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Resenha Crítica Epoché/ Atitude transcendental/ Redução eidética Epoché Significa a suspensão do mundo, como que parado no tempo, embora com todas as suas características presentes e, por isso, passíveis de serem analisadas “de fora”, por um observador exterior. O “Epoché” de Husserl que suspende o mundo no tempo e no espaço, permite a quem medita conhecer-se a si próprio e tomar consciência da sua própria essência, e a autoconsciência adquirida desta forma é o “eu puro” de Husserl (ou o “eu transcendental”). Existe na essência do “Epoché” de Husserl uma ideia de desprendimento espiritual ou dogmas em relação às coisas mundanas, porque através do Epoché, “nos tornamos observadores desinteressados do mundo”. Existe algo de mediúnico (no sentido espiritualista) na filosofia de Husserl, quando ele dá prioridade à intuição da essência em detrimento dos fatos mundanos; trata-se de uma "ciência teórica” (contemplativa), intuitiva e não-objetiva ou óbvia. Caracterizando a qualidade metodológica da Epoché, Husserl nomeou duas etapas principais de redução (“suspensão”), no caminho de uma filosofia fenomenológica: Redução Psicológica: é a recusa, como filósofo, em aceitar a evidência empírica, de uma atitude natural, como sendo suficiente para a fundação de um verdadeiro conhecimento. Resumidamente: a primeira etapa da Epoché estará realizada quando tudo que nos é exterior, mesmo as outras pessoas, estiver colocado “entre parênteses”. Redução Fenomenológica ou Transcendental: para Husserl, a característica da “atitude natural” não se limita à forma pela qual nos relacionamos com o mundo exterior; também os atos da consciência e o “eu” podem ser tratados como o mundo externo, portanto que coloquemos também “entre parênteses”, a própria consciência, o “eu” e os nossos atos. É preciso refletir sobre o refletido. É preciso pensar o pensado (reflexão transcendental). Maria Luiza Silverio Andrade - 201902109163
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