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Administração de Novos Negócios

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Aula 1: Globalização e Mudanças 
 
 
 
Ao final desta aula, o aluno será 
capaz de: 
 
1- Explicar a importância da indústria 
gráfica no acúmulo de conhecimentos; 
 
2- Listar as categorias das famílias gráficas 
e suas principais características. 
 
 
 
 
 
Introdução 
Nesta aula veremos como a invenção da escrita 
contribuiu para o acúmulo de conhecimento, e assim 
promoveu o desenvolvimento social e tecnológico 
da humanidade. 
Veremos também como o advento da indústria 
gráfica potencializou este processo, e ao mesmo 
tempo democratizou o conhecimento e a 
informação. E ao final abordaremos de maneira 
superficial o estudo dos tipos, ou seja, a tipografia. 
 
Sejam bem-vindos! 
 
 
Ambiente das organizações em uma sociedade contemporânea 
O padrão de vida e qualidade de vida dependem dos esforços 
conjuntos das empresas, do governo e das organizações sem 
fins lucrativos. Essas organizações devem sua existência a 
espíritos empreendedores, que pensaram no bem-estar da 
comunidade. 
Uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de fornecer 
produtos e serviços para atender as necessidades de pessoas 
e obter o lucro. Para tal o empreendedor precisa adquirir 
recursos, estruturar um sistema de operações e assumir um 
compromisso com a satisfação do cliente. 
Toda empresa é uma organização, mas nem toda organização é 
uma empresa. 
As organizações podem ser com fins lucrativos (Empresas) ou 
sem fins lucrativos. 
 
Diferenças entre Empresa e Organização 
Organizações: Formalmente constituída , possui normas e 
regulamentos, hierarquia, cultura organizacional, recursos, 
pessoas ocupando cargos e etc. 
As organizações não possuem, necessariamente, objetivo de 
lucro. No entanto, necessitam obter receita para fazer o 
pagamento das suas despesas, assim como qualquer 
organização. 
Empresas: As empresas têm todas as características de 
quaisquer organizações, mas com um grande detalhe: sua 
finalidade é lucrativa. 
O que diferencia Empresas de outras Organizações???? 
Toda organização precisa de dinheiro para fazer o pagamento 
de suas despesas. Da receita são descontadas as despesas 
como aluguel, tributos, água, luz, pessoal, etc. Quando o 
resultado é positivo, nas empresas é chamado de lucro, que 
será distribuído aos sócios.” 
“Já nas organizações não empresariais, o superávit deve ser 
revertido na própria organização (Art.12, § 3º da Lei nº 9.532/97). 
Tanto em uma como na outra, a qualidade da administração será 
um fator determinante para o sucesso.” 
Exemplos de Empresas = Indústrias, bancos, financeiras, 
supermercados, seguradoras, shopping centers etc. 
Exemplos de Organizações = templos religiosos, fundações, 
cooperativas, condomínios, organizações não governamentais, 
associações, etc. 
As ONGs, organizações sem fins lucrativos (conhecidas como 
organizações do Terceiro Setor) trabalham junto com as 
empresas privadas e o governo para tornar a sociedade mais 
orientada para as necessidades das pessoas. Portanto, elas não 
são excludentes; é frequente e desejável que as pessoas 
tenham atividades nas diferentes organizações. 
 
AMBIENTES DAS ORGANIZAÇÕES 
Organizações não existem no vácuo; elas estão inseridas em 
ambientes; 
Ambiente é o universo que envolve a organização; 
Por não estarem isoladas e não serem autossuficientes, elas 
precisam trocar com os elementos do ambiente em que estão 
inseridas (sistemas abertos); 
Como as organizações não podem compreender, tampouco 
dominar todos os elementos dos ambientes, elas selecionam os 
ambientes em que desejam operar; 
Esse reducionismo permite compreender uma amostra do 
ambiente, capaz de ser interpretada pela organização; 
As organizações delimitam o seu nicho de atuação. 
 
 
AMBIENTE EXTERNO DAS ORGANIZAÇÕES 
Uma empresa é um sistema aberto, isto é, recebe influências do 
ambiente ao mesmo tempo em que o influencia. Desta forma, 
para que a empresa possa sobreviver e se desenvolver, ela 
precisa monitorar o ambiente constantemente e se antecipar 
aos acontecimentos, utilizando um processo de previsão do 
futuro. 
Os resultados de uma organização destinam-se não apenas ao 
consumidor, mas a muitas partes interessadas, chamadas de 
stakeholders. Ou seja, todas as pessoas ou entidades que, de 
alguma forma, têm interesse ou são afetadas pela ação e 
desempenho da empresa. Do lado de dentro da empresa, os 
principais interessados são os colaboradores, administradores 
e acionistas. Do lado de fora há os consumidores, fornecedores, 
investidores, governo, concorrentes, comunidade etc. 
 
Ambiente Direto / Específico / Imediato ou de Tarefa: 
O mais próximo no qual a organização realiza suas operações 
diárias. Diz respeito às organizações que concorrem no mesmo 
setor de atividade. É composto por forças próximas à empresa 
que afetam sua habilidade de servir os clientes, seus canais de 
marketing e todos os públicos relacionados a ela. Sua análise é 
sempre feita considerando-se a empresa como centro e o que 
os diversos públicos esperam dela. De acordo com o público 
considerado, as expectativas são divididas em externas e 
internas. 
Exemplos: 
- CLIENTES: volúveis, esporádicos, fiéis, sazonais; 
- CONCORRENTES: diretos, alternativos ou substitutos; 
- FORNECEDORES: exclusivos, diversificados, de serviços, etc. 
- Grupos regulamentadores: sindicatos, conselhos 
profissionais, associações profissionais ou patronais, etc. 
 
Ambiente Geral ou Indireto ou Maior ou Macro-ambiente: 
É o ambiente mais distante. Exerce influência sobre as 
organizações, mas é pouco influenciado por elas. Afeta todas as 
organizações, independente do setor de atuação. É composto de 
forças que a empresa não pode controlar diretamente, como as 
variáveis econômicas, sociais, sindicais, demográficas, 
políticas, tecnológicas, legais, ecológicas, culturais e 
mercadológicas. Estas variáveis atuam de uma maneira 
integrada, sendo que a variação de uma delas pode influenciar 
bastante ou quase nada as outras. 
Por exemplo: a estabilidade econômica, uma variável política, 
pode reduzir a inflação, aumentando o poder aquisitivo da 
população. Esta, por sua vez, é uma variável econômica, que 
influencia a demanda de mercado. 
 
Exemplos: 
- Econômico – PIB, Despesas públicas, Juros, Balança 
Comercial. 
- Social – Distribuição de renda, Redução da jornada de trabalho 
e Lideranças sociais. 
- Sindical – Dispensa de trabalhadores, Liberdade dos 
sindicatos e Comissões de fábricas. 
- Demográfico – aumento do número de idosos, maior 
urbanização e Crescimento das favelas. 
- Político – Coligações partidárias, Descentralização do poder e 
Entidades representativas. 
- Tecnológico – Estímulo a P&D e Dependência do Brasil de 
tecnologias avançadas. 
- Legal – Reformulação da CLT, Leis de segurança e Medicina 
do trabalho. 
- Cultural – Novas casas de espetáculos, Salas de cinema e 
Produção do cinema nacional. 
- Ecológico – Reciclar, Grupos ambientais e Pressão da 
sociedade. 
- Mercadológico – Menor vida média dos produtos, Internet e 
Aumento da exigência de qualidade. 
 
 
Você tem medo da mudança? Mudança é bom ou ruim? 
“Estamos viajando por um território desconhecido, onde os 
velhos mapas e bússolas são inadequados e possivelmente 
perigosos”. (Peter Drucker) 
“O princípio da insanidade é fazer as coisas sempre da mesma 
maneira e esperar obter resultados diferentes”. (Albert 
Einstein) 
“Saber quais são as megatendências e acompanhá-las de perto 
é hoje um requisito essencial a todos aqueles que buscam 
excelência de resultados e não somente sobrevivência”. (John 
Naisbitt) 
O Ambiente em constante mudança 
• O mundo sempre esteve em mudança; 
• A mudança é a única coisa constante no mundo; 
• A mudança faz parte da vida das organizações; 
• Resistir às mudanças é uma atitude frequente; 
• Cooperar com as mudanças ou ser agente de mudanças é 
o mais sensatoa se fazer. 
 
Como exemplos de produtos bons do passado, porém que 
ficaram um tanto esquecidos por não mudarem, adaptando-se 
às novas realidades temos: 
Personagens de desenhos animados, apresentadores de 
programas infantis, brinquedos, entre outros. 
• Palhaço Bozo, etc. 
• Brinquedo Pogobol, Gênius, etc. 
• Desenho Capitão Caverna, Formiga Atômica, etc. 
 
Como exemplos de empresas/produtos que mudaram com o 
tempo, adaptando-se aos clientes e ao mercado, continuando 
com o sucesso. 
• Algumas marcas de calçado como Havaianas; 
• Brinquedos como bicicleta, jogos de tabuleiro, etc; 
• Aparelhos de telefone, em especial os móveis, que hoje 
possuem como forte aliada a tecnologia, etc. 
• Aparelhos para músicas, que evoluíram para atender a 
demanda de tecnologia atual. 
 
Fatores provocadores ou facilitadores das mudanças 
➢ Economia 
➢ Legislação 
➢ Tecnologia 
➢ Inovações 
➢ Comportamento de Usuários 
 
Fatores provocadores ou facilitadores das mudanças 
 
 
 
Globalização: 
- Rompimento das barreiras entre países; 
- Permite e facilita o tráfego de mercadorias, serviços, 
tecnologias e cultura entre os países; 
- Mercados mais exigentes; 
- Maior diversidade de produtos e serviços; 
- Margens de lucros mais apertadas; 
- Menor espaço para erros; 
- Busca de diferencial competitivo; 
- Competição cada vez mais acirrada; 
- A Globalização aumenta a competição entre as organizações 
e surgem oportunidades e ameaças. 
 
