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Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W AULA 04 Olá pessoal! Nosso objetivo nesta Aula é cobrir os seguintes assuntos: s Organização e funcionamento do Tribunal de Contas da União. s Código de Ética dos Servidores do TCU Para tanto, seguiremos o seguinte sumário: SUMÁRIO Organização do TCU................................................................................................................................................ 2 Composição e sede. ....................................................................................................................................................2 Plenário........................................................................................................................................................................4 Câmaras........................................................................................................................................................................ 8 Comissões. ................................................................................................................................................................. 13 Presidente. ................................................................................................................................................................ 13 Ministros....................................................................................................................................................................17 Ministros-Substitutos............................................................................................................................................. 20 Ministério Público junto ao TCU. .........................................................................................................................22 Secretaria. ..................................................................................................................................................................26 Processos, Deliberações e Sessões. ............................................................................................................... 44 Processo no TCU. ................................................................................................................................................ 44 Deliberações do Plenário e das Câmaras. ..................................................................................................... 49 Sessões do Tribunal............................................................................................................................................55 Outros dispositivos. ............................................................................................................................................65 RESUMÃO DA AULA. ........................................... 74 Questões comentadas na Aula. .........................................................................................................................76 Gabarito. .................................................................................................................................................................. 83 Aos estudos! Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W ORGANIZAÇÃO DO TCU Neste tópico iremos estudar a estrutura organizacional do TCU. Também veremos os critérios de escolha dos seus membros, assim como as competências dos seus órgãos colegiados e demais unidades que atuam junto ao Tribunal. _______________________________ COMPOSIÇÃO E SEDE_______________________________ Primeiramente, vamos dar uma olhada no que a Constituição Federal diz sobre a com posição do TCU: Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96. O texto constitucional nos informa que o TCU é integrado por nove M inistros. Da mesma forma, o art. 62 da LO/TCU é enfático ao dizer: "O Tribunal de Contas da União tem sede no Distrito Federal e compõe-se de n o ve m in is tro s". O Tribunal, portanto, é um órgão colegiado , integrado pelos nove Ministros e m ais ninguém . A rigor, os Auditores1 (Ministros-Substitutos), os membros do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), os Auditores e Técnicos Federais de Controle Externo (AUFC e TFCE) e demais servidores da Secretaria não compõem o Tribunal, ok? Com efeito, os Ministros-Substitutos, como o próprio nome sugere, são os substitutos diretos dos Ministros e exercem outras atribuições próprias da judicatura, enquanto o MPTCU é um órgão independente, que atua junto ao Tribunal, com funções de guardg da lei e fiscal de sua execução. Já a Secretaria, na qual se inserem as unidades onde trabalham a maioria dos AUFC e TFCE, atende às atividades de apoio técnico e administrativo necessárias ao funcionamento do Tribunal. O TCU, em si, é composto somente pelos nove Ministros. Voltando ao texto do art. 73 da Constituição, vê-se que o TCU tem sede no Distrito Federal. Não é em Brasília, nem na capital federal. Embora o prédio da sede do TCU se localize na capital federal Brasília, e a despeito de possuir representações em todas as unidades da federação, o 1 O RI/TCU (art. 12, §2°) denomina os Auditores, cargo previsto no art. 73, §4° da CF, de Ministros- Substitutos. Assim, nesta aula, seguirei a nomenclatura utilizada no Regimento. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W correto é dizer que o TCU, por força constitucional, tem sede no Distrito Federal, está bem? Também merecem destaque as garantias de autonomia adm inistrativa conferidas ao TCU pelo art. 73 da CF, assegurando-lhe quadro próprio de pessoal e a capacidade para exercer as atribuições previstas no art. 96, que se referem às competências privativas dos tribunais do Judiciário para se auto-organizarem administrativamente. Tais competências, conforme estudamos na aula passada, foram inseridas no art. 1° da LO/TCU e no art. 1° do RI/TCU, lembram? Por meio delas, o TCU pode elaborar e alterar seu Regimento Interno, organizar sua Secretaria, provendo-lhes os cargos mediante a organização de concursos, dentre outras atividades de administração interna. Ademais, é privativa do TCU a iniciativa para propor projetos de lei ao Congresso Nacional que vise à criação e à extinção de cargos de sua Secretaria, bem como à fixação da remuneração dos seus membros e demais servidores, entre outras. 1. (TCU - TEFC 2012 - Cespe) O TCU adota, como sistema de controle de contas, o modelo germânico. Comentário: A afirmação está correta. Vejamos a explicação da própria banca para o gabarito: O modelo germânico é caracterizado pela estrutura colegiada, articulada em ofícios, com pessoal revestido de garantias de independência judiciária, exatamente como é estruturado o TCU. Já o modelo anglo-saxônico é caracterizado pela estrutura monocrática, o que não é o caso do TCU. Por fim, o modelo escandinavo, no qual as competências são repartidas por vários órgãos, também diverge do modelo adotado pelo TCU. No modelo germânico, adotado em países como Alemanha e Áustria, o órgão colegiado de controle exerce apenas atribuições de controle e algumas de natureza consultiva. No modelo anglo-saxônico, utilizado na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos, na Irlanda, em Israel eem outros Estados anglófonos da África e Ásia, o órgão monocrático de controle (controlador geral) é auxiliado por um ofício revisional, que a ele se subordina hierarquicamente. O controlador geral é indicado pelo Parlamento, devendo a ele reportar-se em relação aos resultados de sua atuação. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W No modelo escandinavo, o controle exerce-se por meio de uma série de órgãos, entre os quais os revisores parlamentares e o ofício de revisão. Os primeiros detêm funções de controle sobre a execução do orçamento e são nomeados, normalmente em número de cinco, a cada legislatura. O ofício de revisão tem competência exclusiva para verificar a eficácia administrativa e propor medidas corretivas dos problemas apontados. Destaca-se, ainda, na Suécia, a figura do ombudsman, que é eleito em nome do Parlamento para supervisionar o modo pelo qual todos os agentes públicos aplicam a lei, incluindo-se os juízes e altos funcionários, representando contra os que agem de modo ilegal ou que negligenciem seus deveres2. Gabarito: Certo Para o desempenho de suas atribuições, o TCU se divide em órgãos, integrados pelos Ministros. De acordo com o Regimento Interno (art. 7°), os órgãos do Tribunal são: ■ Plenário. ■ Primeira e Segunda Câmara. ■ Presidente. ■ Comissões de caráter permanente ou temporário. ■ Corregedoria. Perceba novamente que o MPTCU ou a Secretaria não são órgãos do Tribunal. Enquanto isso, nos termos do Regimento Interno, o Presidente do TCU é um órgão do Tribunal. Dito isso, passemos a falar sobre as características e as atribuições dos órgãos do TCU, assim como do MPTCU e da Secretaria. ______________________________ PLENÁRIO______________________________ O Plenário é a instância máxima do TCU, sendo o órgão colegiado que reúne os nove M inistros. Suas sessões são dirigidas pelo Presidente do Tribunal. Junto ao Plenário oficia ainda o representante do MPTCU. As deliberações do TCU, em regra , são tomadas de forma colegiada pelo Plenário, que possui uma extensa lista de competências privativas definidas nos art. 15 e 16 do RI/TCU. Somente nas hipóteses do art. 17 do Regimento é que as deliberações do Tribunal são tomadas pelas Câmaras. 