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Aula 04 Controle Externo TCU ESTRAT

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Controle Externo TCU - TEFC e AUFC (TI e Bibliotec.) 2014
Teoria e exercícios comentados
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Estratégia
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Olá pessoal!
Nosso objetivo nesta Aula é cobrir os seguintes assuntos:
s Organização e funcionamento do Tribunal de Contas da União. 
s Código de Ética dos Servidores do TCU
Para tanto, seguiremos o seguinte sumário:
SUMÁRIO
Organização do TCU................................................................................................................................................ 2
Composição e sede. ....................................................................................................................................................2
Plenário........................................................................................................................................................................4
Câmaras........................................................................................................................................................................ 8
Comissões. ................................................................................................................................................................. 13
Presidente. ................................................................................................................................................................ 13
Ministros....................................................................................................................................................................17
Ministros-Substitutos............................................................................................................................................. 20
Ministério Público junto ao TCU. .........................................................................................................................22
Secretaria. ..................................................................................................................................................................26
Processos, Deliberações e Sessões. ............................................................................................................... 44
Processo no TCU. ................................................................................................................................................ 44
Deliberações do Plenário e das Câmaras. ..................................................................................................... 49
Sessões do Tribunal............................................................................................................................................55
Outros dispositivos. ............................................................................................................................................65
RESUMÃO DA AULA. ........................................... 74
Questões comentadas na Aula. .........................................................................................................................76
Gabarito. .................................................................................................................................................................. 83
Aos estudos!
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ORGANIZAÇÃO DO TCU
Neste tópico iremos estudar a estrutura organizacional do TCU. 
Também veremos os critérios de escolha dos seus membros, assim como as 
competências dos seus órgãos colegiados e demais unidades que atuam 
junto ao Tribunal.
_______________________________ COMPOSIÇÃO E SEDE_______________________________
Primeiramente, vamos dar uma olhada no que a Constituição Federal 
diz sobre a com posição do TCU:
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede 
no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território 
nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.
O texto constitucional nos informa que o TCU é integrado por 
nove M inistros. Da mesma forma, o art. 62 da LO/TCU é enfático ao dizer: 
"O Tribunal de Contas da União tem sede no Distrito Federal e compõe-se de 
n o ve m in is tro s".
O Tribunal, portanto, é um órgão colegiado , integrado pelos nove 
Ministros e m ais ninguém . A rigor, os Auditores1 (Ministros-Substitutos), os 
membros do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU), os Auditores e 
Técnicos Federais de Controle Externo (AUFC e TFCE) e demais servidores 
da Secretaria não compõem o Tribunal, ok?
Com efeito, os Ministros-Substitutos, como o próprio nome sugere, são 
os substitutos diretos dos Ministros e exercem outras atribuições próprias da 
judicatura, enquanto o MPTCU é um órgão independente, que atua junto ao 
Tribunal, com funções de guardg da lei e fiscal de sua execução. Já a 
Secretaria, na qual se inserem as unidades onde trabalham a maioria dos 
AUFC e TFCE, atende às atividades de apoio técnico e administrativo 
necessárias ao funcionamento do Tribunal. O TCU, em si, é composto 
somente pelos nove Ministros.
Voltando ao texto do art. 73 da Constituição, vê-se que o TCU tem 
sede no Distrito Federal. Não é em Brasília, nem na capital federal. 
Embora o prédio da sede do TCU se localize na capital federal Brasília, e a 
despeito de possuir representações em todas as unidades da federação, o
1 O RI/TCU (art. 12, §2°) denomina os Auditores, cargo previsto no art. 73, §4° da CF, de Ministros-
Substitutos. Assim, nesta aula, seguirei a nomenclatura utilizada no Regimento.
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correto é dizer que o TCU, por força constitucional, tem sede no Distrito 
Federal, está bem?
Também merecem destaque as garantias de autonomia 
adm inistrativa conferidas ao TCU pelo art. 73 da CF, assegurando-lhe 
quadro próprio de pessoal e a capacidade para exercer as atribuições 
previstas no art. 96, que se referem às competências privativas dos 
tribunais do Judiciário para se auto-organizarem administrativamente. Tais 
competências, conforme estudamos na aula passada, foram inseridas no 
art. 1° da LO/TCU e no art. 1° do RI/TCU, lembram? Por meio delas, o TCU 
pode elaborar e alterar seu Regimento Interno, organizar sua Secretaria, 
provendo-lhes os cargos mediante a organização de concursos, dentre 
outras atividades de administração interna.
Ademais, é privativa do TCU a iniciativa para propor projetos de lei ao 
Congresso Nacional que vise à criação e à extinção de cargos de sua 
Secretaria, bem como à fixação da remuneração dos seus membros e 
demais servidores, entre outras.
1. (TCU - TEFC 2012 - Cespe) O TCU adota, como sistema de controle de contas, o 
modelo germânico.
Comentário: A afirmação está correta. Vejamos a explicação da própria 
banca para o gabarito:
O modelo germânico é caracterizado pela estrutura colegiada, articulada em ofícios, 
com pessoal revestido de garantias de independência judiciária, exatamente como é 
estruturado o TCU. Já o modelo anglo-saxônico é caracterizado pela estrutura 
monocrática, o que não é o caso do TCU. Por fim, o modelo escandinavo, no qual as 
competências são repartidas por vários órgãos, também diverge do modelo adotado pelo 
TCU.
No modelo germânico, adotado em países como Alemanha e Áustria, o 
órgão colegiado de controle exerce apenas atribuições de controle e algumas de 
natureza consultiva.
No modelo anglo-saxônico, utilizado na Grã-Bretanha, nos Estados Unidos, 
na Irlanda, em Israel eem outros Estados anglófonos da África e Ásia, o órgão 
monocrático de controle (controlador geral) é auxiliado por um ofício revisional, 
que a ele se subordina hierarquicamente. O controlador geral é indicado pelo 
Parlamento, devendo a ele reportar-se em relação aos resultados de sua 
atuação.
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No modelo escandinavo, o controle exerce-se por meio de uma série de 
órgãos, entre os quais os revisores parlamentares e o ofício de revisão. Os 
primeiros detêm funções de controle sobre a execução do orçamento e são 
nomeados, normalmente em número de cinco, a cada legislatura. O ofício de 
revisão tem competência exclusiva para verificar a eficácia administrativa e 
propor medidas corretivas dos problemas apontados. Destaca-se, ainda, na 
Suécia, a figura do ombudsman, que é eleito em nome do Parlamento para 
supervisionar o modo pelo qual todos os agentes públicos aplicam a lei, 
incluindo-se os juízes e altos funcionários, representando contra os que agem 
de modo ilegal ou que negligenciem seus deveres2.
Gabarito: Certo
Para o desempenho de suas atribuições, o TCU se divide em órgãos, 
integrados pelos Ministros. De acordo com o Regimento Interno (art. 7°), os 
órgãos do Tribunal são:
■ Plenário.
■ Primeira e Segunda Câmara.
■ Presidente.
■ Comissões de caráter permanente ou temporário.
■ Corregedoria.
Perceba novamente que o MPTCU ou a Secretaria não são órgãos do 
Tribunal. Enquanto isso, nos termos do Regimento Interno, o Presidente do 
TCU é um órgão do Tribunal.
Dito isso, passemos a falar sobre as características e as atribuições dos 
órgãos do TCU, assim como do MPTCU e da Secretaria.
______________________________ PLENÁRIO______________________________
O Plenário é a instância máxima do TCU, sendo o órgão colegiado que 
reúne os nove M inistros. Suas sessões são dirigidas pelo Presidente do 
Tribunal. Junto ao Plenário oficia ainda o representante do MPTCU.
As deliberações do TCU, em regra , são tomadas de forma colegiada 
pelo Plenário, que possui uma extensa lista de competências privativas 
definidas nos art. 15 e 16 do RI/TCU. Somente nas hipóteses do art. 17 do 
Regimento é que as deliberações do Tribunal são tomadas pelas Câmaras.
2 Baseado no artigo: “Questões de controle. Controle das Finanças Públicas no Brasil: visão atual e 
prospectiva”, de autoria do Ministro do TCU Benjamim Zymler.
Disponível em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2055484.PDF
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Então, uma opção para facilitar o estudo é saber as competências das 
Câmaras e, por exclusão, se saberá as do Plenário, ok?
Segundo Lima (2011), as competências privativas do Plenário podem 
ser sistematizadas da seguinte forma:
> M atérias de m aior com plexidade e relevância.
> Relacionam ento com o Congresso Nacional e os Poderes da 
República.
> A ssuntos internos de natureza institucional.
> Sanções de m aior gravidade.
