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Questão 1/10 - Ética
“É importante ressaltar o fato de que, hoje, o debate filosófico compreende a ética num horizonte multicultural, prevalecendo a tendência de priorizar o pluralismo ético. Atualmente, os conhecimentos não podem mais ser avaliados fora dos contextos da cultura, tradição e jogos de linguagem que os fazem possíveis e lhe concedam sentidos. Essa postura também é válida no âmbito da ética, pois essa disseminação de perspectivas, culturas e valores, muitas vezes rivais entre si, torna difícil a tarefa de uma referência objetiva para a moral, de uma fundamentação última da ética”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Ética discursiva). 
Considerando o conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, que trata das características da ética discursiva habermasiana, analise se os enunciados são verdadeiros ou falsos e assinale a alternativa que faz uma análise correta.
( ) I. A ética discursiva trata de uma razão comunicativa que pressupõe o diálogo, a interação entre indivíduos de um grupo, mediada pela linguagem, pelo discurso.
( ) II. A ética discursiva é uma teoria da moral que se fundamenta na razão e que tem por objetivo superar a tensão entre a autonomia privada e pública.
( ) III. A ética discursiva parte de uma visão do ser humano como criatura simpática e irracional. A teoria propõe uma espécie de razão emocional para o comportamento humano.
( ) IV. A ética discursiva implica o entendimento entre os indivíduos que procuram, pelo uso de argumentos racionais, convencer (ou se deixar convencer) acerca da validade da norma. Instaura-se aí possibilidade da sociabilidade, da solidariedade e da cooperação.
	
	C
	V, V, F, V
Você acertou!
A alternativa correta é a que contém a seguinte sequência: (V, V, F, V). As afirmativas I (A ética discursiva trata-se de uma razão comunicativa que pressupõe o diálogo, a interação entre indivíduos de um grupo, mediada pela linguagem, pelo discurso), II (A ética discursiva é uma teoria da moral que se fundamenta na razão e que tem por objetivo superar a tensão entre a autonomia privada e pública) e IV (A ética discursiva implica o entendimento entre os indivíduos que procuram, pelo uso de argumentos racionais, convencer (ou se deixar convencer) acerca da validade da norma. Instaura-se aí possibilidade da sociabilidade, da solidariedade e da cooperação) são verdadeiras. De acordo com o livro base da disciplina, "A Ética do agir comunicativo, ou Ética discursiva, surgiu na década de 1970, por meio dos trabalhos de Karl Otto Apel (1922) e Jürgen Habermas (1929). É uma teoria da moral que se fundamenta na razão e que tem por objetivo superar a tensão entre a autonomia privada e pública. Trata-se de uma razão comunicativa que pressupõe o diálogo, a interação entre indivíduos de um grupo, mediada pela linguagem, pelo discurso. A razão comunicativa é processual, construída a partir da relação entre os sujeitos na condição de seres capazes de se posicionarem criticamente diante das normas. Nesse caso, a validade delas deriva racionalmente de um consenso encontrado a partir de um grupo, de um conjunto de indivíduos. Assim, a subjetividade (algo que varia de acordo com o julgamento de cada pessoa) se transforma em intersubjetividade (ponto de vista global de um grupo). Habermas (1989) propôs uma teoria segundo a qual o critério da verdade é o consenso dos que argumentam, sendo que argumentar é uma tarefa eminentemente comunicativa. A ação comunicativa implica o entendimento entre os indivíduos que procuram, pelo uso de argumentos racionais, convencer (ou se deixar convencer) acerca da validade da norma. Instaura-se aí possibilidade da sociabilidade, da solidariedade e da cooperação. Para que a ação comunicativa possa ocorrer em sua plenitude, é necessário que a igualdade de direitos de todos os indivíduos e o respeito pela sua dignidade pessoal sejam amparados por uma rede de relacionamento interpessoal e por relações recíprocas de reconhecimento. Por outro lado, a qualidade da vida em comum não só é avaliada em termos do grau de solidariedade e do nível de bem-estar, mas também pela proporção em que os interesses do indivíduo são uniformemente contemplados no plano do interesse geral (Habermas, 1989, p. 22)”.
A alternativa III (A ética discursiva parte de uma visão do ser humano como criatura simpática e irracional. A teoria propõe uma espécie de razão emocional para o comportamento humano) é falsa porque não corresponde com a perspectiva da ética discursiva.
 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Ética discursiva).
Questão 2/10 - Ética
“Essas versões “moderadas", "débeis" ou “mitigadas" do antropocentrismo, nitidamente utilitaristas, reconhecem a existência de deveres humanos para com a natureza, preconizam a responsabilidade em relação aos recursos naturais e reforçam as preocupações concernentes às gerações futuras”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Antropocentrismo).
Considerando o conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, que trata do paradigma antropocêntrico, analise se os enunciados são verdadeiros ou falsos e assinale a alternativa que faz uma análise correta.
( ) I. O paradigma antropocêntrico é aquele que, em sintonia com a antiga tradição renascentista, coloca o homem no centro de tudo, privilegiando a sociedade humana.
( ) II. O antropocentrismo tradicional traduz uma visão segundo a qual o comportamento humano em relação à natureza deve ser avaliado em função do retorno que ela proporciona às pessoas.
( ) III. O antropocentrismo intergeracional amplia as demandas do antropocentrismo tradicional para as gerações futuras, mas mantém as pessoas no centro de qualquer consideração valorativa.
( ) IV. O paradigma antropocêntrico é uma abordagem segundo a qual o comportamento humano em relação ao ambiente deve ser avaliado com base na forma com que afeta as outras criaturas viventes, o que inclui, além dos humanos, os animais.
	
	C
	V, V, V, F
Você acertou!
A alternativa correta é a que contém a seguinte sequência: (V, V, V, F). As afirmativas I (O paradigma antropocêntrico é aquele que, em sintonia com a antiga tradição renascentista, coloca o homem no centro de tudo, privilegiando a sociedade humana), II (O antropocentrismo tradicional traduz uma visão segundo a qual o comportamento humano em relação à natureza deve ser avaliado em função do retorno que ela proporciona às pessoas), III (O antropocentrismo intergeracional amplia as demandas do antropocentrismo tradicional para as gerações futuras, mas mantém as pessoas no centro de qualquer consideração valorativa) são verdadeiras. De acordo com o livro base da disciplina, "Hector Leis (1996, p. 59) e Foladori (2001, p. 88) apresentam o paradigma antropocêntrico como sendo aquele que, em sintonia com a antiga tradição renascentista, coloca o homem no centro de tudo (medida de todas as coisas), privilegiando a sociedade humana. Em termos ambientais, são exaltados os interesses, valores e atitudes humanas em detrimento das outras formas de vida, contribuindo assim para um distanciamento entre sociedade e natureza. Stenmark (2002) divide a abordagem antropocêntrica em duas categorias: tradicional e intergeracional. O antropocentrismo tradicional traduz uma visão segundo a qual o comportamento humano em relação à natureza deve ser avaliado em função do retorno que ela proporciona às pessoas. É uma posição utilitarista que defende o cuidado com a natureza em função da sua utilidade, no sentido de proporcionar um benefício generalizado, como assegurar a qualidade de vida e a continuidade da espécie humana, por exemplo. Nessa perspectiva, toda a natureza está a serviço do ser humano, único ser racional. Os deveres para comas outras espécies, como animais e plantas, são uma função indireta dos deveres que temos para com os demais seres humanos, únicos, que são (kantianamente falando) fins em si mesmos. Já o antropocentrismo intergeracional amplia as demandas do antropocentrismo tradicional para as gerações futuras, mas mantendo as pessoas no centro de qualquer consideração valorativa”.
A afirmativa IV (O paradigma antropocêntrico é uma abordagem segundo a qual o comportamento humano em relação ao ambiente deve ser avaliado com base na forma com que afeta as outras criaturas viventes, o que inclui, além dos humanos, os animais) é falsa porque não corresponde com o paradigma antropocêntrico.
 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Antropocentrismo)
Questão 3/10 - Ética
“O termo fundamento, do latim fundamentum, de fundare (fundar), designa a base sobre a qual se constrói alguma coisa - "os fundamentos de uma casa", por exemplo. Em termos filosóficos, representa "aquilo sobre o qual repousa, de direito, certo conhecimento", ou "princípio explicativo que denota a existência de uma ordem de fenômenos ou de uma base do pensamento" (Japiassú; Marcondes, 1991, p. 107)”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Teoria do fundamentalismo). 
Com base no conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, examine os enunciados abaixo e selecione a alternativa que faz uma análise correta das características da teoria do fundamentalismo.
( ) I. Uma ética fundamentalista seria aquela que se sustenta na concepção de que os valores morais são provenientes de uma fonte externa ao ser humano. 
( ) II. As éticas religiosas são essencialmente fundamentalistas, visto que são delimitadas por princípios que, provenientes de uma fonte transcendental, têm o caráter de imperativos supremos. 
( ) III. Uma ética fundamentalista vê o bom como aquilo que é útil para a maioria, o que é uma espécie de altruísmo ético, sempre admitindo a possibilidade do sacrifício individual a favor da coletividade.
( ) IV. O objetivo da ética fundamentalista é proporcionar o máximo de felicidade ao maior número de pessoas. Esse seria o princípio da "maior felicidade", ou "maior utilidade”. Portanto, a felicidade residiria na busca do máximo prazer e do mínimo de dor.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I, II estão corretas
A alternativa correta é: (Apenas as afirmativas I e II estão corretas). As afirmativas I (Uma ética fundamentalista seria aquela que se sustenta na concepção de que os valores morais são provenientes de uma fonte externa ao ser humano) e II (As éticas religiosas são essencialmente fundamentalistas, visto que são delimitadas por princípios que, provenientes de uma fonte transcendental, tem o caráter de imperativos supremos) estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, "Considerando que o fundamento é um princípio explicativo que confere a validade para alguma coisa, aquilo que garante seu valor, uma ética fundamentalista seria aquela que se sustenta na concepção de que os valores morais são provenientes de uma fonte externa ao ser humano. As éticas religiosas são essencialmente fundamentalistas, visto que são delimitadas por parâmetros (princípios, regras) — os cânones da religião - que, provenientes de uma fonte transcendental, têm o caráter de imperativos supremos. Os dez mandamentos bíblicos, por exemplo, são princípios religiosos universais, a priori, que devem ser obedecidos por todos. Na concepção religiosa de mundo (teocêntrica), os valores da religião determinam as concepções éticas e os critérios de bem e mal ficam subordinados à fé. O indivíduo moral é aquele temente a Deus. Roubar, por exemplo, seria algo errado, pois contraria o sétimo mandamento bíblico”.
As alternativas III (Uma ética fundamentalista vê o bom como aquilo que é útil para a maioria, o que é uma espécie de altruísmo ético, sempre admitindo a possibilidade do sacrifício individual a favor da coletividade) e IV (O objetivo da ética fundamentalista é proporcionar o máximo de felicidade ao maior número de pessoas. Esse seria o princípio da "maior felicidade", ou "maior utilidade”. Portanto, a felicidade residiria na busca do máximo prazer e do mínimo de dor) estão incorretas porque a teoria do fundamentalismo não se orienta pelo princípio da “utilidade”.
 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Teoria do fundamentalismo).
Questão 4/10 - Ética
“A metáfora da ética como morada do homem sugere precisamente que, com base no éthos, o mundo se torna habitável. Essa morada se constrói a partir dos costumes, das normas, dos valores e das ações humanas. Vale a pena lembrar que, nesse sentido, o espaço do éthos como espaço humano, não é dado ao homem, mas construído por ele. O éthos significaria a invenção das comunidades históricas, de um espaço de fixação e de controle do mundo físico. Se o espaço humano é construído exatamente a partir das ações humanas, ações que são permeadas de valores, hábitos e costumes, isso significa que a ética é um elemento fundamental na construção desse espaço”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Sobre a ética). 
Considerando os ensinamentos do professor Mario Alencastro, que trata das áreas da filosofia moral, examine os enunciados abaixo e assinale a alternativa que faz uma análise correta acerca da concepção de ética descritiva.
	
