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5 09 COC ET Folha de pagamento

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ROTINAS DE PESSOAL 
Amanda Cavalcanti Correia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
5 FOLHA DE PAGAMENTO 
5.1 Saldo de Salário e Faltas 
Trata-se da apuração do valor devido ao empregado pelo exercício de sua atividade 
frente ao seu empregador, devendo ser considerado nesse valor o salário contratual, 
horas extra, comissões, gratificações, adicionais e outros que são apurados pela 
competência (mês), e que devem ser pagos até o quinto dia útil do mês subsequente. 
Faltas Legais 
Prevista nos artigos 131 e 473 da CLT, além das que estão garantidas pelo artigo 6 da 
lei 605/1949, a qual compõe todas as justificativas para se ausentar do trabalho. Segue 
abaixo na literalidade legal: 
CLT, 
Art. 131 - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, 
a ausência do empregado (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977): 
I - nos casos referidos no art. 473 (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 
13.4.1977); 
 II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de 
maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-
maternidade custeado pela Previdência Social (Redação dada pela Lei nº 8.921, de 
25.7.1994); 
 III - por motivo de acidente de trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto 
Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133 
(Redação dada pela Lei nº 8.726, de 5.11.1993); 
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver 
determinado o desconto do correspondente salário (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, 
de 13.4.1977); 
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou 
de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido (Incluído pelo Decreto-
lei nº 1.535, de 13.4.1977); 
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do 
art. 133 (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977). 
 
 
 
3 
 
Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do 
salário (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967): 
I - até 2 (dois) dias consecutivos em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, 
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e 
previdência social, viva sob sua dependência econômica (Inciso incluído pelo Decreto-
lei nº 229, de 28.2.1967); 
II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento (Inciso incluído pelo 
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967); 
III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana 
(Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967); 
IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação 
voluntária de sangue devidamente comprovada (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 
229, de 28.2.1967); 
V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos 
termos da lei respectiva (Inciso incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967). 
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar 
referida na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 da Lei do 
Serviço Militar (Incluído pelo Decreto-lei nº 757, de 12.8.1969); 
 VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame 
vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior (Inciso incluído pela 
Lei nº 9.471, de 14.7.1997); 
 VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo 
(Incluído pela Lei nº 9.853, de 27.10.1999); 
IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de 
entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do 
qual o Brasil seja membro (Incluído pela Lei nº 11.304, de 2006); 
X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames 
complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira 
(Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016); 
XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta 
médica (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016); 
XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização 
de exames preventivos de câncer devidamente comprovada (Incluído pela Lei nº 
13.767, de 2018). 
 
 
 
4 
 
Lei 605/1949, 
Art. 6º Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o 
empregado não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo 
integralmente o seu horário de trabalho. 
§ 1º São motivos justificados: 
a) os previstos no artigo 473 e seu parágrafo único da Consolidação das Leis do 
Trabalho; 
b) a ausência do empregado devidamente justificada, a critério da administração 
do estabelecimento; 
c) a paralisação do serviço nos dias em que, por conveniência do empregador, não 
tenha havido trabalho; 
d) a ausência do empregado, até três dias consecutivos, em virtude do seu 
casamento; 
e) a falta ao serviço com fundamento na lei sobre acidente do trabalho; 
f) a doença do empregado, devidamente comprovada. 
§ 2º A doença será comprovada mediante atestado médico da instituição da 
previdência social a que estiver filiado o empregado, de médico do Serviço Social do 
Comércio ou da Indústria; de médico da empresa ou por ela designado; de médico a 
serviço de representação federal, estadual ou municipal incumbido de assuntos de 
higiene ou de saúde pública; ou não existindo estes em sua localidade, de um médico 
de sua escolha (Redação dada pela Lei nº 2.761, de 26.4.56). 
§ 3º Nas empresas em que vigorar regime de trabalho reduzido, a freqüência 
exigida corresponderá ao número de dias em que o empregado tiver de trabalhar. 
Faltas Injustificadas 
 
São consideradas as faltas onde o empregado não tem justificativa legal ou aceita por 
seu empregador, essas faltas ocasionam a perda do descanso semanal remunerado, 
bem como de outros direitos, por exemplo, as férias (art. 130 da CLT) e 13º salário (Lei 
4.090/62). 
Faltas convencionais 
 
 
 
