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Pagamento O pagamento ou adimplemento, no Direito Civil, é uma das formas de extinção de uma obrigação, caracterizando-se pelo cumprimento voluntário desta pelo devedor, geralmente pela entrega de dinheiro ao credor. Feito o pagamento, a obrigação é solucionada (solutio) e o devedor é liberado da obrigação1 . Tais obrigações podem ser pessoais ou de crédito e se configuram através de conceitos científicos utilizados pela ciência tais como: novação, sub-rogação, transação, compensação e outros. Elementos do pagamento O pagamento é, geralmente, dividido em três partes2 : 1. vínculo obrigacional: é essencial ao pagamento; se não há vínculo entre os sujeitos, não há pagamento; 2. sujeito ativo:o credor; 3. sujeito passivo: o devedor; Carlos Roberto Gonçalves aponta, ainda, a intenção de solver a dívida (animus solvendi), e o efetivo cumprimento da prestação como requisitos de validade do pagamento. No pagamento ocorre a inversão dos sujeitos obrigacionais. O devedor, sujeito passivo da obrigação, passa a ser sujeito ativo no pagamento, pois vem dele o ato de pagar. O mesmo vale inversamente para o credor. Natureza jurídica A natureza jurídica do pagamento é controversa entre os doutrinadores de Direito Civil: o pagamento pode ser definido tanto como um ato jurídico, sem conteúdo negocial, como também como um negócio jurídico (unilateral ou bilateral); é, portanto, necessária a análise do caso concreto para que se extraia a essência de sua natureza jurídica3 . Há outra corrente que classifica o pagamento como ato-fato jurídico. Tal posição doutrinária 1déqua- se mais à teoria do fato jurídico, pois a vontade de pagar é indiferente ao núcleo e qualquer pessoa pode efetuar pagamento, caracterizando, portanto, ato-fato jurídico. Objeto do pagamento O Código Civil brasileiro adotou o princípio da identidade ao estabelecer que o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_Civil http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)#cite_note-1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Nova%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_com_sub-roga%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Transa%C3%A7%C3%A3o_(direito) http://pt.wikipedia.org/wiki/Compensa%C3%A7%C3%A3o_(direito) http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)#cite_note-2 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=V%C3%ADnculo_obrigacional&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sujeito_ativo_(direito)&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Sujeito_passivo http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Natureza_jur%C3%ADdica_(direito)&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_jur%C3%ADdica http://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_jur%C3%ADdico http://pt.wikipedia.org/wiki/Neg%C3%B3cio_jur%C3%ADdico http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)#cite_note-3 Há duas espécies de dívida: a) em dinheiro – quando o objeto da prestação é o próprio dinheiro; e b) de valor – quando o dinheiro não é o objeto em si, mas apenas representa o valor da prestação (é o caso da obrigação de prestar alimentos, por exemplo). Formas especiais de pagamento 1) Pagamento por consignação No Direito das obrigações, o pagamento por consignação ou consignação em pagamento é o meio pelo qual o devedor extinguirá a sua obrigação perante ocredor, no caso de este recusar-se a receber o pagamento1 , não tomar a iniciativa de recebê-lo ou ainda quando seu paradeiro for desconhecido2 . O Código Civil Brasileiro (Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002), em seu artigo 335, complementa esse entendimento, ao afirmar que a consignação tem lugar: "I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento- VI Se houver concurso de preferência aberto contra o credor ou se este for incapaz de receber o pagamento”. A consignação é um direito do devedor, podendo este acioná-la judicialmente quando, por exemplo, o credor locatário recusar-se a receber o aluguel no intuito de propor uma ação de despejo3 . O Código Civil, em seu art. 335, prevê cinco hipóteses de pagamento por consignação: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos (dívida "quérable"); III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito) http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito) http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_por_consigna%C3%A7%C3%A3o#cite_note-2 http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Civil_Brasileiro http://pt.wikipedia.org/wiki/10_de_janeiro http://pt.wikipedia.org/wiki/2002 