O conhecimento dessas quatro categorias gerais já facilita bastante a 
solução de uma eventual questão de prova sobre o assunto. Não obstante, 
vamos detalhar as competências do Plenário, tal qual está no Regimento 
(art. 15 e 16):
Matérias de maior complexidade e relevância
> Compete ao Plenário deliberar originariamente sobre:
■ Parecer prévio relativo às contas do Presidente da República;
■ Incidente de uniformização de jurisprudência;
■ Controle de constitucionalidade, em matéria de competência do Tribunal;
■ Fixação dos coeficientes do FPE, FPM e IPI-Exportação, inclusive sobre as 
eventuais contestações apresentadas pelas unidades federadas;
■ Representação de equipe de fiscalização feita quando, no curso de fiscalização, 
verificar procedimento do qual possa resultar dano ao erário ou irregularidade 
grave;
■ Relatório de auditoria de natureza operacional;
■ Denúncia formulada por qualquer cidadão, partido político, associação ou 
sindicato.
■ Propostas de determinações de caráter normativo, de estudos sobre 
procedimentos técnicos, bem como daqueles em que se entender necessário o 
exame incidental de inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder 
público.
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Relacionamento com o Congresso Nacional e os Poderes da República
> Compete ao Plenário deliberar originariamente sobre:
■ Pedido de informação ou solicitação endereçado pelo Congresso Nacional, por 
qualquer de suas Casas, ou por suas comissões;
■ Solicitação de pronunciamento conclusivo formulada pela CMO;
■ Realização de fiscalizações em unidades do Poder Legislativo, do STF, dos 
Tribunais Superiores, da Presidência da República, do próprio TCU, do Conselho 
Nacional de Justiça, do Conselho Nacional do Ministério Público, bem como do 
Ministério Público da União e da Advocacia-Geral da União;
■ Relatório de fiscalização realizada por solicitação do Congresso Nacional, de 
suas Casas e das respectivas comissões, bem como daquela realizada nas 
unidades referidas no item anterior;
■ Consulta formulada pelas autoridades competentes.
Assuntos internos de natureza institucional
> Compete ao Plenário deliberar originariamente sobre:
■ Matéria regimental ou de caráter normativo;
■ Conflito de competência entre relatores.
> Compete ao Plenário deliberar sobre:
■ Lista tríplice de ministros-substitutos e membros do MPTCU para 
preenchimento do cargo de Ministro;
■ Processos avocados pelo próprio Plenário em razão de sua relevância que, por 
sugestão de Ministro ou de ministro-substituto convocado, sejam submetidos 
ao colegiado.
> Compete ao Plenário aprovar:
■ Plano de controle externo;
■ Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal;
■ Propostas relativas a projeto de lei que o Tribunal deva encaminhar ao Poder 
Legislativo;
■ Proposta de acordo de cooperação e instrumento congênere, nas situações em 
que houver transferência de recursos financeiros.
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Sanções de maior gravidade
> Compete ao Plenário:
■ Determinar a inabilitação para o exercício de cargo em comissão ou função de 
confiança na Administração Pública Federal;
■ Declarar a inidoneidade de licitante fraudador;
■ Solicitar à AGU o arresto de bens de responsável;
■ Adotar medidas cautelares, determinando, entre outras providências, a 
suspensão do ato ou do procedimento impugnado, resguardada a possibilidade 
de antecipação da medida pelo Relator ou pelo Presidente.
Compete ainda ao Plenário deliberar sobre os seguintes recu rso s:
■ Recursos apresentados contra suas próprias decisões;
■ Recursos de revisão (todos);
■ Agravos interpostos a despachos decisórios proferidos em processo de sua 
competência;
■ Recursos contra decisões adotadas pelo Presidente sobre matéria administrativa.
Outra competência importante do Plenário é deliberar sobre propostas 
de fixação de entendimento, nos termos do art. 16, inciso V do RI/TCU:
V - deliberar sobre propostas de fixação de entendimento de especial relevância 
para a Administração Pública, sobre questão de direito, que somente poderão ser 
aprovadas por 2/3 dosministros, inclusive ministros-substitutos convocados.
Especial atenção para o quórum previsto no inciso V acima. São poucas 
as ocasiões em que o RI/TCU exige quórum qualificado, portanto tenha 
cuidado. As deliberações sobre propostas de fixação de entendimento 
somente podem ser aprovadas por 2/3 (= 6) dos M inistros, titu lares ou 
substitutos convocados.
As deliberações do TCU que fixam entendimentos ou que proferem 
determinações de caráter normativo possuem características semelhantes às 
respostas a consultas, ou seja, versam sobre matérias em tese (questões de 
direito) e não sobre casos concretos. A diferença é que as respostas às 
consultas são provocadas pelas autoridades competentes; já as fixações de
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entendimento ou as determinações de caráter normativo são tomadas por 
iniciativa do próprio Tribunal ao examinar processos que tratam de matérias 
controversas.
> Exemplo de fixação de entendimento 
Acórdão 2641/2010-Plenário
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão Plenária, em: (...)
9.3. deixar assente que, até que seja editada a lei específica de que trata o art. 173, §1°, inciso 
III, da Constituição, as empresas públicas, sociedades de economia mista e as entidades 
controladas direta ou indiretamente pela União devem fazer constar, nos editais e contratos 
alusivos à prestação de serviços de duração continuada, previsão de que os reajustes de 
preços devem ser feitos com base na efetiva variação de custos comprovada pelo contratado, 
admitindo-se a adoção de índice setorial de reajuste, nos termos do art. 40, inciso XI, da Lei n° 
8.666/1993 e em consonância com a Decisão n° 235/2002 e os Acórdãos n°s 34/2004 e 
361/2006, todos do Plenário, não se regulando a matéria pelo art. 3° da Resolução CCE 
10/1996;
Por fim, cumpre salientar que ao Plenário compete deliberar
originariamente acerca de qualquer assunto não incluído
expressam ente na com petência das C âm aras .
_____________________________________ CÂMARAS_____________________________________
A LO/TCU (art. 67) permite ao TCU dividir-se em Câmaras, mediante 
deliberação da maioria absoluta (=5) de seus M inistros titu la res . Portanto, 
em tese, a divisão em Câm aras não é obrigatória . Todavia, atualmente 
o RI/TCU estabelece que o Tribunal é composto por duas C âm aras .
Cada Câmara compõe-se de quatro M inistros, indicados pelo 
Presidente do Tribunal na primeira sessão ordinária de cada ano (RI/TCU, 
art. 11). Ou seja, no início de cada ano (primeira sessão ordinária), o 
Presidente do Tribunal define a composição das Câmaras.
O Presidente do Tribunal não participa de nenhuma Câmara, mas, ao 
deixar o cargo, passa a integrar a Câmara a que pertencia o seu sucessor. É 
possível haver permuta ou remoção voluntária dos Ministros de uma para 
outra Câmara, desde que haja anuência do Plenário, tendo preferência o 
Ministro mais antigo.
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Junto a cada Câmara atuam dois M inistros-Substitutos, em caráter 
permanente, conforme designação do Presidente do Tribunal. Junto a cada 
Câmara atua, ainda, um representante do MPTCU.
As competências da Primeira e da Segunda Câmara são iguais. Apesar 
de serem em número bem menor que as competências do Plenário, 
compreendem as atribuições mais corriqueiras do Tribunal, como o 
julgamento de prestações de contas, a apreciação de atos sujeitos a registro 
e a aprovação de relatórios de fiscalização e representações, salvo as 
exceções expressas, cuja com petência é do Plenário (RI/TCU, art. 17).
> Compete à Primeira e à Segunda Câmara deliberar sobre:
■ Prestação e tomada de contas, inclusive tomada de contas especial;
■ A legalidade, para fins de registro, de atos de admissão de pessoal e de 
concessão de aposentadoria, reformas e pensões;
■ Representação (exceto as de equipe de fiscalização);
■ Realização de inspeção (exceto em unidades do Poder Legislativo, do STF, dos 
Tribunais Superiores, da Presidência da República, do próprio TCU, do Conselho 
Nacional de Justiça, do Conselho Nacional do Ministério Público, bem como do 
Ministério Público da União e da Advocacia-Geral da União);
■ Relatório de fiscalização (exceto: de natureza operacional; realizada por 
solicitação do Congresso Nacional, suas Casas e respectivas comissões; 
realizadas nas unidades listadas no item anterior).
Compete ainda às Câmaras deliberar sobre recursos apresentados 
contra su as próprias deliberações , bem como sobre agravo interposto 
contra despacho decisório proferido em processo de sua competência.
Os assuntos de competência das Câmaras, e x ce to o s re c u rs o s , 
poderão ser incluídos na pauta do Plenário , sempre que a relevância da 
matéria recomende esse procedimento (RI/TCU, art. 17, §1°). Todavia, há 
uma exceção da exceção : se, ao exam inar re c u rs o , a Câmara entender 
cabível a declaração de inidoneidade de licitante ou a inabilitação de 
responsável para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, 
o respectivo processo deverá ser remetido para apreciação do Plenário, pois 
tais assuntos são da competência privativa do Pleno (RI/TCU, art. 17, §4°).