 
5 
 
São as que constam de documentação coletiva, sendo assim, serão consideradas como 
devidas e abonadas pelo documento coletivo, podendo ser até mesmo a criação de 
datas comemorativas, como ocorre no dia do comerciário, que indica como dia de 
descanso ao mesmo remunerado pelo empregador, e se houver trabalho nesse dia o 
seu tratamento pelo pagamento em dobro. 
Desconto de faltas 
Toda falta injustificada gera desconto do valor devido ao empregador e a mesma 
ocasionará em diminuição do valor devido e também na perda do descanso semanal 
em regra. 
Além da falta injustificada o atraso injustificado também ocasiona a diminuição da 
remuneração devida e também pode ocasionar a perda do DSR. 
Mês com 28, 29, 30 e 31 dias 
O direito do trabalho é movido pela contraprestação, ou seja, paga-se ao empregado 
pelo efetivamente realizado, sendo assim, os meses devem compor em sua essência o 
valor diário conforme sua especificidade, seja, mês de 28 dias trará o valor de salário 
diário diferenciado para os meses de 31 dias e assim sucessivamente para quem ganha 
por mês. 
Exemplo: 
Empregado que faltar no mês de 31 dias, terá que utilizar esse como divisor para achar 
o valor da falta assim, como será também aplicado ao mês com 28 dias. 
João ganha R$ 2.000,00 por mês e faltou no mês de fevereiro, qual o valor será 
descontado de João? 
R$ 2.000,00 / 28 dias do mês de fevereiro = R$ 71,43 
O valor de desconto pelo dia da falta é de R$ 71,43. 
Base legal utilizada por interpretação art. 64 da CLT. 
Competência para o pagamento do Saldo de Salário 
Sempre será observado que para pagamento da remuneração, o valor gerado em um 
mês, deverá ser pago até o quinto dia útil do mês subsequente à sua ocorrência, com 
base no que descreve o art. 459 da CLT. 
 
 
 
 
 
6 
 
Atraso no Pagamento 
Por lei, o atraso no pagamento de salários ocasiona ao empregador multa prevista pela 
portaria 290/97, mas para efeito de valores devidos ao empregado temosum 
entendimento de que o salário deverá ser calculado com base nos índices divulgados 
pela tabela de débitos trabalhistas. 
Em alguns casos, o documento coletivo traz como cláusula o pagamento de multa 
diária pelo atraso no pagamento dos salários, a qual deverá ser observada nos casos 
em que a convenção da categoria exigir a aplicação. 
 
5.2 Férias 
É o período destinado ao lazer e descanso do empregado após 12 meses de prestação 
de serviço, trata-se de um direito atribuído pela Constituição Federa, mas que atende 
às condições para sua concessão com base no que é descrito na CLT, entre os artigos 
129 a 139 da CLT. 
Férias Individuais 
Considerada o período de 30 dias devidos ao empregado por seu contrato de trabalho, 
esse período deverá ser descansado dentro do período concessivo do empregado, que 
corresponde aos 12 meses subsequentes ao fim do período aquisitivo, que devem ser 
concedidos após a comunicação de no mínimo 30 dias de antecedência ao dia de início 
do descanso, com base no que disciplina o art. 135 da CLT. 
Momento de Início das Férias 
As férias não poderão iniciar nos dois dias que antecedem a feriado ou dia destinado 
ao descanso do empregado com base no que disciplina o artigo 134,§3º da CLT. 
Exemplo: 
Folga do empregado no domingo, ele poderá iniciar as suas férias, na quinta-feira. Ou 
seja, sendo o domingo o dia de descanso, ele não poderá iniciar as férias no sábado 
(primeiro dia que antecede ao DSR), nem na sexta (segundo dia que antecede o DSR), 
sendo apenas possível o início das férias entre segunda e quinta-feira por exemplo. 
Fracionamento das Férias 
Com a reforma trabalhista, foi alterado o art. 134, §1º da CLT, o qual permite o 
fracionamento, desde que, o empregado esteja de acordo, em até 3 períodos, onde 
um deles não poderá ser inferior a 14 dias e os outros dois nunca inferior a 5 dias. 
 
