PROVA DIREITO SOCIETÁRIO I

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PROVA DIREITO SOCIETÁRIO I – FERNANDO AZEREDO 
DIR_4AN201 – ALUNO: MARCOS VITOR DAL ROVERE DOS SANTOS
1.Sobre as Ações na Lei das Sociedades Anônimas podemos afirmar que:
R: D) O valor nominal das ações da Companhia aberta não poderão ser inferiores ao mínimo fixado pela Comissão de Valores Mobiliários;
2. Quanto ao capital social da Sociedade Anônima podemos afirmar que :
R: D) A avaliação de bens será feita por três peritos nomeados pela assembleia geral de subscritores
3. Como se preenchem os cargos do Conselho de Administração da Sociedade Anônima?
R: Lei 6.404/76
Partindo desde princípio, a sociedade anônima é composta por uma administração da companhia em que ela competirá, conforme dispuser o estatuto, ao conselho de administração e à diretoria, ou somente à diretoria, já o conselho de administração é órgão de deliberação colegiada, sendo a representação da companhia privativa dos diretores.
As companhias abertas e as de capital autorizado terão, obrigatoriamente, conselho de administração, e as atribuições e poderes conferidos por lei aos órgãos de administração não podem ser outorgados a outro órgão, criado por lei ou pelo estatuto.
A administração da sociedade anônima compete ao conselho de administração e diretoria, ou somente à diretoria, caso não haja conselho de administração. As companhias também devem ter um conselho fiscal, de funcionamento permanente ou não, com funções de fiscalizar a companhia e os atos praticados pelos administradores, quando a lei fala em administradores ela geralmente se refere aos diretores e aos conselheiros de administração da sociedade. 
O conselho fiscal não é propriamente um órgão da administração da sociedade, e seus membros não são considerados administradores, cada um destes órgãos possui características e funções próprias, definidas pela lei, podendo o estatuto atribuir outras funções além das previstas na legislação, mas não pode suprimir ou excluir nenhuma destas funções legais, e nem transferi-las a outro órgão.
O estatuto também pode estabelecer outros órgãos, definindo suas características e funções, mas as atribuições e poderes conferidos por lei aos órgãos de administração da sociedade acima mencionados não podem ser outorgados a nenhum destes outros órgãos.
4.Como solucionar as dúvidas suscitadas entre o acionista e qualquer interessado quanto aos títulos emitidos pela Sociedade Anônima? 
R: Pode ser usada a Lei das Sociedades por Ações (Lei das SA) (1976)
Lei 6.404/76
ART 103 -  Cabe à companhia verificar a regularidade das transferências e da constituição de direitos ou ônus sobre os valores mobiliários de sua emissão; nos casos dos artigos 27 e 34, essa atribuição compete ao agente emissor de certificados e à instituição financeira depositária das ações escriturais.
As dúvidas suscitadas entre o acionista, ou qualquer interessado, e a companhia, o agente emissor de certificados ou a instituição financeira depositária das ações escriturais, a respeito das averbações ordenadas por esta Lei, ou sobre anotações, lançamentos ou transferências de ações, partes beneficiárias, debêntures, ou bônus de subscrição, nos livros de registro ou transferência, serão dirimidas pelo juiz competente para solucionar as dúvidas levantadas pelos oficiais dos registros públicos, excetuadas as questões atinentes à substância do direito.
 
5. Quais os títulos possíveis de emissão pela Sociedade Anônima?
Os principais títulos emitidos pela sociedade anônima são a ação, partes beneficiárias, os bônus de subscrição e as debêntures.
As sociedades anônimas compreendem empreendimentos de alta complexidade. Isso exige uma estruturação interna e uma hierarquia de órgãos com funções bem específicas. É por isso que no estatuto social devem constar as regras que tratem sobre a criação, organização estruturação e funcionamento de cada órgão.
Pode-se dizer que é plenamente possível a emissão de títulos de crédito pelas companhias, nas sociedades anônimas, os títulos de crédito podem ser entendidos como valores mobiliários, esses são instrumentos de captação de recursos, para o financiamento da empresa, explorada pela sociedade anônima que os emite, e representam, para quem os subscreve ou adquire, uma alternativa de investimento. Nota-se, que a companhia precisa de recursos para o desenvolvimento da atividade econômica a qual se destina, é com o propósito de angariar recursos financeiros que a sociedade anônima emite os títulos de crédito que são, aliás, meios de autofinanciamento da empresa.
6. Quanto a Constituição da Companhia explique a diferença entre subscrição pública e subscrição particular.
R: Se tratando de subscrição particular, é quando as ações são divididas entre os fundadores da empresa. 
No caso de constituição por subscrição particular, o primeiro passo reside na fixação, pelo estatuto, do número total de ações em que se divide o capital social e se as mesmas terão ou não valor nominal. 
Esta regra encontra-se inserta no artigo 11, Lei 6.404/76:
Art. 11. O estatuto fixará o número das ações em que se divide o capital social e estabelecerá se as ações terão, ou não, valor nominal.
§ 1º Na companhia com ações sem valor nominal, o estatuto poderá criar uma ou mais classes de ações preferenciais com valor nominal.
§ 2º O valor nominal será o mesmo para todas as ações da companhia.
§ 3º O valor nominal das ações de companhia aberta não poderá ser inferior ao mínimo fixado pela Comissão de Valores Mobiliários.
A constituição por subscrição particular dar-se-á ou por deliberação dos subscritores em assembleia-geral ou por escritura pública. No primeiro caso, será entregue à assembleia o projeto de estatuto, assinado por todos os subscritores do capital.
Se tratando de subscrição pública, é quando as ações são oferecidas ao público. 
Se a constituição for por escritura pública, será lavrado em cartório uma declaração contendo o estatuto da companhia, a nomeação dos administradores, a qualificação dos subscritores, dentre outras informações. 
Esta regra encontra-se inserta no § 2º do artigo 88, Lei nº 6.404/76:    
§ 2º Preferida a escritura pública, será ela assinada por todos os subscritores, e conterá:
A qualificação dos subscritores, nos termos do artigo 85
O estatuto da companhia
A relação das ações tomadas pelos subscritores e a importância das entradas pagas
A transcrição do laudo de avaliação dos peritos, caso tenha havido subscrição do capital social em bens (artigo 8°);
A nomeação dos primeiros administradores e, quando for o caso, dos fiscais.
O estatuto lavrado em escritura pública será levado a registro na Junta Comercial, quando haverá a constituição da companhia, observe que não haverá votação e aprovação em assembleia geral, o estatuto será elaborado pelos fundadores (subscritores), depois, redigido como escritura pública e por fim levado para registro na Junta Comercial.  
Vale lembrar que o procedimento de abertura da companhia por subscrição particular é mais simplificado do que o observado na subscrição pública, tendo em vista que não haverá a necessidade de registro na Comissão de Valores Mobiliários ou de contratação de uma instituição financeira. 
PROVA DIREITO SOCIETÁRIO I – FERNANDO AZEREDO 
DIR_4AN201 – ALUNO: MARCOS VITOR DAL ROVERE DOS SANTOS
FAZENDA RIO GRANDE – PR – BR
24/06/2020