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SLIDES FUNDAMENTOS SÓCIO FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA RONNISSON

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CERÁ (UECE)
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL (UAB)
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE (CCS)
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA – MODALIDADE EAD (CLEF-EAD)
COORDENADOR: Prof. Dr. Heraldo Simões Ferreira
DISCIPLINA: Fundamentos Sócio Filosóficos da Educação Física (4Créditos/68 hs)
Prof. Me RONNISSON BARBOSA (polo MARANGUAPE)
Prof.ª Dr.ª SAMIA CASTRO (polo ARACOIABA)
Prof. Esp. MARCÍLIO LIMA (polo JAGUARIBE)
Prof.ª Ms JUDENILDES GUEDES BATISTA (polo QUIXERAMOBIM)
Prof.º Me LUIZ TORRES RAPOSO NETO (polo ORÓS)
PARA QUE FILOSOFIA?
 Muitos creditam a ela um papel irrelevante visto que a
cultura brasileira costuma dar valor apenas àquilo que
gera lucro ou um crédito imediato. Nesse sentido, a
Filosofia realmente não teria utilidade prática, visto
que a mesma não tem, conforme afirma Chauí,
visibilidade e utilidade imediatas.
POR ISSO, QUANDO PERGUNTAMOS 
ÀS PESSOAS “PARA QUE SERVE A 
FILOSOFIA?”, PODEMOS RECEBER A 
SEGUINTE RESPOSTA:
 A Filosofia é uma ciência com a qual e sem a qual o
mundo permanece tal e qual.’ Ou seja, a Filosofia não
serve para nada. Por isso, se costuma chamar de
‘filósofo’ alguém sempre distraído, com a cabeça no
mundo da lua, pensando e dizendo coisas que
ninguém entende e que são perfeitamente inúteis.
(CHAUÍ, 2001, p. 12)
DO MITO À REFLEXÃO – O 
NASCIMENTO DA FILOSOFIA
 Inicialmente o homem, para explicar a existência das
coisas que ele não compreende, faz uso do mito, fato
que permite a ele viver com mais tranqüilidade, visto
que o mito, entre outras, tem a função de explicar o
inexplicável, o incompreensível.
 Durante o processo de formação docente, uma
pergunta se faz fundamental: qual a importância da
reflexão sobre a prática ou sobre o conhecimento
profissional no momento inicial do futuro professor?
 A história do louco gera reflexão e responsabilidade.
MAS O QUE É O MITO? 
 Para Chauí (2001, p. 54), o mito é uma intuição
compreensiva da realidade, uma forma espontânea de
o homem se situar no mundo. Para a autora, as raízes
do mito não se encontram nas explicações racionais,
mas na experiência vivida sendo uma pré- reflexão,
baseada em emoções e sentimentos.
 É uma representação fantasiosa, espontaneamente
delineada pelo mecanismo mental do homem, a fim de
dar uma interpretação e uma explicação aos
fenômenos da natureza ( dicionário informal)
O MITO NO ESPORTE
 O esporte tornou-se um fenômeno social de massas; a
competição esportiva é um espetáculo para as massas e um de
seus componentes mais importantes é o ídolo, “fabricado” pelos
meios de comunicação. A imprensa usa a estrela para poder
vender e, ao mesmo tempo, a “fabrica”. A identificação das
massas com os ídolos mascara os verdadeiros problemas. Um
campeão, excelente no campo esportivo, torna-se dono de outras
virtudes: inteligência, generosidade, coragem etc. Ser campeão,
assim, converte-se em sinônimo de ser perfeito. Visto deste
ângulo, o esporte assemelha-se a outras formas de espetáculo e
fábrica de ídolos, como o cinema e a música (BETTI, 1991, p. 51).
 Qual intervenção o professor de Educação deve realizar para
quebrar esse paradigma (modelo, padrão)?
MITO NO ESPORTE
 Segundo Bracht (2003, p. 25), “o esporte-espetáculo é
utilizado como meio para desviar a atenção das massas
da luta de classes e como fuga da realidade política”, e é
em função disso que se criam os mitos em torno dos
atletas para que a população operária possa buscar no
esporte a ascensão social tão desejada.
 O atleta-herói, a partir desse contexto, tudo pode,
inclusive desrespeitar leis e regras sociais devidas a
todos os outros cidadãos comuns, pois ele é o espelho
do desejo desses cidadãos.
 Chegada no Brasil após a copa de 1994: contextualize
A FILOSOFIA
 A própria palavra filosofia nasce na Grécia. Pitágoras,
filósofo grego que viveu no século VI a.C., foi quem
usou pela primeira vez a palavra ‘filosofia,’ associando
as palavras “philos” (amizade, amor fraterno) e
“Sophia” (sabedoria), significando amor à sabedoria.
