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Preparo inicial do solo* 
 
1. Introdução 
 
 O preparo inicial do solo compreende as operações necessárias para criar as condições de 
implantação de culturas, em áreas não utilizadas anteriormente, podendo estas estar cobertas por 
vegetação nativa ou regenerada e serem localizadas em topografia acidentada. Consideram-se o preparo 
inicial do solo as operações de desmatamento e movimentação de terra. 
 O desmatamento compreende a derrubada da vegetação, o enleiramento dos troncos e vegetação 
e a limpeza da área mobilizada. 
 
2. Aspectos a serem considerados para o preparo inicial do solo 
 
a) vegetação – é o principal fator a ser considerado, pois o tipo de vegetação a ser desmatado que 
indicará o método a ser utilizado, além do tempo de serviço e dos custos envolvidos na 
operação. Normalmente se encontra mata virgem (ou regenerada), de elevado porte e uniforme, 
ou vegetação típica de cerrado, de caules tortos e altura e disposição variáveis; 
b) solo – as condições que mais afetam o desmatamento são a profundidade do perfil do solo, tipo 
e teor de umidade do solo e topografia; 
c) condições climáticas – as condições climáticas, como chuva intensa, afetam o tempo e custo da 
operação; e 
d) finalidade da operação – o método de desmatamento variará em função da finalidade da área a 
ser desmatada. 
 
3. Desmatamento de mata virgem ou capoeirão 
 
São utilizadas neste caso lâminas cortadoras de árvores, acopladas a tratores de esteiras, para o 
corte e enleiramento de árvores. São encontrados basicamente dois tipos de lâminas: 
 
a) lâmina em ângulo (ROME KG) – montada sobre um chassis com braços que permitem a 
regulagem do ângulo de ataque da lâmina e do ângulo horizontal da mesma em relação à 
direção do deslocamento. Possui uma base cortante, uma ponta dotada de uma faca destinada ao 
fendilhamento de árvores grandes e uma barra-guia destinada a empurrar o material já cortado; 
 
b) lâmina em V (FLECO) – montada também sobre um chassis, a lâmina se divide em duas seções 
apresentando forma de V. Possui também uma ponta de ataque, uma barra de corte serrilhada e 
uma barra-guia. 
 
 
 
 
* EAG 3305 – Mecanização Agrícola 
 Ricardo Ferreira Garcia – LEAG – UENF – garcia@uenf.br 
(A) (B) 
 
Figura 1 – Lâminas cortadoras de árvores: A – lâmina em ângulo; B – lâmina em V. 
 
 
 
Figura 2 – Derrubada de árvores: A – de pequeno porte; B – de grande porte. 
 
 Quando existe ainda a necessidade de eliminar os tocos permanecentes no terreno após a 
operação de derrubada, usa-se a operação de destoca. 
 Esta operação pode ser feita com lâminas de terraplanagem, destocadores acionados pela 
tomada de potência ou implementos específicos como o destocador com esporão, ilustrado na Figura 2. 
 
 
 
Figura 3 – Destocador com esporão. 
 
 
 
 
4. Desmatamento de cerradão, cerrado ou campo 
 
No desmatamento do cerradão, cerrado ou campo, geralmente se utiliza o correntão. Esta 
ferramenta é dotada de elos extremamente resistentes com elos especiais para engatar e desengatar 
pequenos pedaços e outros giratórios para evitar seu enrolamento. 
A operação é feita com o tracionamento das duas extremidades, com tratores de esteiras, sendo 
que a distância entre os tratores não deve exceder 1/3 do comprimento do correntão. 
Normalmente se utiliza duas passadas, sendo a primeira destinada ao tombamento da vegetação, 
e a segunda, em sentido contrário à primeira, destina-se a arrancar a vegetação. 
 
25 a 50 m
Comprimento da corrente - 90 a 150 m
Distância entre giradores - 30 m
Sentido de ida
Sentido de volta
 
 
Figura 4 – Operação de desmatamento com correntão. 
 
5. Derrubada de árvores isoladas 
 
A operação de derrubada de árvores isoladas pode ser feita com um implemento empurrador de 
árvores, acoplado na parte frontal do trator de esteiras. Consta de uma lança que atinge a árvore a uma 
altura maior do chão, formando um efeito de alavanca. 
Outro equipamento utilizado nesta operação é o rolo-faca, porém utilizado apenas em 
vegetações mais baixas. O rolo -faca constitui de um cilindro dotado de facas encarregadas de tombar e 
triturar o material, que posteriormente, pode ser incorporado ao solo. 
 
 
 
Figura 5 – Rolo-faca. 
 
6. Enleiramento 
 
Após a derrubada da vegetação, há a necessidade de se amontoar o material de forma a ocupar a 
menor área possível do talhão movimentado, operação esta chamada de enleiramento. 
O processo de enleirar pode ser realizado com a lâmina em ângulo (ROME KG), logo após a 
derrubada da vegetação. Pode-se também usar o ancinho enleirador (Figura 6), equipamento 
constituído por lâminas verticais presas a um chassi, sendo este acoplado ao trator de esteiras. O 
equipamento arrasta a vegetação, deixando o solo passar por entre as lâminas. 
 
 
 
Figura 6 – Ancinho enleirador.

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