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Projeto violência da mulher

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PROJETO SAÚDE DA MULHER DO CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
TURMA: 5º. SEMESTRE DE ENFERMAGEM
JULIA MAÍRA VAZ DA SILVA, JURACI BALBINO DOS SANTOS JÚNIOR, JUSSARA RAMOS PONTES, PAULA CAROLINE CARMONA PEREIRA, RAQUEL CRISTINA LIMA N. DOS SANTOS.
Professora Orientadora: Patrícia Marli Morais
1. Tema norteador
Violência Doméstica.
2. Assunto
A atuação dos profissionais de Enfermagem quanto ao informar todos os tipos de violência doméstica.
3. Problema
	A falta de informação e conhecimento sobre o que é a violência doméstica e como agir se ela acontece.
4. Objetivo Geral
- Reconhecer os tipos de Violência
- Importância da Denúncia
5. Objetivos específicos
O projeto visa a apresentar uma pequena parte da violência doméstica sofrida pelas mulheres brasileiras, a parte que se tem informação, é claro. Mostram os tipos de violência, desde a violência doméstica, violência moral, violência psicológica, violência física, violência sexual, violência matrimonial e as Leis de proteção contra a violência e conclusão. 
6. Justificativa 
Visa a orientação quanto aos tipos de violência bem como a importância a não se calar diante de tal problema acometido, levando a consciência da denúncia, mesmo que possa parecer inútil diante da nossa sociedade.
7. Metodologia
Este estudo pautou-se em revisão de literatura por meio de levantamento de dados em livros e bases de dados online. Após a etapa de busca e artigos, deu- se início o processo de aplicação de critérios de seleção, o que implicou em inclusões e exclusões. A partir da leitura dos títulos e resumos, buscou-se identificar as publicações que se aproximavam e as que se distanciavam do objetivo do estudo, sendo que aquelas que se distanciaram do tema proposto foram excluídas, Analisando assim os artigos científicos que trazem relatos de mulheres acometidas pela violência doméstica e conhecimento da lei de proteção.
8. Introdução
8.1 Violências Domésticas
O Brasil é o quinto país do mundo em ranking de violência doméstica contra a mulher, atrás somente de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.
O Brasil registra uma mulher agredida a cada quatro minutos. 
É uma morta a cada oito horas (dados atuais de Janeiro de 2020).
Eles caçam suas presas, as isolam, e as torturam física e psicologicamente, por um longo tempo, antes de mata-las. 
Em 2018 a escritora Patrícia Melo, recebeu o convite para escrever um livro o 12º. De sua carreira, então seguiu-se um pedido: que a obra procurasse tratar da realidade da mulher brasileira.
Durante a fase de pesquisa, que contou com a ajuda da jornalista Emily Sasson, Patrícia leu incontáveis casos de feminicídio em sites, jornais e revistas. A sensação que teve é que, dada a incrível semelhança estava lendo sempre sobre p mesmo caso o tempo todo. Muda um detalhe ou outro mas, em geral é a história de um homem que num dado momento, se sente autorizado a praticar violência, contra a mulher, não importando se ela é sua mãe, irmã ou mulher.
Na maioria das vezes, tudo começa com um relacionamento abusivo, aos poucos evolui para a violência doméstica. E por fim, se algo não for feito termina em morte. 
Como dar um fim a esse círculo vicioso é a grande questão. É preciso romper o silêncio. Falar sobre o feminicídio, mais que isso denunciar, processar, julgar com rigor esses matadores de mulheres, com políticas públicas voltadas a amparar essa mulher dentro de casa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um terço da (38%) de todas as mulheres do mundo é vítima de violência física ou sexual.
Identificar traços de um relacionamento abusivo não é difícil, na primeira fase o namorado ou marido passa a criar atrito por qualquer coisa e em alguns casos, chega a se comportar de maneira ameaçadora ofendendo, reclama de sua aparência ou critica seu trabalho.
Em uma segunda fase o que era ameaça vira agressão física ou sexual, muitas vezes a vítima costuma buscar ajuda médica ou apoio familiar e chega a registrar boletim de ocorrência em delegacias.
 Em uma terceira fase há uma aparente calmaria, nela o namorado ou marido supostamente arrependido tenta se redimir das agressões, não faltam juras de amor eterno e promessas de melhorar as atitudes.