Para Aranha e Martins (2002, p. 72) “é bom observar
que a própria etimologia mostra que a filosofia não é
puro “logos”, pura razão: ela é a procura amorosa da
verdade”.
MAS, E A FILOSOFIA?
 Mas se a Filosofia busca apenas especular, qual seria sua
utilidade prática na nossa vida de professor de Educação Física?
Aranha e Martins (2002, p. 72) explicam, afirmando que “a
filosofia é, sobretudo uma atitude, um pensar permanente. É um
conhecimento instituinte, no sentido de que questiona o saber
instituído”.
 Dessa forma, não se trataria de ensinar filosofia a ninguém, mas
ajudar as pessoas a desenvolver a capacidade de filosofar, de
questionar a realidade, as verdades constituídas e de refletir
sobre os fatos e acontecimentos que a rodeiam.
 A Educação Física tem questionado sobre o seu papel na
sociedade? Quando ? como?
 E o compromisso com o êxito gera a mediocridade? Por quê?
MAS, ENFIM, O QUE É FILOSOFIA?
 Para Chauí (2001, p. 12)
 Uma primeira resposta à pergunta ‘o que é filosofia’ poderia ser a decisão de
não aceitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os
valores, os comportamentos de nossa existência cotidiana; jamais aceitá-los
sem antes havê-los investigado e compreendido.
 Isso significa dizer que a Filosofia está ligada à nossa vida cotidiana, visto que
estamos permanentemente buscando informações, dando opiniões,
explicando, tentando compreender, fazendo perguntas e ouvindo respostas
sobre tudo que nos rodeia, ou seja, procurando e dando sentido às coisas.
 E qual seria o papel do professor de Educação Física diante dos aprendizes
nesse contexto?
FILOSOFIA E CIÊNCIA 
 Inicialmente, ciência e filosofia estavam totalmente
entrelaçadas. O filósofo era o “sábio que refletia sobre
todos os setores da indagação humana” (ARANHA e
MARTINS, 2002, p. 72).
 Para Santin (1987, p. 10, 11)
 [...] não havia, ainda, a preocupação de se estabelecer
distinções entre matemática, biologia, astronomia, física,
botânica etc., como sendo ciências ou ramos autônomos do
saber. Essas divisões e classificações só vão ocorrer do
século XVII em diante. O saber, portanto, era visualizado
dentro de uma ótica única, contínua e homogênea.
 Fragmentar o conhecimento não seria uma forma de
enfraquecê-lo? Por quê?
CONCLUINDO A RELAÇÃO ENTRE 
FILOSOFIA E CIÊNCIA
 A filosofia duvida e questiona, a ciência busca
respostas, encontrando-as se submete a novas dúvidas
e questionamentos da filosofia, tentando novamente
respondê-los. E assim o mundo gira e o conhecimento
e a tecnologia avançam
 E a Educação Física? o que deve fazer diante dessa
dialética?
IDEOLOGIA
MAS O QUE SERIA IDEOLOGIA? 
 Devido à especificidade desse contexto e a necessidade de
maior abrangência do conceito, consideraremos a definição
de Chauí (p. 113), para quem: A ideologia é um conjunto
lógico, sistemático e coerente de representações (idéias e
valores) e de normas ou regras (de conduta) que indicam e
prescrevem aos membros da sociedade:
 O que devem pensar e como devem pensar; O que devem
valorizar e como devem valorizar; O que devem sentir e
como devem sentir; O que devem fazer e como devem
fazer.
 Essa ideologia atinge a Educação Física e o professor? De
que forma?
QUANDO A IDEOLOGIA É 
DOMINANTE?
Para Betti (1991, p. 50)
 A sociedade capitalista estrutura-se numa hierarquia
cuja ideologia dominante é a promoção social, a
possibilidade aparente de escalar a pirâmide até o topo.
A hierarquia tende a converter-se numa forma pura,
aparentemente aberta a todos pelo critério da
capacidade individual, mas na realidade oculta a real
desigualdade entre os indivíduos.
PODER IDEOLÓGICO
 Para Freire (1996, p.83), é importante ter sempre claro
que faz parte do poder ideológico dominante a
inculcação nos dominados da responsabilidade por sua
situação. Daí a culpa que sentem eles, em determinado
momento de suas relações com o seu contexto e com as
classes dominantes por se acharem nesta situação
desvantajosa. Para o autor, “enquantose sentirem
assim, pensarem assim e agirem assim, reforçam o
poder do sistema e se tornam coniventes da ordem
desumanizante”.
 Que nível de consciência devemos ter?
IDEOLOGIA NA PROPAGANDA
É comum observarmos nos comerciais de televisão,
propagandas oferecendo vantagens que os produtos
que você irá comprar não podem, na prática, oferecer.