	D
	Ética descritiva é um tipo de investigação empírica que tem por objetivo descrever ou explicar os fenômenos morais ou elaborar uma teoria da natureza humana pertinente a questões éticas. É o estudo das crenças das pessoas sobre a moralidade.
 
A alternativa correta é: (Ética descritiva é um tipo de investigação empírica que tem por objetivo descrever ou explicar os fenômenos morais ou elaborar uma teoria da natureza humana pertinente a questões éticas. É o estudo das crenças das pessoas sobre a moralidade). De acordo com o livro base da disciplina, "Ética descritiva não é uma atividade filosófica per se. É um tipo de investigação empírica e descritiva, tal como levada a cabo por antropólogos, historiadores, psicólogos e sociólogos. Nesse caso, o objetivo é descrever ou explicar os fenômenos morais ou elaborar uma teoria da natureza humana pertinente a questões éticas”. As demais alternativas estão incorretas porque apresentam definições equivocadas acerca da ética descritiva.
 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Sobre a ética).
Questão 5/10 - Ética
 “É um tipo de apropriação predatória, descrita por Serres (2011, p. 60-61) da seguinte forma: Determinada fábrica lança seus efluentes no rio vizinho, espalha-os na atmosfera ou os transporta para algum mangue mais afastado... ninguém vê, evidentemente, que ela se apropria desses lugares. Preciso, então, mostrar. Quem, no entanto, deixaria de perceber que ninguém mais no mundo pode beber desta água, respirar esse ar, se aproximar dessa área? São lugares que estão mais bem protegidos do que por muros, fechaduras e que cadeados! Os que assim deixam traços e marcas horripilantes se apropriam do lugar não por habitá-lo, mas por excluir qualquer outra pessoa dali. Dessa forma, a humanidade está diante de um problema provocado por um modelo civilizatório instalado já há mais de um século, e que está infligindo prejuízos a um sistema físico com alguns milhões de anos de existência. O que se sabe é que, uma vez atingida, a Terra reage contra a humanidade agressora. (Serres, 1994, p. 52-53)”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente:construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 3 – Tema: O contrato natural).
Considerando a obra “O Contrato Natural” de Michel Serres, que foi discutida na disciplina “Ética e Desenvolvimento Sustentável”, examine as assertivas abaixo e assinale a afirmativa que faz uma análise correta.
I. Para Serres, é chegada a hora de rever a tradicional teoria do "contrato social’ por meio da incorporação daquilo que ele chamou de “contrato natural”.
II. Segundo a teoria do contrato natural, definem-se os direitos relativos à natureza, sempre a partir da premissa de que ela é algo vivo - um sujeito que interage -, um sujeito de direito.
III. Para a teoria do contrato natural, há a necessidade urgente de estabelecer um acordo para a preservação do planeta Terra, ou seja, uma trégua que garantiria a própria sobrevivência da humanidade.
IV. A teoria do contrato natural tem como característica o pressuposto de que é necessário um contrato social e moral, aceito de forma consensual e capaz de garantir a harmonia que até então era inexistente, para a natureza humana.
 
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
A alternativa correta é: (As afirmativas I, II e III estão corretas). As afirmativas I (Para Serres, é chegada a hora de rever a tradicional teoria do "contrato social’ por meio da incorporação daquilo que ele chamou de “contrato natural”), II (Segundo a teoria do contrato natural, definem-se os direitos relativos à natureza, sempre a partir da premissa de que ela é algo vivo - um sujeito que interage -, um sujeito de direito) e III (Para a teoria do contrato natural, há a necessidade urgente de estabelecer um acordo para a preservação do planeta Terra, ou seja, uma trégua que garantiria a própria sobrevivência da humanidade) estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “Serres (1994) chama a atenção para o fato de que a natureza vem sendo maltratada e esquecida, vítima de uma violência (objetiva) explicita no processo de construção do mundo pela civilização tecnológica, cujas atividades industriais, dentre outras externalidades, despejam na atmosfera milhares de toneladas de detritos, causando um impacto de tal ordem que obriga a natureza a reagir contra o próprio ser humano. A violência objetiva global contra o planeta Terra se manifesta explicitamente na fealdade dos humanos provocada por imundícies que são espalhadas pelas indústrias químicas, nas grandes extensões de criação de animais, nas centrais atômicas ou nos petroleiros gigantes (Serres, 1994, p. 33). Deve-se, portanto, buscar a paz com o mundo para salvaguardar a própria humanidade. Mas como fazê-lo? É urgente que se estabeleça um direito que contenha a violência objetiva que se estabeleceu entre humanidade e natureza. Nas palavras de Serres (1994, p. 31), "inventar, sob ameaça de morte coletiva, um direito para a violência objetiva". Por conta disso, há a necessidade urgente de estabelecer um acordo para a preservação do planeta Terra, ou seja, uma trégua que garantiria a própria sobrevivência da humanidade. Michel Serres defende a ideia de que é chegada a hora de rever a tradicional teoria do "contrato social’ por meio da incorporação daquilo que ele chamou de “contrato natural”. Para o filósofo francês, o "antigo contrato social deveria desdobrar-se num contrato natural" (Serres, 1994, p. 39), pois "em situação de violência objetiva não resta outra saída que não seja assiná-lo. No mínimo, a guerra; o ideal, a paz” (Serres, 1994. p- 40). Serres preconiza a revisão conceitual do direito natural de Locke, pelo qual apenas o homem é sujeito de direito; nesse novo contrato, definem-se os direitos relativos à natureza, sempre a partir da premissa de que ela é algo vivo - um sujeito que interage -, um sujeito de direito. Essa nova postura implica uma verdadeira bifurcação na história, na qual se terá de escolher entre a simbiose ou a morte”.
A alternativa IV (A teoria do contrato natural tem como característica o pressuposto de que é necessário um contrato social e moral, aceito de forma consensual e capaz de garantir a harmonia que até então era inexistente, para a natureza humana) está incorreta porque não se refere a teoria do contrato natural de Michel Serres.
 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 3 – Tema: O contrato natural).
 