Esses fatores geram agravos que podem ser imensuráveis, vão desde insônia, dor de cabeça, uso abusivo de álcool ou drogas, ansiedade e depressão. Entre outros fatores estão os riscos para a saúde sexual e reprodutiva da mulher, incluem traumas ginecológicos, infecções sexualmente transmissíveis e gravidez indesejada e não planejada.
Mulheres chegam a abandonar os estudos e até perder seus empregos, mulher em situação de violência doméstica tende a faltar mais ao trabalho.
O perigo mora em casa, o relacionamento abusivo de hoje tende a se transformar na violência doméstica de amanhã. É importante que a mulher denuncie, disque 180 funciona todos os dias da semana inclusive sábado, domingo e feriados. Aprenda a colocar limites e se ele não respeitar, caia fora porque é cilada.
 
8.2 Violência Moral
Traz ainda a definição da violência Moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. 
O capítulo V do código penal Brasileiro, que define os crimes contra a honra, criminaliza a injuria, a calúnia e difamação, enquanto o capítulo VI, dos crimes contra a liberdade pessoal, tipifica o crime de ameaça.
O encaminhamento dos processos pelas estruturas dos sistemas de justiça e segurança, entretanto é considerado por especialistas como um dos grandes desafios para a efetivação dos direitos assegurados às mulheres na lei conhecida como Maria da Penha destaca todas as violências doméstica, inclusive a violência moral.
8.3 Violência Psicológica
	Dentre todos os tipos de violência contra a mulher a mais difícil de ser identificada é a violência psicológica. Muitas vezes por ser invisível aos olhos essa situação acaba sendo arrastada por muito tempo, sem ninguém perceber.
Ameaças, humilhações, chantagem, isolamento de família e amigos, impedimento de usar o próprio dinheiro, o próprio impedimento de trabalhar, discriminação, críticas pelo desempenho sexual. Todas essas situações acarretam a mulher se sentir desvalorizada, sofrer em crises de ansiedade e com isso levar a um adoecimento, podendo se tornar mais adiante um suicídio.
Muitas mulheres não tem conhecimento sobre as expressões e atos de violência psicológica. Muitas vezes pelo fato da romantização do lar perfeito, família feliz, que a sociedade impõe, a agressão emocional passa despercebida durante anos. Em muitos casos o homem se sente no direito de ofender verbalmente a mulher, tratando-a como sua propriedade, por ser o mantenedor da família, por se sentir o “dono” da mulher.
Os agressores usam de diversos meios para controlar emocionalmente a mulher, muitos deles usam os próprios filhos para ameaçar, em outros casos os animais de estimação, que acabam se tornando os “amigos” que sobraram, destroem objetos pessoais que são queridos pelas vítimas.
Dentre os meios de controles que o agressor usa para deixar a mulher submissa, segundo a Mary Susan Miller (1999) as mais usadas são: O cativeiro e o isolamento, além dos agressores também usam de palavrões para se designar a mulher tais como, “cadela, vagabunda, protituta”.
Violência psicológica é uma grave violação dos direitos humanos das mulheres, que produz reflexos diretos na sua saúde mental e física, considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a forma mais presente de agressão intrafamiliar à mulher, sua naturalização é apontada ainda como estímulo a uma espiral de violências. Pode preceder, inclusive, a mais externa violência, o feminicídio, conforme apontam esses especialistas. O Art°. 7º. Da lei nº. 11.340, tipifica como violência psicológica qualquer conduta que cause dano emocional, ou prejuízo à saúde psicológica e a autodeterminação da mulher, diminuição, prejuízo ou perturbação ao se pleno desenvolvimento, que tenha o objetivo de degradá-la ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões mediante ameaça, constrangimento,humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem, ridicularização, exploração, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio. 
8.4. Violência Física
A violência é um fenômeno extremamente difuso, pois em alguns casos não tem motivo cientifico já que é uma influencia cultural e submetida a uma continua visão na medida em que os valores sociais vão mudando e evoluindo.
A violência física se entende como qualquer conduta que ofende a integridade ou saúde corporal da mulher, toda agressão ocorrida no meio familiar pode ser física, psicológica ou socioeconômica. A física sendo aquela que a o uso da forca sendo por meio de tapas, socos, atirarem objetos, sacudir apertões, estrangulamento, lesões com objetos cortantes ou quentes levando a queimaduras, tortura, empurrões ate mesmo o abuso sexual, Este tipo de violência contra a mulher é a mais evidente e difícil de esconder dado que se reflete no seu aspecto físico. As mulheres que sofrem alguma agressão física na maioria das vezes experimentam numerosos atos de violência ao longo do tempo.