Ou seja, oferecem produtos e, para vendê-los,
anunciam vantagens que não estão relacionadas ao
mesmo.
A promessa do corpo perfeito gera uma agressão ao
corpo e ao ser humano? Isso não seria uma violência
simbólica? Por quê?
IDEOLOGIA NA PROPAGANDA 
POLÍTICA 
 Sempre que os professores de um determinado Município,
Estado ou Distrito Federal entram em greve para
reivindicar melhores salários e condições de trabalho,
observa-se a posição dos governantes contrários a tais
reivindicações, no sentido de desqualificar os movimentos
grevistas, mesmo sendo eles legítimos e necessários para
a obtenção da qualidade da educação pública no Brasil.
 Durante uma greve de professores da Secretaria de Estado
de Educação do Distrito Federal há alguns anos, o Governo
se utilizou de propagandas ideológicas nos meios de
comunicação de massa para colocar a população contra os
professores e tentar desqualificar o movimento deles.
IDEOLOGIA NAS AULAS DE 
EDUCAÇÃO FÍSICA
 É comum vermos nos projetos que oferecem atividades
físicas e iniciação esportiva para crianças e
adolescentes das periferias das cidades, discursos
carregados de ideologia, visando a manutenção da
ordem estabelecida e prometendo a salvação dos
alunos que neles entram do mundo das drogas, da
marginalidade, além da inclusão social por meio do
esporte.
 Não seria frustrante se o papel do esporte fosse apenas
este? Por quê?
IDEOLOGIA NO ESPORTE
 Uma das formas de ascensão social mais divulgadas e aclamadas
na nossa sociedade é o esporte, pois ele é “a consagração objetiva
da hierarquia, o esportista é imediatamente classificado pelo seu
valor, estabelecendo o resultado esportivo uma hierarquia visível
e indispensável” (BETTI, 1991, P. 50)
 Por isso, o esporte tornou-se um dos principais meios de
afirmação da ideologia dominante sendo usado para mascarar
e/ou camuflar os conflitos sociais e os verdadeiros problemas da
sociedade.
 Porcher, citado por Betti (1991, p.56), afirma que “o fenômeno
esportivo, alimentado pelos meios de comunicação de massa,
tem implicações no plano do nacionalismo, pois a opinião
pública costuma confundir o desempenho esportivo com os
assuntos do Estado.”
 E o positivismo? ORDEM E PROGRESSO
IDEOLOGIA E ALIENAÇÃO
 Do lado contrário de tudo que foi dito sobre ideologia, Chauí
(2001, p. 113) afirma que sua verdadeira função é:
 A de apagar as diferenças, como as de classes, e de fornecer aos
membros da sociedade o sentimento da identidade social,
encontrando certos referenciais identificadores de todos e para
todos, como, por exemplo, a Humanidade, a Liberdade, a
Igualdade, a Nação, ou o Estado.
 Para tanto, é necessário sair da alienação, vencer o senso comum
e alcançar a capacidade crítica de contestação que permita a
reflexão acerca das condições de cada um, fato que levará à
consciência crítica.
 AGIR SEM SABER DAS COISAS. VIVE E FAZ SUA PARTE, MAS
NÃO SE IMPORTA E NÃO SABE O QUE ACONTECE A SEU
REDOR. Há professores de Educação Física alienados?
Justifique.
MAS O QUE É ALIENAÇÃO? 
 “Alienação é fazer com as próprias mãos um mundo que não é o
seu.” (Rubem Alves)
 Para Aranha e Martins (2002, p. 12), “etimologicamente a palavra
alienação vem do latim alienare, alienus, que significa: ‘que
pertence a um outro.’ E outro é alius. Sob determinado aspecto,
alienar é tornar alheio, transferir para outrem o que é seu”.
 Para clarificar o conceito é interessante usar o mesmo exemplo
apresentado por Codo (1985) quando se refere ao carro que
compramos para pagar em prestações. Nesse caso, no documento
do carro vem a observação: alienado à Financeira X. Isso significa
que o carro que compramos é nosso, mas ao mesmo tempo ele
não é nosso porque ainda não está completamente pago e se
deixarmos de quitar as prestações a financeira tem o direito
de tomá-lo de volta.
 Mas o que é alienação na Educação Física?
ALIENAÇÃO NO ESPORTE
 Para Betti (1991, p. 51) a atividade do atleta reproduz o trabalho do operário da
fábrica, sendo que os dois casos tornaram-se totalmente abstratos em quatro
níveis: da atividade, do corpo, do tempo e do espaço.