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Locat%C3%A1rio&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Aluguel http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A%C3%A7%C3%A3o_de_despejo&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A%C3%A7%C3%A3o_de_despejo&action=edit&redlink=1 Cabe lembrar que tal rol não é taxativo e que há dois procedimentos para a consignação em pagamento: a) quando o credor recusa-se a receber; b) quando o devedor não sabe a quem pagar. Além disso, a consignação pode recair sobre imóveis e móveis, mas não sobre uma conduta humana. - Consignação extrajudicial A consignação extrajudicial só pode ocorrer quando o pagamento recair sobre dinheiro e independer de processo. Neste caso, o devedor deposita a quantia em estabelecimento bancário oficial (ou em estabelecimento particular, na ausência do oficial), em conta com correção monetária, cientificando o credor por carta com aviso de recebimento, no prazo de 10 dias, para que ele possa manifestar sua recusa (art. 890, § 1º, Código de Processo Civil). A carta deve ser entregue pessoalmente ao credor, posto que o prazo para recusa começa a contar no dia do recebimento da mesma; e deve esclarecer ao devedor que a recusa tem que ser feita por escrito no estabelecimento bancário (art. 890, §3 º do CPC). Se não houver recusa do credor, ou se esta for intempestiva, o devedor estará desobrigado e a quantia depositada ficará à disposição do credor. Frisa-se que, quando houver controvérsia a respeito da tempestividade da recusa, o valor depositado não poderá ser levantado por nenhuma das partes e a questão será dirimida necessariamente pelo Judiciário. No mais, a ação de consignação, havendo recusa tempestiva do credor, seguirá o procedimento a seguir. - Consignação fundada na recusa em receber ou no caso de credor desconhecido ou que resida em local de difícil ou perigoso acesso A recusa do credor deve ser injusta, já que a consignação não será aceita se o valor depositado for insuficiente ou se o devedor não tiver respeitado as condições do contrato. Ademais, o cumprimento da obrigação deve ser ainda útil ao credor para que a consignação prossiga. Se o devedor estiver em mora, deverá depositar também o valor dos juros. 1. InicialA legitimidade ativa é do devedor. Se já falecido, a legitimidade será do espólio e, depois da partilha, dos herdeiros. O legitimado passivo é o credor, se este for desconhecido não é necessário que seja qualificado na inicial, e a citação será realizada por edital. Além disso, nada impede que terceiro interessado pague a dívida, sendo que, se não for interessado, o pagamento deverá ser feito em nome do devedor. A competência será do foro do lugar do pagamento no caso de dívida portável, salvo se houver foro de eleição. Nos demais casos prevalecerá o foro do domicílio do réu. Quando a dívida for quesível (as condições da entrega ficarão a critério do devedor), a ação deverá ser proposta no foro do domicílio do devedor. Ademais, dispõe o art. 891, parágrafo único, do Código de Processo Civil, que "quando a coisa devida for corpo que deva ser entregue no lugar em que está, poderá o devedor requerer a consignação no foro em que ela se encontra". Se o credor aceitar o depósito ou houver recusa intempestiva, o devedor será liberado de sua obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada. O credor, no entanto, poderá recusar- se a receber o pagamento, caso em que o devedor ou terceiro legitimado deverá propor ação de consignação no prazo de 30 dias (art. 890, §3º, CPC). Caso a ação não seja proposta no prazo, o depósito será considerado sem efeito e o dinheiro restituído ao devedor (que continuará podendo ajuizar a ação). Nesta hipótese, o devedor deverá arcar com os encargos da mora, desde o vencimento do pagamento, pois não se considera que o depósito tenha sido realizado. A petição inicial, além de preencher todos os requisitos do art. 282 do CPC, deverá conter prova do depósito (extrajudicial) e da recusa do credor; porém, se o depósito ainda não tiver sido realizado, deve o autor requerer que seja efetuado dentro de cinco dias, sob pena de extinção do processo sem julgamento de mérito. O autor também requererá a citação do réu para levantar o depósito ou para que ofereça sua resposta. Nada impede que a ação de consignação cumule outros pedidos, já que segue o procedimento ordinário. Ademais, "se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou para aceitar que o devedor o faça, devendo o juiz, ao despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a entrega, sob pena de depósito" (art. 894 do CPC). Além do mais, "tratando-se de prestações periódicas, uma vez consignada a primeira, pode o devedor continuar a consignar, no mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até 5 (cinco) dias, contados da data do vencimento". Entende-se que tais depósitos podem ser efetuados somente até sentença, depois disso se persistir a recusa, o devedor deverá ajuizar nova ação de consignação, embora haja entendimento de que o depósito é admitido até o trânsito em julgado da decisão. 