A falta de estrutura sócio econômica da família é um dos principais fatores dos inicios das brigas, a dificuldade de lidar com pequenas frustações no decorrer do cotidiano vai levando ao estresse aumento do comportamento violento do companheiro. O perfil do agressor e caracterizado por ser uma pessoa autoritária, impaciente, estressada e em alguns casos o uso de drogas e bebidas alcoólicas leva a pessoa a esse ponto.
8.5. Violência Sexual
É toda a ação na qual uma pessoa em relação de poder e por meio de força física, coerção ou intimidação psicológica, obriga uma outra ao ato sexual contra a sua vontade.
 O abuso sexual é muitas vezes difícil de ser detectado. 
Atos libidinosos, atentado ao pudor, sedução, entre outros, podem não deixar marcas físicas.
 • Abuso incestuoso: é o abuso sexual envolvendo pai ou outro parente próximo, que se encontra em uma posição de maior poder em relação à vitima. 
• Sexo forçado no casamento: a mulher é constrangida a manter relações sexuais como parte de suas obrigações de esposa. 
 Violência Doméstica e Sexual Contra a Mulher
 • Estupro - quando a mulher é obrigada a manter relações sexuais vaginal, oral ou anal, sob ameaça ou violência.
 • Atentado violento ao pudor - quando a mulher é obrigada a manter relação sexual ou qualquer outro contato íntimo que não seja relação sexual quando é obrigada a presenciar outras pessoas tendo relações sexuais.
A atuação de enfermagem frente a um caso de abuso tem um papel de suma importância, uma vez que a mulher talvez fique envergonhada de dizer a figura do médico e acaba relatando primeiramente para a enfermagem, visa também medidas profiláticas de doenças sexualmente transmissíveis e hepatites virais e claro um apoio psicológico inicial.
 A imediata notificação tem a função de articulação de todas as áreas de cuidado afim de evitar possíveis transtornos psicológicos.
8.6 Violência patrimonial
Também muito pouca conhecida pela grande parte das mulheres que sofrem algum tipo de violência é a chamada violência patrimonial, entendida como qualquer conduta por parte do agressor que configure a retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. 
8.7 Leis contra a Violência Doméstica
A lei mais conhecida é chamada de Lei Maria da Penha, LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006, sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Maria da Penha, cearense, vítima de violência doméstica durante seis anos, tendo sofrido duas tentativas de assassinato, uma que a deixou paraplégica, se tornando um símbolo na luta pelos direitos das mulher vítimas de violência, lutando desde 1983 até 2006, para que a lei fosse criada e aprovada pelas autoridades. A lei de grande importância pois alterou o Código Penal, permitindo assim que os agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada. Dentre as alterações está as medidas protetivas à mulher estão que são a proibição de determinadas condutas, suspensão ou restrição do porte de armas, restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, pedidos de afastamento do lar e até mesmo a prisão do agressor.
A Lei sofreu alterações em 29 de outubro de 2019, pelo então presidente em exercício JAIR MESSIAS BOLSONARO, a ”LEI Nº 13.894, portanto altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para prever a competência dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento ou dissolução de união estável nos casos de violência e para tornar obrigatória a informação às vítimas acerca da possibilidade de os serviços de assistência judiciária ajuizarem as ações mencionadas”, 
 
9. Conclusão
10. Referências
CASIQUE CASIQUE, Leticia; FUREGATO, Antonia Regina Ferreira. Violência contra mulheres: reflexões teóricas. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto , v. 14, n. 6, p. 950-956, Dec. 2006 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692006000600018&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 27 Abril 2020. https://doi.org/10.1590/S0104-11692006000600018.
FEIX, Virginia. Disponível em: < http://www.compromissoeatitude.org.br/violencia-moral-e-psicologica/.> Acesso em: 23 Abril 2020.
http://www.mpgo.mp.br/portal/arquivos/2015/05/22/17_29_35_372_Viol%C3%AAncia_dom%C3%A9stica_quest%C3%A3o_de_pol%C3%ADcia_e_da_sociedade.pdf
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/culturapaz/Mulher.pdf
https://www.scielosp.org/article/csc/2012.v17n9/2305-2317/
BRASIL. Lei nº. 13.894 de 29 de outubro de 2019. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13894.htm>. Acesso em: 27 Abril 2020.

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