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Pagamento: Extinção de Obrigações

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Pagamento 
 
O pagamento ou adimplemento, no Direito Civil, é uma das formas 
de extinção de uma obrigação, caracterizando-se pelo cumprimento 
voluntário desta pelo devedor, geralmente pela entrega 
de dinheiro ao credor. Feito o pagamento, a obrigação é 
solucionada (solutio) e o devedor é liberado da obrigação1 . 
Tais obrigações podem ser pessoais ou de crédito e se configuram 
através de conceitos científicos utilizados pela ciência tais 
como: novação, sub-rogação, transação, compensação e outros. 
 
Elementos do pagamento 
O pagamento é, geralmente, dividido em três partes2 : 
1. vínculo obrigacional: é essencial ao pagamento; se não 
há vínculo entre os sujeitos, não há pagamento; 
2. sujeito ativo:o credor; 
3. sujeito passivo: o devedor; 
Carlos Roberto Gonçalves aponta, ainda, a intenção de solver a 
dívida (animus solvendi), e o efetivo cumprimento da prestação 
como requisitos de validade do pagamento. 
No pagamento ocorre a inversão dos sujeitos obrigacionais. O 
devedor, sujeito passivo da obrigação, passa a ser sujeito ativo no 
pagamento, pois vem dele o ato de pagar. O mesmo vale 
inversamente para o credor. 
 
Natureza jurídica 
A natureza jurídica do pagamento é controversa entre 
os doutrinadores de Direito Civil: o pagamento pode ser definido 
tanto como um ato jurídico, sem conteúdo negocial, como também 
como um negócio jurídico (unilateral ou bilateral); é, portanto, 
necessária a análise do caso concreto para que se extraia a essência 
de sua natureza jurídica3 . Há outra corrente que classifica o 
pagamento como ato-fato jurídico. Tal posição doutrinária 1déqua-
se mais à teoria do fato jurídico, pois a vontade de pagar é 
indiferente ao núcleo e qualquer pessoa pode efetuar pagamento, 
caracterizando, portanto, ato-fato jurídico. 
 
Objeto do pagamento 
O Código Civil brasileiro adotou o princípio da identidade ao 
estabelecer que o credor não é obrigado a receber prestação 
diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_Civil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)#cite_note-1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nova%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_com_sub-roga%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transa%C3%A7%C3%A3o_(direito)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Compensa%C3%A7%C3%A3o_(direito)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)#cite_note-2
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=V%C3%ADnculo_obrigacional&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sujeito_ativo_(direito)&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sujeito_passivo
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Natureza_jur%C3%ADdica_(direito)&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_jur%C3%ADdica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_jur%C3%ADdico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neg%C3%B3cio_jur%C3%ADdico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)#cite_note-3
Há duas espécies de dívida: a) em dinheiro – quando o objeto da 
prestação é o próprio dinheiro; e b) de valor – quando o dinheiro 
não é o objeto em si, mas apenas representa o valor da prestação 
(é o caso da obrigação de prestar alimentos, por exemplo). 
 
Formas especiais de pagamento 
 
1) Pagamento por consignação 
 
No Direito das obrigações, o pagamento por 
consignação ou consignação em pagamento é o meio pelo qual 
o devedor extinguirá a sua obrigação perante ocredor, no caso de 
este recusar-se a receber o pagamento1 , não tomar a iniciativa de 
recebê-lo ou ainda quando seu paradeiro for desconhecido2 . 
O Código Civil Brasileiro (Lei 10.406 de 10 de janeiro de 2002), em 
seu artigo 335, complementa esse entendimento, ao afirmar que a 
consignação tem lugar: "I - se o credor não puder, ou, sem justa 
causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida 
forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no 
lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de 
receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar 
incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre 
quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se 
pender litígio sobre o objeto do pagamento- VI Se houver concurso 
de preferência aberto contra o credor ou se este for incapaz de 
receber o pagamento”. 
A consignação é um direito do devedor, podendo este acioná-la 
judicialmente quando, por exemplo, o credor locatário recusar-se a 
receber o aluguel no intuito de propor uma ação de despejo3 . O 
Código Civil, em seu art. 335, prevê cinco hipóteses de pagamento 
por consignação: 
 I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o 
pagamento, ou dar quitação na devida forma; 
 II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, 
tempo e condição devidos (dívida "quérable"); 
 III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, 
declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso 
perigoso ou difícil; 
 IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o 
objeto do pagamento; 
 V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_por_consigna%C3%A7%C3%A3o#cite_note-2
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Civil_Brasileiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/10_de_janeiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/2002
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Locat%C3%A1rio&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aluguel
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A%C3%A7%C3%A3o_de_despejo&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=A%C3%A7%C3%A3o_de_despejo&action=edit&redlink=1
Cabe lembrar que tal rol não é taxativo e que há dois procedimentos 
para a consignação em pagamento: a) quando o credor recusa-se a 
receber; b) quando o devedor não sabe a quem pagar. Além disso, 
a consignação pode recair sobre imóveis e móveis, mas não sobre 
uma conduta humana. 
 