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As Câmaras, por sua vez, não poderão , em nenhuma hipótese, 
deliberar sobre m atéria da com petência privativa do Plenário
(LO/TCU, art. 67, §1°).
Por fim, registre-se que é vedado às Câmaras apreciar processos que 
contenham propostas de fixação de entendimento sobre questão de direito 
em determinada matéria, de determinações em caráter normativo e de 
estudos sobre procedimentos técnicos, bem como aqueles em que se 
entender necessário o exame incidental de inconstitucionalidade de lei ou de 
ato do poder público. Nesse último caso, após o Plenário realizar o exame 
incidental de inconstitucionalidade, o processo retornará à Câmara para 
continuidade do feito (RI/TCU, art. 17, §3°).
Presidente de Câm ara
O Presidente de Câmara não se confunde com o Presidente do TCU. 
Uma das Câmaras é presidida pelo Vice-Presidente do Tribunal e a outra 
pelo Ministro m ais antigo em exercício no cargo (dentre todos os 
membros do Tribunal). Os Presidentes das Câmaras são designados pelo 
Presidente do TCU quando da definição dos respectivos membros, ou seja, 
na primeira sessão ordinária de cada ano. Nas vacâncias, ausências e 
impedimentos do Presidente da Câmara, assumirá a presidência o Ministro 
mais antigo no cargo, dentre os que pertencerem à respectiva Câmara 
(RI/TCU, art. 12).
As competências do Presidente de Câmara estão informadas no art. 33 
do RI/TCU. Dentre outras, o Presidente de Câmara preside suas sessões, 
resolve questões de ordem e decide sobre requerimentos. Mas o detalhe 
importante é que o Presidente de Câm ara relata e profere voto nos
processos submetidos à deliberação da respectiva Câmara. Já o Presidente 
do TCU, como veremos daqui a pouco, não compõe nenhuma Câmara e, 
regra geral, não relata processos ou vota. Por isso , cu idado !
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2. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) A deliberação sobre processo comum de prestação 
de contasjá instruído cabe à respectiva câmara do TCU.
Comentário: Compete às Câmaras deliberar sobre processos de 
prestação e tomada de contas, inclusive especial (RI/TCU, art. 17, I). A 
expressão “já instruído” refere-se à instrução preparada nas Unidades 
Técnicas do Tribunal pelos AUFC, com base na qual os colegiados decidem. 
Cumpre ainda lembrar que, no caso das contas apresentadas pelo Presidente 
da República, a competência para deliberar é do Plenário (RI/TCU, art. 15, I, a).
Gabarito: Certo
3. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) Na hipótese de o Senado Federal solicitar ao TCU 
exame de matéria sobre a exploração de petróleo na camada do pré-sal, devido ao 
interesse da União, caberá à câmara a que está afeta o Ministério de Minas e 
Energia deliberar sobre a solicitação.
Comentário: Todo pedido de informação ou solicitação endereçado pelo 
Congresso Nacional, suas Casas e respectivas comissões é da competência 
do Plenário e não das Câmaras (RI/TCU, art. 15, I, b).
Gabarito: Errado
4. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Se um ministro fizer parte de determinada câmara 
por dois anos, nos dois anos seguintes ele será automaticamente designado para 
outra câmara.
Comentário: Essa questão aborda o art. 11, caput, do RI/TCU, que foi 
alterado na última revisão do RI/TCU em 2012.
A redação anterior era: “Cada câmara compõe-se de quatro ministros, 
que a integrarão pelo prazo de dois anos, findos os quais dar-se-á a 
recondução automática por igual período”.
E a redação atual é: “Cada câmara compõe-se de quatro ministros, 
indicados pelo Presidente do Tribunal na primeira sessão ordinária de cada 
ano”.
Portanto, o quesito está errado. Na sistemática atual, a composição das 
Câmaras é definida anualmente pelo Presidente do Tribunal, ou seja, não há 
mais prazo de dois anos ou recondução automática. Não obstante, perceba 
que, mesmo considerando a redação anterior, o quesito permanece errado, 
pois a recondução ocorria para a mesma Câmara e não para a outra.
Gabarito: Errado
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5. (TCU - AUFC 2009 - Cespe) Se um órgão fizer um concurso público para 
admissão de 500 novos servidores, o processo de exame dos respectivos atos de 
admissão deverá ser deliberado pelo Plenário do TCU.
Comentário: A apreciação da legalidade, para fins de registro, dos atos 
de admissão de pessoal da administração direta e indireta é de competência 
das Câmaras e não do Plenário (RI/TCU, art. 17, II). Da mesma forma, compete 
às Câmaras apreciar a legalidade dos atos sujeitos a registro de concessão de 
aposentadoria, reformas e pensões (RI/TCU, art. 17, III).
Gabarito: Errado
6. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Acerca das decisões do TCU, compete 
privativamente ao Plenário deliberar originariamente sobre as seguintes matérias, 
exceto o que diz respeito a
a) representação apresentada por empresa licitante.
b) relatório de auditoria operacional.
c) consulta sobre matéria de competência do TCU.
d) conflito de lei ou de ato normativo do poder público com a Constituição Federal,
em matéria de competência do TCU.
e) denúncia.
Comentário: A única representação sobre a qual o Plenário delibera é a 
representação formulada por equipe de fiscalização do TCU quando, no curso 
de fiscalização, verificar procedimento de que possa resultar dano ao erário 
ou irregularidade grave (RI/TCU, art. 15, inciso I, alínea l). Todas as demais 
espécies de representação, inclusive a representação apresentada por 
empresa licitante (alternativa “a”), são de competência das Câmaras, daí o 
gabarito da questão. Quanto às demais alternativas, verifica-se que versam 
sobre competências do Plenário, expressas no art. 15, I, “m”, “o”, “e” e “p” do 
RI/TCU, respectivamente.
Gabarito: alternativa “a”
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____________________________________ COMISSÕES____________________________________
As Comissões são órgãos que colaboram no desempenho das 
atribuições do Tribunal. Podem ser perm anentes ou tem p o rárias .
Existem apenas duas comissões perm anentes: a Com issão de
Regimento e a Com issão de Jurisp rudência .
As comissões permanentes compõem-se de três m em bros efetivos e 
um sup lente , os quais podem ser tanto Ministros quanto Ministros- 
Substitutos, sendo que o Ministro (titular) m ais antigo no exercício do
cargo integrará, obrigatoriamente, a Comissão de Regimento. Os 
integrantes das comissões permanentes são designados pelo Presidente do 
Tribunal na primeira sessão ordinária de seu mandato (RI/TCU, art. 19).
A Com issão de Regimento cuida da atualização do Regimento 
In terno e opina em processo adm inistrativo quando consultada pelo 
Presidente (RI/TCU, art. 22).
Já a Com issão de Jurisprudência cuida da sistematização e 
divulgação da jurisprudência predominante do Tribunal, em especial da 
atualização da Súm ula da Jurisprudência do TCU (RI/TCU, art. 23).
Em relação às comissões temporárias, o Regimento Interno não traz 
maiores considerações, apenas informando que elas compõem-se de dois 
ou m ais m em bros, entre Ministros e Ministros-Substitutos, indicados pelo 
Presidente do Tribunal no ato que constituir a comissão (RI/TCU, art. 20). 
Ou seja, diferentemente das comissões permanentes, não há definição exata 
do número de membros das comissões temporárias, apenas do número 
mínimo (dois). A quantidade de integrantes das temporárias será definida de 
acordo com as atribuições de cada comissão constituída.
____________________________________PRESIDENTE____________________________________
O Presidente é um órgão do Tribunal (RI/TCU, art. 7°). Isso porque o 
Ministro que esteja na função de Presidente, basicamente, possui as 
atribuições de presid ir o P lenário , d irigir as atividades adm inistrativas 
do Tribunal e representar a Corte de Contas perante os dem ais 
órgãos e entidades. Ele praticamente deixa de lado as atribuições 
inerentes ao cargo de Ministro, quais sejam, relatar processos e votar nas 
sessões do Tribunal, apenas o fazendo nos casos excepcionais que veremos 
daqui a pouco.
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Eleição do Presidente e Vice
O Presidente e o Vice-Presidente do TCU são eleitos por seu s p ares , 
Ministros titulares, para mandato de um ano c iv il, permitida a reeleição 
apenas por um período (RI/TCU, art. 24). Na prática, o Presidente e Vice 
ficam na função por dois anos.
Note que o Regimento está excluindo os Ministros-Substitutos quando 
diz "por seus pares". Assim, som ente os M inistros titu lares (inclusive o 
que estiver na Presidência), ainda que no gozo de licença, férias ou outro 
afastamento legal, podem participar da eleição do Presidente e Vice- 
Presidente do TCU (RI/TCU, art. 24, §5°). Os M inistros-Substitutos não 
podem participar, nem como candidatos nem como eleitores.