2 Baseado no artigo: “Questões de controle. Controle das Finanças Públicas no Brasil: visão atual e prospectiva”, de autoria do Ministro do TCU Benjamim Zymler. Disponível em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2055484.PDF Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Então, uma opção para facilitar o estudo é saber as competências das Câmaras e, por exclusão, se saberá as do Plenário, ok? Segundo Lima (2011), as competências privativas do Plenário podem ser sistematizadas da seguinte forma: > M atérias de m aior com plexidade e relevância. > Relacionam ento com o Congresso Nacional e os Poderes da República. > A ssuntos internos de natureza institucional. > Sanções de m aior gravidade. O conhecimento dessas quatro categorias gerais já facilita bastante a solução de uma eventual questão de prova sobre o assunto. Não obstante, vamos detalhar as competências do Plenário, tal qual está no Regimento (art. 15 e 16): Matérias de maior complexidade e relevância > Compete ao Plenário deliberar originariamente sobre: ■ Parecer prévio relativo às contas do Presidente da República; ■ Incidente de uniformização de jurisprudência; ■ Controle de constitucionalidade, em matéria de competência do Tribunal; ■ Fixação dos coeficientes do FPE, FPM e IPI-Exportação, inclusive sobre as eventuais contestações apresentadas pelas unidades federadas; ■ Representação de equipe de fiscalização feita quando, no curso de fiscalização, verificar procedimento do qual possa resultar dano ao erário ou irregularidade grave; ■ Relatório de auditoria de natureza operacional; ■ Denúncia formulada por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato. ■ Propostas de determinações de caráter normativo, de estudos sobre procedimentos técnicos, bem como daqueles em que se entender necessário o exame incidental de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Relacionamento com o Congresso Nacional e os Poderes da República > Compete ao Plenário deliberar originariamente sobre: ■ Pedido de informação ou solicitação endereçado pelo Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por suas comissões; ■ Solicitação de pronunciamento conclusivo formulada pela CMO; ■ Realização de fiscalizações em unidades do Poder Legislativo, do STF, dos Tribunais Superiores, da Presidência da República, do próprio TCU, do Conselho Nacional de Justiça, do Conselho Nacional do Ministério Público, bem como do Ministério Público da União e da Advocacia-Geral da União; ■ Relatório de fiscalização realizada por solicitação do Congresso Nacional, de suas Casas e das respectivas comissões, bem como daquela realizada nas unidades referidas no item anterior; ■ Consulta formulada pelas autoridades competentes. Assuntos internos de natureza institucional > Compete ao Plenário deliberar originariamente sobre: ■ Matéria regimental ou de caráter normativo; ■ Conflito de competência entre relatores. > Compete ao Plenário deliberar sobre: ■ Lista tríplice de ministros-substitutos e membros do MPTCU para preenchimento do cargo de Ministro; ■ Processos avocados pelo próprio Plenário em razão de sua relevância que, por sugestão de Ministro ou de ministro-substituto convocado, sejam submetidos ao colegiado. > Compete ao Plenário aprovar: ■ Plano de controle externo; ■ Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal; ■ Propostas relativas a projeto de lei que o Tribunal deva encaminhar ao Poder Legislativo; ■ Proposta de acordo de cooperação e instrumento congênere, nas situações em que houver transferência de recursos financeiros. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 83 Estratégia C O N C U R S O S W Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Sanções de maior gravidade > Compete ao Plenário: ■ Determinar a inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança na Administração Pública Federal; ■ Declarar a inidoneidade de licitante fraudador; ■ Solicitar à AGU o arresto de bens de responsável; ■ Adotar medidas cautelares, determinando, entre outras providências, a suspensão do ato ou do procedimento impugnado, resguardada a possibilidade de antecipação da medida pelo Relator ou pelo Presidente. Compete ainda ao Plenário deliberar sobre os seguintes recu rso s: ■ Recursos apresentados contra suas próprias decisões; ■ Recursos de revisão (todos); ■ Agravos interpostos a despachos decisórios proferidos em processo de sua competência; ■ Recursos contra decisões adotadas pelo Presidente sobre matéria administrativa. Outra competência importante do Plenário é deliberar sobre propostas de fixação de entendimento, nos termos do art. 16, inciso V do RI/TCU: V - deliberar sobre propostas de fixação de entendimento de especial relevância para a Administração Pública, sobre questão de direito, que somente poderão ser aprovadas por 2/3 dosministros, inclusive ministros-substitutos convocados. Especial atenção para o quórum previsto no inciso V acima. São poucas as ocasiões em que o RI/TCU exige quórum qualificado, portanto tenha cuidado. As deliberações sobre propostas de fixação de entendimento somente podem ser aprovadas por 2/3 (= 6) dos M inistros, titu lares ou substitutos convocados. As deliberações do TCU que fixam entendimentos ou que proferem determinações de caráter normativo possuem características semelhantes às respostas a consultas, ou seja, versam sobre matérias em tese (questões de direito) e não sobre casos concretos. A diferença é que as respostas às consultas são provocadas pelas autoridades competentes; já as fixações de Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W entendimento ou as determinações de caráter normativo são tomadas por iniciativa do próprio Tribunal ao examinar processos que tratam de matérias controversas. > Exemplo de fixação de entendimento Acórdão 2641/2010-Plenário ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, em: (...) 9.3. deixar assente que, até que seja editada a lei específica de que trata o art. 173, §1°, inciso III, da Constituição, as empresas públicas, sociedades de economia mista e as entidades controladas direta ou indiretamente pela União devem fazer constar, nos editais e contratos alusivos à prestação de serviços de duração continuada, previsão de que os reajustes de preços devem ser feitos com base na efetiva variação de custos comprovada pelo contratado, admitindo-se a adoção de índice setorial de reajuste, nos termos do art. 40, inciso XI, da Lei n° 8.666/1993 e em consonância com a Decisão n° 235/2002 e os Acórdãos n°s 34/2004 e 361/2006, todos do Plenário, não se regulando a matéria pelo art. 3° da Resolução CCE 10/1996; Por fim, cumpre salientar que ao Plenário compete deliberar originariamente acerca de qualquer assunto não incluído expressam ente na com petência das C âm aras . _____________________________________ CÂMARAS_____________________________________ A LO/TCU (art. 67) permite ao TCU dividir-se em Câmaras, mediante deliberação da maioria absoluta (=5) de seus M inistros titu la res . Portanto, em tese, a divisão em Câm aras não é obrigatória . Todavia, atualmente o RI/TCU estabelece que o Tribunal é composto por duas C âm aras . Cada Câmara compõe-se de quatro M inistros, indicados pelo Presidente do Tribunal na primeira sessão ordinária de cada ano (RI/TCU, art. 11). Ou seja, no início de cada ano (primeira sessão ordinária), o Presidente do Tribunal define a composição das Câmaras. O Presidente do Tribunal não participa de nenhuma Câmara, mas, ao deixar o cargo, passa a integrar a Câmara a que pertencia o seu sucessor. É possível haver permuta ou remoção voluntária dos Ministros de uma para outra Câmara, desde que haja anuência do Plenário, tendo preferência o Ministro mais antigo. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Junto a cada Câmara atuam dois M inistros-Substitutos, em caráter permanente, conforme designação do Presidente do Tribunal. Junto a cada Câmara atua, ainda, um representante do MPTCU. As competências da Primeira e da Segunda Câmara são iguais. Apesar de serem em número bem menor que as competências do Plenário, compreendem as atribuições mais corriqueiras do Tribunal, como o julgamento de prestações de contas, a apreciação de atos sujeitos a registro e a aprovação de relatórios de fiscalização e representações, salvo as exceções expressas, cuja com petência é do Plenário (RI/TCU, art. 17). > Compete à Primeira e à Segunda Câmara deliberar sobre: ■ Prestação e tomada de contas, inclusive tomada de contas especial; ■ A legalidade, para fins de registro, de atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria, reformas e pensões; ■ Representação (exceto as de equipe de fiscalização); ■ Realização de inspeção (exceto em unidades do Poder Legislativo, do STF, dos Tribunais Superiores, da Presidência da República, do próprio TCU, do Conselho Nacional de Justiça, do Conselho Nacional do Ministério Público, bem como do Ministério Público da União e da Advocacia-Geral da União); ■ Relatório de fiscalização (exceto: de natureza operacional; realizada por solicitação do Congresso Nacional, suas Casas e respectivas comissões; realizadas nas unidades listadas no item anterior). Compete ainda às Câmaras deliberar sobre recursos apresentados contra su as próprias deliberações , bem como sobre agravo interposto contra despacho decisório proferido em processo de sua competência. Os assuntos de competência das Câmaras, e x ce to o s re c u rs o s , poderão ser incluídos na pauta do Plenário , sempre que a relevância da matéria recomende esse procedimento (RI/TCU, art. 17, §1°). Todavia, há uma exceção da exceção : se, ao exam inar re c u rs o , a Câmara entender cabível a declaração de inidoneidade de licitante ou a inabilitação de responsável para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, o respectivo processo deverá ser remetido para apreciação do Plenário, pois tais assuntos são da competência privativa do Pleno (RI/TCU, art. 17, §4°). Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W As Câmaras, por sua vez, não poderão , em nenhuma hipótese, deliberar sobre m atéria da com petência privativa do Plenário (LO/TCU, art. 67, §1°). Por fim, registre-se que é vedado às Câmaras apreciar processos que contenham propostas de fixação de entendimento sobre questão de direito em determinada matéria, de determinações em caráter normativo e de estudos sobre procedimentos técnicos, bem como aqueles em que se entender necessário o exame incidental de inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder público. Nesse último caso, após o Plenário realizar o exame incidental de inconstitucionalidade, o processo retornará à Câmara para continuidade do feito (RI/TCU, art. 17, §3°). Presidente de Câm ara O Presidente de Câmara não se confunde com o Presidente do TCU. Uma das Câmaras é presidida pelo Vice-Presidente do Tribunal e a outra pelo Ministro m ais antigo em exercício no cargo (dentre todos os membros do Tribunal). Os Presidentes das Câmaras são designados pelo Presidente do TCU quando da definição dos respectivos membros, ou seja, na primeira sessão ordinária de cada ano. Nas vacâncias, ausências e impedimentos do Presidente da Câmara, assumirá a presidência o Ministro mais antigo no cargo, dentre os que pertencerem à respectiva Câmara (RI/TCU, art. 12). As competências do Presidente de Câmara estão informadas no art. 33 do RI/TCU. Dentre outras, o Presidente de Câmara preside suas sessões, resolve questões de ordem e decide sobre requerimentos. Mas o detalhe importante é que o Presidente de Câm ara relata e profere voto nos processos submetidos à deliberação da respectiva Câmara. Já o Presidente do TCU, como veremos daqui a pouco, não compõe nenhuma Câmara e, regra geral, não relata processos ou vota. Por isso , cu idado ! Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 83 Estratégia C O N C U R S O S W Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 2. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) A deliberação sobre processo comum de prestação de contasjá instruído cabe à respectiva câmara do TCU. Comentário: Compete às Câmaras deliberar sobre processos de prestação e tomada de contas, inclusive especial (RI/TCU, art. 17, I). A expressão “já instruído” refere-se à instrução preparada nas Unidades Técnicas do Tribunal pelos AUFC, com base na qual os colegiados decidem. Cumpre ainda lembrar que, no caso das contas apresentadas pelo Presidente da República, a competência para deliberar é do Plenário (RI/TCU, art. 15, I, a). Gabarito: Certo 3. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) Na hipótese de o Senado Federal solicitar ao TCU exame de matéria sobre a exploração de petróleo na camada do pré-sal, devido ao interesse da União, caberá à câmara a que está afeta o Ministério de Minas e Energia deliberar sobre a solicitação. Comentário: Todo pedido de informação ou solicitação endereçado pelo Congresso Nacional, suas Casas e respectivas comissões é da competência do Plenário e não das Câmaras (RI/TCU, art. 15, I, b). Gabarito: Errado 4. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Se um ministro fizer parte de determinada câmara por dois anos, nos dois anos seguintes ele será automaticamente designado para outra câmara. Comentário: Essa questão aborda o art. 11, caput, do RI/TCU, que foi alterado na última revisão do RI/TCU em 2012. A redação anterior era: “Cada câmara compõe-se de quatro ministros, que a integrarão pelo prazo de dois anos, findos os quais dar-se-á a recondução automática por igual período”. E a redação atual é: “Cada câmara compõe-se de quatro ministros, indicados pelo Presidente do Tribunal na primeira sessão ordinária de cada ano”. Portanto, o quesito está errado. Na sistemática atual, a composição das Câmaras é definida anualmente pelo Presidente do Tribunal, ou seja, não há mais prazo de dois anos ou recondução automática. Não obstante, perceba que, mesmo considerando a redação anterior, o quesito permanece errado, pois a recondução ocorria para a mesma Câmara e não para a outra. Gabarito: Errado Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 83 Estratégia C O N C U R S O S W Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 5. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Se um órgão fizer um concurso público para admissão de 500 novos servidores, o processo de exame dos respectivos atos de admissão deverá ser deliberado pelo Plenário do TCU. Comentário: A apreciação da legalidade, para fins de registro, dos atos de admissão de pessoal da administração direta e indireta é de competência das Câmaras e não do Plenário (RI/TCU, art. 17, II). Da mesma forma, compete às Câmaras apreciar a legalidade dos atos sujeitos a registro de concessão de aposentadoria, reformas e pensões (RI/TCU, art. 17, III). Gabarito: Errado 6. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Acerca das decisões do TCU, compete privativamente ao Plenário deliberar originariamente sobre as seguintes matérias, exceto o que diz respeito a a) representação apresentada por empresa licitante. b) relatório de auditoria operacional. c) consulta sobre matéria de competência do TCU. d) conflito de lei ou de ato normativo do poder público com a Constituição Federal, em matéria de competência do TCU. e) denúncia. Comentário: A única representação sobre a qual o Plenário delibera é a representação formulada por equipe de fiscalização do TCU quando, no curso de fiscalização, verificar procedimento de que possa resultar dano ao erário ou irregularidade grave (RI/TCU, art. 15, inciso I, alínea l). Todas as demais espécies de representação, inclusive a representação apresentada por empresa licitante (alternativa “a”), são de competência das Câmaras, daí o gabarito da questão. Quanto às demais alternativas, verifica-se que versam sobre competências do Plenário, expressas no art. 15, I, “m”, “o”, “e” e “p” do RI/TCU, respectivamente. Gabarito: alternativa “a” Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W ____________________________________ COMISSÕES____________________________________ As Comissões são órgãos que colaboram no desempenho das atribuições do Tribunal. Podem ser perm anentes ou tem p o rárias . Existem apenas duas comissões perm anentes: a Com issão de Regimento e a Com issão de Jurisp rudência . As comissões permanentes compõem-se de três m em bros efetivos e um sup lente , os quais podem ser tanto Ministros quanto Ministros- Substitutos, sendo que o Ministro (titular) m ais antigo no exercício do cargo integrará, obrigatoriamente, a Comissão de Regimento. Os integrantes das comissões permanentes são designados pelo Presidente do Tribunal na primeira sessão ordinária de seu mandato (RI/TCU, art. 19). A Com issão de Regimento cuida da atualização do Regimento In terno e opina em processo adm inistrativo quando consultada pelo Presidente (RI/TCU, art. 22). Já a Com issão de Jurisprudência cuida da sistematização e divulgação da jurisprudência predominante do Tribunal, em especial da atualização da Súm ula da Jurisprudência do TCU (RI/TCU, art. 23). Em relação às comissões temporárias, o Regimento Interno não traz maiores considerações, apenas informando que elas compõem-se de dois ou m ais m em bros, entre Ministros e Ministros-Substitutos, indicados pelo Presidente do Tribunal no ato que constituir a comissão (RI/TCU, art. 20). Ou seja, diferentemente das comissões permanentes, não há definição exata do número de membros das comissões temporárias, apenas do número mínimo (dois). A quantidade de integrantes das temporárias será definida de acordo com as atribuições de cada comissão constituída. ____________________________________PRESIDENTE____________________________________ O Presidente é um órgão do Tribunal (RI/TCU, art. 7°). Isso porque o Ministro que esteja na função de Presidente, basicamente, possui as atribuições de presid ir o P lenário , d irigir as atividades adm inistrativas do Tribunal e representar a Corte de Contas perante os dem ais órgãos e entidades. Ele praticamente deixa de lado as atribuições inerentes ao cargo de Ministro, quais sejam, relatar processos e votar nas sessões do Tribunal, apenas o fazendo nos casos excepcionais que veremos daqui a pouco. