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OSTEOARTROSE - VERSÃO2

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FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E TURISMO DE OLINDA
NÚCLEO DE SAÚDE
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
DAYANNE CRISTINE QUEIROZ DE ALBUQUERQUE
HANNA SWENE DE ANDRADE SANTOS
JOÃO PEDRO ARAÚJO BARROS
WELLEN QUEZYA PEREIRA DE LIMA
WELLINGTON NERY DA SILVA FILHO
OSTEOARTROSE
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Olinda – PE
2018
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NÚCLEO DE SAÚDE
GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
DAYANNE CRISTINE QUEIROZ DE ALBUQUERQUE
HANNA SWENE DE ANDRADE SANTOS
JOÃO PEDRO ARAÚJO BARROS
WELLEN QUEZYA PEREIRA DE LIMA
WELLINGTON NERY DA SILVA FILHO
OSTEOARTROSE
Revisão de literatura e avaliação fisioterapêutica com protocolo de tratamento elaborados como requisito para obtenção de nota curricular correspondente ao conteúdo teórico do Projeto Integrado do quarto período do curso de Fisioterapia da Faculdade de Comunicação, Tecnologia e Turismo de Olinda - FACOTTUR.
Olinda – PE
2018
SUMÁRIO
1.	APRESENTAÇÃO	4
2.	INTRODUÇÃO	4
2.1	FISIOPATOLOGIA	4
2.2	CLASSIFICAÇÃO DA OSTEOARTROSE	5
2.3	EPIDEMIOLOGIA	7
2.4	SINAIS E SINTOMAS	7
2.5	TRATAMENTOS MAIS COMUNS	8
2.5.1	REABILITAÇÃO FISIOTERÁPICA	9
2.5.1.1	HIDROTERAPIA	10
2.5.1.2	ELETROTERMOFOTO TERAPIA	10
2.6	OBJETIVOS	12
2.7	MÉTODOS	12
2.7.1	Levantamento de Dados	12
2.7.2	FICHA DE AVALIAÇÃO	12
2.7.2.1	ESCALA VISUAL ANALÓGICA DA DOR (EVA)	12
2.7.2.2	TESTES FUNCIONAIS	13
2.7.2.3	TESTE DE FLEXIBILIDADE	13
2.7.2.4	TESTES ESPECIAIS	13
2.7.2.5	QUESTIONÁRIO WOMAC	13
2.7.2.6	QUESTIONÁRIO SF-36	14
2.8	S	14
REFERÊNCIAS	15
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OSTEOARTROSE
Dayanne Cristine Queiroz De Albuquerque[footnoteRef:0] [0: Discente do 4º período do curso de Fisioterapia da Faculdade de Comunicação, Tecnologia e Turismo de Olinda – FACOTTUR.] 
Hanna Swene de Andrade Santos[footnoteRef:1] [1: Discente do 4º período do curso de Fisioterapia da Faculdade de Comunicação, Tecnologia e Turismo de Olinda – FACOTTUR] 
João Pedro Araújo Barros[footnoteRef:2] [2: Discente do 4º período do curso de Fisioterapia da Faculdade de Comunicação, Tecnologia e Turismo de Olinda – FACOTTUR.] 
Wellen Quezya Pereira De Lima[footnoteRef:3] [3: Discente do 4º período do curso de Fisioterapia da Faculdade de Comunicação, Tecnologia e Turismo de Olinda – FACOTTUR.] 
Wellington Nery Da Silva Filho[footnoteRef:4] [4: Discente do 4º período do curso de Fisioterapia da Faculdade de Comunicação, Tecnologia e Turismo de Olinda – FACOTTUR.] 
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1. APRESENTAÇÃO
O presente trabalho vem atender a demanda curricular do quarto período do curso de fisioterapia da Faculdade de Comunicação, Tecnologia e Turismo de Olinda – Facottur, aqui representado pelo Professor Carlos Nóbrega docente da disciplina de Cinesioterapia, como requisito parcial para obtenção da nota curricular do presente semestre, onde será apresentado o referencial teórico acerca da Osteoartrose, bem como avaliação e protocolo de atendimento baseado em evidências.
2. INTRODUÇÃO
A Osteoartrose (OA) – ou osteoartrite – é uma patologia crônico-degenerativa, caracterizada pelo gradual desgaste nas cartilagens das articulações hialinas que dão origem a diminuição dos espaços intra-articulares, formações de osteófitos nas bordas articulares, micro fraturas, esclerose do osso subcondral, neoformação óssea reacional e formações císticas. As articulações submetidas a stress contínuo ao longo dos anos são as que apresentam maior probabilidade de apresentar sinais desta doença, incluindo, articulações dos joelhos, quadris, articulações das mãos e da coluna (LEITE et al., 2017; MIRANDA et al., 2015).