As eleições do Presidente e Vice ocorrem no mesmo dia, mas são 
separadas. Não existe chapa única. A eleição do Presidente precede a do 
Vice. As demais características do processo de eleição são as seguintes 
(RI/TCU, art. 24 a 26):
Modalidade Escrutínio secreto, pelo sistema de cédula única.
Quando Última sessão ordinária do mês de dezembro.
Quórum Mínimo de 5 Ministros titulares, incluindo o que presidir o ato, para 
ser instalada a sessão.
Será eleito
Em primeiro escrutínio, o Ministro que obtiver a maioria dosvotos; 
não alcançada, realiza-se segundo escrutínio entre os dois mais 
votados. Será eleito, entre os dois, o mais votado ou, se ocorrer 
empate, o mais antigo no cargo.
Posse Em sessão extraordinária a ser realizada até 16 de dezembro.
Entrada em 
exercício
A partir de 1° de janeiro do ano seguinte ao da eleição.
Havendo vacância do cargo de Presidente ou de Vice-Presidente do TCU 
no meio do mandato, uma nova eleição deverá ser realizada já na primeira 
sessão ordinária após o surgimento da vaga (RI/TCU, art. 24, §1°). O 
eleito para a vaga eventual será empossado na mesma sessão e exercerá o 
cargo no período restante (RI/TCU, art. 25). Porém, se a vacância ocorrer 
nos últim os 60 dias do mandato, não haverá nova eleição (RI/TCU, art. 24, 
§2°). Nesse caso, o Vice-Presidente assume e completa o mandato.
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O Vice-Presidente , além de presidir uma das Câmaras, substitui o 
Presidente em suas ausências e impedimentos. Também exerce as funções 
de Corregedor.
Com petências do Presidente
A lista de competências do Presidente do TCU está informada no art. 28 
do Regimento. São atribuições relacionadas à direção dos trabalhos do 
Plenário , à representação do TCU perante os Poderes da União e à 
adm inistração orçam entário-financeira e do quadro de pessoal do
Tribunal. A seguir, um resumo das atribuições mais importantes do 
Presidente:
> Compete ao Presidente do TCU:
■ Representar o Tribunal perante os Poderes da União, dos estados e municípios, 
e demais autoridades;
■ Presidir as sessões plenárias;
■ Convocar sessão extraordinária do Plenário;
■ Decidir sobre pedido de sustentação oral relativo a processo a ser submetido 
ao Plenário;
■ Dar posse a Ministro, Ministro-Substituto e ao Procurador-Geral;
■ Definir a composição das Câmaras e designar os respectivos presidentes;
■ Convocar Ministro-Substituto para substituir Ministro;
■ Administrar os recursos humanos, materiais, tecnológicos, orçamentários e 
financeiros do Tribunal;
■ Determinar a instauração de sindicância ou processo administrativo disciplinar 
e aplicar as penalidades disciplinares de demissão e cassação de aposentadoria 
ou disponibilidade de servidor do Tribunal.
■ Elaborar a lista tríplice segundo o critério de antiguidade dos ministros- 
substitutos (pode ser delegada);
■ Decidir as questões administrativas ou, quando considerá-las relevantes, 
sortear relator para submetê-las ao Plenário, exceto processos de invalidez de 
ministro, sorteio de relator para projeto de ato normativo e competência da 
Corregedoria (pode ser delegada);
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■ Expedir certidões requeridas ao Tribunal na forma da lei (pode ser delegada);
■ Expedir atos concernentes às relações jurídico-funcionais dos ministros, 
ministros-substitutos e membros do Ministério Público (pode ser delegada);
■ Nomear e conceder aposentadoria aos servidores do Tribunal (pode ser 
delegada);
■ Proceder à distribuição dos processos, mediante sorteio (pode ser delegada).
^ Veja a lista completa de atribuições do Presidente do TCU no art. 28 do 
Regimento Interno! Preste atenção que, nos term os do art. 28, §1 ° , o 
Presidente poderá delegar algumas de suas competências.
Atenção, pois os processos administrativos disciplinares são 
instaurados por determinação do Presidente, mas são re la tad o s pelo Vice- 
Presidente, que exerce a função de Corregedor.
Como reg ra , o Presidente do TCU não relata processos nem 
profere voto nas sessões do Plenário. Mas há exceçõ es:
> Compete ao Presidente do TCU:
■ Votar para desempatar votação em processo submetido ao Plenário;
■ Votar quando se apreciar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder 
público;
■ Votar quando se apreciarem processos que envolvam matéria administrativa e 
projetos de atos normativos;
■ Relatar e votar quando se apreciar agravo contra despacho decisório de sua 
autoria.
Em caráter excepcional e havendo urgência , o Presidente poderá 
adotar decisão m onocrática sobre matéria da competência do Tribunal. Tal 
decisão, contudo, deve ser submetida à homologação do Plenário na 
sessão ordinária seguinte (RI/TCU, art. 29).
Dos atos e decisões adm inistrativas do Presidente caberá recurso ao 
Plenário, o qual será regulado, no que couber, pela Lei Geral do Processo 
Administrativo (RI/TCU, art. 30).
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____________________________________ MINISTROS____________________________________
Como vimos, o TCU compõe-se de nove M inistros. Os requisitos 
necessários para a nomeação dos Ministros do TCU estão estabelecidos na 
Constituição Federal, quais sejam (CF, art. 73, §1°):
■ Ser brasileiro (nato ou naturalizado);
■ Possuir mais de 35 e menos de 65 anos de idade;
■ Idoneidade moral e reputação ilibada;
■ Notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros 
ou de administração pública;
■ Experiência de mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva 
atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados acima.
A Constituição disciplina ainda que os nove Ministros do TCU serão 
escolhidos da seguinte forma (CF, art. 73, §2°):
■ T rês (um terço) pelo Presidente da República , com aprovação do 
Senado Federal, sendo que a escolha de um é livre e a dos outros 
dois deve ser feita alternadamente entre Auditores (m inistros- 
substitutos) e m em bros do MPTCU, segundo critérios de 
antiguidade e merecimento, escolhidos em lista tríp lice3 apresentada 
pelo próprio Tribunal;
■ Se is (dois terços) pelo Congresso N acional, todos de escolha livre, 
sem necessidade de aprovação posterior.
Algum as observações im portantes:
> Independentemente de quem faça a escolha, todos os Ministros são nomeados 
pelo Presidente da República, observados os requisitos constitucionais (CF, 
art. 84, XV). Escolher é diferente de nomear. No caso dos Ministros escolhidos 
pelo próprio Presidente da República, a nomeação ocorre somente após a 
aprovação do Senado Federal.
> Cuidado com a diferença entre posse e nomeação de Ministros! Enquanto a 
nomeação é de competência do Presidente República, a posse de todos os 
Ministros é dada pelo Presidente do TCU (RI/TCU, art. 28, XXI). Se a posse ocorrer 3
3 Veja o procedimento para elaboração da lista tríplice no art. 36 do RI/TCU.
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em período normal de funcionamento, é dada em sessão extraordinária do 
Plenário; durante o recesso, ocorre perante o Presidente do Tribunal.
> Não há necessidade de que os escolhidos pelo Congresso Nacional sejam 
deputados ou senadores. Basta que a pessoa preencha os requisitos 
apresentados no art. 73 da CF.
> A antiguidade do Ministro será determinada pela posse, pela nomeação e pela 
idade, nessa ordem (RI/TCU, art. 41).
> Em caso de vacância, a competência para escolha será definida de modo que se 
mantenha a composição prevista na CF (3 escolhidos pelo Presidente da 
República, sendo 1 livre e 2 dentre Ministros-Substitutos e membros do MPTCU, 
e 6 escolhidos pelo Congresso Nacional).Pela última observação acima, verifica-se que as vagas de Ministro 
devem ser preenchidas obedecendo ao critério de origem , vinculando-se 
cada uma delas à respectiva categoria a que pertencem.
Dessa forma, se a vaga surgida era ocupada por Ministro indicado pelo 
Congresso Nacional, o novo membro deverá também ser escolhido pelo 
Congresso Nacional; se a vaga surgiu após vacância de Ministro indicado por 
livre escolha do Presidente da República, esse terá o direito de escolher o 
novo Ministro livremente; da mesma forma, se o Ministro que deixou o cargo 
foi escolhido pelo Presidente da República entre os Ministros-Substitutos do 
Tribunal, a nova vaga deverá ser preenchida por Ministro-Substituto em 
exercício, escolhido pelo Presidente da República. O mesmo vale para a vaga 
reservada aos membros do MPTCU.
Prerrogativas dos M inistros do TCU
Os Ministros do TCU terão as mesmas garantias, prerrogativas, 
vencimentos e vantagens dos M inistros do Superior Tribunal de Justiça
(CF, art. 73, §3°), que são as seguintes:
■ Vitaliciedade, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial 
transitada em julgado;
■ Inamovibilidade;
■ Irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o 
teto previsto na Constituição Federal.
