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Obturação Endodontica

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Depois de colocar a mediação, nós temos que obturar o dente, lembrando que já foi feito o preparo, no qual foi retirado tecido vivo e tecido morto e temos que colocar algo para fechar o dente.Obturação Endodontica
Inicialmente tem-se o PQM, depois a medicação intracanal e por último temos a obturação.
O que é obturar? Preencher o canal em toda sua extensão com um material asséptico e inerte, selando hermeticamente o mesmo, não interferindo no processo de reparo e de preferência induzindo o reparo daquela região.
O processo reparo é como se fosse a cura, por exemplo, nós tinhamos um lesão periapical, fizemos o tratamento endodôntico e depois tem o processo de reparo, na qual as células daquela região vão depositar tecido ósseo e terá a neoformação de novos tecidos.
Tem um estudo clássico, estudo clínico, que fala sobre as taxas de sucesso do tratamento endodôntico e eles viram que a principal causa de insucesso no tratamento é a obturação incompleta (58%). Isso ocorre porque mesmo com PQM ainda há bactérias dentro do canal, assim como após a medicação intracanal, então, se o canal não está bem vedando, a gente estará criando situações para as bactérias se proliferarem.
Objetivos da obturação endodôntica:
1) Impedir que as bactérias lesem os tecidos periapicais: se o canal está totalmente preenchido, não vai ter espaço para elas migrarem e nem receber substrato;
2) Preencher o espaço vazio;
3) Permitir o processo de reparo
4) Estimular o selamento biológico;
No contexto da necropulpectomia, nós temos que fazer com que as bactérias fiquem aprisionadas, para não possuírem substrato e diminuir a quantidade dentro do canal radicular, sendo esse mais um dos objetivos da obturação.
A via de contaminação do canal radicular pode ser duas:
- Via coronária: se for feita uma boa restauração, a contaminação não ocorrerá, porém, se a restauração cair e o canal não estiver bem vedado, as bactérias vão chegar no canal e se proliferar.
- Via anacorética: chegada de bactéria via corrente sanguínea. É mais raro mais acontece.
O material que vai ser utilizado dentro do canal deve ser o mais biocompatível possível, para que quando entre em contato com essa região estimule a reparação.
Biocompatível = 	 Taxa de sucesso
Quando obturar? No momento oportuno, por isso temos que pensar em polpa viva ou necrosada.
- Polpa viva: pode obturar na mesma sessão, pois não precisa colocar medicamento intracanal.
- Polpa necrosada: só obtura após o uso do medicamento intracanal, pois os canais estão contaminados 
Só pode obturar se:
- Os canais estiverem biomecanizados (preparados);
- Quando os canais tiverem secos (sem exsudatos): Exemplo, terminou o PQM, porém está limpando o canal radicular e ele ainda sai com um pouco de exsudato, mesmo sendo em polpa viva, não se pode obturar esse canal. Ou seja, se houver algum exsudato inflamatório, não obtura na mesma sessão.
- Pacientes assintomáticos: se o paciente tiver dor, não é interessante obturar na mesma sessão. É interessante colocar a medicação a base de hidróxido de cálcio para regularizar isso. Por exemplo, sendo uma polpa viva ou uma polpa necrosada, na qual foi colocado a medicação intracanal e com 15 dias o paciente voltou com dor, ou com exsudato, não se obtura, realiza apenas a troca da medicação, pois significa que ali ainda tem bactéria atuando.
Limite da obturação endodôntica:
Outro estudo realizado fala sobre o limite da obturação. Quando estamos fazendo o preparo, a gente tem um limite que é o comprimento de trabalho (CT), aqui na UFAL, nós usamos o CT=CRD (comprimento real do dente), mas na hora de obturar nós não vamos usar o CRD, vamos fazer 1 mm aquém (1 mm antes). 
Por que? Pois, os estudos mostram que quando a obturação é feita aquém, nós temos 68% de chance de sucesso, quando se faz a obturação além, ou seja, o cone de gutta percha ultrapassa o ápice, as chances são de 78% de sucesso, agora se eu fico 1 mm aquém, tem-se 94% de chance de sucesso. 
Do que depende a qualidade da obturação:
1- PQM;
2- Habilidade profissional;
3- Materiais obturadores;
4- Técnica;
Materiais:
Tem materiais obturadores que vão induzir uma ação física, química e biológica. Nós temos dois tipos de materiais, um pastoso e outro borrachoide. Esses materiais devem ter propriedades para que possa ser indicados, entre eles:
	PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
	PROPRIEDADES BIOLÓGICAS
	- Facilidade de inserção;
	- Biocompatível;
	- Bom tempo de trabalho;
	- Reabsorvível;
	- Permitir um bom selamento;
	- Estimular a deposição de tecido de reparo;
	- Impermeável;
	- Não ser mutagênico ou cancerígeno;
	- Bom escoamento;
	- Ação antimicrobiana;
	- Possuir aderência e viscosidade;
	- Não desencadear resposta imunológica;
	- Não ser solubilizável dentro do canal;
	