2.1 FISIOPATOLOGIA
Na osteoartrose, seja ela primária ou secundária, a cartilagem é o tecido mais afetado. Na OA, o tecido cartilaginoso perde a sua homogeneidade e se fragmenta formando fissuras e ulcerações. Nos casos mais graves, há a exposição completa do osso subcondral. Já os osteófitos são recobertos por cartilagem hialina e fibrocartilagem recém-formadas mostrando grande irregularidade na sua estrutura (REZENDE et al., 2000).
Entre as alterações metabólicas, estudos revelam o aumento das taxas de síntese e de secreção de enzimas degradadoras de matriz cartilaginosa, aumentando os condrócitos, assim como a atividade enzimática lisossômica e extra lisossômica. Estas enzimas são as metaloproteases (colagenase, estromelisina e gelatinase) e hialuronidase que provocam a degradação dos agregados e perda de proteoglicanas da matriz; clivagem de ácido hialurônico e de condroitina 6-sulfato; produção de proteoglicanas incapazes de agregar; degradação do colágeno tipo II; degradação do arcabouço proteico da proteoglicana, ativação de outras enzimas tais como pro-estromelisina (degrada a matriz) e estromelisina, que ativa a colagenase que por sua vez destrói o colágeno o qual é, aparentemente, o responsável pela progressão da patologia (REZENDE et al., 2000).
 A Interleucina-1 é considerada como um dos primeiros precursores da degradação da matriz cartilaginosa uma vez que ela estimula a síntese e a secreção de várias enzimas degradativas na cartilagem inclusive colagenase latente, estromelisina latente, gelatinase latente e ativador tecidual de plasminogênio (REZENDE et al., 2000). 
No início da osteoartrose há aumento da síntese de proteoglicanas, colágeno, proteínas não colágenas, hialuronato, e ácido desoxirribonucleico, indicando replicação celular e justificando os clones de condrócitos que podem ser observados histologicamente. Posteriormente, a síntese de proteoglicanas e colágeno aumentam em proporção à gravidade da lesão. Com o agravamento da doença, a síntese de proteoglicanas cai significativamente, isto é, indicando falha nos condrócitos (REZENDE et al., 2000).
A dor causa pela AO, é o sintoma de maior importância. Sua incidência é de natureza nociceptiva e está intimamente relacionada a gravidade da degradação articular. Ela tem seu início nas terminações axionais livres encontrada no periósteo ósseo, na bainha sinovial e nos tendões, seu estimulo nociceptivo envolve os neuromediadores e neuroreguladores, além de modificações dos caminhos da dor. Estudos sugerem que a condição álgica na AO é um fenômeno que envolve mecanismos nociceptivos e neuropáticos a nível local e central (PERROT, 2016).
2.2 CLASSIFICAÇÃO DA OSTEOARTROSE
Segundo WEST, (2001), a osteoartrose pode ser classificada em:
· primária (idiopática);
· e secundária. 
A OA primária localizada em mãos (nódulos de Heberden e Bouchard, articulação Carpometacarpal – CMC), mãos (erosiva, inflamatória), pés (articulação Metatarso falangiana - MTF), quadril, joelho, coluna; de maneira generalizada como síndrome de Kellgren. Já OA secundária caracteriza-se por: trauma, luxação, infecção, deformidade, obesidade, hemofilia, acromegalia, hipertireoidismo.
Figura 1 - OA de mãos - Nódulos de Heberden e Bouchard
FONTE: Slide Share[footnoteRef:5] [5: Disponível em: https://pt.slideshare.net/markusruree/a-r-t-r-i-t-i-s-rematoidea] 
Tabela 1 - Critérios de Classificação para OA de Mão.
FONTE: (LORENZONI e MARTINS, 2009)
Tabela 2 - Critério para a Classificação da OA idiopática do Joelho.
FONTE: (LORENZONI e MARTINS, 2009)[footnoteRef:6] [6: VHS: velocidade de sedimentação das hemácias (Westergren); FR: fator reumatoide; LS: líquido sinovial; LS OA: sinais de OA no líquido sinovial (claro, viscoso ou contagem de células brancas do sangue < 2000/mm3) alternativa para categoria clínica pode ser 4 a 6, o que é 84% sensível e 89% específico.