Quanto à aposentadoria e pensão, a Constituição Federal prescreve que 
os Ministros do TCU se enquadram na regra geral de aposentadoria dos
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servidores públicos fixada no art. 40 da Carta Magna. Já a Lei Orgânica 
(art. 73, IV) ainda apresenta a regra antiga, prevendo aposentadoria, com 
proventos integrais, de duas formas: compulsória, aos 70 anos de idade ou 
por invalidez comprovada; e facultativa, após 30 anos de serviço. Essa regra 
foi revogada pela Emenda Constitucional n° 20/1998.
O Tribunal poderá determinar, por motivo de in teresse público , a 
disponibilidade ou a aposentadoria de Ministro, assegurada a ampla defesa. 
A disponibilidade ou aposentadoria somente poderá ser determinada 
mediante o voto da maioria absoluta dos M inistros titu la res , excluído o 
Ministro processado e incluído o Presidente (RI/TCU, art. 50).
Os Ministros do TCU, nas infrações penais com uns e nos crim es de 
responsabilidade , serão processados e julgados, originariamente, pelo 
Suprem o Tribunal Federal (CF, art. 102, I, "c").
Vedações aos M inistros do TCU
> É vedado ao Ministro do TCU (RI/TCU, art. 39):
■ Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério;
■ Exercer cargo técnico ou de direção de sociedade civil, de qualquer natureza ou 
finalidade, salvo de associação de classe, sem remuneração;
■ Exercer comissão remunerada ou não, mesmo em órgãos de controle da 
administração pública direta ou indireta, ou em concessionárias de serviço 
público;
■ Exercer profissão liberal, emprego particular ou comércio, ou participar de 
sociedade comercial, exceto como acionista ou cotista sem ingerência;
■ Celebrar contrato com pessoa jurídica de direito público, salvo quando o 
contrato obedecer a normas uniformes para todo e qualquer contratante;
■ Dedicar-se a atividade político partidária;
■ Manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo 
pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou emitir juízo depreciativo sobre 
despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos 
autos e em obras técnicas ou no exercício de magistério;
■ Atuar em processo de interesse próprio, de cônjuge, de parente consanguíneo 
ou afim, na linha reta ou na colateral, até o segundo grau, ou de amigo íntimo
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ou inimigo capital, assim como em processo em que tenha funcionado como 
advogado, perito, representante do Ministério Público ou servidor da 
Secretaria do Tribunal ou do Controle Interno.
■ Atuar em processo quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o 
seu cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral, até o segundo grau.
Na última hipótese acima, o impedimento só se verifica quando o 
advogado já estiver exercendo o patrocínio da causa, vez que é vedado ao 
advogado pleitear intervenção no processo apenas para criar o impedimento 
do Ministro (RI/TCU, art. 39, §1°).
Além dessas vedações, o Regimento proíbe que parentes 
consanguíneos ou afins, na linha reta ou colateral, até o segundo o grau, 
ocupem, sim ultaneam ente , o cargo de Ministro (RI/TCU, art. 40).
A tenção ! Todas as vedações aos Ministros do TCU são extensíveis aos 
Auditores Ministros-Substitutos. Mas afinal, quem são esses Auditores, 
também são chamados de Ministros-Substitutos? Vamos ver!
____________________________ MINISTROS-SUBSTITUTOS_____________________________
Em seus afastam entos e im pedim entos leg ais , os Ministros do TCU 
são substituídos pelos A uditores, ou, dizendo conforme o RI/TCU, pelos 
M inistros-Substitutos.
Existem apenas quatro Ministros-Substitutos, selecionados mediante 
concurso público de provas e títulos dentre cidadãos que satisfaçam os 
requisitos exigidos para o cargo de Ministro do Tribunal. Eles não se 
confundem com os Auditores Federais de Controle Externo (AUFC), os quais 
se submetem à Lei 8.112/1990 e exercem atividades de assessoramento 
técnico para o TCU, estando lotados na Secretaria. Os Ministros-Substitutos, 
por sua vez, atuam junto ao Plenário e às Câmaras e não podem exercer 
funções ou comissões na Secretaria do Tribunal (RI/TCU, art. 56).
Os Ministros-Substitutos são nom eados pelo Presidente da 
República e a posse é dada pelo Presidente do TCU . Depois de 
empossado, só perderá o cargo por sentença judicial transitada em julgado.
O Ministro-Substituto, quando em substituição a Ministro, terá as 
m esm as garantias, impedimentos e subsídio do titu lar (RI/TCU, art. 53).
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Já no exercício regular das suas demais atribuições, o Ministro- 
Substituto terá as mesmas garantias e impedimentos de ju iz do Tribunal 
Regional Federal (CF, art. 73, §4°).
Para substituir Ministro ausente e auferir as prerrogativas do cargo, o 
Ministro-Substituto deve ser convocado pelo Presidente do Tribunal. Ao 
ser convocado, o Ministro-Substituto assume todas as funções do titular 
(notadamente a relatoria de processos e o voto nas sessões), exceto as 
privativas de Ministros efetivos, como votar e ser votado nas eleições para 
Presidente e Vice-Presidente. A convocação ocorre nas ausências e 
impedimentos dos Ministros titulares por motivo de licença, férias ou outro 
afastamento legal, assim como no caso de vacância do cargo de Ministro, 
até novo provimento.
Os Ministros-Substitutos também podem ser convocados 
especificamente para com pletar o quórum do Plenário ou das Câmaras. 
Isso pode ocorrer, por exemplo, caso algum Ministro se declare impedido de 
votar. Os Ministros-Substitutos podem ainda ser convocados para proferir 
voto de desem pate , caso o responsável original pelo voto - o Presidente 
ou o Ministro que estiver na presidência do Plenário - declarar-se impedido 
no momento do desempate. Nessas hipóteses (completar o quórum ou 
proferir voto de desempate), o Ministro-Substituto pode ser convocado pelo 
Presidente do Tribunal ou pelo Presidente de C âm ara , cessando a 
convocação logoapós o Ministro-Substituto apresentar o respectivo voto.
Quando não estiverem convocados para substituir Ministro, os 
Ministros-Substitutos exercem as demais funções da judicatura, ou seja, 
atuam presidindo a instrução dos processos que lhe forem distribuídos, 
relatando-os com proposta de decisão a ser votada pelos m em bros do 
respectivo colegiado .
Perceba que, quando não convocado , o Ministro-Substituto somente 
emite uma proposta de decisão para os processos que lhe forem 
distribuídos, a ser votada pelos integrantes do Plenário ou das Câmaras. Ou 
seja, no exercício das demais atribuições da judicatura, o Ministro-Substituto 
não tem direito a voto nas sessões do Tribunal. Por outro lado, quando 
estiver em substituição a M inistro, mediante convocação , o Ministro- 
Substituto vota como se Ministro fosse. Frise-se que essa condição - 
estar convocado para poder votar - vale tanto para as sessões da Câmara 
na qual o Ministro-Substituto atua permanentemente quanto para as sessões 
do Plenário.
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O Ministro-Substituto só vota nas sessões 
do Tribunal quando estiver convocado para 
substituir Ministro titular. Caso contrário, 
apenas apresenta proposta de voto, a ser 
apreciada pelos Ministros titulares e pelos 
Ministros-Substitutos que estiverem 
convocados.
Recorde-se que, em determinadas situações, o M inistro-Substituto 
não vota ja m a is , m esm o que estiver no exercício do cargo de 
M inistro . Isso ocorre, por exemplo, nas eleições para Presidente e Vice- 
Presidente do Tribunal (RI/TCU, art. 24), na deliberação para dividir o 
Tribunal em Câmaras (LO/TCU, art. 67) e no julgamento para determinar a 
indisponibilidade ou a aposentadoria de Ministro por motivo de interesse 
público (RI/TCU, art. 50, §6°), pois tais decisões competem exclusivamente 
aos Ministros titulares.
Pode ocorrer a situação de um Ministro-Substituto que atue junto à 
Primeira Câmara, por exemplo, ser convocado para substituir Ministro que 
compõe a Segunda Câmara. Nesse caso, o Ministro-Substituto somente tem 
direito a voto nas sessões da Câmara a que pertence o Ministro que está 
substituindo, no nosso exemplo, a Segunda Câmara. O Ministro-Substituto 
convocado, todavia poderá comparecer à sessão da sua Câmara de origem - 
no caso, a Primeira - para relatar, sem direito a voto , os processos de sua 
relatoria originária já incluídos em pauta ou que sejam de competência 
privativa desse colegiado (RI/TCU, art. 55, §1°).
A ordem de preferência para a convocação dos Ministros-Substitutos é 
determinada pela antiguidade da p o sse , da nom eação e pela 
classificação no concurso público de ingresso na ca rre ira , nessa 
ordem (RI/TCU, art. 55, §4°). A LO/TCU dispõe ainda que, em caso de 
idêntica antiguidade, o critério será a maior idade (art. 63).