 
 
 
“Clientes podem demitir todos de uma empresa, 
do alto executivo para baixo, simplesmente gastando seu 
dinheiro em outro lugar.” 
 
Conforme FOINA, Paulo Rogério (2006), TI é o “conjunto de 
hardware, software e recursos humanos habilitados, que 
viabilizem o funcionamento correto dos sistemas de 
informação, cujo papel significativo não se limita ao simples 
gerenciamento de uma organização, mas também como uma 
importante ferramenta de apoio à decisão, funcionando como 
uma plataforma estratégica”. 
 
- A tecnologia é uma importante variável para a gestão 
empresarial. 
- Dentre as frases citadas por Bill Gates, destaco esta: "A 
primeira regra de qualquer tecnologia utilizada nos negócios é 
que a automação aplicada a uma operação eficiente aumentará 
a eficiência”. A segunda é que “a automação aplicada a uma 
operação ineficiente aumentará a ineficiência”. 
- Em uma sociedade cada vez mais informatizada e 
automatizada, qual é o papel da Tecnologia de Informação no 
processo de tomada de decisão? 
- Tecnologia são MEIOS? Em essência, tecnologias de apoio à 
decisão são meios de receber e processar informação. 
Tecnologia não são FINS! Não funcionam por si só: dependem 
da informação que recebem, da infraestrutura, do meio 
ambiente onde estão instaladas e da utilidade da informação 
que processam. 
 
 
 
Aula 2: Escolha do Negócio 
 
 
Ao final desta aula, o aluno será capaz de: 
 
1- Compreender como é feita a escolha do tipo de empresa e o desenvolvimento do negócio; 
 
2- Identificar e avaliar ideias de produtos novos ou oportunidades de comprar negócios já existentes; 
 
3- Conhecer fontes de oportunidades de negócios; 
 
4- Analisar a necessidade dos consumidores e a viabilidade do mercado; 
 
5- Entender a atuação da concorrência e tendências do mercado. 
 
 
 
Introdução 
Nesta aula você entenderá sobre a escolha do negócio e o seu 
desenvolvimento, através da avaliação de ideias de produtos 
novos ou avaliação da oportunidade de comprar negócios já 
existentes. Desta forma, será capaz de identificar fontes de 
oportunidades de negócios, avaliando a necessidade dos 
consumidores, a viabilidade do mercado, a atuação da 
concorrência e tendências, para escolher com segurança o tipo 
de empresa a ser empreendida, identificando aspectos 
importantes para sua formalização. 
O empreendedor precisa adquirir o hábito de observar a 
realidade e identificar as oportunidades, lendo e acompanhando 
notícias nos diversos meios de comunicação, juntando 
informações e preferências detectadas no seu ambiente, 
acompanhando pesquisas, questionando processos percebidos 
no seu trabalho, avaliando fornecedores e clientes, bem como a 
leitura de revistas, filmes e, certamente, tendências 
acompanhadas pela internet. 
Compreender um ambiente é, antes de tudo, transformar a 
atitude distraída em curiosa e atenta, que se ocupa em ver e 
compreender como funciona cada sistema que está no 
ambiente, quais os seus pontos essenciais, quais os elementos 
que compõem o ambiente e como funcionam. Capturar 
oportunidades não é "levar vantagem", mas entender melhor os 
desafios e ter mais informação para decidir e compreender o 
que pode ser melhorado, substituído ou criado, caminhando 
para a criatividade e inovação. 
 
 
Desenvolvimento de um novo Negócio 
Muitas pessoas, ao andar pelas ruas, podem apenas ver 
multidões, enquanto um empreendedor percebe muito mais do 
que isso. Ele pode ver como um fluxo de pessoas com inúmeras 
motivações, compras, vendas, movimentação de bens, faixas 
etárias e tipos de negócios. O empreendedor enxerga 
oportunidades associadas à criação de valor para as pessoas, e 
não necessariamente com preços baixos, destacando que preço 
e valor são diferentes. 
 
Negócios são iniciados quando empreendedores desenvolvem 
ideias para novos produtos ou serviços. Não são apenas os 
produtos de alto conteúdo tecnológico que têm potencial para o 
sucesso. Na verdade, com frequência chegam ao mercado 
produtos e serviços sem nenhuma sofisticação tecnológica. As 
ideias de novos negócios nascem de muitas formas. Um 
empreendedor é capaz de transformar ideias em oportunidades 
de negócios. 
 
Fontes de ideias e oportunidades 
Todas as fontes de ideias e oportunidades estão condicionadas 
pelas competências do empreendedor (conhecimentos, 
habilidade e limitações) e pelas possibilidades do mercado 
(necessidade, desejos e interesses dos consumidores). 
Baseado nisto são identificadas as seguintes fontes de ideias e 
oportunidades de negócios: 
 
Novo negócio com base em novo conceito: Esta linha baseia-se 
em competência técnica e grande criatividade do 
empreendedor, bem como habilidade para prever padrões e 
tendências. O conceito do negócio é tão novo e revolucionário 
que cria um novo mercado, como a lâmpada de Thomas Edison, 
o Modelo T de Henry Ford, o telefone de Graham Bell, o software 
de Bill Gates e muitos outros. 
 
Novo negócio com base em conceito existente: Há também 
pessoas que iniciam um empreendimento com base em velhos 
conceitos. A ideia não é nova e o empreendedor não criou algo 
inovador, mas desenvolveu um negócio onde nada existia. 
Portanto, também é considerado um empreendedor. 
Um exemplo conhecido é o da Gol Linhas Aéreas, que atua em 
um ramo de alta tecnologia e altos investimentos, com base em 
uma estratégia de baixo custo e baixo preço, conseguindo criar 
uma empresa de grande sucesso. No entanto, a ideia não era 
nova quando a Gol foi fundada em 2001, pois a Southwest 
Airlines em 1971 e a Ryanair em 1985 já operavam com esta 
estratégia. 
Necessidade dos consumidores: O empreendedor potencial 
pode identificar carências e interesses das pessoas 
simplesmente prestando atenção em suas reclamações, 
hábitos e traços culturais, e em seguida interpretar esses 
comportamentos para desenvolver produtos ou serviços que 
atendam essas necessidades. 
Muitos produtos importantes foram desenvolvidos com a ajuda 
do consumidor, como aconteceu com os serviços de entrega 
que exploram as deficiências e limitações dos serviços oficiais 
dos Correios. 
Aperfeiçoamento do negócio: Essa prática também pode 
originar-se da observação das necessidades e insatisfações 
dos consumidores, bem como da avaliação contínua do negócio 
atual. Pessoas observadoras e curiosas criam o hábito de 
buscar informações sobre como funciona cada setor, 
identificando os pontos onde há possibilidadede realizar 
melhorias. A identificação de oportunidades de aperfeiçoamento 
possibilita ao empreendedor adequar seus produtos e serviços 
a novos formatos e padrões de qualidade, preço, distribuição 
etc. 
Um exemplo é o do autoatendimento das farmácias, que 
copiaram o modelo dos supermercados. 
Exploração de hobbies: Um hobby do empreendedor pode 
transformar-se em oportunidade de negócio, a partir do 
momento em que identificar suas possibilidades comerciais em 
algum segmento da sociedade. 
Um exemplo foi a invenção do walkman, criado por Aiko Morita, 
que jogava golfe e queria ouvir música ao mesmo tempo. 
Observação de Tendências: Os mercados e consumidores estão 
em constante mudança, e a observação da realidade permite a 
descoberta de novos mercados. O empreendedor precisa 
desenvolver o hábito de observar a realidade, com o objetivo de 
compreender seus mecanismos de funcionamento e tendências. 
Um exemplo é o aumento da criminalidade em algumas regiões 
do Brasil, criando oportunidades para empresas de serviços de 
seguros, vigilância e localização de carros roubados. 
Derivação de ocupação: Alguns empreendedores iniciam 
negócios com base em sua atividade. Analisando sua ocupação, 
e seu grau de sucesso ou insucesso, o empreendedor poderá 
desenvolver produtos e serviços nos quais suas experiências e 
seus conhecimentos são aproveitados. 
Por exemplo: os professores que criam escolas. 
 
Licenças 
Se um empreendedor desenvolve um novo produto ou serviço, 
mas não tem os recursos financeiros para produzi-lo e 
distribuí-lo, ou não tem interesse em criar ou aumentar uma 
empresa, mas deseja explorar a ideia, uma boa saída são as 
licenças. O empreendedor pode dar a licença a outras empresas 
para produzir e vender o novo produto em troca de uma 
comissão sobre as vendas ou de um pagamento predefinido. 
Para garantir a propriedade do novo produto ou serviço e 
impedir que outros o pirateiem, o empreendedor deverá 
patenteá-lo ou registrá-lo. 
Fatores Críticos para o Sucesso de Novos Produtos 
O desenvolvimento de novos produtos sempre embute um alto 
nível de risco. Os riscos têm motivado estudos para identificar 
os fatores que fazem de um produto ou serviço um sucesso ou 
fracasso. Um estudo de novos produtos, realizado pelo Hewlett-
Packard Medical Products Group, identificou alguns desses 
fatores. Os autores desse estudo afirmam que se apenas um 
fator não estiver adequado, o produto ou serviço poderá ter 
como resultado o fracasso. 
 
➢ Pesquisa adequada de marketing – é crucial para evitar 
que o produto fracasse. Sua desvantagem é o custo alto. 
➢ Atendimento de uma necessidade – requisito essencial do 
novo produto ou serviço é ser realmente necessário para 
os consumidores. 
➢ Grande vantagem do produto – o produto deve ser superior 
aos concorrentes em atributos como qualidade, aparência, 
tecnologia e praticidade. 
➢ Qualidade e preço adequado no lançamento – se o produto 
tiver pouca qualidade ou preço elevado demais quando 
lançado, dificilmente o consumidor irá procurá-lo 
novamente. 
➢ Escolha dos canais corretos de distribuição – a definição 
dos locais de venda e da forma de fazer o produto chegar 
aos clientes é determinante ao sucesso. 
 