 
- Consignação extrajudicial 
A consignação extrajudicial só pode ocorrer quando o pagamento 
recair sobre dinheiro e independer de processo. Neste caso, o 
devedor deposita a quantia em estabelecimento bancário oficial (ou 
em estabelecimento particular, na ausência do oficial), em conta 
com correção monetária, cientificando o credor por carta com aviso 
de recebimento, no prazo de 10 dias, para que ele possa manifestar 
sua recusa (art. 890, § 1º, Código de Processo Civil). 
A carta deve ser entregue pessoalmente ao credor, posto que o 
prazo para recusa começa a contar no dia do recebimento da 
mesma; e deve esclarecer ao devedor que a recusa tem que ser 
feita por escrito no estabelecimento bancário (art. 890, §3 º do 
CPC). Se não houver recusa do credor, ou se esta for intempestiva, 
o devedor estará desobrigado e a quantia depositada ficará à 
disposição do credor. 
Frisa-se que, quando houver controvérsia a respeito da 
tempestividade da recusa, o valor depositado não poderá ser 
levantado por nenhuma das partes e a questão será dirimida 
necessariamente pelo Judiciário. No mais, a ação de consignação, 
havendo recusa tempestiva do credor, seguirá o procedimento a 
seguir. 
 
 
- Consignação fundada na recusa em receber ou no caso de 
credor desconhecido ou que resida em local de difícil ou 
perigoso acesso 
A recusa do credor deve ser injusta, já que a consignação não será 
aceita se o valor depositado for insuficiente ou se o devedor não 
tiver respeitado as condições do contrato. Ademais, o cumprimento 
da obrigação deve ser ainda útil ao credor para que a consignação 
prossiga. Se o devedor estiver em mora, deverá depositar também o 
valor dos juros. 
 