_______________________MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TCU_______________________
Junto ao TCU funciona um Ministério Público especializado (MPTCU), 
comumente chamado de Ministério Público de Contas, regido pelos princípios 
institucionais da unidade , da indivisibilidade e da independência 
funcional.
O MPTCU, portanto, é um órgão independente do TCU, embora conte 
com o apoio administrativo e de pessoal da Secretaria do Tribunal para o 
desempenho de suas atribuições.
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A Constituição Federal refere-se ao Ministério Público junto ao TCU no 
art. 130, estabelecendo que aos seus membros também se aplicam as 
disposições referentes a direitos, vedações e forma de investidura 
pertinentes aos membros do Ministério Público comum (Ministério Público da 
União, incluindo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, e 
Ministérios Públicos dos Estados), previstas na Carta da República. Além 
disso, aos membros do MPTCU aplica-se, no que couber, o disposto na 
Lei Complementar 75/1993 sobre a organização, as atribuições e o Estatuto 
do Ministério Público da União.
Todavia, o MPTCU não se confunde com o Ministério Público da União e 
suas subdivisões. Vale dizer: o MPTCU não faz parte do Ministério 
Público da União! Por isso, não está vinculado ou subordinado ao 
Procurador-Geral da República. O MPTCU tem seu próprio Procurador- 
G era l.
O MPTCU compõe-se de um Procurador-Geral, três subprocuradores- 
gerais e quatro procuradores, nom eados pelo Presidente da R epública , 
entre brasile iro s , bacharéis em Direito (LO/TCU, art. 80). Este é o texto 
da Lei, que é confuso, pois faz parecer que o MPTCU possui oito membros, o 
que não é verdade. O MPTCU possui sete m em bros: três subprocuradores- 
gerais e quatro procuradores, sendo que um deles é escolhido para ser o 
Procurador-Geral.
De fato, a carreira do MPTCU é constituída pelos cargos de 
subprocurador-geral e procurador. O cargo Procurador-Geral, por sua 
vez, não integra a carreira.
Os membros do MPTCU ingressam na carreira no cargo de procurador e 
são promovidos, alternadamente, por antiguidade e merecimento, ao cargo 
de subprocurador-geral, que é o último nível da carreira. Do cargo de 
subprocurador-geral não há como ser promovido ao cargo de Procurador- 
Geral, visto que tal cargo não integra a carreira.
E quem é então o Procurador-Geral? O Procurador-Geral é nomeado 
pelo Presidente da República entre os integrantes da carreira
(RI/TCU, art. 58, §1°). Assim, podem ser nomeados para o cargo de 
Procurador-Geral tanto um dos três subprocuradores-gerais quanto um dos 
quatro procuradores. O procedimento é o seguinte: ocorrendo a vacância do 
cargo de Procurador-Geral, o Presidente do Tribunal encaminha lista ao 
Presidente da República com o nome de todos os integrantes da carreira do 
MPTCU, por ordem de antiguidade e com indicação dos respectivos cargos. O
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Presidente da República, então, escolhe qualquer um deles; até mesmo um 
procurador recém-egresso na carreira pode ser escolhido.
O mandato do Procurador-Geral é de dois ano s , permitida a 
recondução (RI/TCU, art. 58, §1°). Cuidado para não confundir com o 
mandato do Presidente do TCU, que é de um ano, permitida a recondução 
por apenas mais um ano.
O Procurador-Geral é o chefe do MPTCU, tendo tratamento protocolar, 
direitos e prerrogativas correspondentes aos de cargo de Ministro do 
Tribunal (RI/TCU, art. 58, §1°). Assim, da mesma forma que os Ministros, 
toma posse em sessão extraordinária do Tribunal, podendo fazê-lo 
perante o Presidente, em período de recesso. Ou seja, quem dá posse ao 
Procurador-Geral do MPTCU é o Presidente do Tribunal. Por sua vez, os 
demais membros do MPTCU tomam posse perante o Procurador-Geral 
(RI/TCU, art. 59).
Exige-se para o ingresso na carreira do MPTCU a aprovação em 
concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da OAB em 
sua realização (LO/TCU, art. 80, §3°).
Com petências
A LO/TCU (art. 81) e o RI/TCU (art. 62) atribuem competências ao 
Procurador-Geral, as quais, por delegação, também podem ser exercidas 
pelos subprocuradores-gerais e pelos procuradores. São elas:
> Compete ao Procurador Geral e, por delegação, aos subprocuradores-gerais e
procuradores:
■ Promover a defesa da ordem jurídica, requerendo, perante o Tribunal, as 
medidas de interesse da Justiça, da Administração e do erário;
■ Comparecer às sessões do Tribunal e dizer de direito,oralmente ou por escrito, 
em todos os assuntos sujeitos à decisão do Tribunal;
■ Interpor os recursos permitidos em lei ou previstos no Regimento;
■ Promover junto à Advocacia-Geral da União ou, conforme o caso, perante os 
dirigentes das entidades jurisdicionadas do Tribunal, as medidas relativas à 
cobrança judicial da dívida e ao arresto de bens previstas na LO/TCU, 
remetendo-lhes a documentação e instruções necessárias;
■ Requerer as providências necessárias ao saneamento dos autos ou ao 
afastamento cautelar do responsável.
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O Ministério Público de Contas é instituição perm anente , essencial à 
atividade de controle externo da Administração Pública, com atuação junto 
ao TCU. Sua principal função é a defesa da ordem ju ríd ica , zelando pela 
aplicação da lei a fim de que as decisões da Corte de Contas observem os 
preceitos constitucionais e legais. Dessa forma, todas as sessões do TCU, 
tanto das Câmaras como do Plenário, devem contar com a presença de um 
representante do Ministério Público de Contas, sob pena de nulidade das 
deliberações adotadas.
Diferentemente do Ministério Público comum, o MPTCU não atua junto 
ao Judiciário. Sua atuação restringe-se a ser o fiscal da lei no âmbito da 
Corte de Contas .
O MPTCU não atua junto aos 
Tribunais do Poder Judiciário, mas 
apenas junto ao TCU.
Os membros do MPTCU podem se manifestar em todos os processos 
que tramitam no Tribunal. Todavia, existem aqueles em que a sua 
m anifestação é obrigatória (RI/TCU, art. 62, III; art. 280):
> A manifestação do MPTCU é obrigatória nos:
1. Processos de tomada ou prestação de contas;
2. Processos relativos aos atos de admissão de pessoal e de concessão de 
aposentadorias, reformas e pensões;
3. Recursos, exceto embargos de declaração, agravos e pedido de reexame em 
processo de fiscalização de atos e contratos.
Além desses, o MPTCU também deve ser ouvido nos incidentes de 
uniform ização de ju risp rud ência , mas apenas se a divergência for 
reconhecida pelo Relator ou pelo Plenário. Caso não seja, a audiência do 
MPTCU não é obrigatória (RI/TCU, art. 91, §1° e §5°). Veremos mais sobre 
esses incidentes adiante, ainda nesta aula.
Nos demais processos, os membros do MPTCU poderão se manifestar, 
por requisição do Relator ou, ainda, por meio de solicitação própria
(pedido de vista de determinado processo).
Na oportunidade em que emitir seu parecer, o MPTCU apresentará seu 
entendimento quanto ao mérito do processo (RI/TCU, art. 62, §2°), por 
exemplo, dizendo se concorda ou não com a instrução elaborada pela
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unidade técnica, se em sua opinião as contas do gestor devem ser julgadas 
regulares ou irregulares, se o Tribunal deve aplicar ou não sanção ao 
responsável etc.
____________________________________SECRETARIA____________________________________
A Secretaria destina-se a prestar apoio técnico e a executar os 
serv iços adm inistrativos do Tribunal. A Secretaria compõe-se de várias 
unidades, inclusive com uma representação em cada estado da federação 
(LO/TCU, art. 85). Também faz parte da Secretaria o Instituto Serzedello 
Corrêa (ISC), responsável pela organização dos concursos públicos para 
ingresso no quadro de pessoal do Tribunal e pela promoção e organização de 
cursos de aperfeiçoamento para os servidores (LO/TCU, art. 88).
Servidores do TCU
Para cumprir as suas finalidades, a Secretaria do Tribunal dispõe de 
quadro próprio de p esso al, organizado em plano de carreiras, cujas 
características são fixadas em lei específica (RI/TCU, art. 66).
A grande maioria dos Auditores Federais de Controle Externo (AUFC), 
dos Técnicos Federais de Controle Externo (TFCE) e dos demais servidores 
do Tribunal desempenham suas atividades junto à Secretaria. De fato, quem 
efetivamente operacionaliza as funções de controle externo, compreendendo 
a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial 
dos entes jurisdicionados, são os servidores lotados na Secretaria. Eles é 
que, sob a orientação do Relator, vão a campo realizar auditorias e 
inspeções, reunir evidências, colher o esclarecimento dos gestores, analisar 
todos esses dados para, então, apresentar uma proposta de 
encaminhamento ao Tribunal.
