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CRIPTOSPORIDIOSE PATOLOGIA I DISCENTE: GABRIELLE FONTENELE O Cryptosporidium é um coccídeo incriminado como agente causal de diarreia em crianças e adultos imunocompetentes. É um parasita oportunista, de séria gravidade em pacientes imunologicamente comprometidos! Disseminação zoonótica Cryptosporidium parvum e C. hominis são responsáveis pela maioria dos casos humanos de criptosporidiose. Infecções resultam de: Ingestão de alimentos contaminados por fezes ou água (frequentemente água em piscinas públicas e residenciais, banheiras, parques aquáticos, lagos ou córregos) Contato direto interpessoal Cryptosporidium parvum e C. hominis são responsáveis pela maioria dos casos humanos de criptosporidiose. A doença ocorre mundialmente. Foi a causa de grandes surtos de diarreia por água contaminada nos EUA! Diarreia crônica grave decorrente de criptosporidiose é um problema em pacientes com AIDS. Epidemiologia EIA para antígenos Exame microscópico das fezes (técnicas especiais são necessárias) Diagnóstico Exame microscópio de fezes com o protozoário da Criptosporidiose Microscopia de imunofluorescência com anticorpos Oocistos de Cryptosporidium Fisiopatologia O que realmente é são os Criptosporídios? Criptosporídios são protozoários coccídios intracelulares obrigatórios que se reproduzem em células epiteliais do intestino delgado de um hospedeiro vertebrado. Oocistos de parede espessa, que são comumente excretados pelo hospedeiro Oocistos de parede fina, que estão principalmente envolvidos em autoinfecções. Os oocistos são resistentes a condições difíceis, incluindo os níveis de cloro normalmente utilizados nos sistemas públicos de tratamento de água e piscinas O período de incubação da criptosporidiose é de aproximadamente 1 semana e a doença clínica ocorre em > 80% das pessoas infectadas. Os sintomas em geral persistem por 1 a 2 semanas, raramente por ≥ 1 mês, e então diminuem. Sinais e sintomas Diarreia líquida abundante Cólica abdominal Náuseas Anorexia Febre Mal-estar Tratamento Nitazoxanida em pacientes sem aids e com infecção persistente Terapia antirretroviral (TARV) em pacientes com aids junto com altas doses de nitazoxanida Em pessoas imunocompetentes, a criptosporidiose é autolimitada. Para infecções persistentes, pode-se usar nitazoxanida oral; as doses recomendadas, administradas por 3 dias, são: De 1 a 3 anos de idade: 100 mg, 2 vezes/dia De 4 a 11 anos de idade: 200 mg, 2 vezes/dia ≥ 12 anos de idade: 500 mg, 2 vezes/dia 1 2 Em pacientes com aids, a reconstituição imunitária promovida pela TARV é fundamental. Dose alta de nitazoxanida (500 a 1.000 mg, 2 vezes/dia) por 14 dias foi eficaz em adultos com uma contagem de CD4 > 50 células/μL. Prevenção Fezes de pacientes com criptosporidiose são altamente infecciosas Foram desenvolvidas diretrizes de biossegurança especiais para manipulação de amostras clínicas Água fervente por 1 min (3 min em altitudes > 2.000 m) é o método de assepsia mais seguro