 
1. InicialA legitimidade ativa é do devedor. Se já falecido, a legitimidade será 
do espólio e, depois da partilha, dos herdeiros. O legitimado passivo 
é o credor, se este for desconhecido não é necessário que seja 
qualificado na inicial, e a citação será realizada por edital. Além 
disso, nada impede que terceiro interessado pague a dívida, sendo 
que, se não for interessado, o pagamento deverá ser feito em nome 
do devedor. 
A competência será do foro do lugar do pagamento no caso de 
dívida portável, salvo se houver foro de eleição. Nos demais casos 
prevalecerá o foro do domicílio do réu. Quando a dívida for quesível 
(as condições da entrega ficarão a critério do devedor), a ação 
deverá ser proposta no foro do domicílio do devedor. Ademais, 
dispõe o art. 891, parágrafo único, do Código de Processo Civil, que 
"quando a coisa devida for corpo que deva ser entregue no lugar 
em que está, poderá o devedor requerer a consignação no foro em 
que ela se encontra". 
Se o credor aceitar o depósito ou houver recusa intempestiva, o 
devedor será liberado de sua obrigação, ficando à disposição do 
credor a quantia depositada. O credor, no entanto, poderá recusar-
se a receber o pagamento, caso em que o devedor ou terceiro 
legitimado deverá propor ação de consignação no prazo de 30 dias 
(art. 890, §3º, CPC). Caso a ação não seja proposta no prazo, o 
depósito será considerado sem efeito e o dinheiro restituído ao 
devedor (que continuará podendo ajuizar a ação). Nesta hipótese, o 
devedor deverá arcar com os encargos da mora, desde o 
vencimento do pagamento, pois não se considera que o depósito 
tenha sido realizado. 
A petição inicial, além de preencher todos os requisitos do art. 282 
do CPC, deverá conter prova do depósito (extrajudicial) e da recusa 
do credor; porém, se o depósito ainda não tiver sido realizado, deve 
o autor requerer que seja efetuado dentro de cinco dias, sob pena 
de extinção do processo sem julgamento de mérito. O autor 
também requererá a citação do réu para levantar o depósito ou para 
que ofereça sua resposta. Nada impede que a ação de consignação 
cumule outros pedidos, já que segue o procedimento ordinário. 
Ademais, "se o objeto da prestação for coisa indeterminada e a 
escolha couber ao credor, será este citado para exercer o direito 
dentro de 5 (cinco) dias, se outro prazo não constar de lei ou do 
contrato, ou para aceitar que o devedor o faça, devendo o juiz, ao 
despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se fará a 
entrega, sob pena de depósito" (art. 894 do CPC). 
Além do mais, "tratando-se de prestações periódicas, uma vez 
consignada a primeira, pode o devedor continuar a consignar, no 
mesmo processo e sem mais formalidades, as que se forem 
vencendo, desde que os depósitos sejam efetuados até 5 (cinco) 
dias, contados da data do vencimento". Entende-se que tais 
depósitos podem ser efetuados somente até sentença, depois disso 
se persistir a recusa, o devedor deverá ajuizar nova ação de 
consignação, embora haja entendimento de que o depósito é 
admitido até o trânsito em julgado da decisão. 
 
 
2. Citação do réu 
Efetuado o depósito, o réu será citado para que apresente sua 
resposta no prazo de 15 dias. Sendo incerto o credor, a citação será 
feita por edital. Citado, o réu poderá: 
a) comparecer em juízo (podendo ou não estar acompanhado de 
advogado), aceitando e levantando o depósito. O juiz declarará a 
procedência da ação, julgando extinta a obrigação e condenando o 
réu ao pagamento das custas e honorários advocatícios (arts. 269, 
II e 897, parágrafo único do CPC). 
b) apresentar sua resposta no prazo de 15 dias. 
c) permanecer inerte, devendo o juiz decretar sua revelia e extinguir 
a obrigação. 
 
 
3. Resposta do réu 
O réu, em sua resposta, poderá valer-se da contestação, 
reconvenção e exceções. Segundo o art. 896 do CPC, o réu poderá 
alegar na sua contestação que: 
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou coisa 
devida; 
II - foi justa a recusa; 
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento 
- porém, se a dívida versar sobre dinheiro, a mora do devedor não 
impede a consignação desde que o depósito inclua os encargos, 
juros, correção monetária e multa; 
IV - o depósito não é integral - neste caso o réu deve discriminar o 
valor que entende devido, sob pena de invalidade da defesa. 
Alegada a insuficiência do depósito será dada oportunidade ao autor 
para completá-lo, dentro do prazo de dez dias, salvo se 
corresponder a prestação, cujo inadimplemento acarrete a rescisão 
do contrato. Vale lembrar que o réu poderá levantar parte do valor 
depositado, sendo que o processo seguirá sobre à parcela 
controvertida. Se a defesa tiver se baseado apenas na insuficiência 
do depósito, com a complementação o juiz julgará o processo. 
Adjunto, "a sentença que concluir pela insuficiência do depósito 
determinará, sempre que possível, o montante devido, e, neste 
caso, valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe 
a execução nos mesmos autos" - art. 899, §2º do CPC. 
 