Questão 6/10 - Ética
“David Hume (1711-1776) sustentou a concepção de que o fundamento da moral é a utilidade, ou seja, é boa a ação que proporciona "felicidade e satisfação" à sociedade. A utilidade agrada porque responde a uma necessidade ou à tendência natural que inclina o homem a promover a felicidade dos seus semelhantes. Entretanto, ao invés de limitar os desejos humanos àqueles determinados apenas pelo interesse pessoal (comida, dinheiro e glória), Hume percebeu que muitas das paixões humanas estão baseadas no que ele chamava de simpatia - a capacidade de sentir em si mesmo os sofrimentos e até mesmo as alegrias dos outros”.
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Emotivismo).
Partindo do conteúdo da disciplina “Ética e Desenvolvimento Sustentável”, examine os enunciados abaixo e selecione a assertiva que melhor define a perspectiva do emotivismo.
	
	E
	O emotivismo sustenta o altruísmo ético da vertente utilitarista e a complementa com uma razão emocional, em que a terna simpatia e a generosa preocupação pelos demais é difundida entre os seus semelhantes e provoca a empatia dos sentimentos compartilhados.
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(O emotivismo sustenta o altruísmo ético da vertente utilitarista e complementa com uma razão emocional, em que a terna simpatia e a generosa preocupação pelos demais, é difundida entre os seus semelhantes e provoca a empatia dos sentimentos compartilhados). De acordo com o livro base da disciplina, "A beneficência, e o caráter humanitário, a amizade e a gratidão, a afeição natural e o espírito público”, enfim, tudo “[...] procede de uma terna simpatia pelos demais e de uma generosa preocupação pelo nosso grupo e espécie" (Hume, 1995, p. 29). São qualidades que, onde quer que se manifestem, difundem-se entre as pessoas e produzem nelas próprias os mesmos sentimentos favoráveis e afetuosos que elas exercem ao seu redor. Essa visão do ser humano como criatura simpática tornava impossível traçar, à maneira de Hobbes, uma nítida linha divisória entre o interesse pessoal e o interesse alheio, uma vez que agora é possível encarar o segundo como se ele fosse o primeiro. Hume estava propondo uma espécie de razão emocional para o comportamento altruísta”. Esse tema também foi abordado na rota de aprendizagem 2, “Emotivismo – sustenta o altruísmo ético da vertente utilitarista e complementa com uma razão emocional, em que a terna simpatia e a generosa preocupação pelos demais, é difundida entre os seus semelhantes e provoca a empatia dos sentimentos compartilhados”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Emotivismo).
Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Tema: Filosofia e as teorias éticas).
Questão 7/10 - Ética
Leia o texto a seguir:
“O avanço da ciência e da tecnologia deve ser considerado, indubitavelmente, entre os mais extraordinários empreendimentos da humanidade atualmente. O mundo material que observamos ao nosso redor é uma manifestação visível disto — um resultado direto do intenso progresso científico em larga escala e da aplicação cada vez mais rápida do conhecimento e das descobertas resultantes, obtidas por meio do desenvolvimento da tecnologia.
O progresso da ciência e da tecnologia propiciou o surgimento das sociedades industriais modernas caracterizadas pela riqueza, e a expectativa crescente de que esta estará disponívela todos. Além disso, possibilitou o aumento da produção de alimentos e a melhora dos sistemas preventivos de saúde, o que levou a altas taxas de crescimento populacional, principalmente nos países em desenvolvimento. Estes dois aspectos, a saber, os altos padrões de consumo junto com as aspirações da humanidade em continuar neste modelo de desenvolvimento, e as altas taxas de crescimento populacional constituem as duas matrizes da pressão sobre o ambiente.
Alguns diriam que foi o avanço da ciência e da tecnologia que provocou estes problemas, com que o mundo ora se depara. Ao contrário, nossos problemas atuais advêm do modo pelo qual estes avanços foram utilizados. E não há retorno. Nossa esperança por um futuro melhor reside em desenvolvimento adicional da ciência e da tecnologia, que possa concentrar os grandes poderes que elas conferem à humanidade para delinear novos caminhos de desenvolvimento, os quais podem, e devem, ser seguros e sustentáveis do ponto de vista ambiental. Tais caminhos clamariam pela redução do uso de recursos, particularmente de energia, para produzir os mesmos resultados. Eles ainda deveriam conduzir à eliminação da pobreza, e isto, junto com a educação e outros aspectos do desenvolvimento de recursos humanos, resultariam na redução da taxa de crescimento populacional. E somente então que poderemos manter sob controle as duas forças matrizes que levam ao desequilíbrio ambiental. A melhoria do meio ambiente, a atenuação da pobreza, a redução do crescimento populacional, e as novas abordagens que proporcionem os bens e serviços que a sociedade necessita e aspira estão todos inextrincavelmente ligados”. 
MENON, M. G. K.. O papel da ciência no desenvolvimento sustentável. Estud. av. [online]. 1992, vol.6, n.15, pp.123-127. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141992000200010&lng=en&nrm=iso 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141992000200010
A partir dos conteúdos discutidos na disciplina de Ética e Desenvolvimento Sustentável e da contextualização acima, analise as asserções abaixo:
I.    As conquistas do campo tecnológico, além de trazerem melhores condições de vida, fomentaram, também, uma ligação entre o ser humano e a natureza.
II.  O texto acima trata-se de um contexto específico de 1992, não mais presente nos dias de hoje, uma vez que houve harmonia nas relações entre o homem e a natureza.
III. O ser humano, ao não prever e promover uma evolução do progresso tecnológico de forma sustentável, deteriorou a sua relação com a natureza.
IV.  Embora o texto trate de um contexto do ano de 1992, a temática e conjuntura atual são semelhantes, havendo, hoje, a intensificação da crise ambiental.  
Assinale a alternativa correta:
	
	D
	Apenas as asserções III e IV estão corretas
“No princípio a humanidade e a natureza eram um só. São inegáveis as grandes conquistas que a ciência e a tecnologia trouxeram à humanidade. No entanto, a busca por melhores condições de vida, mercado livre, maximização do tempo, padrões energéticos que garantissem maior autossuficiência, industrialização e poder, como num circuito de retroalimentação, fez com que o progresso rompesse a ligação anterior que o ser humano tinha com a natureza. Tendo na natureza apenas a percepção de uma fonte inesgotável de recursos, o descolamento da união do ser humano com o ecossistema foi inevitável. Ao não prever (e prover) um alinhamento sustentável com a evolução do progresso tecnológico, a relação do homem com a natureza degringolou. Ao passo que para com a técnica, sua relação se aperfeiçoou e agora, a busca pela atualização das potencialidades e inovações que o progresso poderia proporcionar sobrepôs-se a uma nova conduta humana. O resultado? Intensificação da crise ambiental.” Fonte: Tema 2 do Material para Impressão 1.
 
Questão 8/10 - Ética
“Martin Heidegger (1889 - 1976), em muitos de seus escritos, já chamava a atenção para a necessidade de uma mudança do comportamento humano em relação à natureza. Ao abordar a temática do mundo- -circundante - Umwelt -, o mundo à nossa volta, esse filósofo teria proposto um pensar planetário, sempre aberto às questões ecológicas. Seus conceitos de habitar e cuidado para com o mundo circundante podem ser incorporados na sustentação filosófica de uma ética ambiental”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 3 – Tema: A ética do cuidado). 
Considerando o conteúdo trabalhado na disciplina “Ética e Desenvolvimento Sustentável”, que trata da perspectiva da ética do cuidado, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que faz uma análise correta.
I. De acordo com essa perspectiva, é preciso cuidar das suas coisas, do meio circuncidante, do mundo construído a sua volta, tendo como meta a salvação da Terra.
II. A ética do cuidado trata da salvação do habitat natural das espécies (humanas e não-humanas), do cuidado de tudo aquilo que compõe o seu meio e do comprometimento com as gerações futuras.
III. Para a ética do cuidado o ‘habitar’ está intimamente precedido do ato de construir. Ou seja, o habitat já existe antes do ser humano, que com sua materialização na terra, precisa ser construído de modo que fique a contento e satisfaça suas necessidades. Só é possível, no entanto, habitar o que se constrói.
IV. A ética do cuidado parte do pressuposto antropocêntrico pois coloca o homem no centro de tudo. É uma posição utilitarista que defende o cuidado com a natureza em função da sua utilidade, no sentido de proporcionar um benefício generalizado, como assegurar a qualidade de vida e continuidade da espécie humana, por exemplo.
 