Ao servidor que exerce funções específicas de controle externo são 
asseguradas as seguintes prerrogativas (LO/TCU, art. 87):
■ livre ingresso em órgãos e entidades sujeitos à jurisdição do TCU;
■ acesso a todos os docum entos e inform ações necessário s à
realização de seu trabalho;
■ competência para requerer aos responsáveis pelos órgãos e 
entidades objeto de inspeções, auditorias e diligências, as 
informações e documentos necessário s para instrução de processos 
e relatórios de cujo exame esteja expressamente encarregado por 
sua chefia imediata.
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Essas prerrogativas somente são garantidas ao servidor que estiver 
devidamente credenciado pelo Presidente do Tribunal, ou por delegação 
deste, pelos dirigentes da Secretaria do Tribunal, para desempenhar 
auditorias, inspeções e diligências expressamente determinadas pelo TCU.
Quanto ao acesso a documentos e informações, repare que o servidor 
apenas possui respaldo para requerer e examinar aquilo que é necessário 
ao desempenho de suas atribuições, ainda que o Tribunal, na qualidade de 
órgão de controle externo, tenha irrestrito acesso a todas as fontes de 
informações disponíveis na administração pública federal.
Em contraponto às prerrogativas, são obrigações do servidor que 
exerce funções específicas de controle externo (LO/TCU, art. 86):
■ manter, no desempenho de suas tarefas, atitude de independência , 
serenidade e im parcialidade;
■ representar à chefia im ediata contra os responsáveis pelos órgãos 
e entidades sob sua fiscalização, em casos de fa lhas e/ou 
irregularidades;
■ propor a aplicação de m ultas, nos casos previstos no regimento 
interno;
■ guardar sigilo sobre dados e informações obtidos em decorrência do 
exercício de suas funções e pertinentes aos assuntos sob sua 
fiscalização, utilizando-os, exclusivamente, para a elaboração de 
pareceres e relatórios destinados à chefia imediata.
7. (TCE/RO - Analista 2013 - Caspe) O modelo federal de organização, 
composição e fiscalização do tribunal de contas, fixado pela CF, é de observância 
obrigatória pelos estados.
Comentário: A questão está correta, ante o disposto no art. 75 da 
Constituição Federal:
Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à 
organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e 
do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.
Parágrafo único. As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas 
respectivos, que serão integrados por sete Conselheiros.
Perceba que o dispositivo estabelece que as normas federais devem ser 
observadas nos estados “no que couber”, ou seja, algumas adaptações
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podem ocorrer devido às especificidades das esferas de governo,desde que 
não desvirtuem o modelo federal. Assim, as normas locais não podem retirar 
do Tribunal de Contas alguma competência que esteja prevista na CF, mas 
apenas adaptá-la à realidade local. Por exemplo, em algumas passagens, a CF 
faz referência ora ao Congresso Nacional ora às suas Casas (Senado e 
Câmara) separadamente; no âmbito dos estados, como não há divisão em 
Casas, essas passagens devem ser adaptadas.
Vale atentar, ainda, que o próprio art. 75 da CF, em seu parágrafo único, 
prevê uma peculiaridade nos estados: os respectivos tribunais de contas 
serão integrados por sete Conselheiros, diferentemente do TCU, que é 
integrado por nove Ministros.
Gabarito: Certo
8. (TCDF - ACE 2012 - Cespe, adaptada) O presidente do TCU é designado pelo 
Presidente da República, a partir de lista tríplice enviada pelo Congresso Nacional, 
formada por auditores externos do TCU ou profissionais de reconhecido 
conhecimento na área de administração pública, contabilidade ou direito.
Comentário: O quesito está errado. O Presidente do TCU não é 
designado pelo Presidente da República, mas eleito por seus pares, os 
Ministros titulares. Ademais, não há, na eleição do Presidente do TCU, 
qualquer participação do Congresso Nacional.
Gabarito: Errado
9. (TCU - ACE 2004 - Cespe) O presidente do TCU é nomeado pelo presidente da 
República, escolhido de uma lista tríplice constituída pelo tribunal, composta de 
ministros de seu quadro, após aprovação pelo Senado Federal.
Comentário: O Presidente do TCU não é nomeado pelo Presidente da 
República, mas sim eleito por seus pares (Ministros titulares), em escrutínio 
secreto, podendo concorrer qualquer Ministro do Tribunal, exceto o que 
estiver ocupando a presidência e que já tenha sido reeleito uma vez (RI/TCU, 
art. 24). Na prática, ocorre um rodízio de dois em dois anos entre os Ministros 
do Tribunal, não havendo qualquer participação do Presidente da República 
ou do Parlamento na escolha ou nomeação, daí o erro do item. Por outro lado, 
recorde-se que as demais autoridades do Tribunal (Ministros, Ministros- 
Substitutos e membros do MPTCU) são todas nomeadas pelo Presidente da 
República.
Gabarito: Errado
10. (TCDF - Técnico 2014 - Cespe, adaptada) Cabe ao presidente do Congresso 
Nacional dar posse ao presidente do TCU.
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Comentários: O item está errado. Quem dá posse ao Presidente do TCU é 
o Plenário do Tribunal, em sessão extraordinária a ser realizada até o dia 16 
de dezembro (RI/TCU, art. 26).
Gabarito: Errado
11. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) Se os cargos de presidente e vice- 
presidente do TCU ficarem vagos noventa dias antes do término do mandato e dois 
de seus conselheiros titulares estiverem ausentes, um por estar em gozo de férias e 
o outro por estar em licença, será facultado a esses conselheiros participar das 
eleições para os cargos vagos.
Comentário: O quesito está correto. Perceba que a vacância ocorreu 
antes dos últimos 60 dias do mandato; nessa hipótese, novas eleições devem 
ser realizadas para suprir a vaga (RI/TCU, art. 24, §2°). Ademais, lembre-se de 
que podem votar na eleição do Presidente e do Vice-Presidente todos 
ministros titulares (inclusive o que estiver na Presidência), ainda que no gozo 
de licença, férias ou outro afastamento legal (RI/TCU, art. 24, §5°).
Gabarito: Certo
12. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) A competência para nomear 
cidadão aprovado em concurso de provas e títulos para o cargo de ministro- 
substituto do TCU é do próprio presidente do tribunal.
Comentário: Errado, pois os Ministros-Substitutos são nomeados pelo 
Presidente da República; o Presidente do TCU apenas lhes dá posse.
Gabarito: Errado
13. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) O vice-presidente do TCU exerce, 
concomitantemente, a presidência da primeira e da segunda câmara e as funções 
de corregedor.
Comentário: O vice-presidente do TCU exerce as funções de corregedor 
(RI/TCU, art. 31, III) e de presidente de uma das câmaras. O Regimento não 
especifica se é da primeira ou da segunda. O presidente da outra câmara é o 
Ministro do Tribunal mais antigo no exercício do cargo (RI/TCU, art. 12). Cabe 
salientar que, na hipótese de o Vice-Presidente suceder o Presidente do 
Tribunal no caso de vaga surgida nos últimos 60 dias do mandato, assumirá a 
presidência da câmara o ministro mais antigo entre os que dela fizerem parte 
(RI/TCU, art. 12, §1°).
Gabarito: Errado
14. (TCU - TEFC 2012 - Cespe) O cargo de Procurador-Geral do TCU pode ser 
ocupado por procurador da República.
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Comentário: O quesito está errado. De acordo com o art. 58, §1° do 
RI/TCU, o Procurador-Geral do TCU é escolhido dentre os integrantes da 
carreira do MPTCU, a qual não se confunde com a carreira dos Procuradores 
da República, vinculada ao Ministério Público comum.
Gabarito: Errado
15. (TCU - AUFC 2010 - Cespe) Ao tomar conhecimento de irregularidade que 
deva ser comunicada a superior hierárquico, o dirigente máximo do Ministério 
Público junto ao TCU deve reportar-se ao procurador-geral da República.
Comentário: O MPTCU é órgão independente, que não integra o 
Ministério Público da União. Lembre-se que o MPTCU também não integra o 
TCU, o qual é “integrado por nove Ministros" (CF, art. 73). Portanto, o 
Procurador-Geral do MPTCU não possui superior hierárquico. Ele não se 
reporta, em termos de subordinação, ao Procurador-Geral da República ou ao 
Presidente do Tribunal. Ao tomar conhecimento de irregularidade, o MPTCU 
deve representar ao Tribunal, pois lhe compete “promover a defesa da ordem 
jurídica, requerendo, perante o Tribunal, as medidas de interesse da Justiça, 
da Administração e do erário" (RI/TCU, art. 62, I).
Gabarito: Errado
16. (TCU - AUFC 2011 - Cespe) O presidente da República tem a prerrogativa de 
escolher livremente apenas um dos nove ministros do TCU, além de outros dois 
indicados em listas tríplices pelo próprio TCU, estando essas três escolhas sujeitas 
ao crivo do Senado Federal.