 
4. Instrução e julgamento 
Pode o juiz determinar a produção de todas as provas que entender 
necessárias. Se julgar a ação procedente, o autor ficará desobrigado 
e o réu pagará as custas e despesas do processo, sendo que o 
depósito ficará à sua disposição, descontados tais valores relativos à 
sucumbência. Já se julgada improcedente a ação, o depósito será 
restituído ao autor (salvo nos casos de complementação, em que 
parte da parcela foi levantada). 
A sentença, na ação de consignação, é meramente declaratória, 
pois reconhece a suficiência do depósito realizado pelo autor e sua 
aptidão para extinguir a obrigação. A sentença será também 
condenatória na hipótese elencada pelo art. 899, §2º já 
mencionado. 
 
 
- Consignação fundada na dúvida de quem seja o credor 
1. Inicial 
Os legitimados passivos são todos aqueles que disputam o crédito 
ou que se mostram como possíveis credores. Na inicial, o autor 
deverá pedir o depósito, a citação de todos os pretensos credores, 
bem como especificar a razão de sua dúvida (de não saber a quem 
deve pagar). Se a dúvida for infundada, a petição inicial será 
indeferida. 
O devedor vale-se da consignatória para não arcar com o risco de 
pagar mal, conforme dispõe o art. 344 do CC: "O devedor de 
obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se 
pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do 
litígio, assumirá o risco do pagamento". 
 
2. Depósito 
Deferida a inicial, o autor deverá, no prazo de 05 (cinco) dias, 
realizar o depósito da quantia ou coisa devida. A não realização do 
depósito acarretará a extinção do processo, sem julgamento do 
mérito (art. 267, IV do CPC). 
 
 
3. Citação dos réus e procedimento 
Efetuado o depósito, o juiz mandará citar os réus. Não 
comparecendo nenhum réu citado, o juiz deverá aplicar os efeitos 
da revelia a todos e proferir sentença, declarando a suficiência do 
depósito e a extinção da obrigação. O depósito será convertido em 
arrecadação de bens de ausentes (art. 1.160 e ss do CPC). 
Comparecendo apenas um réu para reclamar o pagamento, o juiz 
decidirá de plano. O juiz deverá verificar se ele realmente é o credor 
e se faz jus ao depósito. Se o réu não demonstrar sua condição de 
credor, o valor continuará depositado como se ninguém tivesse 
aparecido. Se o único credor que se manifestou alegar insuficiência 
de depósito, o juiz determinará que o autor faça a complementação 
em 10 dias. Aqui também, poderá o réu levantar a parte 
incontroversa da parcela. 
Comparecendo mais de um réu, o juiz declarará efetuado o depósito 
e extinta a obrigação, continuando o processo a correr unicamente 
entre os credores, caso em que se observará o procedimento 
ordinário (art. 898 do CPC). 
 
Requisitos necessários ou obrigatórios 
Para que a consignação tenha força de pagamento, deverá 
obedecer aos seguintes requisitos: 
1. Deverá ser feita pelo devedor ou terceiro interessado; 
2. O pagamento deverá serintegral, visto que o credor não é 
obrigado a aceitar pagamento parcial; 
3. A obrigação não poderá ser modificada, mesmo antes de 
vencida a dívida, devendo ser cumprida na sua forma 
originária. 
O pagamento por consignação é o depósito judicial ou "bancário" 
(extrajudicial) feito em pagamento de uma dívida. 
 
 
 
 
2) Sub-rogação 
 
No Direito das obrigações, o pagamento com sub-rogação é um 
instrumento jurídico utilizado para se efetuar o pagamento de 
uma dívida, substituindo-se o sujeito da obrigação, mas sem 
extingui-la, visto que a dívida será considerada extinta somente em 
face do antigo credor, mas permanecendo os direitos obrigacionais 
do novo titular do crédito. 
O termo "sub-rogação" significa, no direito, substituição. Nessa 
modalidade de pagamento, um terceiro, que não o próprio devedor, 
efetua o pagamento da obrigação. Nesse caso, a obrigação não se 
extingue, mas somente tem o seu credor originário substituído, 
passando automaticamente a este terceiro (sub-rogado) todas as 
garantias e direitos do primeiro. O devedor, que antes pagaria ao 
originário, deverá realizar o pagamento ao sub-rogado, sem prejuízo 
algum para si. 
No ordenamento brasileiro, existem duas modalidades de sub-
rogação: a legal e a convencional. Na primeira modalidade, existe a 
previsão legal, art. 346, incs I a III do CC, para que ocorra a sub-
rogação; o terceiro opera de pleno direito nos casos taxativamente 
previstos pelo Código, independente da manifestação de vontade de 
terceiros, e adquire os direitos do credor. Apesar de ser prevista 
pela Lei, autores sustentam que a vontade das partes permite a 
dispensa da sub-rogação legal. Enquanto isso, na sub-rogação 
convencional, existe o acordo de vontade (ou entre o credor e 
terceiro, ou entre o devedor e terceiro) contemporâneo ao 
pagamento e expressamente declarado, pois a sub-rogação não se 
presume já que o pagamento é ato deliberatório. 
 