 
 
 
Avaliação de Ideias de Produtos 
Ter uma ideia ou descobrir uma oportunidade não é garantia de 
sucesso. O fator determinante do sucesso é a estratégia, e não 
apenas a criatividade ou a inovação. Há muitos aspectos a 
serem considerados e planejados entre o surgimento de uma 
ideia e a criação de um negócio. No entanto, de maneira geral, 
uma avaliação da viabilidade e dos riscos do empreendimento é 
essencial. Baseado nisto, serão citados os critérios para avaliar 
produtos e negócios: 
 
Critérios para Avaliar Produtos e Nogócios 
Viabilidade de mercado – o mercado é o principal fator que o 
empreendedor deverá levar em consideração antes de montar um 
negócio. A viabilidade de uma ideia é determinada em primeiro lugar 
pela existência de pessoas com poder aquisitivo e vontade de comprar. 
Para que o sucesso de um negócio seja alcançado, algumas perguntas 
importantes deverão ser feitas: 
• Há um mercado real ou potencial para a ideia? 
• Quem compraria o produto ou serviço (o próprio consumidor, família, 
pais etc.)? 
• Qual a frequência de compra do produto (diário, mensal, anual ou 
ocasiões especiais)? 
• Qual o tamanho do mercado? Quantidade de clientes pessoa física ou 
jurídica. 
• Como se distribuem geograficamente os clientes? Onde estão os 
compradores? 
• Qual o preço aceito pelos clientes? 
• Como ajustar o negócio ao risco da sazonalidade como moda, 
alimentos e brinquedos?” 
O que diferencia Empresas de outras Organizações???? 
Concorrência – o empreendedor deverá buscar informações 
como o número de competidores, o alcance dos canais de 
distribuição, suas políticas de preços e suas vantagens 
competitivas. 
 
As vantagens competitivas são atributos do produto ou serviço, 
ou das empresas que os fornecem, que motivam a preferência 
do mercado ou do cliente, criando diferenciais que 
proporcionam ganho físico ou psicológico para o consumidor, 
permitindo à empresa superar os competidores, estabelecer 
sua marca e fortalecer sua identidade. 
As barreiras para a entrada de competidores, como as taxas 
sobre produtos importados ou os subsídios para os produtos 
locais, constituem também uma vantagem competitiva. É 
importante para o empreendedor conhecer os fornecedores dos 
concorrentes, o que pode ajudar o empreendedor a identificar 
novas oportunidades e manter-se informado sobre as 
tendências do mercado. 
O empreendedor também deverá entender se o segmento ou 
ramo de atividades que escolheu é controlado por organizações 
dominadoras e que têm capacidade de definir as regras do 
mercado através de monopólios e cartéis. 
 
Viabilidade de produção: refere-se à capacidade efetiva de 
fornecer o produto ou serviço hoje e amanhã. O empreendedor 
precisa verificar se é possível fabricar o produto ou prestar o 
serviço e o que é necessário para fornecer o produto/ serviço. 
Outras perguntas também são importantes: 
• Existem os componentes e matérias-primas necessários para 
o produto/ serviço? 
• Existem máquinas, instalações ou equipamentos com esta 
capacidade? 
• Existe mão de obra suficiente e preparada? Qual a necessidade 
de treinamentos? 
• Qual a necessidade de desenvolvimento e experimentação do 
produto? 
• Quanto vai custar montar a infraestrutura para fornecer o 
produto ou serviço? 
 
Controle governamental: A intensidade do controle 
governamental na qual o empreendedor vai estar sujeito deve 
ser levada em consideração, pois nesta situação as mudanças 
nas regras são constantes, gerando uma inconstância no 
mercado. Um exemplo são as empresas importadoras e 
exportadoras, que têm suas ações baseadas nas ações dos 
governos. 
 
Investimento inicial e retorno: O capital é o ponto crucial de 
qualquer empreendimento. O empreendedor deverá calcular o 
montante necessário para dar início ao negócio, conhecido 
como “investimento inicial”. O valor pode determinar se o 
empreendedor tem condições de começar o negócio ou não. E 
tão importante quanto é o cálculo do retorno do investimento. A 
análise do mercado deve revelar qual o potencial de receitas e 
o tempo necessário para a recuperação do investimento. 
 
 
 
 
Aquisição de um Negócio Existente 
Quando se considera a possibilidade de adquirir um negócio já 
existente, deve-se dar atenção a três aspectos essenciais: 
histórico da empresa e perspectivas; patrimônio e operações 
em andamento e preço da compra. 
 
Menos inovador, mas não menos empreendedor, é aquele que 
compra um negócio existente sem plano de mudar as operações 
correntes. Para tomar a decisão mais acertada, o 
empreendedor deve analisar as vantagens e desvantagens 
desse tipo de operação. 
 
PONTOSA CONSIDERAR NA COMPRA DE UM NEGÓCIO EXISTENTE 
Pontos a Favor e Vantagens 
➢ Produto, serviço e mercado definidos 
➢ Empresa em funcionamento 
➢ Equipamentos disponíveis 
➢ Clientela formada 
➢ Fornecedores operando 
➢ Experiência do proprietário anterior 
➢ Conhecimento dos empregados 
 
Pontos Contra e Risco 
➢ Herança de problemas trabalhistas ou fiscais 
➢ Problemas futuros ocultos 
➢ Mão de obra desqualificada 
➢ Imagem comprometida 
➢ Modernização necessária dispendiosa 
➢ Localização desvantajosa 
➢ Preço alto, gerando ônus sobre o lucro 
Tipos de Empresas 
Escolher o tipo de empresa significa definir o formato do 
empreendimento, que pode ser uma empresa propriamente dita 
ou uma alternativa. As principais possibilidades são: 
➢ Empresa Tradicional: É uma entidade econômico-
administrativa que tem finalidade econômica, ou seja, tem 
o lucro como objetivo, por meio de atividades de 
transformação e fornecimento de bens e serviços. 
➢ Empresa Familiar: É uma iniciativa que tem o objetivo de 
melhorar a condição socioeconômica de uma família, 
dividindo entre os seus componentes as tarefas e os 
benefícios, e gerando com o passar do tempo uma série de 
questões mais complexas do que a simples administração 
de uma atividade comercial ou industrial, como a transição 
da gestão para os descendentes. 
➢ Franquia ou Franchising: O franqueador é o detentor da 
marca e do método de trabalho licenciado de terceiros. É o 
agente que idealiza e formata a franquia do negócio ao 
franqueado. E o franqueado é a pessoa jurídica ou física que 
adquire o direito de uso da marca e/ou método de trabalho, 
por meio de um pagamento inicial ou mensal. Ao aderir à 
rede de franquias, o franqueado passa a operar com a 
marca do franqueador, seguindo todos os padrões 
estabelecidos e supervisionados por este. 
O franchising oferece algumas vantagens e desvantagens, 
como mostra o quadro: 
Vantagens: 
1. O empreendedor compra uma empresa pronta, sem 
necessidade de inventar produto, nome, embalagens etc. 
2. A operação da empresa, o treinamento dos funcionários, os 
uniformes e materiais são padronizados pelo franqueador 
– não há necessidade de criar. 
3. O sistema de suprimentos de matérias–primas já está 
montado pelo franqueador. 
4. A marca é conhecida e o empreendedor não precisa investir 
na construção da imagem. 
5. O empreendedor pode trocar experiências com outros 
franqueados da mesma empresa. 
6. O valor do investimento para iniciar e manter as operações 
é fácil de determinar, o que torna determinístico o 
planejamento financeiro. 
7. O franqueado recebe orientação do franqueador, que está 
interessado em seu sucesso. 
8. O franqueado pode ter mais de uma loja da mesma 
franqueadora. 
 
Desvantagens: 
1. O investimento inicial pode ser alto, dependendo do valor 
da marca franqueadora. 
2. O franqueado obriga-se a um pagamento mensal ao 
franqueador; em geral, uma taxa sobre as receitas, o que 
faz o papel de um imposto a mais. 
3. O franqueado tem que seguir todas as exigências do 
franqueador, até mesmo de renovação de toda a loja, 
independentemente do tempo de franquia. 
4. O franqueador pode conceder várias franquias numa 
mesma região, ganhando no conjunto, mas prejudicando os 
franqueados individualmente. 
5. O franqueado não tem liberdade para introduzir inovações 
nos produtos, nas instalações ou em qualquer aspecto de 
franquia que impacte a identidade do franqueador. 
6. Os preços são tabelados, impedindo alterações para 
favorecer a competitividade. 
7. Assim como acontece em qualquer outra modalidade de 
empreendedorismo, não há nenhuma garantia de sucesso. 
 
➢ Escritório Doméstico ou Home Office: É o trabalho 
profissional realizado em casa. É uma opção atrativa para 
o início de micro e pequenas empresas, já que representa 
considerável economia de custos em relação a outras 
possibilidades. Essa modalidade de negócio nasceu com 
terceirização dos serviços e com a ajuda dos avanços da 
tecnologia da informação e da globalização, e vem mudando 
o contexto empresarial e o perfil do emprego. 
➢ Cooperativa: É a sociedade de pessoas com forma e 
natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeita a 
falência e constituída para prestar serviços às pessoas que 
se associam a ela, precisando ter um número mínimo de 20 
pessoas. É uma empresa com dupla natureza, que privilegia 
o lado econômico e social de quem se associa. O associado 
ou cooperado é ao mesmo tempo dono (administra a 
empresa) e usuário (utiliza dos serviços) da cooperativa. A 
cooperativa pode atuar em qualquer gênero de serviço, 
operação ou atividade. Ela tem o perfil de acordo com os 
seus associados, que se reúnem em torno de um ou mais 
objetivos específicos, como por exemplo agropecuária, 
habitacional, de crédito, educacional, saúde etc. 
 