 
 
7 
 
Abono Pecuniário 
Pelo art. 143 da CLT é possível que o empregado solicite ao seu empregador, o 
pagamento de 1/3 do período a que tiver direito de férias, em abono pecuniário, ou 
seja, ele receberá em pecúnia esse período juntamente com as férias, mas sem 
tributação sobre o valor devido. 
Para que o empregado tenha por direito a conversão, o empregado deverá solicitar 
essa conversão do período de férias em abono pecuniário, até 15 dias antes do 
fechamento do período aquisitivo. 
Exemplo: 
Empregado com 30 dias de férias poderá vender 1/3 de férias, ou seja, 10 dias ele 
converte em abono e os outros 20 dias ele descansa, lembrando que ambos sofreram 
a incidência do pagamento de 1/3 das férias. 
Férias Coletivas 
É um benefício mais aplicado por necessidade do empregador, a qual poderá, a seu 
critério paralisar as atividades da empresa toda, de um setor ou de um departamento, 
por um período que não poderá ser inferior a 10 dias e nem ser concedida por mais de 
2 vezes por ano. 
Para sua validade, as férias coletivas, deverão se comunicadas a órgão competente 
(Superintendência Regional do Trabalho) e depois de enviada uma cópia para o 
Sindicato. 
Sua previsão legal encontra-se no art. 139 e seguintes da CLT. 
Férias Coletivas para empregados com mais de um ano 
Ao empregado com mais de um ano de empresa, somente será devido, no caso de 
ainda não ter o período aquisitivo, o mesmo seria apenas considerado uma 
antecipação das férias, não havendo mudança do período aquisitivo. 
Férias Coletivas para empregados com menos de um ano 
Aos empregados com menos de 1 ano de empresa, na oportunidade de concessão das 
férias coletivas, será alterado o seu período aquisitivo para a data de início das férias 
coletivas, com base no art. 140 da CLT. 
O empregado com menos de um ano que não tenha o total de férias indicadas pelo 
empregador para concessão, na oportunidade, irá gozar como férias o período que 
tiverem e o restante deverá ser considerado como licença-remunerada. 
 
 
 
8 
 
Exemplo: 
Joana foi admitida em 01.11.2019 e sua empresa resolveu conceder férias coletivas em 
23.12.2019, onde na ocasião ele terá direito a 2/12 avos de férias, que corresponde a 5 
dias de férias, são 2,5 dias por avo de férias (30 dias de férias dividido por 12 meses), e 
a fração igual ou superior a 15 dias, já considera um avo completo de férias. 
Sendo assim, Joana na oportunidade das férias coletivas de 15 dias concedida por sua 
empresa, terá direito a receber por 5 dias de férias acrescidos de 1/3 e mais 10 dias 
como licença-remunerada. 
Prescrição 
O período de férias será considerado prescrito, com base no disposto no art. 139 da 
CLT, quando passados 5 anos do vencimento do seu período concessivo, ou seja, 
passados 5 anos, sem reclamar as férias contados do fim do período concessivo, esse 
período será considerado prescrito o que ocasionará ao empregado a perda do direito 
de agir para a cobrança do mesmo frente ao seu empregador. 
Exemplo: 
Período aquisitivo de 01.02.2012 a 31.01.2013, com período concessivo de 01.02.2013 
a 31.01.2014, a qual o empregado não terá direito a reclamar o pagamento dessas 
férias após 31.01.2019, ou seja, no dia 1.02.2019 ele já não terá mais direito de 
reclamar o direito das férias em questão. 
Penalidades 
A falta de pagamento das férias dentro dos parâmetros legais ocasiona ao empregador 
multa prevista na Portaria 290/97, no valor de 160 UFIR por empregado prejudicado. 
 
5.3 13º Salário 
É uma gratificação natalina concedida aos empregados, com base na remuneração 
devida em dezembro, com base na lei 4.090/1962. 
Direito 
Caberá como direito de todo empregado, não sendo devido ao estagiário, autônomo 
ou pró-labore, ou seja, é uma gratificação de direito dos empregados. 
Contagem dos Avos Devidos 
 
 
 