2. Citação do réu Efetuado o depósito, o réu será citado para que apresente sua resposta no prazo de 15 dias. Sendo incerto o credor, a citação será feita por edital. Citado, o réu poderá: a) comparecer em juízo (podendo ou não estar acompanhado de advogado), aceitando e levantando o depósito. O juiz declarará a procedência da ação, julgando extinta a obrigação e condenando o réu ao pagamento das custas e honorários advocatícios (arts. 269, II e 897, parágrafo único do CPC). b) apresentar sua resposta no prazo de 15 dias. c) permanecer inerte, devendo o juiz decretar sua revelia e extinguir a obrigação. 3. Resposta do réu O réu, em sua resposta, poderá valer-se da contestação, reconvenção e exceções. Segundo o art. 896 do CPC, o réu poderá alegar na sua contestação que: I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa devida; II - foi justa a recusa; III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento - porém, se a dívida versar sobre dinheiro, a mora do devedor não impede a consignação desde que o depósito inclua os encargos, juros, correção monetária e multa; IV - o depósito não é integral - neste caso o réu deve discriminar o valor que entende devido, sob pena de invalidade da defesa. Alegada a insuficiência do depósito será dada oportunidade ao autor para completá-lo, dentro do prazo de dez dias, salvo se corresponder a prestação, cujo inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. Vale lembrar que o réu poderá levantar parte do valor depositado, sendo que o processo seguirá sobre à parcela controvertida. Se a defesa tiver se baseado apenas na insuficiência do depósito, com a complementação o juiz julgará o processo. Adjunto, "a sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido, e, neste caso, valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe a execução nos mesmos autos" - art. 899, §2º do CPC. 4. Instrução e julgamento Pode o juiz determinar a produção de todas as provas que entender necessárias. Se julgar a ação procedente, o autor ficará desobrigado e o réu pagará as custas e despesas do processo, sendo que o depósito ficará à sua disposição, descontados tais valores relativos à sucumbência. Já se julgada improcedente a ação, o depósito será restituído ao autor (salvo nos casos de complementação, em que parte da parcela foi levantada). A sentença, na ação de consignação, é meramente declaratória, pois reconhece a suficiência do depósito realizado pelo autor e sua aptidão para extinguir a obrigação. A sentença será também condenatória na hipótese elencada pelo art. 899, §2º já mencionado. - Consignação fundada na dúvida de quem seja o credor 1. Inicial Os legitimados passivos são todos aqueles que disputam o crédito ou que se mostram como possíveis credores. Na inicial, o autor deverá pedir o depósito, a citação de todos os pretensos credores, bem como especificar a razão de sua dúvida (de não saber a quem deve pagar). Se a dúvida for infundada, a petição inicial será indeferida. O devedor vale-se da consignatória para não arcar com o risco de pagar mal, conforme dispõe o art. 344 do CC: "O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento". 2. Depósito Deferida a inicial, o autor deverá, no prazo de 05 (cinco) dias, realizar o depósito da quantia ou coisa devida. A não realização do depósito acarretará a extinção do processo, sem julgamento do mérito (art. 267, IV do CPC). 3. Citação dos réus e procedimento Efetuado o depósito, o juiz mandará citar os réus. Não comparecendo nenhum réu citado, o juiz deverá aplicar os efeitos da revelia a todos e proferir sentença, declarando a suficiência do depósito e a extinção da obrigação. O depósito será convertido em arrecadação de bens de ausentes (art. 1.160 e ss do CPC). Comparecendo apenas um réu para reclamar o pagamento, o juiz decidirá de plano. O juiz deverá verificar se ele realmente é o credor e se faz jus ao depósito. Se o réu não demonstrar sua condição de credor, o valor continuará depositado como se ninguém tivesse aparecido. Se o único credor que se manifestou alegar insuficiência de depósito, o juiz determinará que o autor faça a complementação em 10 