Comentário: O item está correto. Segundo o art. 73, §2°, I da CF, o 
Presidente da República escolhe três dos nove Ministros do TCU, sendo que 
apenas um é de sua livre escolha, pois os demais são escolhidos entre os 
auditores (ministros-substitutos) e os membros do Ministério Público junto ao 
tribunal, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio TCU. De acordo 
com o mesmo dispositivo, qualquer nome indicado pelo Presidente da 
República deve passar pela aprovação do Senado Federal.
Gabarito: Certo
17. (TCU - TEFC 2009 - Cespe) Do terço dos ministros do TCU cuja escolha 
incumbe ao presidente da República, apenas um é de sua livre escolha, pois os 
demais são indicados entre os auditores e os membros do Ministério Público junto 
ao tribunal.
Comentário: Correto, nos termos do art. 73, §2°, I da CF. Lembrando que: 
(i) os auditores (ministro-substitutos) e membros do MPTCU são escolhidos a 
partir de lista tríplice elaborada pelo Tribunal de acordo com o procedimento
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previsto no art. 36 do RI/TCU; (ii) a livre escolha do Presidente da República 
deve recair sobre brasileiros que satisfaçam os requisitos previstos no art. 73, 
§1° da CF (mais de 35 anos, idoneidade moral, notórios conhecimentos,além 
de mais de 10 anos de experiência profissional); (iii) qualquer nome indicado 
pelo Presidente da República deve passar pela aprovação do Senado Federal.
Gabarito: Certo
18. (TCU - TCE 2007 - Cespe) Os ministros do TCU, por integrarem o Poder 
Judiciário, detêm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos 
e vantagens dos ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Comentário: Segundo o art. 73, §3° da CF, os Ministros do TCU terão as 
mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens 
dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça. Todavia, essa equiparação, de 
forma alguma, faz com que os Ministros do TCU pertençam ao Poder 
Judiciário, daí o erro. Conforme vimos na Aula 01, para a doutrina majoritária, 
o TCU - e, por conseguinte, seus Ministros - não integra nenhum dos Poderes 
constituídos, nem é, por si só, um outro Poder.
Gabarito: Errado
19. (TCU - ACE 2007 - Cespe) Nas sessões do TCU, o Ministério Público só é 
obrigado a manifestar-se nos processos de tomada ou prestação de contas, nos 
atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria, reforma e pensão, 
bem como nos incidentes de uniformização de jurisprudência e nos recursos.
Comentário: A primeira parte do quesito está correta (“o Ministério 
Público só é obrigado a manifestar-se nos processos de tomada ou prestação 
de contas, nos atos de admissão de pessoal e de concessão de 
aposentadoria..."). Porém, o restante do item está errado, pois a manifestação 
do MPTCU não é obrigatória em todos os tipos de recursos, da seguinte forma 
(RI/TCU, art. 280):
- Não obrigatória: embargos de declaração, agravo, pedido de reexame em 
processo de fiscalização de ato ou contrato;
- Obrigatória: recurso de reconsideração, recurso de revisão, pedido de 
reexame em processo relativo a ato sujeito a registro.
Ademais, a manifestação do MPTCU nos incidentes de uniformização de 
jurisprudência só é obrigatória caso o Relator ou o Plenário reconheça a 
divergência. Caso contrário, não há obrigatoriedade (RI/TCU, art. 91, §1° e §5°).
Gabarito: Errado
20. (TCU - ACE 2004 - Cespe) O Ministério Público junto ao TCU somente precisa 
manifestar-se nos processos de tomada ou prestação de contas, nos concernentes
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aos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadoria, reforma e 
pensão, nos incidentes de uniformização de jurisprudência e nos recursos.
Comentário: Questão idêntica à anterior, mas que caiu em outra prova. 
Está errada pela mesma razão.
Gabarito: Errado
21. (TCU - ACE 2006 - ESAF) Assinale a opção correta.
a) O Presidente do TCU é nomeado pelo Presidente da República.
b) Os presidentes da Primeira e Segunda Câmaras do TCU votam, mas não relatam 
processos.
c) Na ausência ou impedimento do Vice-Presidente do TCU, o Presidente será 
substituído pelo ministro mais idoso em exercício.
d) O Presidente do TCU, ao deixar o cargo, volta a integrar a Câmara a que 
pertencia antes de assumir a presidência.
e) O Vice-Presidente do TCU exerce as funções de corregedor.
Comentário: Vamos ver cada alternativa, buscando a correta:
(a) errada, pois o Presidente do TCU é eleito por seus pares (RI/TCU, 
art. 24);
(b) errada, pois os presidentes de câmara votam e relatam processos 
(RI/TCU, art. 33, III e IV), diferentemente do Presidente do TCU que, em regra, 
não vota ou relata processos;
(c) errada, pois na ausência ou impedimento do Vice-Presidente, o 
Presidente será substituído pelo Ministro mais antigo em exercício no cargo 
(RI/TCU, art. 8°, §1°);
(d) errada, pois o Presidente do TCU, ao deixar o cargo, passará a 
integrar a Câmara a que pertencia o seu sucessor;
(e) certa, conforme art. 32 do RI/TCU. Registre-se que o Vice-Presidente, 
em suas ausências e impedimentos legais, será substituído nas funções de 
Corregedor pelo Ministro mais antigo em exercício no cargo (RI/TCU, art. 8°, 
§2°).
Gabarito: alternativa “e”
22. (TCU - ACE 2004 - Cespe) Em face da autonomia administrativa conferida 
pela Constituição, o TCU tem competência para fixar, por meio de resolução de seu 
Plenário, os vencimentos dos ministros, auditores e membros do Ministério Público 
junto ao Tribunal.
Comentário: O TCU tem autonomia para propor ao Congresso Nacional a
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fixação de vencimentos de Ministros, Ministros-Substitutos e membros do 
MPTCU (LO/TCU, art. 1°, XIII). Portanto, o Tribunal não fixa os vencimentos por 
meio de Resolução do Plenário. A fixação de vencimentos é matéria a ser 
tratada em lei específica, de iniciativa privativa do TCU, por isso o quesito 
está equivocado. Mesmo assim, a autonomia administrativa do Tribunal é 
garantida, pois somente ele e mais ninguém, nem mesmo o próprio 
Congresso, poderá propor projeto de lei que altere a remuneração de seus 
Ministros, Ministros-Substitutos, membros do MPTCU e demais servidores.
Gabarito: Errado
23. (TCU - ACE 2008 - Cespe) Cabe ao STJ processar e julgar, originariamente, 
nos crimes comuns — aí compreendidos os crimes de responsabilidade — , os 
membros do TCU.
Comentário: O quesito está errado. Compete ao Supremo Tribunal 
Federal (STF), e não ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), processar e julgar, 
originariamente, nas infrações penais comuns e nos crimes de 
responsabilidade, os Ministros do TCU (CF, art. 102, I, c). Ao Superior Tribunal 
de Justiça (STJ) compete processar e julgar, originariamente, nas infrações 
penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os membros dos Tribunais 
de Contas dos Estados e do Distrito Federal (CF, art. 105, I, a). Por fim, a 
questão também erra ao afirmar que os crimes comuns abrangem os crimes 
de responsabilidade, pois são coisas distintas.
Gabarito: Errado
24. (TCDF - Analista 2014 - Cespe, adaptada) Os ministros do TCU serão 
processados e julgados, em caso de cometimento de crime comum, pelo Supremo 
Tribunal Federal e, em caso de crime de responsabilidade, pelo Senado Federal.
Comentário: O quesito está errado, pois os ministros do TCU são 
processados e julgados, originariam ente, pelo Supremo Tribunal Federal, 
tanto nos casos de crime comum como nos de responsabilidade, a teor do 
art. 102, I, “c” da Constituição Federal.
Gabarito: Errado
25. (TCU - ACE 2008 - Cespe) Ainda que a unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional sejam princípios institucionalizados do Ministério Público, 
haverá membros do MP junto ao TCU, entre os quais um será escolhido ministro, 
periódica e alternadamente, como parte do terço que cabe ao presidente da 
República indicar.
Comentário: Vale observar que o membro do MPTCU nomeado Ministro 
por indicação do Presidente da República deixa de pertencer ao Ministério
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Público e passa a ser um dos nove membros do Tribunal. Assim, tal indicação 
não prejudica, de forma alguma, a unidade, a indivisibilidade e a 
independência funcional do MPTCU. Não obstante, essa questão foi Anulada 
pela banca, com a justificativa de que a expressão "periódica e 
alternadamente" causou ambiguidade irreversível, prejudicando o julgamento 
objetivo da assertiva. De fato, não existe na LO/TCU, no RI/TCU ou na CF 
qualquer prazo (período) previsto para a substituição dos Ministros. O texto 
constitucional só faz destaque

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