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HISTÓRIA DA LEGISLAÇÃO Como se constituiu a representação da pessoa com deficiência na história? Quais os marcos legais, internacionais e nacionais da educação inclusiva? Como foi a evolução histórica da Educação Especial no Brasil e o atendimento às pessoas público alvo da educação especial (PAEE)? Qual a importância dessas discussões para a prática pedagógica? ANTIGUIDADE Fase do extermínio O “diferente” deveria ser eliminado Sobreviventes que se destacavam DEFICIÊNCIAS Egípcios • Respeitavam as pessoas com deficiência • Nanismo e a cegueira se destacavam nas artes Aristóteles e Platão • Seus livros falavam de uma lei que impedisse a criação de crianças disformes. • Aborto. Espartamos e Romanos • Deficientes eram afogados ou escravizados. IDADE MÉDIA Cristianismo Influência do clero e nobreza Assistencialismo e filantropia “Anormalidade” e estigmas Prática do exorcismo. SÉCULOS XVIII E XIX Revoluções e guerras Desigualdades Marginalização e exclusão Expansão da filantropia Asilos Escolas Oficinas Primeiras explicações científica sobre as deficiências. PERÍODO E MODELO DE ATENDIMENTO AOS DEFICIENTES SÉCULOS XVI E XVII Função Caritativa Primeiras explicações científicas. SÉCULOS XVIII e XIX Função Médica Atendimento específico e tratamento a deficiência como um desvio de normalidade. SÉCULO XX Função Pedagógica Educação Especial DOCUMENTOS INTERNACIONAIS QUE SUBSIDIAM A EDUCAÇÃO INCLUSIVA Declaração de Jomtien (1990) Erradicar o analfabetismo e universalizar o ensino Fundamental. Tailândia. Declaração de Salamanca (1994) - Educação Inclusiva. - Princípio da Inclusão. - Direito à educação Declaração de Guatemala (1999) Eliminação da discriminação da pessoa com deficiência. Não a exclusão o restrição do exercício do mesmo. CONCEITO IMPORTANTES Exclusão Envolve o afastamento de pessoas consideradas fora do padrão de normalidade instituído pela sociedade. Segregação Envolve a organização em grupos considerados iguais. Separa em espaços específicos. Integração Envolve a inserção de pessoas com deficiência em classes de ensino regular, sem adequações necessárias. O sujeito deve se adaptar à sociedade, e não o contrário. Inclusão A escola/sociedade se adapta para receber a todos com qualidade. INCLUSÃO Até o início do século XXI, o sistema educacional brasileiro abrigava dois tipos de serviços: a escola regular e a escola especial - ou o aluno frequentava uma ou a outra. A Educação inclusiva compreende a Educação Especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Favorece a diversidade e desenvolve a cultura inclusiva: Quebra de barreiras atitudinais. O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NO BRASIL Primeiras instituições: Instituto Benjamin Constant (1854) e o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) (1857). OS MOVIMENTOS DAS DÉCADAS DE 1960 A 1980 - INTEGRAÇÃO Desconstrução da concepção de deficiência Influência de estudos da área da Psicologia Constituição Brasileira de 1988 INCLUSÃO Envolve a inserção do público-alvo da educação especial (PAEE) em classes de ensino regular, com garantia de adequações necessárias. PAEE: estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PARA A INCLUSÃO ESCOLAR Diretrizes Nacionais da Educação Especial Básica Res. CNE 2/2001 − Plano Nacional de Educação – PNE lei nº 10.172/2001 − Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) − Decreto nº 7.611/2011 − Lei nº 13.146/2015 DEFICIÊNCIA VISUAL Cegueira: ausência total, indicar projeção de luz. Baixa visão (subnormal): distingue vultos, claridade, ou objetos a pouca distância. Miopia: não é deficiência visual, pois, é possível levar vida comum com o uso de lentes corretivas. ALGUNS RECURSOS Lupa (ver modelo) Régua amplificadora (ver modelo) Soroban (calculadora para deficiente visual) Regletes (instrumento de punção – braille) Ensino de noção sobre a orientação (descrição) Sintetizadores de voz SOROBAN “Calculadora” para deficiente visual REGLETES