dias. Aqui também, poderá o réu levantar a parte incontroversa da parcela. Comparecendo mais de um réu, o juiz declarará efetuado o depósito e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente entre os credores, caso em que se observará o procedimento ordinário (art. 898 do CPC). Requisitos necessários ou obrigatórios Para que a consignação tenha força de pagamento, deverá obedecer aos seguintes requisitos: 1. Deverá ser feita pelo devedor ou terceiro interessado; 2. O pagamento deverá serintegral, visto que o credor não é obrigado a aceitar pagamento parcial; 3. A obrigação não poderá ser modificada, mesmo antes de vencida a dívida, devendo ser cumprida na sua forma originária. O pagamento por consignação é o depósito judicial ou "bancário" (extrajudicial) feito em pagamento de uma dívida. 2) Sub-rogação No Direito das obrigações, o pagamento com sub-rogação é um instrumento jurídico utilizado para se efetuar o pagamento de uma dívida, substituindo-se o sujeito da obrigação, mas sem extingui-la, visto que a dívida será considerada extinta somente em face do antigo credor, mas permanecendo os direitos obrigacionais do novo titular do crédito. O termo "sub-rogação" significa, no direito, substituição. Nessa modalidade de pagamento, um terceiro, que não o próprio devedor, efetua o pagamento da obrigação. Nesse caso, a obrigação não se extingue, mas somente tem o seu credor originário substituído, passando automaticamente a este terceiro (sub-rogado) todas as garantias e direitos do primeiro. O devedor, que antes pagaria ao originário, deverá realizar o pagamento ao sub-rogado, sem prejuízo algum para si. No ordenamento brasileiro, existem duas modalidades de sub- rogação: a legal e a convencional. Na primeira modalidade, existe a previsão legal, art. 346, incs I a III do CC, para que ocorra a sub- rogação; o terceiro opera de pleno direito nos casos taxativamente previstos pelo Código, independente da manifestação de vontade de terceiros, e adquire os direitos do credor. Apesar de ser prevista pela Lei, autores sustentam que a vontade das partes permite a dispensa da sub-rogação legal. Enquanto isso, na sub-rogação convencional, existe o acordo de vontade (ou entre o credor e terceiro, ou entre o devedor e terceiro) contemporâneo ao pagamento e expressamente declarado, pois a sub-rogação não se presume já que o pagamento é ato deliberatório. Efeitos Concisamente, são dois os efeitos da sub-rogação: 1. Efeito liberatório, ou seja, o débito que existia para com o credor original extingue-se; 2. Efeito translativo, o que significa que a relação obrigacional é transferida para o novo credor. Exemplos Na prática, é um instrumento muito utilizado quando, por exemplo, tem-se uma dívida com um credor que deverá ser paga em até 6 meses, impreterivelmente. É feita a sub-rogação por um terceiro, que paga a dívida e assume o papel de credor, oferecendo melhores http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito) http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADvida http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor http://pt.wikipedia.org/wiki/Legal http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Convencional&action=edit&redlink=1 condições de pagamento, como a prorrogação do prazo de pagamento para até 12 meses. 3) Imputação A imputação do pagamento é, no Direito das obrigações, uma forma de o devedorquitar um ou mais débitos vencidos que possui com o mesmo credor, escolhendo qual, ou quais, das dívidas pagará primeiro. A preferência na escolha da imputação é sempre do devedor, que procurará adimplira dívida que mais lhe convier. Entretanto, no silêncio deste, o direito de imputação passa a ser do credor. Havendo silêncio de ambas as partes, a lei tratará da imputação, conforme as normas vigentes estabelecidas. Requisitos Para que haja a imputação do pagamento, são necessários alguns requisitos: 1. Pluralidade de débitos, ou seja, dois ou mais débitos independentes entre si; 2. Um sujeito ativo e outro passivo, somente; 3. Débitos de mesma natureza, isto é, se um débito é em dinheiro, um outro débito não poderá ser quitado pela feitura de uma obra, por exemplo; 4. As dívidas devem ser líquidas e certas, portanto uma dívida ainda em apuração judicial, por exemplo, não é líquida nem certa, visto que não está acessível; 5. O pagamento deve ser o suficiente para pagar ao menos uma das dívidas por completo, sendo que o credor não é obrigado a receber quitação parcial destas; 6. A dívida deve ser exigível, isto é, deve estar vencida. 