 No nível da atividade, os gestos esportivos são cada vez mais a repetição de si
mesmos. As atividades naturais e prazerosas tornaram-se mecanizadas, em
situações artificialmente criadas, onde a luta contra o tempo é o fator central.
 No nível do corpo, este é considerado apenas como um meio para o alto
rendimento, existindo independentemente da totalidade do homem.
 No nível do tempo, a abstração provém da integração ao domínio do
cronômetro, o qual detém o tempo e o fixa nos recordes; as referências
temporais da vida cotidiana são suprimidas.
 No nível do espaço, não há relação direta com a natureza, à qual se interpõe o
artifício esportivo; a pista substitui o bosque; a piscina, o rio. A natureza é
considerada em seu aspecto da rentabilidade para o fato esportivo; ela está
‘coisificada.’
SUPERANDO A ALIENAÇÃO: DO 
SENSO COMUM AO BOM SENSO.
 Segundo Aranha e Martins (2002, p. 35), o senso comum é
um conhecimento adquirido por tradição, herdado dos
antepassados e ao qual são acrescentados os resultados da
experiência vivida na coletividade a que o indivíduo
pertence. É um conjunto de idéias que permite a
interpretação da realidade, bem como de um corpo de
valores que ajuda a avaliar, julgar e, portanto, agir.
 Para as autoras: O senso comum não é refletido e se
encontra misturado a crenças e preconceitos. É um
conhecimento ingênuo (não crítico), fragmentário (porque
difuso, assistemático e muitas vezes sujeito a incoerências)
e conservador (resiste a mudanças).
CONSEQUÊNCIAS DO SENSO 
COMUM
 Em função dessas características, o indivíduo que
permanece vivendo sob o foco do senso comum, é um
cidadão facilmente explorado pelo poder ideológico das
classes dominantes. visto que não reflete nem faz análises
aprofundadas da realidade que o cerca.
 Cabe lembrar que o senso comum está diretamente
relacionado à alienação, mas não se trata, apenas, de
considerá-lo como um nível de compreensão de mundo
inferior ou pequeno diante das relações sociais. Antes disso,
é preciso respeitar o senso comum como saber construído a
partir das vivências e convivências possíveis ao indivíduo.
SUPERANDO O SENSO COMUM
 Para Freire (1996, p. 29), educar “tanto implica o respeito ao senso
comum no processo de sua necessária superação, quanto o respeito e o
estímulo à capacidade criadora do educando”.
 Isso significa que devemos respeito ao senso comum e que temos
responsabilidade quanto à sua necessária superação para que o
indivíduo possa passar da condição de ingenuidade no pensamento
para um processo de reflexão elaborada que permita a ele sair da
situação de mero objeto de reprodução de uma realidade alienada, para
a de participante e construtor crítico de sua história e da história da sua
sociedade.
 Ele afirma: “Não há [...] na diferença e na ‘distância’ entre a
ingenuidade e a criticidade, entre o saber de pura experiência feito e o
que resulta dos procedimentos metodicamente rigorosos, uma ruptura,
mas uma superação. A superação e não a ruptura se dá na medida em
que a curiosidade ingênua, sem deixar de ser curiosidade, pelo
contrário, continuando a ser curiosidade, se criticiza”.
SOCIOLOGIA
Objetivos desse módulo
 entender o conceito de Sociologia e sua aplicação
prática na sua vida cotidiana, na Educação Física e no
Esporte;
 conhecer e entender os conceitos de secularização,
racionalização, imaginário social, corpo, narcisismo e
individualismo segundo a sociologia e suas aplicações
no cotidiano da Educação Física e do esporte.
PARA QUE SOCIOLOGIA? 
 [...] Minha presença no mundo não é a de quem aele se
adapta, mas a de quem nele se insere. É a posição de quem
luta para não ser apenas objeto mas, sujeito também da
História.” (FREIRE, 1996, p. 54)
 Você já deve ter lido ou ouvido falar em Sociologia. Se
pedissem a você para conceituar sociologia, provavelmente
você diria que o termo deriva de duas palavras: sócio
(sociedade) e logia (estudo). Assim, estudo da sociedade.
 Mas qual a importância do estudo da Sociologia, princi-
palmente para a Educação Física? Nesse trabalho,
tentaremos traçar um percurso da sua história e entender
sua aplicabilidade na nossa vida cotidiana.
AFIRMAÇÃO
 Para tanto, podemos começar afirmando que a Sociologia é
o campo do conhecimento que permite compreender
cientificamente o que acontece na sociedade. A sua base
começou a ser construída em meados do século XIX, tendo
como precursores os franceses Auguste Comte (1798 – 1857)
e Émile Durkheim (1858 – 1917), além dos alemães Karl
Marx (1818 – 1883) e Max Weber (1864 – 1920).