FORMALIZAÇÃO DE UM NOVO NEGÓCIO 
Compreende todos os procedimentos burocráticos 
necessários para formalizar um empreendimento. O registro 
de uma empresa varia de acordo com a região onde ela se 
encontra e depende do tipo de sociedade que será constituída. 
Atualmente no nosso país é algo extremamente demorado, 
pois a lista de exigências é muito grande. 
 
NOME EMPRESARIAL (FIRMA OU DENOMINAÇÃO) 
A firma é o nome utilizado pelo empresário, pelas sociedades 
em nome coletivo, de capital e indústria. A firma só pode ter 
como base nomes civis dos sócios ou de apenas um sócio 
acrescido do termo “e Cia.”, sendo permitido, no final, a 
utilização de uma expressão que identifique o objeto da 
empresa, como por exemplo, “Andrade & Xavier Componentes 
Eletrônicos Ltda. 
A denominação é o nome utilizado pelas sociedades 
anônimas e cooperativas e, em caráter opcional, pelas 
sociedades limitadas e em comandita por ações. A 
denominação pode ser composta por um nome civil, sem 
fazer menção ao nome de algum dos sócios ou a qualquer 
nome civil, como por exemplo, “Tecelagem Ômega Ltda.” 
 
Artesão: Entende-se que o artesão não é propriamente um 
empresário, mas sim um trabalhador autônomo. De acordo com 
o art. 7, do Regulamento do Imposto de Produtos 
Industrializados, produto de artesanato é aquele proveniente de 
trabalho manual realizado por pessoa natural nas seguintes 
condições: o trabalho não conta com auxílio ou participação de 
terceiros assalariados e o produto é vendido ao consumidor 
diretamente. 
Produtor Rural: é a pessoa física, natural, que explora a terra 
visando à produção vegetal e/ou animal e também à 
industrialização artesanal desses produtos primários – 
produção agroindustrial. 
Sociedade simples: é formada por pessoas que exercem 
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística. É considerada pessoa jurídica. Um exemplo é quando 
dois médicos se unem e constituem um consultório médico. 
Sociedade Empresária: é aquela que exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou circulação 
de bens de serviços, constituindo elemento da empresa. É 
considerada pessoa jurídica e tem registro na Junta Comercial 
de seu respectivo Estado. 
Sociedade Limitada: é quando o capital social está dividido em 
cotas e a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas 
cotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização 
do capital social. 
Sociedade por Ações: é quando o capital social é dividido em 
ações. Cada sócio responde somente pelo preço de emissão das 
ações que adquiriu. O conceito de “sociedades por ações” 
engloba tanto sociedades anônimas como as comanditas por 
ações. 
Sociedade Estrangeira: é a empresa constituída e organizada 
em conformidade com a legislação de seu país de origem, onde 
também mantém sua sede administrativa. No entanto, necessita 
de autorização do Poder Executivo. 
 
GABARITO: 2 4 3 1 5 
 
 
 
Nesta aula, você: 
• Compreendeu como é feita a escolha do tipo de empresa e o desenvolvimento do negócio;• Identificou e avaliou ideias de produtos novos ou oportunidades de comprar negócios já existentes; 
• Conheceu fontes de oportunidades de negócios; 
• Analisou a necessidade dos consumidores e a viabilidade do mercado; 
• Entendeu a atuação da concorrência e tendências do mercado. 
 
 
Na próxima aula, você vai estudar: 
• O que é a Conjuntura Econômica e seus elementos; 
• Interação e influências do ambiente econômico nas empresas; 
• Condições e componentes do ambiente econômico saudável; 
• Fatores da conjuntura econômica, do mercado e global; 
• As organizações em um sistema complexo e dinâmico na sociedade contemporânea. 
 
Aula 3: Conjuntura Econômica 
 
Ao final desta aula, o aluno será capaz de: 
 
1- Entender o que é preciso saber sobre a conjuntura econômica; 
 
2- Verificar como os empreendimentos interagem e são influenciadas pelo ambiente econômico; 
 
3- Identificar as condições e componentes do ambiente econômico saudável; 
 
4- Conhecer e analisar os fatores da conjuntura econômica, do mercado e global; 
 
5- Compreender que as organizações fazem parte de um sistema complexo e dinâmico na sociedade 
contemporânea. 
 
 
 
 
Introdução 
Nesta aula você entenderá como as empresas são influenciadas 
pelo ambiente econômico e identificará os 
fatores da conjuntura econômica, do mercado e global. 
Demonstraremos ainda que as organizações fazem 
parte de um sistema complexo e dinâmico na sociedade 
contemporânea. 
Para o empreendedor ter sucesso hoje, precisa entender que a 
demanda pode ser definida como a quantidade de um 
determinado bem que os consumidores queiram e possam 
adquirir em determinado período de tempo, sendo influenciado 
por variáveis como o preço, os bens concorrentes, a renda do 
consumidor, a preferência do indivíduo e a sazonalidade. 
Os empreendedores precisarão estar motivados para atender à 
demanda crescente, conquistando fatias maiores de mercado e 
contratando, gerando com isso maior volume de renda na 
economia, novos impostos e, por consequência, crescimento 
econômico. 
A evolução tecnológica no século XX foi determinante para 
trazer todas as facilidades de comunicação entre as pessoas, 
base da globalização. Com isto surge uma conectividade entre 
mercados e pessoas de todo o mundo, gerando um cliente cada 
vez mais exigente em função da variedade de produtos e 
serviços, e uma busca incansável das empresas por novas 
vantagens competitivas, visando conquistar e fidelizar os 
clientes. 
 
Ambiente Econômico Saudável 
O fator risco deve fazer parte da vida dos empreendedores, e 
pode ser avaliado e muitas vezes ser reduzido, contornado ou 
eliminado. Quando o risco se mostra muito grande e não há 
como atuar sobre ele, é possível que o empreendedor desista 
de realizar o empreendimento ou mude completamente o modo 
pelo qual vai viabilizá-lo, para evitar correr um risco 
considerado excessivo. 
 Um ambiente econômico saudável é condição básica para 
estimular investimentos na criação de empresas. O ambiente 
econômico é saudável quando há incentivo para a iniciativa 
privada e os empreendedores potenciais percebem que vale a 
pena correr riscos, pois há uma chance razoável de recuperar 
seu investimento com lucro. 
 
Contribuições do Governo para o Empreendedorismo Uma 
parte importante para a criação de um ambiente econômico 
saudável para os empreendedores são as condições criadas 
pelo governo. Este tem o papel de capitalizar ações que 
favoreçam a criação de novos empreendimentos e a percepção 
pelo empreendedor que possui o apoio para o sucesso de seus 
negócios. Vejamos algumas ações importantes: 
Carga Tributária Justa: O governo pode diminuir os riscos dos 
novos negócios por meio da redução da carga tributária, 
gerando impostos mais compatíveis com o mercado. O excesso 
de tributos estrangula e afugenta os empreendedores, que 
procuram as condições mais favoráveis para o retorno do 
investimento. A carga tributária muito elevada deixa pouca 
margem para o reinvestimento das empresas, que passam a 
crescer em ritmo lento e ainda deixa um retorno para os 
investidores que não é compatível, a exemplo de outros países. 
No caso do Brasil, essa carga tributária está muito alta, em 
torno de 40% do seu faturamento. Um exemplo são as locadoras 
de automóveis, que preferem estabelecer-se no Paraná pelo 
fato de o valor do IPVA ser menor em relação a outros estados. 
 
Combate à Corrupção: Uma das contribuições mais importantes 
que o governo pode oferecer à sociedade é combater a 
corrupção no mundo dos negócios e entre os funcionários 
públicos, impedindo que alguém receba dinheiro para promover 
a ilegalidade, gerando uma concorrência desleal entre as 
empresas. 
 
Estabilidade Legal: As constantes mudanças na legislação e o 
funcionamento da Justiça tornam o ambiente ameaçador para o 
empreendedorismo. Uma legislação clara, estável e que 
contemple os empreendimentos nascentes é componente 
essencial de um ambiente econômico favorável aos 
investimentos nos negócios. Em todos os países que 
reconhecem o empreendedorismo como gerador de empregos 
e de inovação, há uma proteção para as empresas nascentes, 
com o objetivo de dar-lhes espaço para sobreviver e depois 
crescer. Isso não ocorre ainda no Brasil, mas já demos um 
passo importante com a nova legislação para as pequenas 
empresas. 
 
Atitude Positiva em relação ao Empreendedorismo: Encarar os 
empreendedores de forma positiva, como promotores do 
desenvolvimento, é essencial para estimular novos negócios e 
o crescimento econômico. Assim, a cada dia, o 
Empreendedorismo torna-se uma ferramenta mais eficaz para 
a promoção do crescimento econômico, aumentando o número 
de empresas e empregos criados. 
 
Facilidade de Obtenção de Crédito e Juros Baixos: Não só é 
necessário que haja linhas de crédito para novos 
empreendimentos com juros mais baixos, como a burocracia 
não pode causar impedimentos na sua obtenção. 
 
Burocracia Inteligente: A burocracia é necessária para registrar 
os fatos comerciais e sistematizar diversos serviços. 
Entretanto, ela precisa ser suficientemente inteligente para não 
se tornar um custo adicional da empresa ou mais uma demora 
em chegar ao mercado e entregar seus produtos e serviços. 
 
 
 
 
Conceitos Básicos de Economia 
O ambiente econômico compreende basicamente três 
condições: conjuntura econômica, conjuntura do mercado e 
global. No entanto, antes de avaliar estas condições do 
ambiente econômico, é importante conhecer alguns conceitos 
da economia como mercado, concorrência, demanda e oferta. 
➢ Mercado: É o mecanismo de troca entre compradores e 
vendedores de bens e serviços. A demanda é determinada 
pelos compradores e a oferta, pelos vendedores. A maioria 
dos mercados é competitiva, com muitos compradores e 
vendedores. 
 