4)Dação No Direito das obrigações, ocorre a dação em pagamento (ou do latim: datio in solutum) quando o credor aceita que o devedor dê fim à relação de obrigação existente entre eles pela substituição do objeto da prestação, ou seja, o devedor realiza o pagamento na http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADvida http://pt.wikipedia.org/wiki/Adimplemento http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sujeito_ativo_(direito)&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Sujeito_passivo http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro http://pt.wikipedia.org/wiki/Obra http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_latina http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito) forma de algo que não estava originalmente na obrigação estabelecida, mas que extingue-a da mesma forma. A dação é, portanto, uma forma de extinção obrigacional, e sua principal característica é a natureza diversa da nova prestação perante a anterior, podendo ocorrer, por exemplo, substituindo-se dinheiro por coisa (rem pro pecuni), uma coisa por outra (rem pro re) ou mesmo uma coisa por uma obrigação de fazer. A dação em pagamento (datio in solutum) não deve ser confundida com a dação "pro solvendo", que não extingue a obrigação, mas apenas facilita o seu cumprimento. Requisitos Para que a dação seja eficaz, é necessário que: 1. Exista uma dívida vencida, conseqüentemente uma obrigação criada previamente; 2. Seja firmado um acordo posterior, em que o credor concorda em receber pagamento diverso; 3. O pagamento diverso seja entregue (coisa) ou feito (obrigação da fazer) ao credor, extinguindo-se a obrigação;Regulado pelo artigo 356, CC. 4. Haja o ânimo, a vontade de solver a obrigação principal. Esta que deverá ser de ambas as partes na relação obrigacional, ou seja, credor e devedor. (animus solvendi). Exemplos rem pro pecuni: o devedor não possui dinheiro suficiente para quitar sua dívida, então entrega ao credor a sua moto, de valor equivalente ao débito, substituindo o objeto da obrigação; rem pro re: o vendedor (devedor) entrega ao comprador (credor), após este já ter efetuado o pagamento, um produto semelhante ao que lhe havia prometido, visto que o produto original estava em falta no estoque. Neste caso, entretanto torna-se conveniente ao credor receber coisa diversa do que ficar sem o produto ou recebê-lo com atraso. Por exemplo, o comprador A compra de B 500 unidades do tênis X, porém como este está em falta, o devedor oferece o tênis N, este que aceito pelo devedor, mesmo sendo objeto diferente do originário da obrigação, irá a extinguir. Em todas as hipóteses de dação, como nos exemplos expostos acima, ela só será executada mediante o consentimento do credor. http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%B5es_de_fazer http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%B5es_de_fazer http://pt.wikipedia.org/wiki/Moto http://pt.wikipedia.org/wiki/Vendedor http://pt.wikipedia.org/wiki/Comprador http://pt.wikipedia.org/wiki/Estoque 5)Novação A novação é uma operação jurídica do Direito das obrigações, encontra-se na parte Especial, no Livro I, Direito das Obrigações, Título III, Capítulo VI, Art.360 à 367 CC/2002, que consiste em criar uma nova obrigação, substituindo e extinguindo a obrigação anterior e originária. O próprio termo "novar" já é utilizado no vocabulário jurídico para se referir ao atode se criar uma nova obrigação. Entretanto, na novação não há a satisfação do crédito, pois a obrigação persiste, assumindo nova forma. O efeito precípuo da novação é o liberatório, isto é, a extinção da obrigação anterior pela nova, que a substitui. Porém, para que ocorra a novação será necessário, antes de tudo, que seja criada uma nova obrigação para que depois a anterior seja extinta. Requisitos Para que a operação caracterize-se como novação, os seguintes requisitos devem ser preenchidos: 1. Deve existir uma obrigação originária e válida; 2. A nova obrigação deverá possuir conteúdo essencialmente diverso da primeira; 3. Deve haver o ânimo, ou seja, a vontade de novação ou "animus novandi". Espécies Fundamentalmente, existem quatro espécies de novação: Objetiva: a novação refere-se ao objeto da prestação, a nova obrigação que será criada em detrimento da extinção da originária; se difere da dação em pagamento, pois esta extingue a única obrigação de existir, mediante prestação diversa; a novação neste caso cria uma nova obrigação com novo objeto. Subjetiva ativa: ocorre quando, por meio de nova obrigação, o credor originário deixa a relação obrigacional e um outro o substitui, ficando o devedor quite para com o antigo credor. Subjetiva passiva: contém 02 espécies, sendo