 As bases lançadas por Augusto Comte surgem com o que
ele denominou “Física Social” e, posteriormente,
“Sociologia”. Dessa maneira, caberia à nova ciência
entender a realidade social do seu tempo para poder
interferir, acelerando o desenvolvimento
CONTRIBUIÇÕES DE COMTE
 pode-se destacar que uma das principais
contribuições de Comte encontra-se na “Lei dos Três
Estados”, pelos quais a evolução da humanidade
passou (LAKA- TOS e MARCONI, 1999, p 46).
 “Teológico” - os fatos eram explicados pelo poder de
um ser superior.
 “Metafísico” – serviu de intermediário entre o primeiro
e o terceiro estados.
 “Positivo” – os fatos passaram a ser explicados por leis
gerais de ordem positivista.
E MARX?
 Marx, ao estudar o desenvolvimento do capitalismo,
percebeu que a jornada do trabalhador é formada pelo
trabalho necessário e pelo trabalho excedente. Na sua
compreensão, o trabalho necessário gera o salário do
trabalhador e o trabalho excedente é o responsável
pelo que denominamos “mais-valia”, de onde é
produzido o lucro. Sua acumulação possibilitou o
desenvolvimento do capitalismo. Max Weber, em sua
análise social, não considerava a sociedade superior ou
exterior aos indivíduos, pois ela podia ser
compreendida a partir do conjunto das ações
individuais.
A SOCIOLOGIA E SEU PROCESSO 
HISTÓRICO
 Foi na França e na Alemanha que no século XIX surgiram os primeiros esforços
para sistematizar e delimitar o seu objeto de estudo, além da definição do
método de pesquisa da Sociologia.
 Já no século XX a Sociologia, além de expandir-se para outros países europeus,
entre eles Inglaterra, Itália e Bélgica, avançou para outras regiões do planeta,
como Estados Unidos e América Latina.
 No início do século XX, a Sociologia, na França, debruçava-se sobre grandes
temas como moral, religião, direito, educação e morfologia social. Nos anos que
antecederam a Segunda Guerra Mundial, começou a mergulhar numa crise que
veio à tona com o término da guerra retratando a dura realidade do atraso da
Sociologia nos EUA (LAKATOS e MARCONI, 1999).
 Na década de 1930, na Alemanha, o nazismo causou um vasto declínio na
construção do pensamento sociológico, fechando revistas e publicações de
Sociologia e provocando uma perseguição aos sociólogos de origem judaica, os
quais foram obrigados a emigrar para outros países.
SOCIOLOGIA DO ESPORTE
 É inegável que o esporte, sobretudo o futebol, seja uma das
instituições sociais mais sólidas do mundo moderno. Para
termos idéia da dimensão e da proporção do que isso
representa e de como se concretizam as relações na prática,
basta olharmos para a Federation International Football
Association (FIFA) que vemos nela uma instituição capaz
de reunir um grande número de países afiliados, superando
até mesmo a Organização das Nações Unidas (ONU).
 Por sua influência, o esporte continua despontando como
uma das metas importantes dos programas
governamentais, e não raras vezes, tanto as vitórias bem
como as derrotas servem de metáfora para mensurar os
sucessos e os fracassos dos sistemas econômicos e sociais.
SECULARIZAÇÃO
 De acordo com o dicionário das religiões, secularização (ou
secularismo) é uma palavra que apareceu no século XIX e
que deriva do latim saeculum: “século”. Há por detrás dela
uma “ideologia” atéia, fechada à transcendência e aos
valores religiosos, que rejeita toda a relação entre Deus e o
mundo.
 Helal (1990) define secularização como um processo pelo
qual realidades pertencentes ao domínio religioso, sagrado
ou mágico, passaram a pertencer ao domínio profano. A
secularização é qualquer explicação racional, científica ou
técnica que venha substituir uma representação religiosa
ou alguma explicação sagrada ou atribuição divina.
E O ESPORTE NO CONTEXTO DE 
SECULARIZAÇÃO
 Já o esporte moderno, fruto da Revolução Industrial ocorrida na
Inglaterra, surge emancipado do vínculo religioso. No entanto,
Helal (1990, p.37) salienta que o esporte encontra-se “diante de
um interessante paradoxo, pois ao se afastar do amadorismo e
adentrar o domínio do profissionalismo, reconhecidamente um
domínio racional e técnico e, portanto, profano, o esporte tende
a se sacralizar”. Pode-se compreender melhor essa dimensão nas
frases relacionadas ao futebol:
 “futebol é que nem uma religião”; “o templo sagrado do futebol
brasileiro” (referência feita ao estádio mais conhecido do Brasil: o
Maracanã); “manto sagrado” (referência feita à camisa da seleção
ou mesmo à do time favorito de um torcedor); “os monstros
sagrados do futebol brasileiro” (referência feita aos grandes
craques da seleção brasileira de futebol); “os deuses do futebol”
(referência feita aos grandes jogadores de futebol do passado).