 
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
 
Você acertou!
A alternativa correta é: (Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas). As afirmativas I (De acordo com essa perspectiva, cuidar das suas coisas, do meio circuncidante, do mundo construído a sua volta, tendo como meta a salvação da Terra), II (A ética do cuidado trata da salvação do habitat natural das espécies (humanas e não-humanas), do cuidado de tudo aquilo que compõe o seu meio e do comprometimento com as gerações futuras) e III (Para a ética do cuidado o ‘habitar’ está intimamente precedido do ato de construir. Ou seja, o habitat já existe antes do ser humano, que com sua materialização na terra, precisa ser construído de modo que fique a contento e satisfaça suas necessidades. Só é possível, no entanto, habitar o que se constrói) estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “A noção de umwelt proposta pelo filósofo alemão Jacob von Uexküll como “tudo aquilo que um sujeito assinala passa a ser seu mundo-de-percepção, e o que ele realiza, seu mundo-de-ação.  Mundo-de-percepção  e  mundo-de-ação constituem uma unidade íntegra – o mundo-próprio do sujeito (Von Uexkül, 1982, p. 25)”, logo o mundo à sua volta e a relação com o mesmo. Inspirado nos ensinamentos de Von Uexküll, o conterrâneo e também filósofo Martin Heidegger, traz os conceitos de ‘habitar’ e ‘cuidado’ como meios para analisar as relações dos seres vivos com o mundo circundante. O resultado é interpretação de uma nova dimensão da ética ambiental. O ‘habitar’ para Heidegger está intimamente precedido do ato de construir. Ou seja, o habitat já existe antes do ser humano, que com sua materialização na terra, precisa ser construído de modo que fique a contento e satisfaça suas necessidades. Só é possível, no entanto, habitar o que se constrói (Heidegger, 2012). Sendo “intrinsicamente ligados, numa relação de causalidade, na qual o habitar seria o fim ao qual todo construir deveria estar subordinado (Alencastro, 2015, p. 83)”. Acontece que há uma ‘crise habitacional’, uma vez que o homem precise constantemente tornar habitável o seu meio, não é a falta de habitações o problema, mas a essência do habitar, que consiste em aprender a habitar.Nesse sentido, cuidar das suas coisas, do meio circuncidante, do mundo construído a sua volta, tendo como meta a salvação da Terra. Mas salvação em que sentido?  Não se trata de socorrer a tempo algo que esteja ameaçado de perigo iminente. “Ora, ‘salvar’ diz muito mais. ‘Salvar’ diz: chegar à essência, a fim de fazê-la aparecer em seu próprio brilho (Heidegger, 2012, p. 31)”. A ética do cuidado de Heidegger, portanto, trata da salvação do habitat natural das espécies (humanas e não-humanas), do cuidado de tudo aquilo que compõe o seu meio e do comprometimento com as gerações futuras”.
A afirmativa IV (A ética do cuidado parte do pressuposto antropocêntrico pois coloca o homem no centro de tudo. É uma posição utilitarista que defende o cuidado com a natureza em função da sua utilidade, no sentido de proporcionar um benefício generalizado, como assegurar a qualidade de vida e continuidade da espécie humana, por exemplo) está, portanto, incorreta.
 
Fonte: Rota de Aprendizagem 3 (Tema: A ética do cuidado).
Questão 9/10 - Ética
“Kant denomina-o "lei universal do Direito", certamente porque, na sua terminologia, as leis (práticas) são proposições que apresentam uma ação como objetivamente necessária para todo agente dotado de razão. Além disso, visto que essa ação é subjetivamente contingente para agentes imperfeitamente racionais, que nem sempre fazem o que a razão lhes apresenta como objetivamente necessário, Kant formula essa "lei universal do Direito" como um imperativo, que é a forma pela qual as leis práticas se apresentam a um arbítrio imperfeitamente racional”.
Fonte: ALMEIDA, Guido Antônio de. Sobre o princípio e a lei universal do Direito em Kant. Kriterion: Revista de Filosofia, Belo Horizonte, v. 47, n. 114, p. 209-222, Dec. 2006. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100512X2006000200002&lng=en&nrm=iso>. access on 23 Sept. 2019.
Considerando o conteúdo discutido na disciplina “Ética e Desenvolvimento Sustentável”, assinale a assertiva que contém a máxima correspondente com a ética do dever de Immanuel kant.
	
	E
	A máxima da ética do dever seria “age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente, como um fim e nunca simplesmente como um meio".
 
A alternativa correta é (A máxima da ética do dever seria “[...] age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente, como um fim e nunca simplesmente como um meio"). De acordo com o livro base da disciplina, "A ética kantiana busca, sempre na razão, procedimentos práticos que possam ser universalizáveis, isto é, um ato moralmente bom é aquele que pode ser universalizável de tal modo que os princípios estabelecidos possam valer para todos. Esse dever nasce do reconhecimento por parte do ser humano, pelo uso da sua razão, da necessidade obrigatória de obedecer a certas regras (os imperativos categóricos), as quais fundamentam procedimentos que possam ser válidos universalmente, ou seja, um ato moralmente bom é aquele praticado por todos, indistintamente. Os preceitos mais conhecidos são “age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal" (Kant, 1984, p. 129) e "age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente, como um fim e nunca simplesmente como um meio” (Kant, 1984, p. 135)”.
Esse assunto também foi tratado na rota de aprendizagem 2, “Ética do dever – concebe que o indivíduo, livremente, se autodetermina a valorizar as regras, racionalmente. Concebida pelo filósofo prussiano Immanuel Kant, a razão é universal, priorizando o dever de respeitar todos os seres racionais como a si mesmo, independentemente, da posição social” (Adaptado). As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Ética do dever).
Fonte: Rota de Aprendizagem 2 (Tema: Filosofia e as teorias éticas).
Questão 10/10 - Ética
“O pensamento ético de Ricoeur parte de duas heranças incontornáveis da história da filosofia: Aristóteles e Kant. E, não apenas destes dois marcos da aventura filosófica, mas também das respectivas tradições de pensamento, com todos os comentários, adaptações e controvérsias, a que as mesmas deram e ainda hoje dão origem. Habitualmente, a primeira tradição está ligada àquilo que é considerado bom e a segunda àquilo que se impõe como obrigatório, ou seja, o que a herança filosófica consagrou como uma perspectiva teleológica, marcada pelo fim, por oposição, ou pelo menos contraponto, com um ponto de vista deontológico, pautado pelo cumprimento do dever. 
Fonte: PEREIRA, Luís. Paul Ricoeur, O caminho da sabedoria prática. Revista Diacrítica, Braga, v. 26, n. 2, p .470-489, 2012. Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S080789672012000200027&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 09 set. 2019. 
Com base na contextualização acima e no conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, examine os enunciados abaixo e selecione a assertiva que faz uma análise correta das características da perspectiva da ética teleológica.
I. As éticas religiosas, dentro das abordagens fundamentalistas, são essencialmente teleológicas.
II. Uma teoria teleológica pauta-se pelo fato de que a obrigatoriedade de uma ação é derivada, unicamente, das suas consequências.
III. As éticas teleológicas, também conhecidas como finalistas, são éticas consequencialistas: a ação deve ser medida por suas consequências, boas ou más.
IV. Para a teoria teleológica é a finalidade da ação o que determina o agir. Os filiados a essa perspectiva não partem de regras, mas de objetivos, e avaliam suas ações à medida que favorecem esses propósitos.
 
	
	C
	Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas
Você acertou!
A alternativa correta é: (Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas). As afirmativas II (Uma teoria teleológica pauta-se pelo fato de que a obrigatoriedade de uma ação é derivada unicamente das suas consequências), III (As éticas teleológicas, também conhecidas como finalistas, são éticas consequencialistas: a ação deve ser medida por suas consequências, boas ou más) e IV (Para a teoria teleológica é a finalidade da ação o que determina o agir. Os filiados a essa perspectiva não partem de regras, mas de objetivos, e avaliam suas ações à medida que favorecem esses propósitos) estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, "Uma teoria teleológica (télos, em grego, "fim”) pauta-se pelo fato de que a obrigatoriedade de uma ação é derivada, unicamente, das suas consequências (Vázquez, 1995, p. 163). As éticas teleológicas, também conhecidas como finalistas, são éticas consequencialistas: a ação deve ser medida por suas consequências, boas ou más. Portanto, é a finalidade da ação que determina o agir. Os finalistas não partem de regras, mas de objetivos, e avaliam suas ações à medida que favorecem esses propósitos. Para determinar o rumo correto de uma ação, primeiramente é preciso escolher um fim apropriado para, depois, decidir sobre o meio conveniente para alcançá-lo. Em síntese, os fins justificam os meios. Melhor dizendo, a bondade dos fins justifica as ações implementadas (Brown, 1993, p. 65-66). O melhor exemplo aqui é o utilitarismo” (Adaptado).
Questão 4/10 - Ética
“[...] na espécie humana, a convivência, em função da luta pela sobrevivência, geralmente se restringe à família, à sociedade ou à nação. Entretanto, face ao perigo de aniquilação planetária, é urgente o alargamento desse círculo de convivência até englobar a comunidade biótica, visto que seu destino e existência estão ligados ao destino comum da biosfera. Conforme Callicott (1987, p. 93), no entanto, mesmo defendendo que os humanos pertencem a uma comunidade mais ampla (comunidade biótica) e que têm a obrigação moral de promoversua integridade, isso não significa o abandono das obrigações para com comunidades mais restritas (os próprios humanos), o que tornaria inaceitável, numa situação extrema, a hipótese de exterminação de um grande número de pessoas em prol da integridade da comunidade biótica”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 3 – Tema: Ética da Terra). 
Partindo do conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, examine os enunciados abaixo e selecione a assertiva que faz uma análise correta das características da ética da terra.
I. A ética da terra é notadamente antropocêntrica, ou seja, coloca o homem no centro de tudo, privilegiando a sociedade humana.
II. A ética da terra propõe uma troca de papel para os humanos. De conquistadores e dominadores para membros e cidadãos da Terra, com base num sentimento de amor, respeito e admiração pelo planeta.
III. De acordo com a perspectiva da ética da terra, a intromissão das pessoas sobre o meio ambiente pode ocasionar efeitos imprevisíveis e danosos, visto que a natureza se manifesta sabiamente, quando não estorvada pelos humanos.
IV. A ética da terra busca estender o conceito de comunidade humana para todos os seres vivos e para a matéria abiótica em geral. Trata-se de não mais considerar a natureza somente como recurso natural: ela deve ser vista como o espaço de vida do qual o ser humano faz parte.
	