elas por delegação e por expromissão ("expulsão"). Na primeira espécie, o devedor originário indica um novo devedor visando a criação de uma nova obrigação com o credor que, por sua vez, aceita, gerando direito de regresso ao novo devedor; esta modalidade implica participação do novo devedor, antigo devedor e credor. Na segunda espécie, não existe direito de regresso, pois não depende de anuência do http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o primitivo devedor; portanto, o novo devedor combina com o credor a extinção da obrigação original mediante a criação de uma nova obrigação, na qual ele figurará como devedor. Mista: quando ocorre, além da alteração do sujeito, a alteração do conteúdo ou objeto da obrigação. 4) Compensação No campo do Direito das obrigações, a compensação é uma forma de se extinguir uma obrigação em que os sujeitos da relação obrigacional são, ao mesmo tempo, credores e devedores. O termo compensar é tomado no sentido de equilibrar, restabelecendo o equilíbrio da obrigação pelo encontro de débitos entre as partes, até compensarem-se. O principal efeito da compensação é a extinção da obrigação, como no pagamento, ficando os credores reciprocamente satisfeitos após o acerto de débitos. No caso de várias dívidas compensáveis entre os dois sujeitos, observam-se as regras da imputação de pagamento. Espécies A doutrina civilista aponta três espécies essenciais de compensação: 1. Legal: na prática, é a espécie mais importante, e serve como regra geral para a compensação, calcada em requisitos legais para que seja válida; 2. Convencional ou voluntária: decorre da autonomia e da vontade entre as partes, podendo ocorrer uma obrigação de natureza diversa, como de dívidas ilíquidas, o que não é permitido na compensação legal; 3. Judicial ou processual: realizada em juízo, mediante processo. Não se admite compensação quando esta for para fins de alimentos, de natureza salarial ou acidentária. É lícito às partes convencionar previamente a IMPOSSIBILIDADE de compensação. Requisitos da compensação legal A compensação legal é válida respeitando-se os seguintes requisito: 1. Reciprocidade das obrigações, com a inversão do sujeito em cada polo da obrigação, excluindo-se obrigações de terceiros; 2. Liquidez, certeza e exigibilidade, ou seja, o crédito deve possuir valor econômico, ser certo de que será executado e ser imediatamente exigível após o seu vencimento; http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito) http://pt.wikipedia.org/wiki/Imputa%C3%A7%C3%A3o_de_pagamento http://pt.wikipedia.org/wiki/Imputa%C3%A7%C3%A3o_de_pagamento http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Doutrina_civilista&action=edit&redlink=1 3. Homogeneidade ou fungibilidade das prestações, isto é, as dívidas devem ser da mesma natureza. Exemplos A possui uma dívida de R$ 1.000,00 com B, sendo que este também possui dívida de R$ 1.000,00 com A. Extinguem-se os débitos por compensação; A possui uma dívida de R$ 400,00 com B, que por sua vez deve R$ 1.000,00 para A. A dívida será extinta até o limite de R$ 400,00, ficando A com saldo de R$ 600,00 a seu favor. 5) Confusão A confusão é, no Direito das obrigações, uma forma de extinção de obrigação, e consiste em confundir-se, na mesma pessoa, as qualidades de credor e devedor1 . Ocorre por meio de fato Jurídico onde o crédito e o débito se unem em uma só pessoa, extinguindo a obrigação. A extinção só ocorre porque ninguém pode ser credor ou devedor de si mesmo, sendo sempre necessária a existência de dois pólos na obrigação. A confusão dar-se-á por fatores alheios à vontade das partes, e a fusão dos sujeitos na mesma pessoa incorre na impossibilidade lógica de sobrevivência da obrigação2 . Espécies A confusão pode ser: 1. Total, extinguindo-se toda a dívida; 2. Parcial, extinguindo-se parte da dívida após a confusão. Exemplo Um filho deve certa quantia em dinheiro ao seu pai. Este vem a falecer, criando a mortis causa, portanto seu filho adquire herança por sucessão, tendo neste valor suficiente para quitar sua dívida. Imediatamente ocorre a confusão, já que o filho passa a ser credor e devedor de si mesmo, e extingue-se a obrigação. http://pt.wikipedia.org/wiki/R$ http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(biologia) http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor http://pt.wikipedia.org/wiki/Confus%C3%A3o_(direito)#cite_note-2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro http://pt.wikipedia.org/wiki/Morte http://pt.wikipedia.org/wiki/Mortis_causa http://pt.wikipedia.org/wiki/Heran%C3%A7a
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