] 
2.3 EPIDEMIOLOGIA
Sua incidência é muito elevada, sobretudo nos países ocidentais, contabilizando cerca de 10% da população total. Além de ser responsável por 15% da incapacidade laborativa em todo o mundo. Evidencias sugerem que o aparecimento da Osteoartrose é multifatorial, podendo estar relacionado ao gênero (é mais prevalente em mulheres), idade, fatores genéticos, desordens metabólicas ou endócrinas, obesidade, sobrecarga articular e traumas agudos. Acredita-se ainda que por volta de 85% da população geral apresenta evidencias radiográficas de OA aos 65 anos de idade. Quando levada em consideração todas as faixas etárias,nota-se uma distribuição igualitária da prevalência da doença entre homens e mulheres (FREITAS e PY, 2013; BIASOLI e IZOLA, 2003).
2.4 SINAIS E SINTOMAS
Clinicamente, a Osteoartrose distingue-se pela dor, rigidez articular, crepitação óssea e atrofia. A dor é principal queixa de pacientes acometidos por osteoartrose, e embora não esteja presente todos os dias, ela é persistente e sistemática ao longo do tempo. As dores tendem a piorar com o frio, tempo úmido, movimentação excessiva e melhoram quando em repouso (BIASOLI e IZOLA, 2003).
A crepitação pode ser palpável ou até mesmo audível a depender do agravo da patologia quando há mobilização articular. Podendo ainda apresentar hipotrofia muscular do segmento anatômico, perda de função, desordens motoras (FELICE et al., 2002) 
Quanto à rigidez da osteoartrose, podemos afirmar que difere da causada por artrite reumatoide, uma vez que não é intensa e desaparece rapidamente (GOOBERMAN-HILL et al., 2009; HAWKER et al., 2008).
A sintomatologia é progressiva podendo haver agravo representado por crise de sinovite. Quando esta afeta a coluna pode associar-se à compressão radicular. Apesar de não ser uma doença sistêmica, nos dois tipos de osteoartroses atuam fatores agravantes como má postura, excesso de peso e certos tipos de atividades físicas (GOOBERMAN-HILL et al., 2009; HAWKER et al., 2008).
2.5 TRATAMENTOS MAIS COMUNS
A reabilitação é indicada como coadjuvante ou de maneira isolada em casos de osteoartrose, quando estes pacientes apresentarem intolerância ou contraindicações absolutas ao tratamento medicamentoso (SBOT, 2010).
A fisioterapia tem como objetivos principais a manutenção da mobilidade articular, alongamento muscular, a melhora na estabilidade das articulações, diminuir compensações posturais, e principalmente, o alivio da dor e da rigidez (SBOT, 2010; SBR, 2003; PERROT, 2016; LEITE, et al., 2017).
Apesar dos inúmeros avanços da pesquisa em saúde, sabe-se que não existe cura conhecida para a osteoartrose, todos os tratamentos disponíveis têm como alvo o manejo da sintomatologia e a melhora na qualidade de vida do paciente. Contudo, vários autores concordam que o gerenciamento da dor deve combinar abordagens farmacológicas e não farmacológicas (SBR, 2003; PERROT, 2016; LEITE, et al.).
A) ABORDAGEM FARMACOLÓGICA
A maioria das abordagens farmacológicas é considerada ineficaz e oferece pouca segurança por apresentar risco de efeitos colaterais sistêmicos principalmente em pacientes idosos. Esse tipo de abordagem inclui principalmente Paracetamol, dipirona, Opioides naturais ou sintéticos, Capsaicina, Anti-inflamatórios não hormonais tópicos, como cetoprofeno, ibuprofeno, felbinaco e piroxicam, sulfato de glucosamina, diacereína e extratos não saponificáveis de soja e abacate, e cloroquina (SBR, 2003; PERROT, 2016).
B) ABORDAGEM NÃO FARMACOLÓGICA
É considerada o tratamento mais eficaz para a dor na Osteoartrose. Incluem os recursos fisioterapêuticos e por fim a indicação cirúrgica em casos mais graves (SBR, 2003; PERROT, 2016).
2.5.1 REABILITAÇÃO FISIOTERÁPICA
A escolha dos métodos de reabilitação física será determinada pelos inúmeros fatores que determinam o grau de acometimento por Osteoartrose em cada paciente, tendo como objetivo principal a diminuição do quadro álgico e a manutenção da biomecânica fisiológica das articulações (LEITE, et al., 2017; BIASOLI e IZOLA, 2003). 