	D
	Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas
 
A alternativa correta é: (Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas). As afirmativas II (A ética da terra propõe uma troca de papel para os humanos. De conquistadores e dominadores para membros e cidadãos da Terra, com base num sentimento de amor, respeito e admiração pelo planeta), III (De acordo com a perspectiva da ética da terra a intromissão das pessoas sobre o meio ambiente pode ocasionar efeitos imprevisíveis e danosos, visto que a natureza se manifesta sabiamente, quando não estorvada pelos humanos) e IV (A ética da terra busca estender o conceito de comunidade humana para todos os seres vivos e para a matéria abiótica em geral. Trata-se de não mais considerar a natureza somente como recurso natural: ela deve ser vista como o espaço de vida do qual o ser humano faz parte) estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, "Notadamente ecocêntrica, a Ética da Terra foi proposta pelo biólogo Aldo Leopold (1887-1948), professor de ecologia da Universidade de Wisconsin (EUA). Numa obra póstuma, em um ensaio intitulado Ética da Terra, o estudioso explicitamente afirmou que as raízes da crise ecológica eram de natureza filosófica. Sua proposta era estender o conceito de comunidade humana para todos os seres vivos e para a matéria abiótica em geral. Trata-se de não mais considerar a natureza somente como recurso natural: ela deve ser vista como o espaço de vida do qual o ser humano faz parte. Leopold, ao fazer do ser humano parte da natureza, contraria o paradigma até então vigente, que colocava o homem na condição de seu dono e senhor. Leopold refuta o conceito de que o mundo natural é propriedade de alguns humanos e apregoa que a ética precisa, num processo evolutivo, atender a uma necessidade ecológica e ser estendida à Terra como um todo. A lógica de Leopold era simples: se as pessoas se ligam por sentimentos de simpatia, que valem para as comunidades humanas, por que não extrapolá-los para a comunidade ecológica? Com base nos princípios da ecologia, é possível alargar os limites do conceito de comunidade (agora entendida como comunidade biótica) de modo a incluir solo, água, plantas, animais e, de forma coletiva, o planeta Terra. A ética proposta por Leopold prevê a existência de uma harmonia na natureza, um equilíbrio ou balanço natural, que a intervenção humana pode destruir. Trata-se da interdependência entre todas as coisas; a intromissão das pessoas sobre o meio ambiente pode ocasionar efeitos imprevisíveis e danosos, visto que a natureza se manifesta sabiamente, quando não estorvada pelos humanos. Ao invés de competir com a Terra, os humanos deveriam cooperar com ela”. “Em síntese, a ética da terra propõe uma troca de papel para os humanos. De conquistadores e dominadores para membros e cidadãos da Terra, com base num sentimento de amor, respeito e admiração pelo planeta” (Adaptado).
A alternativa I (A ética da terra é notadamente antropocêntrica, ou seja, coloca o homem no centro de tudo, privilegiando a sociedade humana) está, portanto, incorreta.
 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 3 – Tema: Ética da Terra).
Questão 5/10 - Ética
“A Deontologia surgiu em um momento da história da filosofia moderna em que vigorava a teoria kantiana dos imperativos categóricos, segundo a qual, juízos morais poderiam ser definidos a partir da razão humana e apenas dela, como se tratassem apenas de fatos. Eram o fundamento das éticas típicas do século XVIII chamadas de "éticas deontológicas". Com a evolução do pensamento filosófico, foi ficando evidente que a mente humana não é capaz de esgotar toda a riqueza da realidade e que, por isso, quando se diz que algo é verdadeiro, pode se estar dizendo a verdade, mas não toda a verdade. Em realidade, está se dando uma opinião”. 
Fonte: FINKLER, Mirelle; CAETANO, João Carlos; RAMOS, Flávia Regina Souza. Ética e valores na formação profissional em saúde: um estudo de caso. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 10, p. 3033-3042, Oct. 2013. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232013001000028&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Sept. 2019. 
Com base na contextualização acima e no conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, examine os enunciados abaixo e selecione a assertiva que faz uma análise correta das características da perspectiva da ética deontológica.
 I. Immanuel Kant, com sua ética do dever, é um representante emblemático da teoria deontológica.
II. As éticas religiosas, dentro das abordagens fundamentalistas, são essencialmente deontológicas.
III. As éticas deontológicas, também conhecidas como finalistas, são éticas consequencialistas. Nesse caso, a ação deve ser medida por suas consequências, boas ou más.
IV. Uma teoria ética recebe o nome de deontológica quando a obrigatoriedade de uma ação não depende das consequências da própria ação, mas de princípios, normas e deveres estabelecidos a priori.
	
	C
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
 
Você acertou!
A alternativa correta é: (Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas). As afirmativas I (Immanuel Kant, com sua ética do dever, é um representante emblemático da teoria deontológica), II (As éticas religiosas dentro das abordagens fundamentalista são essencialmente deontológicas) e IV (Uma teoria ética recebe o nome de deontológica quando a obrigatoriedade de uma ação não depende das consequências da própria ação, mas de princípios, normas e deveres estabelecidos a priori) estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, "Uma teoria ética recebe o nome de deontológica (déon, em grego, "dever") quando a obrigatoriedade de uma ação não depende das consequências da própria ação, mas de princípios, normas e deveres estabelecidos a priori.
Kant, com sua ética do dever, é um representante emblemático da teoria deontológica. As éticas religiosas (teoria fundamentalista) também são essencialmente deontológicas. É comum o uso do termo deontologia quando se faz referência aos princípios e às regras de conduta, a priori, que regulam a prática de determinada profissão. Nesse caso, tratar-se-ia de uma deontologia aplicada, sinônimo de ética profissional” (Adaptado).
A afirmativa III (As éticas deontológicas, também conhecidas como finalistas, são éticas consequencialistas. Nesse caso, a ação deve ser medida por suas consequências, boas ou más) está incorreta porque não corresponde com as característicasda ética deontológica.
 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Duas perspectivas sobre as teorias éticas).
Questão 6/10 - Ética
Leia o texto a seguir:
“Cinqüenta e um anos depois da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o mundo necessita de uma nova declaração universal, desta vez de obrigações humanas, tanto dos indivíduos quanto dos estados, a fim de deter a progressiva deterioração do ambiente de nosso Planeta. Há no mundo milhares de organizações que atualmente se ocupam dos direitos das pessoas, mas somente um punhado está se preocupando com o estabelecimento de obrigações humanas.”
Fonte: Jostein Gaarder, Revista Eco 21, ano XV, Nº 98, janeiro/2005. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: https://ambientes.ambientebrasil.com.br/gestao/artigos/uma_etica_ambiental_para_o_futuro.html
Considerando os conteúdos discutidos no decorrer da disciplina de Ética e Desenvolvimento Sustentável, analise as asserções abaixo:
I   Superando a Declaração Universal dos Direitos Humanos, agora deveríamos ter, segundo Gaarder, uma nova Declaração Universal, mas das obrigações humanas, isto é, dos indivíduos e dos Estados
PORQUE
II  é preciso deter a progressiva deterioração do meio ambiente causada pela ação do homem e dos Estados, que produzem queimadas, enchentes, poluição e extinção de espécies da fauna e flora.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
	
	D
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Você acertou!
A natureza e o ser humano são indissociáveis, e as ações dos últimos reverberam no planeta e em gerações futuras, tais como a emissão de gases que impactam no efeito estufa. Dentro disto, a conduta inerte do ser humano piora ainda mais a situação do planeta. Nesse sentido, é necessária a busca de uma ética de sobrevivência humanitária, como coloca Alencastro (2015), no livro-base da disciplina e, como salienta o escritor Jostein Gaarder, deveríamos implementar uma nova declaração universal, dessa vez sobre as obrigações humanas, dos indivíduos e dos Estados, a fim de parar a progressiva deterioração do meio ambiente e, consequente, do planeta.
 