	- Radiopaco;
	
	- Não causar mancha;
	
	- Fácil remoção (caso precise retratar);
	
Não existe um material que possua todas essas propriedades, então nós vamos escolher um material que mais se adapta no meio dessas características que são consideradas desejáveis.
Existe os materiais semissólidos (cone de gutta percha), pastas (calen - normalmente utilizado para obturar dente decíduo) e cimento (ex.: endofill, cimento a base de óxido de zinco e eugenol, que possui ótimas propriedades antimicrobianas e possui um bom custo/benefício).
Os cones de guta-percha possuem dois tipos de apresentação:
- CONES PRINCIPAIS (são cones compatíveis com as limas manuais, se por acaso terminou na lima 40, usa-se o cone 40) E CONES ACESSÓRIOS;
- CONES FM E M;
A guta-percha é um tipo de borracha produzida pelas sapotáceas e foi introduzida em 1827. São feitas manualmente para ter aquela configuração e, se elas não se adaptarem perfeitamente, é porque ainda é um processo manual. 
Por que utilizamos a guta-percha? Quais são as propriedades?
- Boa adaptação;
- Boa tolerância: quando está dentro do canal. Se ultrapassar, ela não é reabsorvida e o paciente pode ou não sentir dor (pericimentite traumática). Nesse caso, analisa-se se precisa fazer um retratamento ou realizar um procedimento cirúrgico para remoção.
- Radiopacidade adequada;
- Estabilidade físico-química;
- Facilidade de remoção (se necessário);
Cimento endodôntico
Existe cimentos:
- A base de óxido de zinco e eugenol;
- A base de resina;
- A base de hidróxido de cálcio;
- A base de Agregado Trióxido Mineral (MTA);
Após o PQM, usa-se o EDTA para fazer a limpeza do canal e aplicar a medicação intracanal. Na outra sessão, antes de obturar o canal, deve-se remover aquela medicação, irrigando o dente com soro e pode até usar a última lima utilizada para garantir que toda medicação saiu. Feito isso, usa-se novamente o EDTA, para assegurar que o cimento irá vedar os túbulos dentinários.
Técnicas de obturação
A nível de graduação, a gente escolhe a técnica mais simples, na qual a gente consegue resolver de 80-90% dos casos. Quando a gente vai para uma especialização, existem outras técnicas avançadas que precisam de alguns aparelhos para que a gente possa fazer uma obturação mais compacta.
Mas para a graduação a gente pode utilizar a condensação lateral e o cone único. Os cones usados aqui na UFAL, é o FM e M, e eles possuem uma conicicidade adequada para encaixar no canal, normalmente apenas com um cone é possível obturar o canal e preenche o espaço vazio (TÉCNICA DO CONE ÚNICO). Se precisar, a gente utiliza outro cone, que é o cone acessório, ai a gente pode mesclar tanto a técnica de condensação lateral com a técnica de cone único. 
O que a gente vai precisar para obturar? Temos que secar o canal, então depois que tirar a medicação intracanal usando soro ou a lima, a gente vai usar os cones de papel absorvente, que também são compatíveis com as limas, se usou a lima 40, existe um cone de papel absorvente tamanho 40, ai vamos calibrar ele no CT=CRD e seca o canal. Então, vamos precisar de cimento, cones de papel, cones de guta-percha e dos condensadores e espaçadores.

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