Didaticamente, pode-se descrever quatro fases do tratamento fisioterápico, cada qual com seus próprios objetivos e técnicas a serem empregados (LEITE, et al., 2017; BIASOLI e IZOLA, 2003):
a) TRATAMENTO DA INFLAMAÇÃO 
Nesta fase, recomenda-se repouso e uso de crioterapia na forma de aplicação de gelo ou almofadas de gel, cujo principal efeito fisiológico é a promoção de vasoconstricção, a redução do edema, o efeito analgésico e a redução do processo inflamatório agudo (LEITE, et al., 2017; BIASOLI e IZOLA, 2003).
b) MOBILIZAÇÃO
Na fase subaguda, a cinesioterapia é amplamente aceita para prevenir restrições biomecânicas secundárias ao repouso prolongado, neste caso, os exercícios podem ser feitos de forma passiva, passiva assistida, ou ativa. Os exercícios passivos, se mostram uteis no manejo de pacientes com histórico de artroplastia por diminuírem a incidência de encurtamentos musculares (LEITE, et al., 2017; BIASOLI e IZOLA, 2003).
 
c) RESISTÊNCIA
Nesta fase, o objetivo da terapia é a melhora da resistência e do condicionamento, sem exacerbar a inflamação. São utilizados movimentos isotônicos (excêntricos e concêntricos), isocinéticos (excêntricos e concêntricos) e isométricos, com variadas intensidades de carga e repetições (BIASOLI e IZOLA, 2003) . os exercícios isotônicos têm se mostrado mais efetivos no ganho de massa muscular, enquanto que os isométricos atuam de forma mais eficiente sob a resistência. Já os exercícios isocinéticos, necessitam de equipamentos especializados nem sempre disponíveis para o público em geral (BIASOLI e IZOLA, 2003; SILVA e GARCIA, 2006).
Exercícios aeróbicos podem ser introduzidos observando-se as restrições caso a caso (SILVA e GARCIA, 2006).
d) RESTAURAÇÃO DA FUNÇÃO
Nesta última fase, pode-se lançar mão de exercícios de resistência muscular, técnicas de alongamento muscular, reeducação postural, treino de marcha, equilíbrio e ergonomia. O paciente também deverá ser orientado quanto aos hábitos alimentares, bem-estar físico e mental, condicionamento físico, e quando necessário, apoio psicológico (BIASOLI e IZOLA, 2003; SILVA e GARCIA, 2006).
2.5.1.1 HIDROTERAPIA
A hidroterapia também pode ser usada como adjuvante ou substituto da terapia convencional, seu objetivo é a progressão de exercícios para manter e melhorar a capacidade física do paciente, além de enfatizar a utilização de padrões sinérgicos para a estabilização articular e postural. As técnicas usadas para a obtenção desses resultados são (BIASOLI e IZOLA, 2003):
· Método dos Anéis de Bad Hagaz – Técnica de tratamento horizontal, onde o paciente é sustentado por anéis flutuadores e são realizados movimentos coordenados de empurrar e puxar que atum sobre que vão atuar nas terminações nervosas e estruturas articulares.
· Método Halliwick – Técnica que converge a mecânica dos líquidos, neurofisiologia, pedagogia e atividades em grupo.
· Método Watsu – Combina movimentos do shiatsu e alongamentos.
2.5.1.2 ELETROTERMOFOTO TERAPIA
A eletroterapia pode ser utilizada sob a forma de correntes de alta, média ou curta frequência (diatermia por ondas curtas) ou estimulação nervosa transcutânea (TENS). A energia eletromagnética de pulso mostra-se efetiva para alguns pacientes, principalmente para reduzir a dor. Além disso, o aumento localizado do fluxo sanguíneo arterial pode melhorar a nutrição da cartilagem articular (SOUZA e MEJIA, 2011). 
O uso do TENS em pacientes acometidos por osteoartrose tem como objetivo terapêutico principal, induzir a diminuição da dor e, com isso, obter melhora na atividade funcional. Estudos apontam que a TENS aplicada na periferia, ou seja, no local da lesão, ativa as fibras aferentes primárias, transmitindo essa informação para a medula espinhal e tendo como resultado a inibição do estímulo doloroso tanto no local como nas vias descendentes inibitórias, medula ventromedial rostral (RVM), envolve 5-HT opioides, que podem ser ativados pela substância cinzenta periaquedutal. Outros estudos mostram ainda, que os receptores opioides na medula espinal e RVM e receptores serotoninérgicos, muscarínicos na medula espinhal, mediam a redução da hiperalgesia pela TENS (SOUZA e MEJIA, 2011).