Efeitos 
Concisamente, são dois os efeitos da sub-rogação: 
1. Efeito liberatório, ou seja, o débito que existia para com o 
credor original extingue-se; 
2. Efeito translativo, o que significa que a relação obrigacional é 
transferida para o novo credor. 
 
Exemplos 
Na prática, é um instrumento muito utilizado quando, por exemplo, 
tem-se uma dívida com um credor que deverá ser paga em até 6 
meses, impreterivelmente. É feita a sub-rogação por um terceiro, 
que paga a dívida e assume o papel de credor, oferecendo melhores 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)
http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADvida
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito
http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Legal
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Convencional&action=edit&redlink=1
condições de pagamento, como a prorrogação do prazo de 
pagamento para até 12 meses. 
 
 
3) Imputação 
 
A imputação do pagamento é, no Direito das obrigações, uma forma 
de o devedorquitar um ou mais débitos vencidos que possui com o 
mesmo credor, escolhendo qual, ou quais, das dívidas pagará 
primeiro. 
A preferência na escolha da imputação é sempre do devedor, que 
procurará adimplira dívida que mais lhe convier. Entretanto, no 
silêncio deste, o direito de imputação passa a ser do credor. 
Havendo silêncio de ambas as partes, a lei tratará da imputação, 
conforme as normas vigentes estabelecidas. 
 
Requisitos 
Para que haja a imputação do pagamento, são necessários alguns 
requisitos: 
1. Pluralidade de débitos, ou seja, dois ou mais débitos 
independentes entre si; 
2. Um sujeito ativo e outro passivo, somente; 
3. Débitos de mesma natureza, isto é, se um débito é 
em dinheiro, um outro débito não poderá ser quitado pela 
feitura de uma obra, por exemplo; 
4. As dívidas devem ser líquidas e certas, portanto uma dívida 
ainda em apuração judicial, por exemplo, não é líquida nem 
certa, visto que não está acessível; 
5. O pagamento deve ser o suficiente para pagar ao menos uma 
das dívidas por completo, sendo que o credor não é obrigado 
a receber quitação parcial destas; 
6. A dívida deve ser exigível, isto é, deve estar vencida. 
 
 
4)Dação 
 
No Direito das obrigações, ocorre a dação em pagamento (ou 
do latim: datio in solutum) quando o credor aceita que o devedor dê 
fim à relação de obrigação existente entre eles pela substituição do 
objeto da prestação, ou seja, o devedor realiza o pagamento na 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor
http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADvida
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adimplemento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sujeito_ativo_(direito)&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sujeito_passivo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_latina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)
forma de algo que não estava originalmente na obrigação 
estabelecida, mas que extingue-a da mesma forma. 
A dação é, portanto, uma forma de extinção obrigacional, e sua 
principal característica é a natureza diversa da nova 
prestação perante a anterior, podendo ocorrer, por exemplo, 
substituindo-se dinheiro por coisa (rem pro pecuni), uma coisa por 
outra (rem pro re) ou mesmo uma coisa por uma obrigação de 
fazer. 
A dação em pagamento (datio in solutum) não deve ser confundida 
com a dação "pro solvendo", que não extingue a obrigação, mas 
apenas facilita o seu cumprimento. 
 