RACIONALIZAÇÃO
 Para Helal (1990) “racionalizar consiste, antes de tudo,
em se conformar às leis da razão”. Assim, esse pro-
cesso desconsidera qualquer julgamento ou decisão
com base em fatores pessoais, emocionais e/ou
afetivos. No esporte moderno há uma relação muito
íntima entre secularização e racionalização. Percebe-se
esse processo nos avanços da ciência e da técnica,
aliados com forte aparato tecnológico que superam a
concepção tradicional, mítica, religiosa e mágica.
RACIONALIZAÇÃO, ESPORTE E 
ESPETÁCULO.
 Verifica-se a racionalização do esporte moderno nas abordagens
da quantificação dos feitos atléticos, na crescente busca pela
especialização de papéis mais estudados, testados, de maneira
formal, rígida e calculista que visam, sobretudo, o melhor
desempenho do atleta e das equipes nas diversas competições.
 O espetáculo esportivo, presenciado na modernidade, passa a
ser encarado e construído como momento extraordinário e
especial de celebração e de festa que proporciona um intervalo
da vida como ela é, ou seja, da vida real. Estabelece-se uma
quebra frente ao cotidiano da vida.
 O esporte moderno passa a configurar-se como espaço de
oportunidades de realizar e/ou ampliar negócios, de influenciar
na política, de movimentar a economia e de gerar trabalho.
IMAGINÁRIO SOCIAL
 Estudos referentes ao imaginário social vêm oferecendo à
Educação Física uma crescente e significativa contribuição. Por
outro lado, ainda não há uma clareza na definição, se seria área
de estudo ou o surgimento de uma nova ciência social.
 Talvez devêssemos concordar com a afirmação de Pich (2008),
quando diz que o imaginário social estaria mais propenso e
inserido em uma articulação interdisciplinar de questões e
problemas antropológicos.
 O fato é que compreender o imaginário social significa abrir
espaço para aquilo que os pesquisadores das ciências humanas
definem ao afirmarem que:
 O ser humano não é indivíduo soberano que a modernidade
criou, mas é determinado por um conjunto de idéias,
sentimentos e normas de ação que condicionam seus
pensamentos e ações. (PICH, 2008, p. 232)
IMAGINÁRIO SOCIAL E CONDUTAS 
NO ESPORTE
 Dessa forma, o sociólogo Durkheim (citado por LAKATOS e
MARCONI, 1999), descobre que em situações de emoções co- letivas, os
seres humanos são capazes de adotar comportamentos semelhantes,não mediados pela racionalidade. Situações e exemplos como esses,
presentes nos eventos esportivos, nos quais as emoções populares
suprem, por momentos, os traços da individualidade para envolver o
sujeito na emoção coletiva.
 Assim, na medida em que o ser humano participa de um grupo social,
ele assume e incorpora um conjunto de símbolos e significados que
caracterizam a cultura daquele grupo, vinculando de maneira objetiva o
sujeito ao objeto. Nesse sentido, há uma descaracterização da
identidade pessoal para a construção ou, ainda, para a criação de certa
identidade social coletiva. Instaura- se, dessa maneira, uma tensão de
forças entre o indivíduo e a sociedade.
 E as torcidas organizadas e a educação das crianças nesse contexto?
O CORPO 
 O corpo é uma feira de significados (RODRIGUES,
1979), afetado pela religião, pela ocupação, pelo grupo
familiar, pela classe e por outros elementos sociais,
políticos, culturais e simbólicos, podendo ser um
objeto de beleza, capaz de suscitar uma confusão e
uma desordem de emoções (prazer e desejo), de
sentimentos (inferioridade ou superioridade, baixa ou
alta autoestima) e de paixões.
O CORPO
 Os meios de comunicação de massa tornaram-se o veículo
mais acionado para a propagação do culto ao corpo.
Atualmente, constroem o padrão de um corpo belo e
saudável, o que motiva cada vez mais pessoas a buscarem
recursos disponíveis no mercado para atingir esse padrão.
 No nosso corpo, e nos das pessoas que conosco se
relacionam, podem-se reconhecer os diversos indicadores
da posição social e, por vezes, manipulá-los em benefício
próprio. Constatamos essa exaltação da forma física na
sensualidade exposta, divulgada e popularizada na
publicidade, na moda e na mídia.