9 
 
O décimo terceiro salário é valor devido por cada mês de trabalho, desde que, o 
empregado tenha no mínimo direito ao recebimento de 15 dias de remuneração 
dentro do mês, com base no que disciplina a lei 4.090/62. 
Pagamento 
P pagamento do 13º salário é feito em duas parcelas anuais, onde a primeira parcela 
será devida entre os meses de fevereiro e novembro e a segunda parcela será devida 
no mês de dezembro e até o dia 20, deste mês (dezembro). 
O pagamento do 13º salário ainda poderá ser adiantado, por solicitação do empregado 
no mês de janeiro, para recebimento da primeira parcela juntamente com as férias, 
que tiverem inicio entre os meses de fevereiro e novembro. 
Ainda, ressalta-se que pelo art. 2 da lei 4.749/65 o empregador a seu critério, que não 
pode ser discriminatório, poderá pagar em adiantamento a primeira parcela que 
corresponde a 50% do valor devido de 13º salário, a um ou mais empregados. 
Remuneração 
A remuneração do 13º salário será composta do valor do salário contratual mais suas 
variáveis, ou seja, comporá o valor devido de 13º salário, além do salário contratual, as 
horas extras, os adicionais legais, as gratificações e demais parcelas de natureza 
salarial, com base no art. 1 da lei 4.090/62. 
Parcela Única 
Não existe previsão legal para o pagamento do 13º salário em parcela única, mas há 
um entendimento de que se ocorrer entre os meses de fevereiro e novembro, e pelo 
pagamento do valor integral do 13º salário, seria uma condição benéfica ao 
empregado e o que não traria nenhuma implicação de prejuízo. Sendo assim o 
entendimento seria considerado o adiantamento em valor maior ao mínimo estipulado 
pela lei. 
Abono Anual 
É o valor devido pela previdência social, aos segurados em recebimento de benefício 
previdenciário, ou seja, será devido o valor pelo INSS aos que estiverem recebendo 
salário-maternidade, aposentadoria ou afastamento por incapacidade (doença ou 
acidente). É composto do valor do salário de benefício, que também é pago em duas 
parcelas anuais conforme indicação do instituto nacional de seguridade social - INSS. 
Descontos 
 
 
 
10 
 
Não existe previsão legal que discipline sobre descontos no valor devido de 13º salário,sendo assim, não há indicação do valor de 13º salário ser objeto de descontos por 
quaisquer valores devidos pelo empregado ao empregador. 
 
5.4 Tributos 
É toda prestação paga em pecúnia de forma compulsória, e que não seja constituída 
por sanção de ato ilícito, a qual é instituída por lei e cobrada pelo Estado ao cidadão ou 
empresários. 
INSS 
É o valor compulsoriamente descontado do segurado que presta serviço mediante 
recebimento de contraprestação pelo serviço prestado, quer seja sob a condição de 
empregado ou contribuinte individual, nos moldes descritos pelo art. 8 e 9 do Decreto 
3.048/99. 
Quanto à forma de tributação sobre o valor devido pelos empregadores, em regra, o 
mesmo é obrigatório sobre o valor da folha de pagamento, sendo composto de cota 
patronal, pagamento do risco de Acidente de Trabalho - RAT (Giil-RAT - Grau de 
Incidência sobre a incapacidade laborativa - Risco de Acidente do Trabalho) e os 
terceiros, com base no que está descrito no anexo II da IN RFB 971/2009. 
Ainda sobre o pagamento compulsório, alguns empregadores, poderão optar por 
substituição da cota patronal para pagamento junto ao INSS, em situações especificas 
conforme lei: 
a) empresas optantes pelos SIMPLES - Lei Complementar 123/2006 
b) produtores rurais - lei 8.212/91, art. 22 e 25 
c) empresas que optaram pela desoneração da folha de pagamento - lei 12.546/2011 
d) entidades sem fins lucrativos - lei 11.101/2009 
Imposto de Renda - IR 
O valor do imposto de renda ou como também é conhecido imposto sobre o 
rendimento, é um tributo aplicado sobre a renda, na forma de percentual e com 
recolhimento ao Governo, que pelo recolhimento do carnê-leão ou pelo desconto 
sobre a fonte. 
Base legal RIR - Decreto 9.580/2018 
 
 
 