Requisitos 
Para que a dação seja eficaz, é necessário que: 
1. Exista uma dívida vencida, conseqüentemente uma obrigação 
criada previamente; 
2. Seja firmado um acordo posterior, em que o credor concorda 
em receber pagamento diverso; 
3. O pagamento diverso seja entregue (coisa) ou feito (obrigação 
da fazer) ao credor, extinguindo-se a obrigação;Regulado pelo 
artigo 356, CC. 
4. Haja o ânimo, a vontade de solver a obrigação principal. Esta 
que deverá ser de ambas as partes na relação obrigacional, 
ou seja, credor e devedor. (animus solvendi). 
 
Exemplos 
 rem pro pecuni: o devedor não possui dinheiro suficiente para 
quitar sua dívida, então entrega ao credor a sua moto, de valor 
equivalente ao débito, substituindo o objeto da obrigação; 
 rem pro re: o vendedor (devedor) entrega 
ao comprador (credor), após este já ter efetuado o pagamento, 
um produto semelhante ao que lhe havia prometido, visto que o 
produto original estava em falta no estoque. Neste caso, 
entretanto torna-se conveniente ao credor receber coisa diversa 
do que ficar sem o produto ou recebê-lo com atraso. Por 
exemplo, o comprador A compra de B 500 unidades do tênis X, 
porém como este está em falta, o devedor oferece o tênis N, 
este que aceito pelo devedor, mesmo sendo objeto diferente do 
originário da obrigação, irá a extinguir. 
Em todas as hipóteses de dação, como nos exemplos expostos 
acima, ela só será executada mediante o consentimento do credor. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%B5es_de_fazer
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%B5es_de_fazer
http://pt.wikipedia.org/wiki/Moto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Vendedor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comprador
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estoque
 
5)Novação 
 
A novação é uma operação jurídica do Direito das obrigações, 
encontra-se na parte Especial, no Livro I, Direito das Obrigações, 
Título III, Capítulo VI, Art.360 à 367 CC/2002, que consiste em criar 
uma nova obrigação, substituindo e extinguindo a obrigação 
anterior e originária. O próprio termo "novar" já é utilizado no 
vocabulário jurídico para se referir ao atode se criar uma nova 
obrigação. Entretanto, na novação não há a satisfação do crédito, 
pois a obrigação persiste, assumindo nova forma. 
O efeito precípuo da novação é o liberatório, isto é, a extinção da 
obrigação anterior pela nova, que a substitui. Porém, para que 
ocorra a novação será necessário, antes de tudo, que seja criada 
uma nova obrigação para que depois a anterior seja extinta. 
Requisitos 
Para que a operação caracterize-se como novação, os seguintes 
requisitos devem ser preenchidos: 
1. Deve existir uma obrigação originária e válida; 
2. A nova obrigação deverá possuir conteúdo essencialmente 
diverso da primeira; 
3. Deve haver o ânimo, ou seja, a vontade de novação ou 
"animus novandi". 
 
Espécies 
Fundamentalmente, existem quatro espécies de novação: 
Objetiva: a novação refere-se ao objeto da prestação, a nova 
obrigação que será criada em detrimento da extinção da originária; 
se difere da dação em pagamento, pois esta extingue a única 
obrigação de existir, mediante prestação diversa; a novação neste 
caso cria uma nova obrigação com novo objeto. 
Subjetiva ativa: ocorre quando, por meio de nova obrigação, o 
credor originário deixa a relação obrigacional e um outro o substitui, 
ficando o devedor quite para com o antigo credor. 
Subjetiva passiva: contém 02 espécies, sendo elas por delegação e 
por expromissão ("expulsão"). Na primeira espécie, o devedor 
originário indica um novo devedor visando a criação de uma nova 
obrigação com o credor que, por sua vez, aceita, gerando direito de 
regresso ao novo devedor; esta modalidade implica participação do 
novo devedor, antigo devedor e credor. Na segunda espécie, não 
existe direito de regresso, pois não depende de anuência do 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o
primitivo devedor; portanto, o novo devedor combina com o credor 
a extinção da obrigação original mediante a criação de uma nova 
obrigação, na qual ele figurará como devedor. 
Mista: quando ocorre, além da alteração do sujeito, a alteração do 
conteúdo ou objeto da obrigação. 
 