O uso de Ondas Curtas, muito embora esteja teoricamente embasado, não possui comprovações cientificas conclusivas quanto a sua eficácia em pacientes com Osteoartrose (SILVA e GARCIA, 2006).
Admite-se ainda no meio cientifico, que a utilização do calor é capaz de promover relaxamento muscular, reduzir a rigidez articular e melhorar a circulação local. 
Desta forma, o calor pode ser aplicado por meio de radiação (luz), de condução (calor úmido, compressas) ou de conversão(diatermia e ultrassom). No entanto, ainda existem muitas controvérsias sobre a utilização de calor em articulações inflamadas, mas é consensual que em casos com inflamação leve e envolvimento de estruturas Peri articulares, o emprego de calor superficial é bem tolerado (BIASOLI e IZOLA, 2003). 
Ainda segundo BIASOLI E IZOLA, a utilização de calor profundo é inadequada para casos de artrites e/ou sinovites secundárias à OA, uma vez que pode causar aumento da atividade enzimática, gerando maior colapso da cartilagem e de outros tecidos articulares.
O ultrassom, na sua forma contínua, pode ser descrito como um recurso que utiliza vibrações mecânicas por meio de ondas sonoras de alta frequência, gerando calor dentro dos tecidos. Esse processo é capaz de gerar efeitos fisiológicos que promovem o reparo de lesões, atua ativamente nos processos inflamatórios, auxilia na formação de tecido de granulação e age também no reparo do tecido ósseo, além de promover alívio de dor neurogênica e crônica. Ultrassom é útil no tratamento do edema crônico porque libera o tecido cicatricial, de forma que os exercícios subsequentes podem ser eficientes em reduzir o edema e obter alivio da dor, especialmente a profunda e contínua (SOUZA e MEJIA, 2011).
2.6 OBJETIVOS
a) OBJETIVO GERAL
· Adquirir conhecimento teórico-prático sobre o processo patológico da Osteoartrose e as possiveis formas de intervenção fisioterápica.
b) OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Descrever com base na literatura científica disponível, aspectos gerais a respeito da Osteoartrose;
· Relacionar os achados literários com o conteúdo aprendido em sala de aula;
· Refletir sobre a importância da utilização correta dos recursos fisioterapêuticos em pacientes com Osteoartrose.
· Elaborar e aplicar uma ficha de avaliação fisioterapêutica em paciente acometido por Osteoartrose.
· Desenvolver um plano de tratamento viável com base nos dados colhidos durante a avaliação do paciente e da pesquisa teórica.
2.7 MÉTODOS
2.7.1 LEVANTAMENTO DE DADOS
Para a obtenção do referencial teórico, foram utilizadas as bases de dados Scielo, Pubmed e LILACS, de 2002 e 2018, considerando-se os estudos que tinham como objeto de pesquisa a caracterização, avaliação e protocolos de tratamento para a Osteoartrose. Os descritores utilizados foram : Osteoartrose, osteoartrite, reabilitação, avaliação e fisioterapia. 
2.7.2 FICHA DE AVALIAÇÃO
A ficha de avaliação foi desenvolvida apartir dos conhecimentos prévios adquiridos em sala de aula, bem como das pesquisas em artigos e livros especializados. Ela está dividida em: anamnese, exame físico, e ao final, a aplicação de questionários.
2.7.2.1 ESCALA VISUAL ANALÓGICA DA DOR (EVA)
Trata-se de um instrumento unidirecional de avaliação álgica, amplamente utilizado para mensurar a intensidade de dor percebida pelo paciente. Esta escala é graduada por cores e números de zero a dez, onde zero indica a completa ausência da dor e dez a dor mais insuportável.
2.7.2.2 TESTES FUNCIONAIS
Definiu-se como Teste Funcional para a avaliação do paciente acometido por Osteoartrose o teste Timed Up and Go (TUG). Trata-se de um teste formulado por Podsiadlo e Richardson em 1991, cuja proposta é a de aferir o tempo necessário em segundos para que um determinado individuo percorra um trajeto, apartir de uma cadeira, com 3 metros de distância, em linha reta e retorne a posição inicial (BOHANNON, 2006)
2.7.2.3 TESTE DE FLEXIBILIDADE
Para avaliar a flexibilidade, foi escolhido o Flexiteste, que inicialmente foi desenvolvido em 1980 como ferramenta de avaliação da mobilidade passiva apartir de 20 movimentos articulares. Neste teste, os resultados obtidos pelo terapeuta são comparados a uma escala pictográfica disponivel no próprio mapa de avaliação., onde são atribuidos scores de 0 a 4, onde quanto maior o score, maior é a amplitude obtida.
