancial. 
A locução “devido processo legal” corresponde à tradução para o 
português da expressão inglesa “due process of law”. Law, porém, significa 
Direito, e não lei. A observação é importante: o processo há de estar em 
conformidade com o Direito como um todo, e não apenas em consonância com 
a lei. 
Inegavelmente, o contraditório, a ampla defesa e o direito de acesso à 
justiça (princípio da inafastabilidade da jurisdição) são inerentes ao devido 
processo legal. De fato, representam corolários da aplicação deste princípio. 
Contudo, a materialização do devido processo legal vai mais além, isto é, se dá 
de forma ainda mais abrangente. Vejamos: o tratamento paritário conferido às 
partes envolvidas no processo (art. 5º, I, CPC); a publicidade do processo (art. 
5º, LX, CF); a proibição da produção de provas ilícitas (art. 5º, LVI); a 
imparcialidade do julgador, bem como a garantia do juiz natural (art. 5º, XXXVII 
e LIII); a motivação das decisões (art. 93, IX); a duração razoável do processo 
(art. 5º, LXXVIII), etc. Todos esses princípios e garantias solidificam o devido 
processo legal, ou seja, formam um processo legalmente estabelecido. 
O princípio do devido processo legal foi consagrado pela Constituição 
Federal de 1988 em duas dimensões: procedimental ou formal, e substancial ou 
material. 
“O devido processo legal substancial diz respeito à limitação ao exercício do 
poder e autoriza ao julgador questionar a razoabilidade de determinada lei e a 
justiça das decisões estatais, estabelecendo o controle material da 
constitucionalidade e da proporcionalidade”. 
Note-se que a teoria substantiva se refere a um processo legal justo, 
tendo como base os princípios da justiça. Para tanto, faz menção aos deveres 
de proporcionalidade e de razoabilidade. 
Destarte, Fredie Didier, citando Carlos Augusto de Assis, ensina que: 
Essa semelhança entre proporcionalidade e devido processo legal 
substancial é, a nosso ver, muito interessante para a nossa análise, por vários 
motivos: 
a) ajuda a esclarecer o conteúdo do devido processo legal substancial, que, 
abstratamente considerado, é vago e impreciso; 
b) ajuda a desfazer a ideia equivocada de que a acepção substancial do due 
process of law não seria aplicável em países do sistema romano-germânico, com 
menor liberdade para o julgador do que os do tipo judge makes law, 
c) reforça a ideia de equilíbrio que permeia todo o processo civil. Como no 
clássico dilema entre celeridade e segurança. 
Portanto, ao que parece, o devido processo legal substancial se dirige 
muito mais ao legislador, como uma forma de limitar a sua atuação. Em outras 
palavras, as leis não devem se apresentar de maneira irracional ou desprovidas 
de razoabilidade, mas estar pautada em critérios de justiça, racionalidade, 
razoabilidade e proporcionalidade. Saliente-se, ademais, que o devido processo 
legal não deve ser aplicado somente no âmbito do processo judicial, mas 
também, em qualquer elaboração normativa. 
Por outro lado, o devido processo legal formal apresenta-se composto 
pelas garantias processuais já mencionadas: direito ao contraditório e à ampla 
defesa, a um processo com duração razoável, ao juiz natural, à inadmissibilidade 
de produção de provas ilícitas, etc. Nesse caso, o principal destinatário do devido 
processo legal formal seria o magistrado. 
De modo geral, os direitos fundamentais referentes à atuação processual 
e procedimental alicerçam-se no princípio da dignidade da pessoa humana, 
porquanto as atividades legislativa e jurisdicional devem ser acomodadas por 
procedimentos justos e adequados. 
De fato, o devido processo legal abarca uma série de normas ou 
princípios constitucionais, que são considerados corolários daquele sobre 
princípio, os quais asseguram o direito de ação e o direito de defesa judicial aos 
indivíduos, a saber: ampla defesa, contraditório, juiz natural, publicidade dos atos 
processuais, duração razoável do processo, motivação das decisões, tratamento 
paritário conferido às partes envolvidas no processo. 
(https://jus.com.br/artigos/22857/principio-do-devido-processo-legal). 
 
 
https://jus.com.br/artigos/22857/principio-do-devido-processo-legal

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