4) Compensação 
No campo do Direito das obrigações, a compensação é uma forma 
de se extinguir uma obrigação em que os sujeitos da relação 
obrigacional são, ao mesmo tempo, credores e devedores. 
O termo compensar é tomado no sentido de equilibrar, 
restabelecendo o equilíbrio da obrigação pelo encontro de débitos 
entre as partes, até compensarem-se. 
O principal efeito da compensação é a extinção da obrigação, como 
no pagamento, ficando os credores reciprocamente satisfeitos após 
o acerto de débitos. No caso de várias dívidas compensáveis entre 
os dois sujeitos, observam-se as regras da imputação de 
pagamento. 
 
Espécies 
A doutrina civilista aponta três espécies essenciais de compensação: 
1. Legal: na prática, é a espécie mais importante, e serve como 
regra geral para a compensação, calcada em requisitos legais 
para que seja válida; 
2. Convencional ou voluntária: decorre da autonomia e da 
vontade entre as partes, podendo ocorrer uma obrigação de 
natureza diversa, como de dívidas ilíquidas, o que não é 
permitido na compensação legal; 
3. Judicial ou processual: realizada em juízo, mediante processo. 
Não se admite compensação quando esta for para fins de alimentos, 
de natureza salarial ou acidentária. É lícito às partes convencionar 
previamente a IMPOSSIBILIDADE de compensação. 
 
Requisitos da compensação legal 
A compensação legal é válida respeitando-se os seguintes requisito: 
1. Reciprocidade das obrigações, com a inversão do sujeito em 
cada polo da obrigação, excluindo-se obrigações de terceiros; 
2. Liquidez, certeza e exigibilidade, ou seja, o crédito deve 
possuir valor econômico, ser certo de que será executado e 
ser imediatamente exigível após o seu vencimento; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pagamento_(direito)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imputa%C3%A7%C3%A3o_de_pagamento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imputa%C3%A7%C3%A3o_de_pagamento
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Doutrina_civilista&action=edit&redlink=1
3. Homogeneidade ou fungibilidade das prestações, isto é, as 
dívidas devem ser da mesma natureza. 
 
Exemplos 
 A possui uma dívida de R$ 1.000,00 com B, sendo que este 
também possui dívida de R$ 1.000,00 com A. Extinguem-se os 
débitos por compensação; 
 A possui uma dívida de R$ 400,00 com B, que por sua vez deve 
R$ 1.000,00 para A. A dívida será extinta até o limite de R$ 
400,00, ficando A com saldo de R$ 600,00 a seu favor. 
 
5) Confusão 
 
A confusão é, no Direito das obrigações, uma forma de extinção 
de obrigação, e consiste em confundir-se, na mesma pessoa, as 
qualidades de credor e devedor1 . 
Ocorre por meio de fato Jurídico onde o crédito e o débito se unem 
em uma só pessoa, extinguindo a obrigação. A extinção só ocorre 
porque ninguém pode ser credor ou devedor de si mesmo, sendo 
sempre necessária a existência de dois pólos na obrigação. A 
confusão dar-se-á por fatores alheios à vontade das partes, e a 
fusão dos sujeitos na mesma pessoa incorre na impossibilidade 
lógica de sobrevivência da obrigação2 . 
 
Espécies 
A confusão pode ser: 
1. Total, extinguindo-se toda a dívida; 
2. Parcial, extinguindo-se parte da dívida após a confusão. 
 
Exemplo 
Um filho deve certa quantia em dinheiro ao seu pai. Este vem 
a falecer, criando a mortis causa, portanto seu filho adquire 
herança por sucessão, tendo neste valor suficiente para quitar 
sua dívida. Imediatamente ocorre a confusão, já que o filho 
passa a ser credor e devedor de si mesmo, e extingue-se a 
obrigação. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/R$
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_das_obriga%C3%A7%C3%B5es
http://pt.wikipedia.org/wiki/Obriga%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_(biologia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Credor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Devedor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confus%C3%A3o_(direito)#cite_note-2
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dinheiro
http://pt.wikipedia.org/wiki/Morte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mortis_causa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heran%C3%A7a

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