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Eleição do Presidente e Vice O Presidente e o Vice-Presidente do TCU são eleitos por seu s p ares , Ministros titulares, para mandato de um ano c iv il, permitida a reeleição apenas por um período (RI/TCU, art. 24). Na prática, o Presidente e Vice ficam na função por dois anos. Note que o Regimento está excluindo os Ministros-Substitutos quando diz "por seus pares". Assim, som ente os M inistros titu lares (inclusive o que estiver na Presidência), ainda que no gozo de licença, férias ou outro afastamento legal, podem participar da eleição do Presidente e Vice- Presidente do TCU (RI/TCU, art. 24, §5°). Os M inistros-Substitutos não podem participar, nem como candidatos nem como eleitores. As eleições do Presidente e Vice ocorrem no mesmo dia, mas são separadas. Não existe chapa única. A eleição do Presidente precede a do Vice. As demais características do processo de eleição são as seguintes (RI/TCU, art. 24 a 26): Modalidade Escrutínio secreto, pelo sistema de cédula única. Quando Última sessão ordinária do mês de dezembro. Quórum Mínimo de 5 Ministros titulares, incluindo o que presidir o ato, para ser instalada a sessão. Será eleito Em primeiro escrutínio, o Ministro que obtiver a maioria dosvotos; não alcançada, realiza-se segundo escrutínio entre os dois mais votados. Será eleito, entre os dois, o mais votado ou, se ocorrer empate, o mais antigo no cargo. Posse Em sessão extraordinária a ser realizada até 16 de dezembro. Entrada em exercício A partir de 1° de janeiro do ano seguinte ao da eleição. Havendo vacância do cargo de Presidente ou de Vice-Presidente do TCU no meio do mandato, uma nova eleição deverá ser realizada já na primeira sessão ordinária após o surgimento da vaga (RI/TCU, art. 24, §1°). O eleito para a vaga eventual será empossado na mesma sessão e exercerá o cargo no período restante (RI/TCU, art. 25). Porém, se a vacância ocorrer nos últim os 60 dias do mandato, não haverá nova eleição (RI/TCU, art. 24, §2°). Nesse caso, o Vice-Presidente assume e completa o mandato. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W O Vice-Presidente , além de presidir uma das Câmaras, substitui o Presidente em suas ausências e impedimentos. Também exerce as funções de Corregedor. Com petências do Presidente A lista de competências do Presidente do TCU está informada no art. 28 do Regimento. São atribuições relacionadas à direção dos trabalhos do Plenário , à representação do TCU perante os Poderes da União e à adm inistração orçam entário-financeira e do quadro de pessoal do Tribunal. A seguir, um resumo das atribuições mais importantes do Presidente: > Compete ao Presidente do TCU: ■ Representar o Tribunal perante os Poderes da União, dos estados e municípios, e demais autoridades; ■ Presidir as sessões plenárias; ■ Convocar sessão extraordinária do Plenário; ■ Decidir sobre pedido de sustentação oral relativo a processo a ser submetido ao Plenário; ■ Dar posse a Ministro, Ministro-Substituto e ao Procurador-Geral; ■ Definir a composição das Câmaras e designar os respectivos presidentes; ■ Convocar Ministro-Substituto para substituir Ministro; ■ Administrar os recursos humanos, materiais, tecnológicos, orçamentários e financeiros do Tribunal; ■ Determinar a instauração de sindicância ou processo administrativo disciplinar e aplicar as penalidades disciplinares de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor do Tribunal. ■ Elaborar a lista tríplice segundo o critério de antiguidade dos ministros- substitutos (pode ser delegada); ■ Decidir as questões administrativas ou, quando considerá-las relevantes, sortear relator para submetê-las ao Plenário, exceto processos de invalidez de ministro, sorteio de relator para projeto de ato normativo e competência da Corregedoria (pode ser delegada); Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W ■ Expedir certidões requeridas ao Tribunal na forma da lei (pode ser delegada); ■ Expedir atos concernentes às relações jurídico-funcionais dos ministros, ministros-substitutos e membros do Ministério Público (pode ser delegada); ■ Nomear e conceder aposentadoria aos servidores do Tribunal (pode ser delegada); ■ Proceder à distribuição dos processos, mediante sorteio (pode ser delegada). ^ Veja a lista completa de atribuições do Presidente do TCU no art. 28 do Regimento Interno! Preste atenção que, nos term os do art. 28, §1 ° , o Presidente poderá delegar algumas de suas competências. Atenção, pois os processos administrativos disciplinares são instaurados por determinação do Presidente, mas são re la tad o s pelo Vice- Presidente, que exerce a função de Corregedor. Como reg ra , o Presidente do TCU não relata processos nem profere voto nas sessões do Plenário. Mas há exceçõ es: > Compete ao Presidente do TCU: ■ Votar para desempatar votação em processo submetido ao Plenário; ■ Votar quando se apreciar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder público; ■ Votar quando se apreciarem processos que envolvam matéria administrativa e projetos de atos normativos; ■ Relatar e votar quando se apreciar agravo contra despacho decisório de sua autoria. Em caráter excepcional e havendo urgência , o Presidente poderá adotar decisão m onocrática sobre matéria da competência do Tribunal. Tal decisão, contudo, deve ser submetida à homologação do Plenário na sessão ordinária seguinte (RI/TCU, art. 29). Dos atos e decisões adm inistrativas do Presidente caberá recurso ao Plenário, o qual será regulado, no que couber, pela Lei Geral do Processo Administrativo (RI/TCU, art. 30). Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W ____________________________________ MINISTROS____________________________________ Como vimos, o TCU compõe-se de nove M inistros. Os requisitos necessários para a nomeação dos Ministros do TCU estão estabelecidos na Constituição Federal, quais sejam (CF, art. 73, §1°): ■ Ser brasileiro (nato ou naturalizado); ■ Possuir mais de 35 e menos de 65 anos de idade; ■ Idoneidade moral e reputação ilibada; ■ Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública; ■ Experiência de mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados acima. A Constituição disciplina ainda que os nove Ministros do TCU serão escolhidos da seguinte forma (CF, art. 73, §2°): ■ T rês (um terço) pelo Presidente da República , com aprovação do Senado Federal, sendo que a escolha de um é livre e a dos outros dois deve ser feita alternadamente entre Auditores (m inistros- substitutos) e m em bros do MPTCU, segundo critérios de antiguidade e merecimento, escolhidos em lista tríp lice3 apresentada pelo próprio Tribunal; ■ Se is (dois terços) pelo Congresso N acional, todos de escolha livre, sem necessidade de aprovação posterior. Algum as observações im portantes: > Independentemente de quem faça a escolha, todos os Ministros são nomeados pelo Presidente da República, observados os requisitos constitucionais (CF, art. 84, XV). Escolher é diferente de nomear. No caso dos Ministros escolhidos pelo próprio Presidente da República, a nomeação ocorre somente após a aprovação do Senado Federal. > Cuidado com a diferença entre posse e nomeação de Ministros! Enquanto a nomeação é de competência do Presidente República, a posse de todos os Ministros é dada pelo Presidente do TCU (RI/TCU, art. 28, XXI). Se a posse ocorrer 3 3 Veja o procedimento para elaboração da lista tríplice no art. 36 do RI/TCU. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W em período normal de funcionamento, é dada em sessão extraordinária do Plenário; durante o recesso, ocorre perante o Presidente do Tribunal. > Não há necessidade de que os escolhidos pelo Congresso Nacional sejam deputados ou senadores. Basta que a pessoa preencha os requisitos apresentados no art. 73 da CF. > A antiguidade do Ministro será determinada pela posse, pela nomeação e pela idade, nessa ordem (RI/TCU, art. 41). > Em caso de vacância, a competência para escolha será definida de modo que se mantenha a composição prevista na CF (3 escolhidos pelo Presidente da República, sendo 1 livre e 2 dentre Ministros-Substitutos e membros do MPTCU, e 6 escolhidos pelo Congresso Nacional).Pela última observação acima, verifica-se que as vagas de Ministro devem ser preenchidas obedecendo ao critério de origem , vinculando-se cada uma delas à respectiva categoria a que pertencem. Dessa forma, se a vaga surgida era ocupada por Ministro indicado pelo Congresso Nacional, o novo membro deverá também ser escolhido pelo Congresso Nacional; se a vaga surgiu após vacância de Ministro indicado por livre escolha do Presidente da República, esse terá o direito de escolher o novo Ministro livremente; da mesma forma, se o Ministro que deixou o cargo foi escolhido pelo Presidente da República entre os Ministros-Substitutos do Tribunal, a nova vaga deverá ser preenchida por Ministro-Substituto em exercício, escolhido pelo Presidente da República. O mesmo vale para a vaga reservada aos membros do MPTCU. Prerrogativas dos M inistros do TCU Os Ministros do TCU terão as mesmas garantias, prerrogativas, vencimentos e vantagens dos M inistros do Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 73, §3°), que são as seguintes: ■ Vitaliciedade, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; ■ Inamovibilidade; ■ Irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o teto previsto na Constituição Federal. Quanto à aposentadoria e pensão, a Constituição Federal prescreve que os Ministros do TCU se enquadram na regra geral de aposentadoria dos Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 83 Estratégia C O N C U R S O S W Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 servidores públicos fixada no art. 40 da Carta Magna. Já a Lei Orgânica (art. 73, IV) ainda apresenta a regra antiga, prevendo aposentadoria, com proventos integrais, de duas formas: compulsória, aos 70 anos de idade ou por invalidez comprovada; e facultativa, após 30 anos de serviço. Essa regra foi revogada pela Emenda Constitucional n° 20/1998. O Tribunal poderá determinar, por motivo de in teresse público , a disponibilidade ou a aposentadoria de Ministro, assegurada a ampla defesa. A disponibilidade ou aposentadoria somente poderá ser determinada mediante o voto da maioria absoluta dos M inistros titu la res , excluído o Ministro processado e incluído o Presidente (RI/TCU, art. 50). Os Ministros do TCU, nas infrações penais com uns e nos crim es de responsabilidade , serão processados e julgados, originariamente, pelo Suprem o Tribunal Federal (CF, art. 102, I, "c"). Vedações aos M inistros do TCU > É vedado ao Ministro do TCU (RI/TCU, art. 39): ■ Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; ■ Exercer cargo técnico ou de direção de sociedade civil, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, sem remuneração; ■ Exercer comissão remunerada ou não, mesmo em órgãos de controle da administração pública direta ou indireta, ou em concessionárias de serviço público; ■ Exercer profissão liberal, emprego particular ou comércio, ou participar de sociedade comercial, exceto como acionista ou cotista sem ingerência; ■ Celebrar contrato com pessoa jurídica de direito público, salvo quando o contrato obedecer a normas uniformes para todo e qualquer contratante; ■ Dedicar-se a atividade político partidária; ■ Manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou emitir juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício de magistério; ■ Atuar em processo de interesse próprio, de cônjuge, de parente consanguíneo ou afim, na linha reta ou na colateral, até o segundo grau, ou de amigo íntimo Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W ou inimigo capital, assim como em processo em que tenha funcionado como advogado, perito, representante do Ministério Público ou servidor da Secretaria do Tribunal ou do Controle Interno. ■ Atuar em processo quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o segundo grau. Na última hipótese acima, o impedimento só se verifica quando o advogado já estiver exercendo o patrocínio da causa, vez que é vedado ao advogado pleitear intervenção no processo apenas para criar o impedimento do Ministro (RI/TCU, art. 39, §1°). Além dessas vedações, o Regimento proíbe que parentes consanguíneos ou afins, na linha reta ou colateral, até o segundo o grau, ocupem, sim ultaneam ente , o cargo de Ministro (RI/TCU, art. 40). A tenção ! Todas as vedações aos Ministros do TCU são extensíveis aos Auditores Ministros-Substitutos. Mas afinal, quem são esses Auditores, também são chamados de Ministros-Substitutos? Vamos ver! ____________________________ MINISTROS-SUBSTITUTOS_____________________________ Em seus afastam entos e im pedim entos leg ais , os Ministros do TCU são substituídos pelos A uditores, ou, dizendo conforme o RI/TCU, pelos M inistros-Substitutos. Existem apenas quatro Ministros-Substitutos, selecionados mediante concurso público de provas e títulos dentre cidadãos que satisfaçam os requisitos exigidos para o cargo de Ministro do Tribunal. Eles não se confundem com os Auditores Federais de Controle Externo (AUFC), os quais se submetem à Lei 8.112/1990 e exercem atividades de assessoramento técnico para o TCU, estando lotados na Secretaria. Os Ministros-Substitutos, por sua vez, atuam junto ao Plenário e às Câmaras e não podem exercer funções ou comissões na Secretaria do Tribunal (RI/TCU, art. 56). Os Ministros-Substitutos são nom eados pelo Presidente da República e a posse é dada pelo Presidente do TCU . Depois de empossado, só perderá o cargo por sentença judicial transitada em julgado. O Ministro-Substituto, quando em substituição a Ministro, terá as m esm as garantias, impedimentos e subsídio do titu lar (RI/TCU, art. 53). Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Já no exercício regular das suas demais atribuições, o Ministro- Substituto terá as mesmas garantias e impedimentos de ju iz do Tribunal Regional Federal (CF, art. 73, §4°). Para substituir Ministro ausente e auferir as prerrogativas do cargo, o Ministro-Substituto deve ser convocado pelo Presidente do Tribunal. Ao ser convocado, o Ministro-Substituto assume todas as funções do titular (notadamente a relatoria de processos e o voto nas sessões), exceto as privativas de Ministros efetivos, como votar e ser votado nas eleições para Presidente e Vice-Presidente. A convocação ocorre nas ausências e impedimentos dos Ministros titulares por motivo de licença, férias ou outro afastamento legal, assim como no caso de vacância do cargo de Ministro, até novo provimento. Os Ministros-Substitutos também podem ser convocados especificamente para com pletar o quórum do Plenário ou das Câmaras. Isso pode ocorrer, por exemplo, caso algum Ministro se declare impedido de votar. Os Ministros-Substitutos podem ainda ser convocados para proferir voto de desem pate , caso o responsável original pelo voto - o Presidente ou o Ministro que estiver na presidência do Plenário - declarar-se impedido no momento do desempate. Nessas hipóteses (completar o quórum ou proferir voto de desempate), o Ministro-Substituto pode ser convocado pelo Presidente do Tribunal ou pelo Presidente de C âm ara , cessando a convocação logoapós o Ministro-Substituto apresentar o respectivo voto. Quando não estiverem convocados para substituir Ministro, os Ministros-Substitutos exercem as demais funções da judicatura, ou seja, atuam presidindo a instrução dos processos que lhe forem distribuídos, relatando-os com proposta de decisão a ser votada pelos m em bros do respectivo colegiado . Perceba que, quando não convocado , o Ministro-Substituto somente emite uma proposta de decisão para os processos que lhe forem distribuídos, a ser votada pelos integrantes do Plenário ou das Câmaras. Ou seja, no exercício das demais atribuições da judicatura, o Ministro-Substituto não tem direito a voto nas sessões do Tribunal. Por outro lado, quando estiver em substituição a M inistro, mediante convocação , o Ministro- Substituto vota como se Ministro fosse. Frise-se que essa condição - estar convocado para poder votar - vale tanto para as sessões da Câmara na qual o Ministro-Substituto atua permanentemente quanto para as sessões do Plenário. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 83 O Ministro-Substituto só vota nas sessões do Tribunal quando estiver convocado para substituir Ministro titular. Caso contrário, apenas apresenta proposta de voto, a ser apreciada pelos Ministros titulares e pelos Ministros-Substitutos que estiverem convocados. Recorde-se que, em determinadas situações, o M inistro-Substituto não vota ja m a is , m esm o que estiver no exercício do cargo de M inistro . Isso ocorre, por exemplo, nas eleições para Presidente e Vice- Presidente do Tribunal (RI/TCU, art. 24), na deliberação para dividir o Tribunal em Câmaras (LO/TCU, art. 67) e no julgamento para determinar a indisponibilidade ou a aposentadoria de Ministro por motivo de interesse público (RI/TCU, art. 50, §6°), pois tais decisões competem exclusivamente aos Ministros titulares. Pode ocorrer a situação de um Ministro-Substituto que atue junto à Primeira Câmara, por exemplo, ser convocado para substituir Ministro que compõe a Segunda Câmara. Nesse caso, o Ministro-Substituto somente tem direito a voto nas sessões da Câmara a que pertence o Ministro que está substituindo, no nosso exemplo, a Segunda Câmara. O Ministro-Substituto convocado, todavia poderá comparecer à sessão da sua Câmara de origem - no caso, a Primeira - para relatar, sem direito a voto , os processos de sua relatoria originária já incluídos em pauta ou que sejam de competência privativa desse colegiado (RI/TCU, art. 55, §1°). A ordem de preferência para a convocação dos Ministros-Substitutos é determinada pela antiguidade da p o sse , da nom eação e pela classificação no concurso público de ingresso na ca rre ira , nessa ordem (RI/TCU, art. 55, §4°). A LO/TCU dispõe ainda que, em caso de idêntica antiguidade, o critério será a maior idade (art. 63). _______________________MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCU_______________________ Junto ao TCU funciona um Ministério Público especializado (MPTCU), comumente chamado de Ministério Público de Contas, regido pelos princípios institucionais da unidade , da indivisibilidade e da independência funcional. O MPTCU, portanto, é um órgão independente do TCU, embora conte com o apoio administrativo e de pessoal da Secretaria do Tribunal para o desempenho de suas atribuições. Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W A Constituição Federal refere-se ao Ministério Público junto ao TCU no art. 130, estabelecendo que aos seus membros também se aplicam as disposições referentes a direitos, vedações e forma de investidura pertinentes aos membros do Ministério Público comum (Ministério Público da União, incluindo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, e Ministérios Públicos dos Estados), previstas na Carta da República. Além disso, aos membros do MPTCU aplica-se, no que couber, o disposto na Lei Complementar 75/1993 sobre a organização, as atribuições e o Estatuto do Ministério Público da União. Todavia, o MPTCU não se confunde com o Ministério Público da União e suas subdivisões. Vale dizer: o MPTCU não faz parte do Ministério Público da União! Por isso, não está vinculado ou subordinado ao Procurador-Geral da República. O MPTCU tem seu próprio Procurador- G era l. O MPTCU compõe-se de um Procurador-Geral, três subprocuradores- gerais e quatro procuradores, nom eados pelo Presidente da R epública , entre brasile iro s , bacharéis em Direito (LO/TCU, art. 80). Este é o texto da Lei, que é confuso, pois faz parecer que o MPTCU possui oito membros, o que não é verdade. O MPTCU possui sete m em bros: três subprocuradores- gerais e quatro procuradores, sendo que um deles é escolhido para ser o Procurador-Geral. De fato, a carreira do MPTCU é constituída pelos cargos de subprocurador-geral e procurador. O cargo Procurador-Geral, por sua vez, não integra a carreira. Os membros do MPTCU ingressam na carreira no cargo de procurador e são promovidos, alternadamente, por antiguidade e merecimento, ao cargo de subprocurador-geral, que é o último nível da carreira. Do cargo de subprocurador-geral não há como ser promovido ao cargo de Procurador- Geral, visto que tal cargo não integra a carreira. E quem é então o Procurador-Geral? O Procurador-Geral é nomeado pelo Presidente da República entre os integrantes da carreira (RI/TCU, art. 58, §1°). Assim, podem ser nomeados para o cargo de Procurador-Geral tanto um dos três subprocuradores-gerais quanto um dos quatro procuradores. O procedimento é o seguinte: ocorrendo a vacância do cargo de Procurador-Geral, o Presidente do Tribunal encaminha lista ao Presidente da República com o nome de todos os integrantes da carreira do MPTCU, por ordem de antiguidade e com indicação dos respectivos cargos. O Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Presidente da República, então, escolhe qualquer um deles; até mesmo um procurador recém-egresso na carreira pode ser escolhido. O mandato do Procurador-Geral é de dois ano s , permitida a recondução (RI/TCU, art. 58, §1°). Cuidado para não confundir com o mandato do Presidente do TCU, que é de um ano, permitida a recondução por apenas mais um ano. O Procurador-Geral é o chefe do MPTCU, tendo tratamento protocolar, direitos e prerrogativas correspondentes aos de cargo de Ministro do Tribunal (RI/TCU, art. 58, §1°). Assim, da mesma forma que os Ministros, toma posse em sessão extraordinária do Tribunal, podendo fazê-lo perante o Presidente, em período de recesso. Ou seja, quem dá posse ao Procurador-Geral do MPTCU é o Presidente do Tribunal. Por sua vez, os demais membros do MPTCU tomam posse perante o Procurador-Geral (RI/TCU, art. 59). Exige-se para o ingresso na carreira do MPTCU a aprovação em concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da OAB em sua realização (LO/TCU, art. 80, §3°). Com petências A LO/TCU (art. 81) e o RI/TCU (art. 62) atribuem competências ao Procurador-Geral, as quais, por delegação, também podem ser exercidas pelos subprocuradores-gerais e pelos procuradores. São elas: > Compete ao Procurador Geral e, por delegação, aos subprocuradores-gerais e procuradores: ■ Promover a defesa da ordem jurídica, requerendo, perante o Tribunal, as medidas de interesse da Justiça, da Administração e do erário; ■ Comparecer às sessões do Tribunal e dizer de direito,oralmente ou por escrito, em todos os assuntos sujeitos à decisão do Tribunal; ■ Interpor os recursos permitidos em lei ou previstos no Regimento; ■ Promover junto à Advocacia-Geral da União ou, conforme o caso, perante os dirigentes das entidades jurisdicionadas do Tribunal, as medidas relativas à cobrança judicial da dívida e ao arresto de bens previstas na LO/TCU, remetendo-lhes a documentação e instruções necessárias; ■ Requerer as providências necessárias ao saneamento dos autos ou ao afastamento cautelar do responsável. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 83 Estratégia C O N C U R S O S W Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 O Ministério Público de Contas é instituição perm anente , essencial à atividade de controle externo da Administração Pública, com atuação junto ao TCU. Sua principal função é a defesa da ordem ju ríd ica , zelando pela aplicação da lei a fim de que as decisões da Corte de Contas observem os preceitos constitucionais e legais. Dessa forma, todas as sessões do TCU, tanto das Câmaras como do Plenário, devem contar com a presença de um representante do Ministério Público de Contas, sob pena de nulidade das deliberações adotadas. Diferentemente do Ministério Público comum, o MPTCU não atua junto ao Judiciário. Sua atuação restringe-se a ser o fiscal da lei no âmbito da Corte de Contas . O MPTCU não atua junto aos Tribunais do Poder Judiciário, mas apenas junto ao TCU. Os membros do MPTCU podem se manifestar em todos os processos que tramitam no Tribunal. Todavia, existem aqueles em que a sua m anifestação é obrigatória (RI/TCU, art. 62, III; art. 280): > A manifestação do MPTCU é obrigatória nos: 1. Processos de tomada ou prestação de contas; 2. Processos relativos aos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias, reformas e pensões; 3. Recursos, exceto embargos de declaração, agravos e pedido de reexame em processo de fiscalização de atos e contratos. Além desses, o MPTCU também deve ser ouvido nos incidentes de uniform ização de ju risp rud ência , mas apenas se a divergência for reconhecida pelo Relator ou pelo Plenário. Caso não seja, a audiência do MPTCU não é obrigatória (RI/TCU, art. 91, §1° e §5°). Veremos mais sobre esses incidentes adiante, ainda nesta aula. Nos demais processos, os membros do MPTCU poderão se manifestar, por requisição do Relator ou, ainda, por meio de solicitação própria (pedido de vista de determinado processo). Na oportunidade em que emitir seu parecer, o MPTCU apresentará seu entendimento quanto ao mérito do processo (RI/TCU, art. 62, §2°), por exemplo, dizendo se concorda ou não com a instrução elaborada pela Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W unidade técnica, se em sua opinião as contas do gestor devem ser julgadas regulares ou irregulares, se o Tribunal deve aplicar ou não sanção ao responsável etc. ____________________________________SECRETARIA____________________________________ A Secretaria destina-se a prestar apoio técnico e a executar os serv iços adm inistrativos do Tribunal. A Secretaria compõe-se de várias unidades, inclusive com uma representação em cada estado da federação (LO/TCU, art. 85). Também faz parte da Secretaria o Instituto Serzedello Corrêa (ISC), responsável pela organização dos concursos públicos para ingresso no quadro de pessoal do Tribunal e pela promoção e organização de cursos de aperfeiçoamento para os servidores (LO/TCU, art. 88). Servidores do TCU Para cumprir as suas finalidades, a Secretaria do Tribunal dispõe de quadro próprio de p esso al, organizado em plano de carreiras, cujas características são fixadas em lei específica (RI/TCU, art. 66). A grande maioria dos Auditores Federais de Controle Externo (AUFC), dos Técnicos Federais de Controle Externo (TFCE) e dos demais servidores do Tribunal desempenham suas atividades junto à Secretaria. De fato, quem efetivamente operacionaliza as funções de controle externo, compreendendo a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos entes jurisdicionados, são os servidores lotados na Secretaria. Eles é que, sob a orientação do Relator, vão a campo realizar auditorias e inspeções, reunir evidências, colher o esclarecimento dos gestores, analisar todos esses dados para, então, apresentar uma proposta de encaminhamento ao Tribunal. Ao servidor que exerce funções específicas de controle externo são asseguradas as seguintes prerrogativas (LO/TCU, art. 87): ■ livre ingresso em órgãos e entidades sujeitos à jurisdição do TCU; ■ acesso a todos os docum entos e inform ações necessário s à realização de seu trabalho; ■ competência para requerer aos responsáveis pelos órgãos e entidades objeto de inspeções, auditorias e diligências, as informações e documentos necessário s para instrução de processos e relatórios de cujo exame esteja expressamente encarregado por sua chefia imediata. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Essas prerrogativas somente são garantidas ao servidor que estiver devidamente credenciado pelo Presidente do Tribunal, ou por delegação deste, pelos dirigentes da Secretaria do Tribunal, para desempenhar auditorias, inspeções e diligências expressamente determinadas pelo TCU. Quanto ao acesso a documentos e informações, repare que o servidor apenas possui respaldo para requerer e examinar aquilo que é necessário ao desempenho de suas atribuições, ainda que o Tribunal, na qualidade de órgão de controle externo, tenha irrestrito acesso a todas as fontes de informações disponíveis na administração pública federal. Em contraponto às prerrogativas, são obrigações do servidor que exerce funções específicas de controle externo (LO/TCU, art. 86): ■ manter, no desempenho de suas tarefas, atitude de independência , serenidade e im parcialidade; ■ representar à chefia im ediata contra os responsáveis pelos órgãos e entidades sob sua fiscalização, em casos de fa lhas e/ou irregularidades; ■ propor a aplicação de m ultas, nos casos previstos no regimento interno; ■ guardar sigilo sobre dados e informações obtidos em decorrência do exercício de suas funções e pertinentes aos assuntos sob sua fiscalização, utilizando-os, exclusivamente, para a elaboração de pareceres e relatórios destinados à chefia imediata. 7. (TCE/RO - Analista 2013 - Caspe) O modelo federal de organização, composição e fiscalização do tribunal de contas, fixado pela CF, é de observância obrigatória pelos estados. Comentário: A questão está correta, ante o disposto no art. 75 da Constituição Federal: Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros. Perceba que o dispositivo estabelece que as normas federais devem ser observadas nos estados “no que couber”, ou seja, algumas adaptações Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W podem ocorrer devido às especificidades das esferas de governo,desde que não desvirtuem o modelo federal. Assim, as normas locais não podem retirar do Tribunal de Contas alguma competência que esteja prevista na CF, mas apenas adaptá-la à realidade local. Por exemplo, em algumas passagens, a CF faz referência ora ao Congresso Nacional ora às suas Casas (Senado e Câmara) separadamente; no âmbito dos estados, como não há divisão em Casas, essas passagens devem ser adaptadas. Vale atentar, ainda, que o próprio art. 75 da CF, em seu parágrafo único, prevê uma peculiaridade nos estados: os respectivos tribunais de contas serão integrados por sete Conselheiros, diferentemente do TCU, que é integrado por nove Ministros. Gabarito: Certo 8. (TCDF - ACE 2012 - Cespe, adaptada) O presidente do TCU é designado pelo Presidente da República, a partir de lista tríplice enviada pelo Congresso Nacional, formada por auditores externos do TCU ou profissionais de reconhecido conhecimento na área de administração pública, contabilidade ou direito. Comentário: O quesito está errado. O Presidente do TCU não é designado pelo Presidente da República, mas eleito por seus pares, os Ministros titulares. Ademais, não há, na eleição do Presidente do TCU, qualquer participação do Congresso Nacional. Gabarito: Errado 9. (TCU - ACE 2004 - Cespe) O presidente do TCU é nomeado pelo presidente da República, escolhido de uma lista tríplice constituída pelo tribunal, composta de ministros de seu quadro, após aprovação pelo Senado Federal. Comentário: O Presidente do TCU não é nomeado pelo Presidente da República, mas sim eleito por seus pares (Ministros titulares), em escrutínio secreto, podendo concorrer qualquer Ministro do Tribunal, exceto o que estiver ocupando a presidência e que já tenha sido reeleito uma vez (RI/TCU, art. 24). Na prática, ocorre um rodízio de dois em dois anos entre os Ministros do Tribunal, não havendo qualquer participação do Presidente da República ou do Parlamento na escolha ou nomeação, daí o erro do item. Por outro lado, recorde-se que as demais autoridades do Tribunal (Ministros, Ministros- Substitutos e membros do MPTCU) são todas nomeadas pelo Presidente da República. Gabarito: Errado 10. (TCDF - Técnico 2014 - Cespe, adaptada) Cabe ao presidente do Congresso Nacional dar posse ao presidente do TCU. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Comentários: O item está errado. Quem dá posse ao Presidente do TCU é o Plenário do Tribunal, em sessão extraordinária a ser realizada até o dia 16 de dezembro (RI/TCU, art. 26). Gabarito: Errado 11. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) Se os cargos de presidente e vice- presidente do TCU ficarem vagos noventa dias antes do término do mandato e dois de seus conselheiros titulares estiverem ausentes, um por estar em gozo de férias e o outro por estar em licença, será facultado a esses conselheiros participar das eleições para os cargos vagos. Comentário: O quesito está correto. Perceba que a vacância ocorreu antes dos últimos 60 dias do mandato; nessa hipótese, novas eleições devem ser realizadas para suprir a vaga (RI/TCU, art. 24, §2°). Ademais, lembre-se de que podem votar na eleição do Presidente e do Vice-Presidente todos ministros titulares (inclusive o que estiver na Presidência), ainda que no gozo de licença, férias ou outro afastamento legal (RI/TCU, art. 24, §5°). Gabarito: Certo 12. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) A competência para nomear cidadão aprovado em concurso de provas e títulos para o cargo de ministro- substituto do TCU é do próprio presidente do tribunal. Comentário: Errado, pois os Ministros-Substitutos são nomeados pelo Presidente da República; o Presidente do TCU apenas lhes dá posse. Gabarito: Errado 13. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) O vice-presidente do TCU exerce, concomitantemente, a presidência da primeira e da segunda câmara e as funções de corregedor. Comentário: O vice-presidente do TCU exerce as funções de corregedor (RI/TCU, art. 31, III) e de presidente de uma das câmaras. O Regimento não especifica se é da primeira ou da segunda. O presidente da outra câmara é o Ministro do Tribunal mais antigo no exercício do cargo (RI/TCU, art. 12). Cabe salientar que, na hipótese de o Vice-Presidente suceder o Presidente do Tribunal no caso de vaga surgida nos últimos 60 dias do mandato, assumirá a presidência da câmara o ministro mais antigo entre os que dela fizerem parte (RI/TCU, art. 12, §1°). Gabarito: Errado 14. (TCU - TEFC 2012 - Cespe) O cargo de Procurador-Geral do TCU pode ser ocupado por procurador da República. Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Comentário: O quesito está errado. De acordo com o art. 58, §1° do RI/TCU, o Procurador-Geral do TCU é escolhido dentre os integrantes da carreira do MPTCU, a qual não se confunde com a carreira dos Procuradores da República, vinculada ao Ministério Público comum. Gabarito: Errado 15. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) Ao tomar conhecimento de irregularidade que deva ser comunicada a superior hierárquico, o dirigente máximo do Ministério Público junto ao TCU deve reportar-se ao procurador-geral da República. Comentário: O MPTCU é órgão independente, que não integra o Ministério Público da União. Lembre-se que o MPTCU também não integra o TCU, o qual é “integrado por nove Ministros" (CF, art. 73). Portanto, o Procurador-Geral do MPTCU não possui superior hierárquico. Ele não se reporta, em termos de subordinação, ao Procurador-Geral da República ou ao Presidente do Tribunal. Ao tomar conhecimento de irregularidade, o MPTCU deve representar ao Tribunal, pois lhe compete “promover a defesa da ordem jurídica, requerendo, perante o Tribunal, as medidas de interesse da Justiça, da Administração e do erário" (RI/TCU, art. 62, I). Gabarito: Errado 16. (TCU - AUFC 2011 - Cespe) O presidente da República tem a prerrogativa de escolher livremente apenas um dos nove ministros do TCU, além de outros dois indicados em listas tríplices pelo próprio TCU, estando essas três escolhas sujeitas ao crivo do Senado Federal. Comentário: O item está correto. Segundo o art. 73, §2°, I da CF, o Presidente da República escolhe três dos nove Ministros do TCU, sendo que apenas um é de sua livre escolha, pois os demais são escolhidos entre os auditores (ministros-substitutos) e os membros do Ministério Público junto ao tribunal, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio TCU. De acordo com o mesmo dispositivo, qualquer nome indicado pelo Presidente da República deve passar pela aprovação do Senado Federal. Gabarito: Certo 17. (TCU - TEFC 2009 - Cespe) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha incumbe ao presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os demais são indicados entre os auditores e os membros do Ministério Público junto ao tribunal. Comentário: Correto, nos termos do art. 73, §2°, I da CF. Lembrando que: (i) os auditores (ministro-substitutos) e membros do MPTCU são escolhidos a partir de lista tríplice elaborada pelo Tribunal de acordo com o procedimento Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W previsto no art. 36 do RI/TCU; (ii) a livre escolha do Presidente da República deve recair sobre brasileiros que satisfaçam os requisitos previstos no art. 73, §1° da CF (mais de 35 anos, idoneidade moral, notórios conhecimentos,além de mais de 10 anos de experiência profissional); (iii) qualquer nome indicado pelo Presidente da República deve passar pela aprovação do Senado Federal. Gabarito: Certo 18. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Os ministros do TCU, por integrarem o Poder Judiciário, detêm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos ministros do Superior Tribunal de Justiça. Comentário: Segundo o art. 73, §3° da CF, os Ministros do TCU terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Todavia, essa equiparação, de forma alguma, faz com que os Ministros do TCU pertençam ao Poder Judiciário, daí o erro. Conforme vimos na Aula 01, para a doutrina majoritária, o TCU - e, por conseguinte, seus Ministros - não integra nenhum dos Poderes constituídos, nem é, por si só, um outro Poder. Gabarito: Errado 19. (TCU - ACE 2007 - Cespe) Nas sessões do TCU, o Ministério Público só é obrigado a manifestar-se nos processos de tomada ou prestação de contas, nos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria, reforma e pensão, bem como nos incidentes de uniformização de jurisprudência e nos recursos. Comentário: A primeira parte do quesito está correta (“o Ministério Público só é obrigado a manifestar-se nos processos de tomada ou prestação de contas, nos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria..."). Porém, o restante do item está errado, pois a manifestação do MPTCU não é obrigatória em todos os tipos de recursos, da seguinte forma (RI/TCU, art. 280): - Não obrigatória: embargos de declaração, agravo, pedido de reexame em processo de fiscalização de ato ou contrato; - Obrigatória: recurso de reconsideração, recurso de revisão, pedido de reexame em processo relativo a ato sujeito a registro. Ademais, a manifestação do MPTCU nos incidentes de uniformização de jurisprudência só é obrigatória caso o Relator ou o Plenário reconheça a divergência. Caso contrário, não há obrigatoriedade (RI/TCU, art. 91, §1° e §5°). Gabarito: Errado 20. (TCU - ACE 2004 - Cespe) O Ministério Público junto ao TCU somente precisa manifestar-se nos processos de tomada ou prestação de contas, nos concernentes Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W aos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria, reforma e pensão, nos incidentes de uniformização de jurisprudência e nos recursos. Comentário: Questão idêntica à anterior, mas que caiu em outra prova. Está errada pela mesma razão. Gabarito: Errado 21. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Assinale a opção correta. a) O Presidente do TCU é nomeado pelo Presidente da República. b) Os presidentes da Primeira e Segunda Câmaras do TCU votam, mas não relatam processos. c) Na ausência ou impedimento do Vice-Presidente do TCU, o Presidente será substituído pelo ministro mais idoso em exercício. d) O Presidente do TCU, ao deixar o cargo, volta a integrar a Câmara a que pertencia antes de assumir a presidência. e) O Vice-Presidente do TCU exerce as funções de corregedor. Comentário: Vamos ver cada alternativa, buscando a correta: (a) errada, pois o Presidente do TCU é eleito por seus pares (RI/TCU, art. 24); (b) errada, pois os presidentes de câmara votam e relatam processos (RI/TCU, art. 33, III e IV), diferentemente do Presidente do TCU que, em regra, não vota ou relata processos; (c) errada, pois na ausência ou impedimento do Vice-Presidente, o Presidente será substituído pelo Ministro mais antigo em exercício no cargo (RI/TCU, art. 8°, §1°); (d) errada, pois o Presidente do TCU, ao deixar o cargo, passará a integrar a Câmara a que pertencia o seu sucessor; (e) certa, conforme art. 32 do RI/TCU. Registre-se que o Vice-Presidente, em suas ausências e impedimentos legais, será substituído nas funções de Corregedor pelo Ministro mais antigo em exercício no cargo (RI/TCU, art. 8°, §2°). Gabarito: alternativa “e” 22. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Em face da autonomia administrativa conferida pela Constituição, o TCU tem competência para fixar, por meio de resolução de seu Plenário, os vencimentos dos ministros, auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal. Comentário: O TCU tem autonomia para propor ao Congresso Nacional a Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W fixação de vencimentos de Ministros, Ministros-Substitutos e membros do MPTCU (LO/TCU, art. 1°, XIII). Portanto, o Tribunal não fixa os vencimentos por meio de Resolução do Plenário. A fixação de vencimentos é matéria a ser tratada em lei específica, de iniciativa privativa do TCU, por isso o quesito está equivocado. Mesmo assim, a autonomia administrativa do Tribunal é garantida, pois somente ele e mais ninguém, nem mesmo o próprio Congresso, poderá propor projeto de lei que altere a remuneração de seus Ministros, Ministros-Substitutos, membros do MPTCU e demais servidores. Gabarito: Errado 23. (TCU - ACE 2008 - Cespe) Cabe ao STJ processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns — aí compreendidos os crimes de responsabilidade — , os membros do TCU. Comentário: O quesito está errado. Compete ao Supremo Tribunal Federal (STF), e não ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros do TCU (CF, art. 102, I, c). Ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) compete processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal (CF, art. 105, I, a). Por fim, a questão também erra ao afirmar que os crimes comuns abrangem os crimes de responsabilidade, pois são coisas distintas. Gabarito: Errado 24. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) Os ministros do TCU serão processados e julgados, em caso de cometimento de crime comum, pelo Supremo Tribunal Federal e, em caso de crime de responsabilidade, pelo Senado Federal. Comentário: O quesito está errado, pois os ministros do TCU são processados e julgados, originariam ente, pelo Supremo Tribunal Federal, tanto nos casos de crime comum como nos de responsabilidade, a teor do art. 102, I, “c” da Constituição Federal. Gabarito: Errado 25. (TCU - ACE 2008 - Cespe) Ainda que a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional sejam princípios institucionalizados do Ministério Público, haverá membros do MP junto ao TCU, entre os quais um será escolhido ministro, periódica e alternadamente, como parte do terço que cabe ao presidente da República indicar. Comentário: Vale observar que o membro do MPTCU nomeado Ministro por indicação do Presidente da República deixa de pertencer ao Ministério Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 83 Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014 Teoria e exercícios comentados Prof. Erick Alves - Aula 04 Estratégia C O N C U R S O S W Público e passa a ser um dos nove membros do Tribunal. Assim, tal indicação não prejudica, de forma alguma, a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional do MPTCU. Não obstante, essa questão foi Anulada pela banca, com a justificativa de que a expressão "periódica e alternadamente" causou ambiguidade irreversível, prejudicando o julgamento objetivo da assertiva. De fato, não existe na LO/TCU, no RI/TCU ou na CF qualquer prazo (período) previsto para a substituição dos Ministros. O texto constitucional só faz destaque
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