PADRÃO CORPORAL E O 
IMAGINÁRIO SOCIAL
 O padrão corporal produzido pelos meios de comunicação de massa vem
gerando no imaginário social uma busca desenfreada e excessiva por atividades
físicas. A construção desse imaginário está em “aceitar que a estetização do
cotidiano seja capaz de resgatar a motivação da vida, a felicidade e o
engajamento social” (NOVAES citado por BIM, 2002, p. 104).
 O surgimento de academias de ginástica tem exercido papel importante na
descoberta do corpo, principalmente reforçando os valores estéticos e
desenvolvendo um acentuado individualis- mo e narcisismo entre as pessoas.
Nessa concepção, o corpo passa a ser constantemente aprimorado, sendo
tratado como objeto de conhecimento e dominação.
 No mundo pós-moderno, a estética corporal passou a ocupar lugar de
destaque, criando uma espécie de transcendentalismo. Dessa maneira, o
prazer, o sonho, as fantasias, os símbolos, as representações, os desejos
estéticos, os adornos e os enfeites passam a ser concebidos como verdadeiros
constructos do saber humano (NOVAES, 2001)
NARCISISMO
 O termo narcisismo encontra-se associado ao mito de Nar-
ciso que se afoga num lago ao tentar abraçar sua própria
imagem refletida na água.
 Conforme o vocabulário da psicanálise de Lapanche e
Pontalis (1970), o termo narcisismo aparece pela primeira
vez na obra de Freud em 1910. Para ele, o narcisismo já não
surge como uma fase evolutiva, mas com o êxtase da libido.
 A sociedade pós-industrial consolida-se pela fascinação em
ver sua própria imagem refletida nos mais variados meios
de comunicação de massa, compensando, dessa maneira,
sua auto- imagem e reforçando o próprio ego.
INDIVIDUALISMO
 Individualismo é um termo técnico amplamente utilizado
na Educação Física e que tem raízes fortemente
fundamentadas pelas ciências biológicas, para referir-se ao
princípio da individualidade do ser em responder a cada
estímulo físico definido pelas teorias do treinamento
desportivo. Nessa perspectiva, cada indivíduo teria a
medida certa para melhorar o desempenho do esforço físico
aplicado a partir do volume e da intensidade do estímulo,
sem comprometer o seu desenvolvimento físico e mental
(RODRIGUES, 2008). O fato é que esse princípio da
individualidade biológica é um conceito reconhecido,
aceito e de fundamental importância para o
desenvolvimento da prática científica da Educação Física.
DA EDUCAÇÃO FÍSICA DO SENSO 
COMUM PARA O BOM SENSO DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA
 São vários os olhares que o senso comum lança sobre a
Educação Física. Tais olhares são visões equivocadas
que não correspondem ao seu verdadeiro papel, à sua
realidade, pelo menos àquela desejada, apesar de que
alguns professores insistem em ratificar o que é dito.
O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO 
FÍSICA SÓ TEM MÚSCULOS
 Um primeiro olhar do senso comum para a Educação Física
é aquele que diz que quem escolhe o curso são aquelas
pessoas que não querem muito compromisso com o estudo,
que gostam de passar o tempo “malhando” ou praticando
esporte. Dentro dessa categoria estão aqueles que passam
muito tempo em frente aos aparelhos de musculação para
adquirir um corpo “sarado” e em frente ao espelho para
admirar suas conquistas corporais, se conformado com os
ditames das modas e conceitos estipulados pela indústria
da “malhação”.
 É comum ouvirmos falar que os professores de musculação
e ginástica “têm um corpo bonito, musculoso, mas que não
tem cérebro”.
 Como superar esse preconceito disseminado na sociedade?
A EDUCAÇÃO FÍSICA É IGUAL A 
ESPORTE
 É importante esclarecer que a Educação Física tem
algumas áreas de atuação. O profissional pode optar
por trabalhar com desporto, em academias, com lazer e
na escola, com a Educação Física Escolar. Porém,
nenhuma dessas áreas resume a Educação Física, ou
seja, para citar apenas uma vertente, o desporto é uma
das áreas de atuação da Educação Física, mas não é a
Educação Física.
EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E 
EXCLUSÃO PELO ESPORTE
 Tudo isso significa que a Educação Física Escolar, quando
se adéqua ao modelo esportivo, mais discrimina e exclui
que promove a participação e a educação, visto que o
esporte proposto na escola, e mesmo as aulas de Educação
Física Escolar, quase sempre, estão afastados de uma
educação integral e integradora, buscando a descoberta e o
desenvolvimento de talentos esportivos que possam ser
treinados para participar de competições onde, a cada vez
mais, “o individualismo, a rivalidade, o antagonismo, a
tensão, a contração, a clausura, a pressão psicológica dão o
tom e a forma do cenário e das relações entre os
participantes” (BARBIERI, 1999, p. 25)
 Qual a verdadeira função da Educação Física na escola?