➢ Concorrência: Para a teoria econômica, há quatro níveis de 
concorrências: 
- Concorrência perfeita: Ocorre quando os bens oferecidos 
são iguais e os compradores e vendedores são numerosos 
a ponto de não influenciarem os preços individualmente, 
como os produtos agrícolas. 
- Concorrência monopolística: Ocorre no mercado em que 
existem muitos consumidores e um número reduzido de 
produtores ou vendedores, que oferecem produtos 
semelhantes. Por causa disso, os produtores ou 
vendedores podem determinar os preços de seus produtos, 
como indústrias automobilísticas. 
- Oligopólio: Ocorre quando há poucos vendedores que não 
têm intenção de concorrer entre si, como a indústria de 
cigarros. 
- Monopólio: Ocorre quando apenas um produtor ou 
prestador de serviços controla os preços, como as 
companhias de energia elétrica. 
➢ Demanda: A demanda caracteriza o comportamento dos 
compradores. A quantidade demandada de um bem ou 
serviço é a quantidade que os compradores desejam e 
podem comprar. Os principais fatores que influenciam a 
demanda são: preço, renda, gosto e preço de bensrelacionados. 
- Preço: É a variável que mais influencia a demanda, 
compondo o que os economistas chamam de “Lei da 
demanda”, que tem o princípio de que os consumidores 
comprarão mais se o preço diminuir e menos se o preço 
aumentar. 
- Renda: Se a renda do consumidor diminuir, a demanda 
pela maioria dos bens, principalmente os supérfluos, tende 
a diminuir também. 
- Gosto: É o aspecto mais importante para compor a 
demanda. O produto precisa agradar ao comprador 
potencial, senão, mesmo com um preço baixo, a demanda 
não aumenta. 
- Preço de bens relacionados: Produtos com 
características semelhantes que atendem ao mesmo tipo 
de consumidor precisam ser acompanhados, pois 
influenciarão na demanda. 
 
➢ Oferta: É a quantidade que os vendedores estão dispostos 
e podem vender. Representa o somatório das quantidades 
individuais oferecidas pelos fornecedores de determinados 
produtos ou serviços. Os principais fatores que influenciam 
a oferta são: preço de venda, preço dos insumos e 
tecnologia. 
- Preço de venda: É um dos fatores determinantes da 
quantidade oferecida. Há formas de apurar até que ponto a 
fabricação é vantajosa e quando ela deixa de ser viável, 
sendo a melhor opção interrompê-la. A variável do preço 
compõe a chamada “Lei da oferta”, segundo a qual a 
quantidade de um bem ou serviço aumenta quando seu 
preço aumenta. 
- Preço dos insumos: Insumo representa tudo que será 
utilizado para a fabricação de um produto. Portanto, quando 
o preço de algum insumo aumenta, a oferta do produto 
diminui, porque a produção se torna menos lucrativa. 
- Tecnologia: O uso da tecnologia poderá diminuir o 
desperdício ou aumentar a produção, gerando uma redução 
de custo e aumentando a quantidade ofertada, pois o 
processo se torna mais lucrativo. 
 
Condições do Ambiente Econômico 
O ambiente econômico compreende basicamente três 
condições: Conjuntura Econômica, Conjuntura do Mercado e 
Conjuntura Global. 
Há três fatores macroeconômicos que afetam o desempenho de 
qualquer negócio: Crescimento Econômico, Inflação ou Deflação 
e Taxa de Juros. 
➢ Crescimento Econômico: Um dos principais fatores 
econômicos que influenciam o desempenho das empresas 
é o crescimento econômico ou a mudança no nível geral da 
atividade econômica. A forma mais comum de medir o 
crescimento da economia é o PIB, que é o valor de mercado 
de todos os bens e serviços finais produzidos em um país 
em um dado período de tempo. Uma medida alternativa que 
indica o crescimento econômico é a queda no nível de 
desemprego no país. Quando o crescimento econômico é 
negativo por dois trimestres consecutivos, o período é 
chamado de recessão. 
➢ Inflação ou Deflação: A inflação representa um aumento 
geral do nível de preços de produtos e serviços em certo 
período de tempo, diminuindo o poder aquisitivo dos 
compradores. A deflação, por outro lado, é um declínio 
substancial no nível geral dos preços de bens e serviços, 
significando que o poder aquisitivo da moeda aumentou. O 
empreendedor precisa estar atento a esses indicadores, 
pois afetarão a atividade operacional do empreendimento, 
os custos dos produtos, e consequentemente, aumentando 
os preços finais dos produtos. 
➢ Taxa de Juros: Os empreendedores devem estar sempre 
atentos às taxas de juros, pois elas determinarão o quanto 
se pagará por um empréstimo e os rendimentos do 
empreendimento, sendo um fator determinante na 
viabilização dos negócios. No Brasil, a taxa básica de juros 
é a Selic, determinada pelo Banco Central brasileiro. 
 
A Conjuntura de Mercado compõe-se de quatro fatores: 
demanda de produtos e serviços, competição no mercado, 
mercado de trabalho e regulamentação governamental. 
➢ Demanda de Produtos e Serviços: Tem influência 
significativa no desempenho do empreendimento. 
A demanda é afetada pelo ambiente macroeconômico, pela 
renda dos clientes e pelas preferências dos consumidores. 
➢ Competição no Mercado: Cada empresa atua em 
determinado segmento ou nicho de mercado, que irá definir 
o seu modelo de negócio, seus padrões de qualidade e seus 
competidores. O nível de competitividade varia de acordo 
com a quantidade de empresas e suas vantagens 
competitivas. Quando o empreendimento enfrenta poucos 
concorrentes, a lucratividade tende a ser maior. O 
empreendedor deve conhecer os seus concorrentes para 
verificar suas chances reais de obter sucesso. 
 
➢ Mercado de Trabalho: Algumas empresas têm 
características especiais em seus colaboradores. 
Os custos de mão de obra são maiores em setores 
específicos, pois requerem especialistas. 
A existência de sindicatos aumenta os custos da mão de 
obra e pode possibilitar greves. 
 
➢ Regulamentação Governamental: Todas as atividades estão 
sujeitas a algum tipo de regulamentação. 
Um empreendedor deve examinar todas as 
regulamentações e possíveis mudanças nas normas da 
atividade escolhida. 
 
 
Conjuntura Global - Globalização e Concorrência 
Globalização significa aumento da competição internacional e 
do livre comércio entre os países, gerando uma busca das 
empresas pelas vantagens competitivas de alta qualidade e 
preço baixo. A concorrência global devastou empresas em todo 
o mundo, mas também trouxe grandes benefícios para quem 
não ficou parado. Os padrões de qualidade e eficiência 
tornaram-se universais, trazendo uma preocupação com a 
qualificação da mão de obra, melhor aproveitamento dos 
recursos, aprimoramento contínuo e uma busca sem fim pelo 
encantamento e fidelização do cliente. 
Uma empresa não pode ficar à margem do processo de 
globalização, pois com a liberação do comércio, vem a liberdade 
dos consumidores com acesso a bens e serviços variados, 
podendo escolher onde irão comprar seus produtos ou serviços. 
Com liberdade de escolha, o consumidor fica mais exigente, 
buscando o melhor no mercado, aumentando assim a 
concorrência das empresas por um cliente. Além disso, para 
uma empresa ter sucesso localmente, precisa ter atributos que 
a tornem competitiva em qualquer lugar do mundo. 
 
Participar do mercado internacional é uma perspectiva concreta 
para muitos empreendedores, mas o cenário fica ainda mais 
complexo. O empreendedor pode participar do mercado 
internacional através da Importação e da Exportação. Outras 
modalidades também podem ser consideradas, como parcerias 
com empresas estrangeiras ou compras de empresas no 
exterior. 
 
Para que um empreendedor entre no mercado internacional 
com sucesso, deverá levar em consideração as características 
do país como cultura, condições econômicas, taxa de câmbio, 
legislação e política. 
 
1. Cultura: O empreendedor deve aprender a cultura do país 
no qual pretende fazer negócios, oferecendo produtos e 
serviços adequados ao consumidor. Uma decisão que não 
considere fatores culturais pode ser determinante para o 
fracasso do negócio. A manifestação mais visível da cultura 
é a língua, gerando ajustes nas embalagens e contratação 
de pessoas nativas para desempenhar negociações de 
sucesso. Outras diferenças culturais são determinadas por 
hábitos, crenças e atitudes em relação aos produtos, como 
o Mc Donald’s, que vende hambúrguer vegetal na Índia. 
 
2. Condições Econômicas: O empreendedor deverá estar 
atento às condições econômicas do país em que quer 
negociar, para prever a demanda por seus produtos. Os 
principais fatores a serem avaliados são o crescimento 
econômico e a inflação. 
 
3. Taxa Cambial: Cada país tem a sua moeda, mas a moeda 
comercial no mundo é o dólar norte-americano. Portanto, 
toda moeda tem sua cotação em relação ao dólar. 
O empreendedor precisa fazer um acompanhamento 
constante, pois a variação da moeda é frequente, afetando 
os custos de fabricação, preço de venda e negociações. 
 
4. Legislação e Política: Os governos podem interferir nos 
negócios internacionais de várias maneiras. Algumas 
formaslegais e políticas dos governos sobre os negócios 
internacionais são as seguintes: 
 
 - Cota - Imposição que restringe o número de produtos de 
certos tipos que podem ser importados para o país. É uma 
forma de proteger os produtos domésticos. 
 - Embargo – Ordem de proibir a exportação ou importação 
de determinado(s) produto(s) de certo país, defendendo-se 
contra bactérias, doenças etc. 
 - Tarifa – É a taxa de importação de produtos, aumentando 
diretamente os preços dos produtos importados. 
 - Subsídio – Colaboração financeira dos governos para 
ajudar os empreendedores nacionais a competir com 
empresas estrangeiras, diminuindo os preços dos produtos 
nacionais em relação aos produtos similares importados. 
 