2.7.2.4 TESTES ESPECIAIS
Foram selecionados os seguintes testes:
a) Teste de Tredelemburg: Tem como objetivo avaliar a força do músculo glúteo médio.
b) Teste de Ober: Avalia contraturas no trato iliotibial.
c) Teste de Lachman: identifica lesão no ligamento cruzado anterior (LCA).
d) Teste de Pivô Shift: deslizamento do pivô ( platô tibial) em relação ao fêmur. 
e) Teste de compressão de Apley: detecta lesões meniscais. 
f) Teste de tração de Apley: detecta lesão ligamentar. 
g) Teste de O’Donogue: detecta lesões meniscais ou irritação capsular. 
2.7.2.5 QUESTIONÁRIO WOMAC
Trata-se de um conjunto de questionários tridimensionais, auto-aplicados , amplamente utilizados por profissionais de saúde para avaliar a funcionalidade, nível de dor e saúde geral em pacientes acometidos por Osteoartrose nos joelhos e nos quadris.
2.7.2.6 QUESTIONÁRIO SF-36
O Short-Form (SF-36) é um questionário abreviado composto por 36 afirmações, cujo objetivo é o de atuar como um indicador genérico, que inclui oito sub-dimensões e contempla diversas áreas do estado de saúde física e mental: função e desempenho físico e emocional, saúde, saúde mental e vitalidade.
2.8 S
REFERÊNCIAS
BIASOLI, C.; IZOLA, L. N. T. Aspectos Gerais da Reabilitação Física em Pacientes com Osteoartrose, v. 60, Março 2003.
DA SILVA, M. D.; GARCIA, R. R. Abordagem Fisioterapêutica em pacientes com osteoporose e osteoartrose associadas: uma revisão literária. Revista Brasileira de Ciencias da Saúde, v. 8, p. 57-64, Ago/out 2006.
DE SOUZA, F. A. P.; MEJIA, D. P. M. Atuação Fisioterapêutica no Tratamento da Osteoartrose de Joelho e a Melhor Técnica, 2011.
FELICE, J. C.; DUARTE, D. G.; CHAHADE, W. H. Elementos Básicos do Diagnóstico da Osteoartrose. Temas de Reumatologia Clinica, 2002.
FREITAS, E. V.; PY, L. Tratado de geriatria e gerontologia. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
GOOBERMAN-HILL, E. A. Expressing pain and fatigue: a new method of analysis to explore differences in osteoarthritis experience, 2009.
HAWKER, E. A. Understanding the pain experience in hip and knee osteoarthritis - an OARSI/OMERACT Iniciative. Osteoarthritis an Cartilage, 2008.
LEITE, E. S. et al. Importância da Fisioterapia no Tratamento da Osteoartrose: Relato de Experiência, João Pessoa, 2017.
LORENZONI, M. D.; MARTINS, M. R. Elementos Básicos de Diagnóstico e de Terapêutica: Osteoartrose (OA). Temas de Reumatologia Clínica, v. 10, p. 100-108, Dezembro 2009. Disponivel em: <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4163>. Acesso em: 15 Setembro 2018.
MIRANDA, L. C. et al. Avaliação da Magnitude da Desvantagem da Osteoartrite na Vida das Pessoas: estudo MOVES. Revista Brasileira de Reumatologia, 2015.
PERROT, S. Dor da Osteoartrose: Fisiopatologia, Diagnóstico e Gerenciamento, 2016.
REZENDE, M. ; HERNANDEZ, A. J.; CAMANHO, G. L. Cartilagem Articular e Osteoartrose, 2000. Disponivel em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522000000200005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 08 Setembro 2018.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA. Ortopedia e Traumatologia para a Graduação Médica, 2010.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Osteoartrite (artrose): Tratamento. Projeto Diretrizes, 29 setembro 2003.
WEST, S. G. Segredos em Reumatologia: Respostas Necessárias ao dia-a-dia em rounds, na clínica, em exames orais e escritos. Porto Alegre: ARTMED, 2001.

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