A EDUCAÇÃO FÍSICA É IGUAL A 
CULTO NARCÍSICO AO CORPO
 Para alguns a Educação Física é a expressão do culto ao
corpo “sarado”, musculoso e definido, o que, na sua
essência, en- contra vários indicadores de verdade.
Podemos buscar na história da Educação Física no Brasil
alguns fatores que determinam a definição desse papel.
Para Soares (1994, p. 85): A Educação Física no Brasil se
confunde em muitos momentos de sua história com as
instituições médicas e militares. Em diferentes momentos,
estas instituições definem o caminho da Educação Física,
delineiam o seu espaço e delimitam o seu campo de
conhecimento, tornando-a um valioso instrumento de ação
e de intervenção na realidade educacional e social.
A EDUCAÇÃO FÍSICA NÃO TEM 
PAPEL PEDAGÓGICO NA ESCOLA
 Esta visão equivocada da Educação Física Escolar, entre
outros motivos, pode ser creditada ao fato de que,
segundo Bracht (1989), “os conteúdos da Educação
Física Escolar, foram, e têm sido determinados por
instituições não vinculadas à escola, tais como a
instituição médica, a militar e a desportiva”. Até
meados das décadas de 1970 e 1980 a Educação Física
Escolar apenas repetia tais modelos, sem uma
preocupação fundamentalmente pedagógica.
MAS O QUE É PRÓPRIO DA 
EDUCAÇÃO FÍSICA?
 Para Santin “é o humano que sustenta e alicerça a Educação
Física. É no homem diretamente que a Educação Física encontra
sua razão de ser”. Mas o autor não se refere ao homem alienado
ou condicionado. Ele aponta para um homem global, que pensa,
reflete, se expressa, vivencia, opina, participa, convive, cria e
recria seu mundo, seu espaço, sua condiçãode homem. Dessa
forma, Santin (op. Cit. p. 26) propõe que: Os movimentos da
Educação Física devem ser gestos artísticos, isto é, criativos. E
cada um tem seu gesto original, próprio, pessoal. Cada um tem
seu timbre de voz, seu sotaque, seu modo de falar. Assim
também tem sua originalidade de movimento, de caminhar e de
expressão gestual. Tem-se, portanto, na Educação Física,
realmente educação, educação humana e não apenas
treinamento físico.
REFLEXÃO FILOSÓFICA
 REFLEXÕES FILOSÓFICAS PARA O PROFESSOR DE
EDUCAÇÃO FÍSICA:
 Que educação física se deve oferecer na escola?
 Que objetivos se quer alcançar a partir do oferecimento
dessa Educação Física escolhida?
 Que informações e conteúdos serão apresentados aos
alunos para que haja a efetiva ruptura com os
caminhos equivocados e a busca de novas
perspectivas?
REFLETINDO SOBRE A EDUCAÇÃO 
FÍSICA. O PAPEL DA ÉTICA
 Não é possível pensar os seres humanos longe, sequer,
da ética, quanto mais fora dela. Estar longe, ou pior,
fora da ética, entre nós, mulheres e homens, é uma
transgressão. É por isso que transformar a experiência
educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar
o que há de fundamentalmente humano no exercício
educativo: o seu caráter formador.
REFLETINDO SOBRE A EDUCAÇÃO 
FÍSICA. O PAPEL DA ÉTICA
 Sendo assim, pensar a Educação Física apenas como
reprodutora de modelos instituídos pela indústria
esportiva e da beleza a qualquer preço, trabalhando de
forma alienada e alienante sem permitir que o aluno
reflita a respeito de sua condição, é pensar uma
Educação Física desvinculada de conceitos éticos.
PARA REFLETIR O PAPEL DE 
PROFESSOR
 A Educação Física poderá desenvolver a idéia de corporeidade como
instrumento a ser exaurido em função de idéias de outra ordem, ou
compreender o corpo como elemento básico humano que deve ser
desenvolvido, construído e respeitado ao mesmo nível de todas as dimensões
humanas.
 A Educação Física pode adotar uma filosofia que tenha como princípios o
rendimento, a competição e o confronto, onde a meta única é vencer para
proclamar sua superioridade; ou, então, desenvolver uma filosofia através da
qual as atividades corporais são vividas como lazer, gesto, harmonia, arte e
espetáculo.
 Observa-se, com isso, que as linhas filosóficas e pedagógicas da Educação
Física, como todas as atividades educativas, podem estar não só limitadas pela
rigidez dos determinismos mecânicos dos sistemas produtivos, mas também
podem desenvolver-se na imensidão da liberdade, da imaginação e da
criatividade humanas (SANTIN, 1987).
 PREZADOS É HORA DO JULGAMENTO (JÚRI SIMULADO)

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