5. Risco Político: Representa o risco de que a situação política 
de um país afete os negócios do empreendedor de forma 
adversa. O empreendedor precisa entender como as 
características do governo do país em que está negociando 
podem afetar seus negócios. 
Crises políticas têm ocorrido em muitos países e governos 
podem impor inesperadamente taxas ou, em casos 
extremos, confiscar as propriedades locais de companhias 
estrangeiras. 
 
 
 
Nesta aula, você: 
• Entendeu o que é preciso saber sobre a conjuntura econômica; 
• Verificou como as empresas interagem e são influenciadas pelo ambiente econômico; 
• Identificou as condições e componentes do ambiente econômico saudável; 
• Conheceu e analisou os fatores da conjuntura econômica, do mercado e global; 
• Compreendeu que as organizações fazem parte de um sistema complexo e dinâmico na sociedade 
contemporânea. 
Aula 4: Planejamento e Estratégia 
 
Nesta aula, você irá: 
1) Conhecer o conceito, tipos e níveis de planejamento e estratégia; 
2) Entender a importância do planejamento para o sucesso da empresa e seus benefícios; 
3) Relacionar a elaboração, implementação e controle do planejamento estratégico; 
4) Identificar os conceitos de visão, missão, crenças, valores, objetivos, metas, estratégia e tática; 
5) Compreender as ferramentas essenciais para a elaboração de um planejamento estratégico de sucesso. 
 
Introdução 
Nesta aula, abordaremos o conceito de planejamento, os tipos 
utilizados, os níveis de planejamento e a sua 
importância para o sucesso das organizações. Abordaremos a 
elaboração, implementação e controle do 
planejamento estratégico, através dos conceitos de visão, 
missão, crenças, valores, objetivos, metas, 
estratégia e tática. 
O planejamento determina antecipadamente quais objetivos 
devem ser alcançados e como proceder para atingi-los. Ele 
busca basicamente um método para sistematizar o processo de 
decisões e projetar ações para enfrentar situações futuras. 
Faz-se necessário, na nova economia, o uso e aplicação de 
estratégias dinâmicas, que tenham o conhecimento advindo da 
informação como elemento principal do processo de 
formulação e implementação de estratégias. O sucesso da 
estratégia está na sua aplicabilidade. 
Estar atento a todos os fatores que permeiam as organizações 
é fundamental para que os gestores formulem suas estratégias, 
de forma a colocá-las em condições de vitória no ambiente 
globalizado e altamente competitivo. 
Planejamento 
De acordo com Peter Drucker, a finalidade do processo de 
planejamento é enfrentar a incerteza do futuro. Desta forma, o 
processo de planejamento é uma cadeia de objetivos e meios, 
que interfere na realidade para atingir uma realidade desejada, 
dentro de um intervalo de tempo. Planejar consiste em tomar 
três tipos de decisões: 
• Definir objetivos ou resultados – qual situação deverá ser 
alcançada; 
• Definir um ou mais cursos de ação – caminhos para atingir o 
objetivo; 
• Definir meios de execução – previsão dos recursos 
necessários para realizar o objetivo. 
 
 
Estratégia e planejamento estratégico 
Estratégico significa tudo o que é importante para a realização 
dos objetivos de mais alto nível da empresa. Todas as empresas 
(pequenos negócios informais ou grandes corporações) têm 
estratégia e planejamento estratégico, de forma explícita ou 
implícita. À medida que a empresa cresce, as práticas de 
planejamento estratégico evoluem, para sustentar seu 
desenvolvimento. 
 
 
 
 
Planejamento Estratégico 
Processo contínuo de determinação da missão e objetivos da 
empresa no contexto de seu ambiente externo e de seus pontos 
fortes e fracos internos, formulação das estratégias 
apropriadas, implementação dessas estratégias e execução do 
controle para assegurar que as estratégias organizacionais 
sejam bem-sucedidas quanto ao alcance dos objetivos. 
 
Estratégia 
Do grego stratègós, que significa “arte do general”. Define o 
campo de atuação, o que a organização é e pretende em um 
meio maior. 
 
“Estratégia significa fazer escolhas claras sobre como 
competir. Não se pode ser tudo para todos, não importa o 
tamanho do negócio ou a profundidade do seu bolso” (Jack 
Welch). 
 
A estratégia refere-se aos planos da alta administração para 
alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos 
gerais da organização. Pode-se encarar estratégia de três 
pontos de vantagem: 
- Formulação (desenvolvimento) da estratégia; 
- Implementação da estratégia (colocá-la em ação); 
- Controle da estratégia (modificar a estratégia ou sua 
implementação). 
 
Etapas do planejamento estratégico 
Planejamento estratégico é o processo de definir a estratégia 
da empresa, englobando as seguintes etapas: 
➢ Definição do negócio e missão; 
➢ Análise SWOT; 
➢ Definição de objetivos estratégicos e visão; 
➢ Vantagens competitivas; 
➢ Implementação da estratégia; 
➢ Acompanhamento e controle da estratégia; 
➢ Reinício do ciclo. 
 
Definição do Negócio e Missão 
O negócio e missão é o coração da empresa e do plano 
estratégico. Sua definição é a base de todo o planejamento 
estratégico. Vamos entender as diferenças entre negócio e 
missão: 
 
Negócio 
É o que sua empresa oferece em troca do dinheiro dos 
consumidores. 
Compreende os produtos e serviços que a empresa oferece aos 
mercados e consumidores, sendo também conhecido como 
escopo. 
Exemplo: Editoras afirmam estar no negócio da informação e 
educação. 
 
 
Missão 
É o negócio definido em termos de sua utilidade, que dá aos 
consumidores a motivação para trocar o dinheiro pelos 
produtos e serviços. Portanto, identificar ou definir a missão 
significa entender qual necessidade do mercado a empresa irá 
satisfazer. Também é conhecida como proposição de valor, que 
engloba os benefícios que os consumidores encontram em seus 
produtos ou serviços. Resumindo, a missão é a razão de ser da 
organização, identifica o motivo pelo qual ela existe, define a sua 
vocação, orienta todas as atividades da organização, traz os 
objetivos do negócio, a forma de atingi-los e os principais 
valores da empresa. 
Exemplo: Doutores da Alegria: "Levar alegria a crianças 
hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, através da 
arte do Teatro, nutrindo esta forma de expressão como meio de 
enriquecimento da experiência humana.” 
 
Análise SWOT ou FOFA (FORÇAS, OPORTUNIDADES, 
FRAQUEZAS e AMEAÇAS) 
Uma organização é um sistema aberto, isto é, recebe influências 
do ambiente ao mesmo tempo em que o influencia. Desta forma, 
para que a empresa possa sobreviver e se desenvolver, é 
preciso que monitore o ambiente constantemente e se antecipe 
aos acontecimentos. Os especialistas em estratégia 
recomendam que os empreendedores, para escolher um 
negócio, precisam entender o que têm de enfrentar, e ao mesmo 
tempo, avaliar os recursos com os quais podem contar, ou seja, 
precisam aplicar a análise SWOT ou FOFA . 
“Se conhecemos o inimigo (ambiente externo) e a nós mesmos 
(ambiente interno), não precisamos temer o resultado de uma 
centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, 
para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não nosconhecemos nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as 
batalhas”. (Sun Tzu in: A arte da guerra) 
O empreendedor deve analisar o ambiente interno, identificando 
as forças (strenghts) e fraquezas (weaknesses); e o ambiente 
externo, identificando oportunidades (opportunities) e ameaças 
(threats). 
 
 
Pontos Fortes e Fracos (Análise Interna) 
Pontos fortes são características positivas de destaque, na 
instituição, que a favorecem no cumprimento do seu propósito. 
Exemplos: Marca conhecida e respeitada; rede de distribuição 
de cobertura nacional; presteza no atendimento a reclamações; 
recursos industriais e de logística; pessoal de excepcional 
competência e motivação etc. 
 
Pontos fracos são características negativas, na instituição, que 
a prejudicam no cumprimento do seu propósito. 
Exemplos: Pessoal novo e mal treinado ou desmotivado; 
ausência de um manual do usuário claro, do produto ou serviço; 
falta de local adequado para estacionamento dos clientes; 
ausência de recursos para pagamento via cartão de crédito; 
falta de integração entre os departamentos e sessões etc. 
 
Os pontos fracos e fortes de uma empresa incluem seus 
recursos humanos (experiência, capacidade, conhecimentos, 
habilidades e julgamento de todos os funcionários da empresa); 
organizacionais (os sistemas e processos da empresa, inclusive 
suas estratégias, estrutura, culturas, administração de 
compras, materiais, produção, operações, base financeira, 
marketing, sistemas de informações e controle); e físicos 
(instalações e equipamentos, localização geográfica, acesso a 
matérias- primas, rede de distribuição e tecnologia). 
 
 
 
 
Os itens a seguir deverão ser examinados em uma análise 
interna: 
- Desempenho Financeiro: Um dos principais interesses em 
qualquer diagnóstico de empresa é a análise dos indicadores 
financeiros, como evolução da receita; percentual da receita 
gerado por novos produtos, serviços e clientes; receita por 
funcionário; investimento como percentual das vendas; e 
pesquisa e desenvolvimento como percentual das vendas. 
 
- Participação dos clientes no faturamento: Identificar os 
clientes e o volume de negócios que têm com a empresa, 
avaliando a contribuição de cada cliente para as receitas, suas 
preferências, comportamentos e os clientes mais importantes. 
Exemplo: Verificar se os negócios do cliente com a empresa 
estão aumentando ou diminuindo. 
 
- Participação dos produtos e serviços no faturamento: Volume 
de vendas de cada produto ou serviço em relação ao total de 
suas vendas. 
Exemplo: Frequência média das compras dos clientes. 
 
- Participação no Mercado (market share): É a proporção ou 
parcela do mercado total ou do segmento de mercado que a 
empresa controla, sendo medida em receita de vendas ou 
números absolutos. 
 