11 
 
FGTS 
Trata-se de uma indenização paga pelo empregador, na alíquota de 8% sobre o valor 
do salário dos empregados, salvo no caso de trabalhador aprendiz, onde a alíquota 
será de 2% ao mês, a qual tem por finalidade ser um fundo de garantia ao trabalhador 
pelo tempo de serviço prestado. 
Encontra fundamento legal na lei 8.036/90, a qual também traz como obrigatório o 
recolhimento da multa rescisória de 40% em favor dos empregados nos casos de 
dispensa sem justa causa, rescisão indireta e por conta de rescisão antecipada do 
contrato de trabalho a termo determinado, também sendo devida, no percentual de 
20% para os casos de rescisão por acordo. 
Lembre-se que o valor devido dos 10% de contribuição social, será aplicado nos casos 
de dispensa sem justa causa, rescisão indireta ou rescisão antecipada do contrato a 
prazo determinado pelo que descreve a lei complementar 110/2001, somente não 
sendo devida se a empresa tiver alguma sentença ou liminar isentando do pagamento. 
Tributos sobre o valor do saldo de Salário 
Sobre o valor devido em saldo de salário (salário contratual e variáveis = remuneração) 
será aplicado o valor de INSS, Imposto de Renda e FGTS, os quais serão calculados com 
base no valor da remuneração devida, sendo aplicadas as tabelas vigentes para tal 
desconto. 
Tributação de Férias 
Sobre o valor das férias ainda é devida a aplicação de INSS, IR e FGTS, sobre o valor 
devido no momento do pagamento para o caso de IR, e quanto ao INSS e FGTS será 
gerado pela competência do efetivo descanso, com base no art. 214 do Decreto 
3.048/99. 
Tributação de 13º salário 
Sobre o valor de 13º salário é devida a incidência de IR, INSS e FGTS, porém o valor de 
INSS e FGTS será aplicado com base no valor cheio do 13º salário, ou seja, não será 
descontado da primeira parcela, mas na segunda parcela, haverá o desconto 
considerando ainda o valor já pago. Para pagamento do FGTS neste caso, será devido 
na competência do pagamento de cada parcela devida com relação ao 13º salário. 
Tributação do Aviso Prévio 
O aviso prévio trabalhado é devido como saldo de salário em rescisão, então se 
aplicam as mesmas condições de tributação do saldo de salário com base no item 4.5. 
 
 
 
12 
 
Quanto ao aviso prévio indenizado, o valor de INSS e Imposto de renda não será 
tributado com base na Nota PGFN 485/2016, sendo devido somente sobre o valor de 
13º salário da projeção do aviso indenizado, intitulado de 13º salário indenizado. 
Tributação sobre os 15 dias pagos a título de auxílio-doença 
Pelo que disciplina a lei, os 15 primeiros dias devidos pelo empregado no caso de 
afastamento por doença ou acidente de trabalho, determinado pelo art. 75 do Decreto 
3.048/99, é considerado base de cálculo para o pagamento dos tributos, INSS, IR e 
FGTS. 
Há uma discussão sobre o tema na qual o valor devido seria desconsiderado base de 
cálculo dos referidos tributos, isto porque o empregador ingressa judicialmente para 
assim afastar a incidência. Em resumo, se a empresa não tiver uma sentença ou 
liminar, isentando o pagamento dos tributos sobre os 15 primeiros dias de 
afastamento, este por lei constitui base de cálculo para incidência do INSS (lei 
8.2128/91), FGTS (lei 8.036/90) e IR (Decreto 9.580/2018). 
 
5.5 Rescisão 
Rescisão sem justa causa 
É a rescisão com ocorrência pela notificação do empregador ao empregado pelo 
interesse de finalizar o contrato sem um motivo justificado, sendo assim, devido ao 
empregado os valores rescisórios: 
- saldo de salário 
- férias vencidas e proporcionais com 1/3 constitucional 
- 13º salário proporcional 
- aviso prévio com a proporcionalidade de 3 dias a mais por ano de prestação de 
serviço 
- liberação do FGTS com a multa 
Pedido de Demissão 
É a finalização do contrato por iniciativa do empregado, onde o mesmo por notificação 
escrita, de preferência a próprio punho, finaliza o contrato de trabalho. 
Nesse caso, serão devidas as seguintes verbas rescisórias: 
- saldo de salário 
 
 
 
13 
 
- férias vencidas e proporcionais com acréscimo de 1/3 constitucional 
- 13º salário proporcional 
- aviso prévio sem a proporcionalidade de 3 dias a mais por ano de prestação de 
serviço, ou seja, será devido apenas 30 dias de aviso, ao qual se não for cumprido 
permite ao empregador o desconto do valor com base no §2º, do art. 487 da CLT. 
- não gera a liberação do FGTS, e nem a multa. 
Obs.: O empregado aposentado, ainda que peça demissão, terá direito ao saque do 
FGTS. 
Término de Contrato 
Determinada pela finalização do prazo de contrato estipulado pelas partes; Indicamos 
que no dia fim do contrato seja formalizada extinção do mesmo para que não haja 
dúvidas sobre sua finalização. Entretanto, serão devidas as seguinte verbas: 
- saldo de salário 
- férias vencidas e proporcionais, mais 1/3 constitucional 
- 13º salário proporcional 
- nesta modalidade de contrato não é comum a existência de aviso prévio. 
- liberação do FGTS sem a multa 
Rescisão Antecipada do Contrato a Termo 
Poderá ser formalizada pelo empregado ou empregador, que põem fim ao contrato 
com prazo determinado em data anterior à combinada. Para a finalização são devidos, 
conforme o caso, as seguintes verbas: 
a) por iniciativa do empregador: 
- saldo de salário 
- férias vencidas e proporcionais mais 1/3 constitucional 
- 13º salário proporcional 
- multa do art. 479 da CLT, que corresponde a 50% do período que falta para terminar 
o contrato, salvo nos casos em que houver previsão contratual da aplicação do art. 481 
da CLT, que determina o pagamento do aviso prévio, por conta da existência de 
Cláusula Assecuratória de Direito Recíproco de Rescisão Antecipada, que determina o 
pagamento de aviso prévio. 
 