Fonte: Tema 1 do Material para Impressão 1.
Questão 7/10 - Ética
“A Ecologia Profunda é descrita por Luc Ferry (2009, p. 125), em A Nova Ordem Ecológica, como fonte de inspiração ideológica para diversos movimentos ambientalistas e até mesmo para filósofos de escola, como Hans Jonas e Michel Serres. Seu poder de catalisação é proveniente de uma lógica muito simples: se as atividades humanas colocam em risco a diversidade biológica do planeta, elas devem ser modificadas, iniciativa que envolve os modos de produção e as estruturas tecnológicas e políticas que lhes dão sustentação. Os processos agrícolas e industriais, por exemplo, deveriam ser simplificados para absorver mais mão de obra, consumir menos recursos naturais e reduzir a contaminação ambiental”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 3 – Tema: Ecologia Profunda). 
Considerando o conteúdo trabalhado na disciplina “Ética e Desenvolvimento Sustentável”, examine os enunciados abaixo e selecione a assertiva que faz uma análise correta das características da ecologia profunda
I. De acordo com a ecologia profunda, o bem-estar e o florescimento da vida humana e não humana sobre a Terra têm valor em si mesmos. Esses valores são independentes da utilidade do mundo não humano para os propósitos humanos.
II. De acordo com a ecologia profunda a riqueza e a diversidade das formas de vida contribuem para a realização desses valores e também são valores em si mesmos. Os humanos não têm qualquer direito a reduzir tal riqueza e diversidade, exceto para satisfazer a necessidades vitais.
III. De acordo com a ecologia profunda, o florescimento da vida e das culturas humanas é compatível com uma população humana substancialmente menor. O florescimento da vida não humana requer uma população humana menor. A atual interferência humana no mundo não humano é excessiva e a situação tende a piorar rapidamente.
IV. De acordo com a ecologia profunda as ações são corretas na proporção em que tendem a promover a felicidade, e erradas quando tendem a produzir seu reverso. O princípio da felicidade é derivado da experiência, pois é fato que todos almejam a felicidade. A sociedade só pode interferir na liberdade de um indivíduo se as suas ações causarem um dano para a coletividade.
	No
	D
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
A alternativa correta é: (Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas). As afirmativas I (De acordo com a ecologia profunda o bem-estar e o florescimento da vida humana e não humana sobre a Terra têm valor em si mesmos. Esses valores são independentes da utilidade do mundo não humano para os propósitos humanos), II (De acordo com a ecologia profunda a riqueza e a diversidade das formas de vida contribuem para a realização desses valores e também são valores em si mesmos. Os humanos não têm qualquer direito a reduzir tal riqueza e diversidade, exceto para satisfazer a necessidades vitais) e III (De acordo com a ecologia profunda O florescimento da vida e das culturas humanas e compatível com uma população humana substancialmente menor. O florescimento da vida não humana requer uma população humana menor. A atual interferência humana no mundo não humano é excessiva e a situação tende a piorar rapidamente) estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “Os oito pontos principais da Ecologia Profunda, de acordo com o próprio Naess (1998, p. 23-24), são:
1. O bem-estar e o florescimento da vida humana e não humana sobre a Terra têm valor em si mesmos (expressões sinônimas: valor intrínseco, valor inerente). Esses valores são independentes da utilidade do mundo não humano para os propósitos humanos.
2. A riqueza e a diversidade das formas de vida contribuem para a realização desses valores e também são valores em si mesmos.
3. Os humanos não têm qualquer direito a reduzir tal riqueza e diversidade, exceto para satisfazer a necessidades vitais.
4. O florescimento da vida e das culturas humanas é compatível com uma população humana substancialmente menor. O florescimento da vida não humana requer uma população humana menor.
5. A atual interferência humana no mundo não humano é excessiva e a situação tende a piorar rapidamente.
6. Por conta disso, devem ser modificadas as políticas, as quais afetam estruturas econômicas, tecnológicas e ideológicas básicas. O estado de coisas resultante será profundamente distinto do atual.
7. O câmbio ideológico consistirá, principalmente, na apreciação da qualidade de vida, ou seja, viver em situações de valor inerente em vez de buscar um padrão de vida cada vez mais alto. Haverá uma profunda consciência sobre a diferença entre o grande e o grandioso.
8. Aqueles que subscreverem os pontos anteriores têm a obrigação, direta ou indireta, de produzir as mudanças necessárias”.
A alternativa IV (De acordo com a ecologia profunda as ações são corretas na proporção em que tendem a promover a felicidade, e erradas quando tendem a produzir seu reverso. O princípio da felicidade é derivado da experiência, pois é fato que todos almejam à felicidade. A sociedade só pode interferir na liberdade de um indivíduo se as suas ações causarem um dano para a coletividade) está, portanto, incorreta.
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 3 – Tema: Ecologia Profunda).
Questão 8/10 - Ética
“O nome utilitarismo surgiu como que por acaso, para homenagear Marcel Mauss. Por utilitarismo entendíamos simplesmente o economismo, cuja crítica pretendíamos iniciar na esteira de Marcel Mauss e de Karl Polanyi. Ou ainda, porutilitarismo não designávamos muito mais que aquilo que estigmatiza o senso comum ou o que Durkheim vituperava na Sociologia e na Economia Política anglo-saxônicas. Diga-se, em nossa defesa, que os manuais de história do pensamento filosófico, econômico e político praticamente não atribuíam nenhum lugar significativo nem a Jeremy Bentham, nem aos seus predecessores, nem aos seus sucessores. Ao longo dos anos, contudo, fomos tomando cada vez mais a sério o rótulo antiutilitarista e, portanto, o próprio utilitarismo. A ponto de, pelo menos no que me diz respeito, reconhecer ao utilitarismo um lugar cada vez mais preponderante na história do pensamento ocidental. Com efeito, parece-me agora possível afirmar, ou pelo menos admitir, a hipótese segundo a qual o utilitarismo constitui o alicerce do pensamento ocidental ou, mais geralmente, de todo o pensamento "moderno", i. e., de todo o pensamento que rompeu com o fundamento religioso e tradicionalista. Que ele é, em suma, o resultado espontâneo e principal do recurso ao princípio de razão” (Adaptado). 
Fonte: CAILLE, Alain. O princípio de razão, o utilitarismo e o antiutilitarismo. Sociedade e Estado., Brasília, v. 16, n. 1-2, p. 26-56, Dec. 2001. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010269922001000100003&lng=en&nrm=iso>. access on  23  Sept.  2019.
Com base no conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, analise os enunciados abaixo e selecione a alternativa que faz uma análise correta do princípio de utilidade de Jeremy Bentham.
I. O princípio de utilidade diz aos legisladores para produzirem leis que maximizem a felicidade.
II. O princípio da utilidade é a única base possível para a moralidade, e qualquer outra coisa é “capricho”.
III. O princípio da utilidade deve definir todos os direitos legais. A ideia de direitos naturais, por exemplo, seria absurda.
IV. O princípio da utilidade exige que os comportamentos e os atos não sejam só legais, mas também morais, isto é, a atuação dos indivíduos deve ser honesta, baseada na boa-fé em relação a comunidade.
	No
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
A alternativa correta é: (As afirmativas I, II e III estão corretas). As afirmativas I (O princípio de utilidade diz aos legisladores para produzirem leis que maximizem a felicidade), II (O princípio da utilidade é a única base possível para a moralidade, e qualquer outra coisa é “capricho”) e III (O princípio da utilidade deve definir todos os direitos legais. A ideia de direitos naturais, por exemplo, seria absurda) estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “Simplificadamente, as principais características do utilitarismo clássico são as seguintes, de acordo com Tim Mulgan (2012, p. 64). Jeremy Bentham: O princípio de utilidade diz aos legisladores para produzirem leis que maximizem a felicidade. O princípio da utilidade é a única base possível para a moralidade, e qualquer outra coisa é “capricho”. O princípio da utilidade deve definir todos os direitos legais. A ideia de direitos naturais, por exemplo, seria absurda”.
A alternativa IV (O princípio da utilidade exige que os comportamentos e os atos não sejam só legais, mas também morais, isto é, a atuação dos indivíduos deve ser honesta, baseada na boa-fé em relação a comunidade) está, portanto, incorreta.
 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Utilitarismo).
 