 
Oportunidades e Ameaças 
O que é oportunidade para uma empresa pode ser uma ameaça 
para outra, mas organizações bem preparadas podem 
transformar ameaças em oportunidades. Por exemplo: quando 
o governo decide investir em casas populares, surgem 
oportunidades para as empresas que atuam com produtos 
básicos para esse tipo de residência. O ambiente externo é feito 
de mercado, concorrência, conjuntura econômica, ação do 
governo, mudanças tecnológicas, fornecedores etc. 
 
- Tendências: São variações lentas ou rápidas no ambiente 
externo, mas persistentes que podem afetar as organizações ou 
a sociedade em geral. 
Exemplos: Redução do emprego formal; aumento do nível de 
escolaridade; crescimento da ação das ONGs ambientalistas; 
disseminação do uso de computador para classes C e D; 
crescimento do papel da mulher no mercado, nos negócios, na 
política e na vida social. 
 
- Descontinuidades: São mudanças bruscas no ambiente 
externo da organização que podem afetar profundamente as 
atividades. 
Exemplos: Aprovação de alguma lei ou norma que afete os 
negócios; declaração de guerra ou acordo de paz; privatização 
de uma grande estatal; acordos internacionais; mudanças de 
políticas, uma revolução, um terremoto ou o falecimento de uma 
pessoa muito importante. 
 
- Mercado e Consumidores: O mercado é o alvo que você quer 
atingir. Você encontrará as oportunidades e ameaças 
analisando dados sobre os consumidores (quantidade, 
distribuição geográfica, poder aquisitivo, sazonalidade); poder 
dos consumidores sobre as empresas que atuam no mercado; 
comportamento dos consumidores (atitudes, preferências, 
estilos de vida, medos, tendências e hábitos); e tendências 
sociais. 
 
- Concorrência: Se os consumidores são o alvo, os 
concorrentes são os inimigos. Para identificar as ameaças e 
oportunidades oferecidas pela concorrência, o empreendedor 
deverá analisar dados sobre as empresas que atuam no 
mercado (participação nas vendas, volume de produção, 
faturamento, número de funcionários, localização etc.); linhas e 
características dos produtos das empresas que atuam no 
mercado; pontos fortes e fracos dos concorrentes (vantagens 
competitivas e modelos de administração); facilidade de entrada 
de novos concorrentes; e possibilidade de entrada de produtos 
ou serviços substitutos. 
 
Definição de objetivos estratégicos e visão 
Visão: Estado ou situação altamente desejável de uma realidade 
futura, considerada possível, descrita de forma simples e 
objetiva e compartilhada por todos os usuários da instituição. 
Baseada nas aspirações e valores fundamentais para uma 
organização, ela procura visualizar o que será e como estará a 
empresa no futuro, orientando seus colaboradores na tomada 
de decisão. 
Objetivos Estratégicos: Os objetivos são resultados desejados 
ou estados futuros que a empresa pretende alcançar por meio 
da aplicação de esforços e recursos. Os objetivos estratégicos 
detalham as estratégias, definindo os resultados mais 
importantes desejados pelo empreendedor, e fornecem o 
roteiro para as pessoas agirem. As estratégias sempre estão 
associadas a objetivos estratégicos. 
Os objetivos estratégicos podem ser qualitativos (por ex.: 
investir em uma nova unidade produtiva) ou quantitativos 
(porcentual de retorno sobre o investimento). Nas duas formas, 
os objetivos transformam-se em indicadores críticos de 
desempenho (key performance indicators). 
 
Vantagens competitivas 
São atributos que fazem um produto, serviço ou empresa ter a 
preferência dos clientes e superioridade sobre os concorrentes. 
A vantagem competitiva sustentada refere-se a estratégias 
valiosas que não podem ser plenamente copiadas pelos 
concorrentes. O objetivo é aproveitar-se das forças, 
maximizando-as, e minimizar ou eliminar as fraquezas. As 
principais vantagens competitivas que uma empresa pode 
desenvolver são: Qualidade de produto e ausência de 
deficiências; eficiência e baixo custo das operações e dos 
recursos; liderança na inovação; disponibilidade e desempenho 
da assistência técnica ou dos serviços pós venda etc. 
 
Implementação da Estratégia 
Os principais meios para a realização da estratégia são: 
➢ Estrutura organizacional: Deve ser adaptada ao tipo de 
operação e aos objetivos da empresa. A organização das 
pessoas e dos recursos é o principal instrumento para a 
realização da estratégia. A estrutura desenhada no 
organograma, com suas unidades de negócios e áreas 
funcionais, é o retrato da estratégia explícita ou implícita. O 
organograma mostra as áreas em que a empresa está 
atuando e as formas de lidar com os mercados e clientes. 
As descrições de cargos refletem as atividades que as 
pessoas devem executar, orientadas pelas políticas e 
planos operacionais. 
 
➢ Planejamento nas áreas funcionais: Os planos de ação que 
colocam em prática a estratégia corporativa são 
desenhados e executados pelas áreas funcionais da 
organização: produção ou operações, finanças, 
administração, recursos humanos, marketing e vendas. 
Dentro dessas áreas funcionais, as pessoas,com suas 
responsabilidades definidas pelas decisões sobre a 
estrutura organizacional, definem ações específicas e as 
realizam por meio da utilização dos recursos. 
 
➢ Políticas: São decisões programadas que orientam outras 
decisões no dia a dia da administração. As políticas 
orientam pessoas, atividades e decisões dentro da 
organização, para que as estratégias possam ser 
realizadas. De forma geral, as políticas focalizam o 
comportamento das áreas funcionais e as relações da 
organização com seus funcionários, clientes, 
competidores, fornecedores etc. 
➢ Planos operacionais: São instrumentos para a 
implementação da estratégia, utilizados para a tomada de 
decisões no futuro, como cronogramas, decisões, 
orçamentos, normas e procedimentos. Exemplo: Manuais 
de procedimentos. 
 
➢ Projetos: São atividades temporárias que têm como 
objetivo fornecer um produto físico (nova fábrica), um 
conceito (novo sistema de informação), um evento (festa de 
lançamento de um produto) ou uma combinação destes. 
 
Acompanhamento e controle da estratégia 
Depois de implementar e executar as estratégias, o 
empreendedor deverá monitorar e controlar se tudo funcionou 
conforme o planejado. Monitorar consiste em acompanhar a 
execução da estratégia, por meio do levantamento de dados, e 
controlar consiste em comparar os dados com os objetivos, 
para verificar se há conformidade. 
 
O monitoramento e o controle devem ser feitos com base nos 
indicadores de desempenho usados para definir os objetivos 
estratégicos da empresa (KPIs, ou seja, key performance 
indicators). Além disso, também é preciso fazer um 
acompanhamento constante das ameaças e oportunidades do 
ambiente interno e externo, pois as empresas estão em um 
ambiente de constantes mudanças. 
 
 
Reinício do Ciclo 
A administração estratégica é um processo contínuo, pois a 
qualquer momento um fato novo pode comprometer a 
realização dos objetivos e provocar sua redefinição. Os 
sistemas internos, assim como o ambiente externo, são 
dinâmicos e propõem desafios constantemente. A cada 
momento, o ciclo de planejamento pode ser reiniciado, com 
bases nas informações de controle. 
As informações recebidas na função controle serão os recursos 
para o início de um novo planejamento, gerando um ciclo. 
 
Benefícios do Planejamento Estratégico 
• Indica os problemas que podem surgir antes que ocorram; 
• Ajuda os administradores a serem genuinamente mais 
interessados na organização; 
• Alerta a organização para as mudanças e permite ações de 
pronta-resposta; 
• Identifica qualquer necessidade e redefinição na natureza do 
negócio; 
• Permite que os administradores tenham uma clara visão do 
negócio; 
• Facilita a identificação e exploração de futuras oportunidades 
de mercado; 
• Oferece uma visão objetiva dos problemas de administração; 
• Torna mais efetiva a alocação de tempo e recursos para a 
identificação de oportunidades; 
• Permite a integração de todas as funções de marketing em um 
esforço combinado; 
• Minimiza os recursos e o tempo necessários para a tomada de 
decisões; 
• Cria uma estrutura de comunicação interna; 
• Permite ordenar as prioridades dentro do cronograma do 
plano; 
• Ajuda a ordenar as ações individuais, dirigindo-as para o 
esforço global; 
• Serve de base para o esclarecimento de responsabilidades 
individuais e contribui para a motivação; 
• Estimula cooperação, integração e entusiasmo para enfrentar 
desafios e oportunidades. 
 
 
 
Nesta aula, você: 
• Conheceu o conceito, tipos e níveis de planejamento e estratégia; 
• Entendeu a importância do planejamento para o sucesso da empresa e seus benefícios; 
• Relacionou a elaboração, implementação e controle do planejamento estratégico; 
• Identificou os conceitos de visão, missão, crenças, valores, objetivos, metas, estratégia e tática; 
• Compreendeu as ferramentas essenciais para a elaboração de um planejamento estratégico de sucesso. 
 
 
Na próxima aula, você vai estudar: 
• Processo de organização de uma empresa; 
• Funções da empresa e as estruturas organizacionais; 
• Critérios de departamentalização; 
• Organograma linear; 
• Definição de responsabilidades e autoridade. 
Aula 5: Organização da Empresa 
 
Nesta aula, você irá: 
 
1) Conhecer o processo de organização da empresa; 
 
2) Identificar as funções da empresa e as estruturas organizacionais; 
 
3) Relacionar os critérios de departamentalização; 
 
4) Entender o organograma linear; 
 
5) Compreender a definição de responsabilidades e autoridade. 
 