 
 
14 
 
- liberação do FGTS com a multa 
b) por iniciativa do empregado: 
- saldo de salário 
- férias vencidas e proporcionais mais 1/3 constitucional 
- 13º salário proporcional 
- somente será descontada do empregado a multa de metade dos dias que faltam para 
completar o contrato, se provado que causou prejuízo ao empregador. Do contrário, 
não haverá desconto. Nos casos em que houver previsão de cláusula assecuratóriade 
direito recíproco à rescisão antecipada, art. 481 da CLT, caberá o pagamento pelo 
empregado ao invés da possível multa de pagamento do aviso prévio. 
- não será devida a liberação do FGTS 
Rescisão por Acordo 
Inserida como opção em 11.01.2017 pela Reforma Trabalhista - Lei 13.467/2017, é 
hoje prevista na CLT, como a possibilidade das partes finalizarem o contrato de 
trabalho de comum acordo. Como o próprio nome diz, é uma decisão das partes e os 
valores devidos pela rescisão, pelo art. 484-A da CLT, são: 
- saldo de salário 
- férias vencidas e proporcionais mais 1/3 constitucional sobre o valor 
- 13º salário proporcional 
- aviso prévio indenizado pela metade dos dias de direito, incluindo a 
proporcionalidade de 3 dias a mais por ano de prestação de serviço. 
- liberação do FGTS com a multa pela metade de 20%. 
Nota: o aviso prévio trabalhado não tem impedimento por lei, mas como não tem 
procedimental previsto na CLT, indicam-se, por força do artigo 611-A da CLT, que 
sejam formalizados os parâmetros para a aplicação desse tipo de aviso, para o tipo de 
rescisão em comento (rescisão por acordo). 
Rescisão por Culpa Recíproca 
Somente será possível por decisão judicial, é a rescisão que ocorre por conta da 
impossibilidade de continuidade do contrato de trabalho por ato conjunto que 
inviabiliza essa manutenção do contrato. As verbas devidas no fim desse contrato são 
devidas pela metade, com base na sentença que confirme essa finalização. 
 
 
 
15 
 
Rescisão Indireta 
Também é um tipo de rescisão contratual, que somente terá validade se processada 
frente ao judiciário trabalhistas, por uma das motivações previstas no art. 483 da CLT. 
Na rescisão contratual são devidas: 
- saldo de salário 
- férias vencidas e proporcionais mais 1/3 constitucional 
- 13º salário proporcional 
- aviso prévio com a proporcionalidade de 3 dias a mais por ano de prestação de 
serviço 
- liberação do FGTS com a multa 
Rescisão por Justa Causa 
É motivada pelo empregador pelo enquadramento de uma ou mais situações previstas 
no art. 482 da CLT, esse tipo de rescisão é uma determinação por falta grave, e caberá 
o pagamento das seguintes verbas rescisórias: 
- saldo de salário 
- férias vencidas mais 1/3 constitucional 
- não é devido o 13º salário 
- aviso prévio com a proporcionalidade de 3 dias a mais por ano de prestação de 
serviço 
- não há liberação do FGTS, nem da multa. 
 
 
Referências 
BRASIL. Consolidação das leis do trabalho – CLT e normas correlatas. – Brasília: 
Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2017. 189 p. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro 
de 1988. Brasília, DF: Senado Federal 1988. 292 p. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas 
organizações. 4ª ed. São Paulo: Manole, 2014. 
 
 
 
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DESSLER, Gary. Administração de Recursos Humanos. 2ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 
2003. 
 
SANTOS, Milena Sanches Tayano dos; MACHADO, Mariza de Abreu Oliveira. 
Departamento de Pessoal Modelo: atualizado pela reforma trabalhista eSocial. 8ª ed. 
Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, 2018.

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