Sempre acompanhada da punção, é um dos primeiros instrumentos criados para a escrita Braille. DEFICIÊNCIA AUDITIVA x SURDEZ Surdez: perda auditiva (necessita da LIBRAS) Deficiência auditiva: Aquele que consegue com ou sem uma prótese de amplificação reconhecer pelo som, as palavras. O QUE A ESCOLA PRECISA FAZER? Interprete de LIBRAS Ficar próximo do professor, nas primeiras carteiras Ficar longe da parede Avaliar de acordo com as necessidades do aluno DEFICIÊNCIA FÍSICA Compromete lesões, doenças ou comprometimentos nos sistemas: locomotor, osteoarticular (ossos, cartilagem, tecidos) e o sistema nervoso. Deficiência intelectual: deriva de uma lesão no cérebro, podendo ocorrer alteração auditiva, visual, linguagem, comportamento e intelectual. O QUE A ESCOLA PODE FAZER? Pranchas de comunicação (ver modelo) Adaptações dos materiais (lápis, tesoura...) Adaptações de espaços Adaptações de atividades e instrumentos. Uso de tecnologias Compreender a especificidade do aluno para selecionar o material mais adequado. DEFICIENCIA INTELECTUAL Funcionamento intelectual significativamente inferior à media, acompanhado de limitações significativa em pelo menos duas das áreas abaixo: • Vida doméstica • Habilidades sociais • Uso de recursos comunitários • Autossuficiência • Habilidades acadêmicas • Trabalho • Lazer • Saúde • Segurança • Comunicação • autocuidado PRINCIPAIS CAUSAS Pré-natal: • nutrição, doenças infecciosas, fatores tóxicos, fatores genéticos. Perinatais: • oxigenação, má assistência no parto, prematuridade, baixo peso, icterícia grave. Pós-natais: • desnutrição, infecções, intoxicações, acidentes. IMPORTANTE Não se usa DEFICIÊNCIA MENTAL A deficiência intelectual NÃO deve ser classificada por níveis. O QUE A ESCOLA PODE FAZER? Trabalhar sempre com material concreto Repetir atividades Apoio pedagógico individualizado Adaptação curricular DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA Conjunto de duas ou mais deficiências associadas. • Ordem física • Sensorial • Intelectual • Psíquica • Comportamento social Essas deficiências podem ser: SÍNDROME É DIFERENTE DE DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA Síndrome: conjunto de sintomas e sinais que definem manifestações e processos patológicos sem causa específica. Podem causar deficiência, mas, possuem outros sintomas e sinais, nem sempre a deficiência múltipla. SÍNDROMES MAIS CONHECIDAS Sindrome de Down Alcóolica fetal (SAF) Sindrome de Williams Síndrome de Tourette Síndrome da Rubéola congênita Síndrome de Usber IMPORTANTE! Compensação: mecanismo de superação de limites impostos pela deficiência. Papel do professor: mediar esse processo, dar oportunidades de aprendizagem (respeitando as limitações), desafiando para que possam continuar aprendendo. LEGAL! Não é a condição biológica que limita o desenvolvimento, é a sociedade! É preciso ver as pessoas com deficiência como pessoas capazes! Foco nas possibilidades e não na deficiência em si. TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO Autismo Síndrome de Asperger Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação. ESPECTRO AUTISTA Transtorno do espectro autista (TEA) Espectro: se apresenta de forma diferente, em cada autista. Dificuldade de comunicação e relacionamento social. SINAIS DE AUTISMO Déficit na comunicação Déficit na interação social Comportamento repetitivo e estereotipado Dificuldade de compreender regrassociais. Não mantém contato visual Desenvolver pensamentos abstratos (imaginar ou simbolizar) Irritada e desconfortável diante de excesso de estímulos, mudança de rotina e ambiente Quando ansiosa: agitada ou agressiva. O QUE O PROFESSOR PODE FAZER? Entender como se relacionam, como percebem o mundo a sua volta. Explicar comandos de forma clara e objetiva. Definir rotina para dar segurança Selecionar estímulos (evitando excessos) Estimular a interação, respeitando e comunicação tempos e limites do autista. Criar possibilidades para: Participação e desempenho em atividades sociais