Questão 9/10 - Ética
“Grupos ambientalistas que se opõem a toda forma de desenvolvimento que comprometa a vida no planeta traduzem um ecocentrismo extremamente engajado. Desde 1979, o Earth First, um caso típico de forte engajamento ecológico, propõe-se a usar todas as ferramentas disponíveis na consecução de um preservacionismo radical que, dentre outros objetivos, almeja recriar vastas áreas selvagens em todos os ecossistemas do planeta. Suas ações envolvem práticas como a organização popular, a desobediência civil e, em situações extremas, a sabotagem. Uma tendência mais moderada é a dos ‘‘verdes’. Para Manuel Castells (1999, p.143) são cidadãos comprometidos com as questões ambientais e que geralmente procuram a via política (os "Partidos Verdes”) para realizar seus intentos”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Biocentrismo e ecocentrismo).
Considerando o conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, que trata da perspectiva do ecocentrismo, analise se os enunciados são verdadeiros ou falsos e assinale a alternativa que faz uma análise correta.
( ) I. O ecocentrismo é aquele que, em sintonia com a antiga tradição renascentista, coloca o homem no centro de tudo, privilegiando a sociedade humana.
( ) II. O ecocentrismo traduz uma visão segundo a qual o comportamento humano em relação à natureza deve ser avaliado em função do retorno que ela proporciona às pessoas.
( ) III. O ecocentrismo traz uma abordagem holística, que valoriza a totalidade dos processos naturais e concede prioridade moral às espécies e aos ecossistemas, e não apenas aos indivíduos que as compõem.
( ) IV. O ecocentrismo abarca uma visão global do mundo que rechaça o enfoque reducionista da ciência moderna. Ao contrário, interpreta o mundo como uma rede dinâmica e interconectada de relações, nas quais não existem entidades separadas nem linhas divisórias entre o que é vivo e o que carece de vida.
Nota: 0.0
	
	C
	F, F, V, V
A alternativa correta é a que contém a seguinte sequência: (F, F, V, V). As afirmativas III (O ecocentrismo traz uma abordagem holística, que valoriza a totalidade dos processos naturais e concede prioridade moral às espécies e aos ecossistemas, e não apenas aos indivíduos que as compõem) e IV (O ecocentrismo abarca uma visão global do mundo que rechaça o enfoque reducionista da ciência moderna.  Ao contrário, interpreta o mundo como uma rede dinâmica e interconectada de relações, nas quais não existem entidades separadas nem linhas divisórias entre o que é vivo e o que carece de vida) são verdadeiras. De acordo com o livro base da disciplina, "O ecocentrismo também é uma linha filosófica que apresenta um sistema de valores centrado na natureza. Embora semelhante em muitos aspectos ao biocentrismo, apresenta distinções sob o ponto de vista axiológico. De inspiração ecológica, traz uma abordagem holística, que valoriza a totalidade dos processos naturais e concede prioridade moral às espécies e aos ecossistemas, e não apenas aos indivíduos que as compõem. Abarca uma visão global do mundo que rechaça o enfoque reducionista da ciência moderna.  Ao contrário, interpreta o mundo como uma rede dinâmica e interconectada de relações, nas quais não existem entidades separadas nem linhas divisórias entre o que é vivo e o que carece de vida. Ao defender que merecem consideração moral não apenas as entidades individuais, mas também os conjuntos sistêmicos, tais como ecossistemas, biosfera, cadeias alimentares e fluxos de energia (Junges, 2004, p. 28), a abordagem ecocêntrica assume extrema importância para a construção de um ethos ambientalista, desdobrando-se em várias vertentes que se diferenciam em função do seu grau de comprometimento”.
As afirmativas I (O ecocentrismo é aquele que, em sintonia com a antiga tradição renascentista, coloca o homem no centro de tudo, privilegiando a sociedade humana) e II (O ecocentrismo traduz uma visão segundo a qual o comportamento humano em relação à natureza deve ser avaliado em função do retorno que ela proporciona às pessoas) são, portanto, falsas. 
 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Biocentrismo e ecocentrismo).
 
Questão 10/10 - Ética
“O utilitarismo é uma teoria naturalista, visto que defende o prazer ou a felicidade como fins últimos da ação moral humana. Embora tenhase tornado a mais importante corrente moral e política do século XIX, o utilitarismo não foi a única teoria ética que serviu de base para a estruturação das sociedades democráticas que surgiriam no século XX”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Utilitarismo). 
Com base no conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, analise os enunciados abaixo e selecione a alternativa que apresenta características da concepção utilitarista. 
 I. Filosoficamente, pode-se resumir a doutrina utilitarista pela frase: Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo).
II. O utilitarismo tem como base o interesse, é uma tese empirista que procura explicar as ações humanas por meio da busca pelo prazer e, consequentemente, por evitar a dor.
III. O utilitarismo vê o bom como aquilo que é útil para a maioria, o que é uma espécie de altruísmo ético, sempre admitindo a possibilidade do sacrifício individual a favor da coletividade.
IV. As éticas religiosas são essencialmente utilitaristas, visto que são delimitadas por princípios que, provenientes de uma fonte transcendental, têm o caráter de imperativos supremos.
 
	
	C
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
A alternativa correta é: (Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas). As afirmativas I (Filosoficamente, pode-se resumir a doutrina utilitarista pela frase: Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar (Princípio do bem-estar máximo)), II (O utilitarismo tem como base o interesse, é uma tese empirista que procura explicar as ações humanas por meio da busca pelo prazer e, consequentemente, por evitar a dor) e III (O utilitarismo vê o bom como aquilo que é útil para a maioria, o que é uma espécie de altruísmo ético, sempre admitindo a possibilidade do sacrifício individual a favor da coletividade) estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, "O utilitarismo, na sua versão clássica, teve como principais mentores Jeremy Benrham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873), autores que relacionaram o útil ao bom. Tem como base o interesse, tese empirista que procura explicar as ações humanas por meio da busca pelo prazer e, consequentemente, por evitar a dor. O objetivo da ética é proporcionar o máximo de felicidade ao maior número de pessoas. Esse seria o princípio da "maior felicidade", ou "maior utilidade”. Portanto, a felicidade residiria na busca do máximo prazer e do mínimo de dor. O bem consiste na maior felicidade e as ações positivas são aquelas que a produzem. De acordo com John Stuart Mill (1960, p. 29-30): O credo que aceita a Utilidade ou Princípio da Maior Felicidade, como fundamento da moral, sustenta que as ações são boas na proporção com que tendem a produzir a felicidade; e mais, na medida em que tendem a produzir o contrário da felicidade. Entende-se por felicidade o prazer e a ausência de dor; por infelicidade, a dor e a ausência de prazer, [tradução nossa]. O utilitarismo vê o bom como aquilo que é útil para a maioria, o que é uma espécie de altruísmo ético, sempre admitindo a possibilidade do sacrifício individual a favor da coletividade. Deve-se ter em conta que, se as consequências de um ato podem ser tanto positivas como negativas, a escolha moral será sempre por aquela opção que cause maior bem e prejudique menos os envolvidos, numa espécie de "matemática" ou "cálculo moral”. Para Peter Singer (1998, p. 11), o utilitarismo clássico considera uma ação como um bem quando produz um incremento igual ou maior da felicidade de todos os envolvidos, quando comparada com uma ação alternativa: se assim não acontecer, diz-se que ela produz um mal. As consequências de uma ação variam de acordo com as circunstâncias em que é praticada - daí que um militarista nunca possa ser acusado de falta de realismo nem de uma adoção rígida de ideais que desafiam a experiência prática. Para o utilitarista, mentir será um mal em algumas circunstâncias e um bem noutras, dependendo das consequências”.
A alternativa IV (As éticas religiosas são essencialmente utilitaristas, visto que são delimitadas por princípios que, provenientes de uma fonte transcendental, tem o caráter de imperativos supremos) está incorreta porque não coincide com a visão do utilitarismo.
Questão 2/10 - Ética
“O utilitarismo é uma teoria naturalista, visto que defende o prazer ou a felicidade como fins últimos da ação moral humana. Embora tenha se tornado a mais importante corrente moral e política do século XIX, o utilitarismo não foi a única teoria ética que serviu de base para a estruturação das sociedades democráticas que surgiriam no século XX”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Utilitarismo).
Com base no conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, analise os enunciados abaixo e selecione a alternativa que faz uma análise correta das características do utilitarismo clássico de John Stuart Mill.
I. A sociedade só pode interferir na liberdade de um indivíduo se as suas ações causarem um dano para a coletividade.
II. As ações são corretas na proporção em que tendem a promover a felicidade, e erradas quando tendem a produzir seu reverso.
III. Todo conhecimento (inclusive a moralidade) é baseado na experiência – empirismo. O princípio da felicidade é derivado da experiência, pois é fato que todos almejam a felicidade.
IV. Na concepção utilitarista de mundo, os valores da religião determinam as concepções éticas e os critérios de bem e mal ficam subordinados à fé. O indivíduo utilitário é aquele temente a Deus.
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
A alternativa correta é: (As afirmativas I, II e III estão corretas). As afirmativas I (A sociedade só pode interferir na liberdade de um indivíduo se as suas ações causarem um dano para a coletividade), II (As ações são corretas na proporção em que tendem a promover a felicidade, e erradas quando tendem a produzir seu reverso) e III (Todo conhecimento (inclusive a moralidade) é baseado na experiência – empirismo. O princípio da felicidade é derivado da experiência, pois é fato que todos almejam a felicidade) estão corretas. De acordo com o livro base da disciplina, “De acordo com o livro base da disciplina, “Simplificadamente, as principais características do utilitarismo clássico são as seguintes, de acordo com Tim Mulgan (2012, p. 64). John Stuart Mill: As ações são corretas na proporção em que tendem a promover a felicidade, e erradas quando tendem a produzir seu reverso. Todo conhecimento (inclusive a moralidade) é baseado na experiência - empirismo. O princípio da felicidade é derivado da experiência, pois é fato que todos almejam a felicidade. A sociedade só pode interferir na liberdade de um indivíduo se as suas ações causarem um dano para a coletividade”.
Questão 2/10 - Ética
“A razão deve aspirar à sabedoria (prudência), a vontade deve ter como meta a coragem {fortaleza}, e os desejos devem ser controlados para atingir a temperança (autodomínio, medida, moderação). Além disso, as partes da alma, com suas respectivas virtudes, estariam relacionadas a uma parte do corpo. A razão se manifestaria na cabeça, a vontade no peito e o desejo no baixo-ventre. Somente quando as três partes do ente humano pudessem agir como um todo é que surgiria o indivíduo harmônico. Da harmonia entre essas virtudes resultaria uma quarta virtude: a justiça”.
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Ética das virtudes).
Partindo do conteúdo da disciplina “Ética e Desenvolvimento Sustentável”, examine os enunciados abaixo e selecione a assertiva que melhor define a perspectiva da ética das virtudes.
	