cotidianas Autocuidado e de trabalho Uso de recursos pessoais e sociais Qualidade de vida na comunicação Autonomia para a mobilidade ALUNOS SUPERDOTADOS Notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos aspectos isolados ou combinados: • Intelectual • Acadêmica • Liderança • Psicomotricidade • Artes • Criatividade, envolvimento na aprendizagem ATENÇÃO! Ser superdotado não significa que ele tem desempenho elevado em todas as áreas! O QUE O PROFESSOR PODE FAZER? Enriquecimento curricular Sala de recursos de altas habilidades Aceleração Estimular a explorar e desenvolver potencialidades INTELIGÊNCIAS MULTIPLAS Linguística Lógico- matemática Espacial Interpessoal Musical Corporal- cinestésica naturalista EDUCAÇÃO INCLUSIVA EDUCAÇÃO ESPECIAL TRANSTORNOS FUNCIONAIS EDUCAÇÃO ESPECIAL DEFIÊNCIAS: VISUAL, AUDITIVA, INTELECTUAL, MÚLTIPLA SINDROMES ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO: • ESPECTO AUTISTA • SÍNDROME ASPENGER • TGD SEM ESPECIFICAÇÕES São público-alvo da educação especial (PAEE). Tem direito ao AEE (salas multifuncionais e de recurs0s) TRANSTORNOS FUNCIONAIS Dislexia (leitura) Disgrafia e disortografia (escrita) Discalculia (cálculo) TDAH (agitação, inquietude) NÃO TEM CURA! DISLEXIA Dificuldade da leitura, diferenciar letras, palavras. Dificuldade de seguir sequência visual. Predisposição genética. Aspectos que podem estar presentes nos disléxicos: atraso na fala, esquece palavras, nomes, dificuldade de memorizar, noção espacial, pouca coordenação e organização. DISGRAFIA/DISORTOGRAFIA Alterações na escrita Dificuldade de escrever Traçar letras, números. Lê e fala bem Dificuldade de relacionar o som a grafia Letra ilegível Espelhada, invertida Não respeita a margem Letra maior que o espaço Pouca orientação no papel. DISCALCULIA Dificuldade na identificação e classificação dos números. Dificuldades de cálculo Sinais matemáticos Compreender um objeto num conjunto maior TDAH Transtorno neurobiológico Aparece na infância e acompanha para a vida toda. Desatenção, hiperatividade, impulsividade, falam muito, machucam muito (desatenção). Tratamento com uso de remédio para autocontrole e concentração. Confusão no diagnóstico AEE Serviço da educação especial Identifica, elabora e organiza os recursos pedagógicos e de assessibilidade. Para complementar ou suplementar o ensino AEE não substitui o Ensino Regular Currículo escolar é para todos: adaptar atividades, objetivos específicos das atividades. AEE não é reforço escolar. AEE Complementar: remover barreiras (deficientes, TGD, Síndrome) Suplementar: enriquecer o currículo (altas habilidades e superdotação). PROFISSIONAL DO AEE Habilitado em licenciatura Educação especial Pós em educação inclusiva e especial. ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO AEE Libras • Tradutor (da escrita) • Interprete (da fala) Braille Orientação e mobilidade Ensinar atividades diárias Auxiliar o cuidador Auxiliar no uso de recursos óticos. Comunicação alternativa Enriquecimento curricular Produção de materiais Tecnologia assistiva AVALIAÇÃO AEE Diagnóstica De acordo com a necessidade do aluno Adaptar recursos e instrumentos de avaliação Levar em conta o próprio aluno. Não comparar com o outro ADAPTAÇÃO CURRICULAR Objetos Objetivos da atividade Na própria atividade Múltiplas adaptações CONSULTORIA Consultoria colaborativa • Profissionais ajudam o professor. Ensino colaborativo • Professor e profissional do AEE INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO Legislação obriga a reserva de vagas para pessoas com deficiência. Cada função deve estar compatível com as possibilidades dos deficientes LEI 8213 – LEI DE COTAS Empresas acima de 100 funcionários devem reservar de dois a 5%de seus cargos a pessoas com deficiência ou reabilitadas. Empresas com até 200 funcionários reservem 2% das vagas. Empresas entre 201 a 500 funcionários: 3% das vagas. Empresas entre 501 a 1000 funcionários: 4% das vagas. Empresas com mais de 1001 funcionários: 5% das vagas.