	D
	Assim como Aristóteles privilegiava as virtudes humanas para a buscada felicidade, Platão também as defendia e criou um desenvolvimento para elas de maneira metafísica. Sendo assim, as partes da alma buscariam manifestar suas virtudes de maneira ética.
Você acertou!
A alternativa correta é: (Assim como Aristóteles privilegiava as virtudes humanas para a busca da felicidade, Platão também as defendia e criou um desenvolvimento para elas de maneira metafísica. Sendo assim, as partes da alma buscariam manifestar suas virtudes de maneira ética). De acordo com o livro base da disciplina, “Platão (427-347 a.C.), ao examinar a ideia do bem à luz da sua teoria das ideias, teria subordinado a ética à metafísica, que seria o dualismo entre o mundo sensível e o mundo das ideias permanentes, eternas, perfeitas e imutáveis, que constituíam a verdadeira realidade, tendo como ápice a ideia do Bem, divindade, artífice ou demiurgo do mundo. Para o filósofo grego, a alma - princípio que anima ou move o homem - divide-se em três partes: razão, vontade (ou ânimo) e apetite (ou desejos). As virtudes seriam função dessa alma, determinadas pela sua natureza e pela divisão de suas partes. Na realidade, Platão propôs uma ética das virtudes, que seriam função da alma. Assim, cada parte da alma corresponderia a uma virtude principal. Platão, de certa forma, criou uma "pedagogia” para o desenvolvimento das virtudes. Na escola, as crianças primeiramente deveriam aprender a controlar seus desejos desenvolvendo a temperança, depois incrementar a coragem para, por fim, atingir a sabedoria. Aristóteles (384-322 a.C.) é outro legítimo representante da ética das virtudes. Cabe recordar que, na Ética a Nicômaco, afirmou que é tarefa da ética averiguar como se chega ao propósito indiscutível da vida humana: a felicidade; as virtudes, que podem ser aprendidas, são os atributos ou qualidades que o ser humano deve cultivar para ser feliz (Aristóteles, 1992, p. 19-20). Benevolência, equidade, compaixão, generosidade, honestidade, paciência, sensatez, tolerância, coragem, justiça, prudência e temperança são exemplos das virtudes aristotélicas. Deriva daí a importância da fomentação de hábitos sociais por meio dos quais se desenvolveria nas pessoas um modo de ser maduro, capaz de se converter na fonte principal de seu agir moral. Alguém que incorporasse essas virtudes e passasse a agir em conformidade aos costumes seria considerado um indivíduo de caráter, capaz de agir de forma livre e responsável” (Adaptado).
Esse conteúdo também foi apresentado na rota de aprendizagem 2, “Ética das virtudes – assim como Aristóteles privilegiava as virtudes humanas para a busca da felicidade, Platão também as defendia e criou um desenvolvimento para elas de maneira metafísica. Sendo assim as partes da alma (razão, vontade e apetite) buscariam manifestar suas virtudes de maneira ética (razão, aspirando sabedoria; vontade, buscando coragem; e etite, usando com moderação)”. As demais alternativas estão, portanto, incorretas.
Questão 4/10 - Ética
“A ética seria uma "metafísica da moral", uma "anatomia da moral", como quis David Hume (1978, p. 600-601), que se autoproclamava um anatomista da moral. Numa analogia com a pintura, o filósofo escocês dizia que o anatomista, em assuntos morais, é aquele que investiga abstratamente os fundamentos da moral, enquanto o pintor é aquele que se propõe a enunciar os deveres ou requerimentos morais e a convencer sua audiência da validade de tais condutas morais”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Sobre a ética). 
Considerando os ensinamentos do professor Mario Alencastro, que trata das áreas da filosofia moral, examine os enunciados abaixo e assinale a alternativa que faz uma análise correta acerca da concepção de ética metaética.
	
	E
	Ética metaética consiste em propor e buscar responder questões lógicas, epistemológicas ou semânticas, tais como: qual é o significado dos termos certo ou bom? Como se pode formular ou justificar juízos morais? Qual é a natureza da moralidade? Qual é o significado de livre
A alternativa correta é: (Ética metaética consiste em propor e buscar responder questões lógicas, epistemológicas ou semânticas, tais como: qual é o significado dos termos certo ou bom? Como se pode formular ou justificar juízos morais? Qual é a natureza da moralidade? Qual é o significado de livre?). De acordo com o livro base da disciplina, "Metaética é um tipo de pensamento analítico, crítico ou metaético, que não se confunde com investigações e teorias empíricas ou históricas nem envolve a elaboração ou defesa de quaisquer juízos normativos ou de valor. Consiste, sim, em propor e buscar responder questões lógicas, epistemológicas ou semânticas, tais como: qual é o significado dos termos (moralmente) certo ou bom. Como se pode formular ou justificar juízos morais? Qual é a natureza da moralidade? Qual é o significado de livre, de responsável?”. As demais alternativas estão incorretas porque apresentam definições equivocadas acerca da ética metaética.
Questão 10/10 - Ética
“As distinções axiológicas adotadas por aqueles que, em maior ou menor grau, postulam um relacionamento com a natureza a partir de interesses humanos, em oposição aos que desejam se orientar por valores centrados na natureza, representam o ponto de partida ético pelo qual se constroem as diversas formas de atuação frente à problemática ambiental”. 
Fonte: ALENCASTRO, Mario Sergio Cunha. Ética e meio ambiente: construindo as bases para um futuro sustentável. Curitiba: Intersaberes, 2015 (Capítulo 2 – Tema: Biocentrismo e ecocentrismo). 
Considerando o conteúdo trabalhado pelo professor Mario Alencastro, que trata da perspectiva do biocentrismo, analise se os enunciados são verdadeiros ou falsos e assinale a alternativa que faz uma análise correta.
( ) I. Segundo o biocentrismo, os interesses das pessoas deveriam se harmonizar com as necessidades legítimas de preservação dos ambientes naturais e das espécies.
( ) II. O biocentrismo traz uma abordagem holística, que valoriza a totalidade dos processos naturais e concede prioridade moral às espécies e aos ecossistemas, e não apenas aos indivíduos que as compõem.
( ) III. O biocentrismo retira os humanos do centro das preocupações éticas. Essa abordagem se fundamenta na concepção de que existem critérios de valor fora da sociedade, inerentes à natureza, os quais devem orientar a própria organização humana.
( ) IV. O biocentrismo enfatiza o valor, os direitos e a sobrevivência de entidades individuais detentoras de vida e de sensações (animais, por exemplo), as quais merecem tutela moral porque são titulares de direitos. Aqui não são consideradas espécies nem ecossistemas.
Nota: 0.0
	
	C
	V, F, V, V
A alternativa correta é a que contém a seguinte sequência: (V, F, V, V). As afirmativas I (Segundo o biocentrismo, os interesses das pessoas deveriam se harmonizar com as necessidades legítimas de preservação dos ambientes naturais e das espécies), III (O biocentrismo retira os humanos do centro das preocupações éticas. Essa abordagem se fundamenta na concepção de que existem critérios de valor fora da sociedade, inerentes à natureza, os quais devem orientar a própria organização humana) e IV (O biocentrismo enfatiza o valor, os direitos e a sobrevivência de entidades individuais detentoras de vida e de sensações (animais, por exemplo), as quais merecem tutela moral porque são titulares de direitos. Aqui não são consideradas espécies nem ecossistemas) são verdadeiras. De acordo com o livro base da disciplina, "O biocentrismo retira os humanos do centro das preocupações éticas. Essa abordagem se fundamenta na concepção de que existem critérios de valor fora da sociedade, inerentes à natureza, os quais devem orientar a própria organização humana. Por conta disso, os interesses das pessoas deveriam se harmonizar com as necessidades legítimas de preservação dos ambientes naturais e das espécies. Para Stenmark (2002), o biocentrismo é uma abordagem segundo

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