 
Introdução 
Nesta aula, abordaremos o processo de organização, 
destacando as funções da empresa, as estruturas 
organizacionais e os critérios de departamentalização. 
Apresentaremos também o organograma linear, a definição de 
responsabilidades e autoridade. 
Considera-se que, para executar os planos e atingir os 
objetivos, as atividades precisam ser adequadamente 
agrupadas de maneira lógica. A função de organizar consiste 
em: dividir o trabalho, determinar as atividades necessárias ao 
alcance dos objetivos planejados; agrupar as atividades em uma 
estrutura lógica; nomear as pessoas para sua execução; 
distribuir e alocar os recursos necessários; e coordenar e 
integrar todos os esforços. 
Desta forma, a definição da palavra "organização" tem dois 
aspectos inter-relacionados. Uma visão estática a considera 
uma estrutura em função de ser uma rede de relacionamento 
entre indivíduos, posições e tarefas. Uma visão dinâmica refere-
se às funções gerenciais pelas quais as organizações são 
criadas, adaptadas e mudadas continuamente. Destaca-se que 
ambos são importantes para o desenvolvimento da empresa. 
Organizar é definir as responsabilidades de todos que 
trabalham na empresa. Para organizar a empresa, o 
empreendedor deve transformar a estratégia em estrutura, 
começando pelos objetivos ou missão da empresa, identificando 
suas funções, transformando as funções em departamentos, 
definindo as responsabilidades das pessoas e desenhando a 
estrutura organizacional. 
 
Processo de Organização 
Organizar é definir as responsabilidades de todos que 
trabalham na organização, evitando omissões, trabalho 
redobrado e confusões. Para organizar a empresa, comece pelo 
plano estratégico, pois a estrutura segue a estratégia. Portanto, 
o empreendedor, começando pelos objetivos ou missão da 
empresa, deverá identificar as funções da empresa, 
transformar as funções em departamentos, definir as 
responsabilidades das pessoas e desenhar a estrutura 
organizacional. 
 
 
Funções da empresa 
São as tarefas principais 
necessárias para realizar os 
objetivos da empresa, divididas 
em Suprimentos, Operações, 
Marketing e Vendas, Finanças e 
Recursos Humanos. A 
coordenação dessas funções 
especializadas é o papel do 
administrador ou gestor geral. 
 
 
 
Operações (Produção) 
O objetivo desta função é fornecer o produto ou serviço da 
empresa, através da transformação de matérias-primas, 
componentes, mão de obra e outros recursos em bens e 
serviços vendidos aos clientes. Cada tipo de empresa tem um 
sistema próprio de Operações. 
Todas as atividades necessárias para fazer esta transformação 
estão incluídas na função Operações, como identificação e 
contratação de fornecedores, compras, transporte de 
suprimentos, distribuição de produtos acabados etc. Todas 
estas atividades dispõem-se em uma Cadeia de Suprimentos, 
que vai desde as fontes de matérias-primas até o consumidor 
final. 
 
Marketing e Vendas 
O objetivo desta função é estabelecer e manter a ligação da 
empresa com seus clientes e abrange atividades como: 
Pesquisa – identificação dos interesses, necessidades e 
tendências de mercado; 
Desenvolvimento de produtos – criação de produtos e serviços 
(nomes, marcas, preços, informações) de acordo com as 
necessidades dos clientes; 
Vendas – oferecimento de produtos para aquisição pelos 
clientes; 
Distribuição – desenvolvimentode canais de distribuição e 
gestão dos pontos de venda; 
Promoção – comunicação com o público-alvo, por meio de 
atividades como propaganda, publicidade e promoções nos 
pontos de venda. 
 
 
Finanças 
O objetivo desta função é cuidar do dinheiro da empresa, para 
protegê-lo e promover sua utilização eficaz. Isto inclui a 
maximização do retorno dos investimentos e a manutenção de 
certo grau de liquidez, para o cumprimento das obrigações. Esta 
função abrange as decisões de: 
Investimento – Avaliação e escolha de alternativas de aplicação 
de recursos; 
Financiamento – Identificação e escolha de alternativas de 
fontes de recursos; 
Controle – Acompanhamento e avaliação dos resultados 
financeiros das operações; 
Destinação dos resultados – Seleção de alternativas para 
utilização dos resultados financeiros da empresa. 
 
Recursos Humanos (ou Gestão de Pessoas) 
O objetivo desta função é encontrar, atrair e reter as pessoas 
de que a empresa precisa. Seus componentes são os seguintes: 
Planejamento de mão de obra: Definição da quantidade de 
pessoas necessárias para a empresa e das competências que 
elas devem ter; 
Recrutamento e Seleção: Localização, busca e obtenção de 
pessoas com as competências apropriadas para a empresa; 
Capacitação: Aprimoramento do potencial e das competências 
das pessoas; 
Administração ou Avaliação do Desempenho: Acompanhamento 
e avaliação do desempenho e manutenção de ações que 
promovam a motivação e o aprimoramento do desempenho das 
pessoas; 
Administração de Pessoal: Registro de pessoal, manutenção de 
arquivos e prontuários, contagem de tempo de serviço, folhas 
de pagamento e administração de carreiras. 
 
Estrutura Organizacional – Organograma 
Conjunto de unidades interligadas através de relações 
funcionais e hierárquicas, integrando os recursos para alcançar 
os objetivos. 
• Retrata a configuração dos órgãos da organização, sua 
interdependência e funcionamento; 
• É a atividade organizadora dos recursos da organização e suas 
interações; 
• Gráfico que mostra as relações funcionais, os fluxos de 
autoridade e responsabilidade, e as funções organizacionais da 
empresa; 
• Emprega todos os recursos disponíveis a fim de alcançar os 
objetivos determinados. 
 
Objetivos do Organograma 
• Dividir o trabalho de forma 
eficiente; 
• Determinar os tipos de 
relações de autoridade; 
• Criar relações de comando; 
• Alinhar os níveis hierárquicos; 
• Coordenar o processo de 
tomada de decisão;• Identificar 
as relações funcionais. 
Vantagens do Organograma 
Facilitar a identificação de: 
• Funções importantes que 
estão sendo negligenciadas; 
• Funções secundárias com 
muita importância; 
• Duplicação de funções; 
• Funções mal distribuídas. 
 
 
Departamentalização - Criação de Departamentos 
Definidos os objetivos, e identificadas as funções, o trabalho a 
ser realizado é dividido em departamentos. Departamento 
designa uma área, setor ou divisão que concentra atividades e 
recursos para o desempenho de tarefas, cuja autoridade está 
delimitada aos seus domínios. É uma forma de agrupar as 
atividades em áreas delimitadas com atributos, recursos, 
responsabilidades e objetivos específicos. 
 
Objetivos da Departamentalização: 
➢ Diferenciar e especializar as áreas; 
➢ Surge pela necessidade de organização; 
➢ À medida que a organização cresce e fica mais complexa, 
necessita mais organização; 
➢ A especialização de atividades e a divisão do trabalho 
tornam-se essenciais para a organização. 
 
Tipos de departamentalização 
Mesmo que as funções das empresas sejam parecidas, a forma 
de dividir o trabalho varia de uma para outra. Cada 
departamento pode ficar responsável por toda uma função, um 
grupo de tarefas, um tipo de cliente, um produto ou uma área 
geográfica. 
Departamentalização por Pessoas: A forma mais simples de 
montar uma estrutura organizacional é designar 
responsabilidades para as pessoas, de acordo com suas 
competências. A estrutura organizacional muda de acordo com 
o deslocamento das pessoas para a execução de tarefas. Este 
critério de organização é muito comum em pequenas empresas, 
também conhecido como humanograma, gerando uma 
estrutura eficaz, com uma comunicação direta. No entanto, com 
o crescimento, essas vantagens tornam-se desvantagens. 
Departamentalização por Funções (ou Funcional): Consiste em 
atribuir a cada departamento a responsabilidade por uma 
função da empresa. É apropriado tanto para empresas de 
pequeno porte quanto para grandes corporações, quando as 
operações são simples (poucos produtos ou serviços). 
Organizada com base nas funções exercidas, formada pelo 
somatório de atividades e tarefas que apresentem similaridade 
entre si, agrupando os especialistas sob uma única chefia e 
propiciando máxima utilização dos recursos e das habilidades 
das pessoas. 
 
 
Departamentalização por Produtos ou Serviços: Adequada 
quando a empresa produz mais de um produto ou serviço, com 
diferenças significativas entre eles. As lojas dos 
supermercados são organizadas desta forma, com 
departamentos de alimentos, produtos de limpeza, padaria e 
açougue. As responsabilidades pelas tarefas são claras, e as 
necessidades de planejamento, fornecimento e distribuição de 
cada produto ou serviço são tratadas de forma altamente 
especializada. No entanto, como nessa estrutura as decisões 
são descentralizadas, há um risco de duplicação de esforços e 
perda de eficiência. 
 
Departamentalização por Clientes ou Clientela: Agrupamento de 
acordo com o tipo de cliente para quem o trabalho se destina, 
levando em consideração as necessidades e características de 
cada grupo de clientes. É uma forma segura de especializar, 
personalizar o atendimento e garantir a satisfação dos clientes. 
Os hospitais organizam seus serviços em função de casos 
infantis, adultos, emergência etc. 
 
 
Departamentalização Territorial, Regional ou Geográfica: 
Agrupamento de acordo com o local onde será executado. 
Deverão ser agrupadas no melhor interesse da região de 
atuação. A atuação do departamento é local e, de modo geral, 
opera como se fosse uma empresa independente, adaptando-
se ao ambiente ao qual está inserido. 
 
Departamentalização por Tempo: Parcelamento das operações 
em componentes de tempo, proporcionando os meios para 
orientar as atividades numa perspectiva temporal. 
 
Unidades de Negócios 
Uma unidade de negócio é um departamento responsável por 
uma área geográfica, mercado ou produto. Possui total 
autonomia sobre o negócio e compreende todas as funções da 
empresa com autonomia para cuidar do mercado no qual atua. 
Oferece a grande vantagem de concentrar recursos 
especializados para possibilitar o aproveitamento de muitas 
oportunidades diferentes. 
 
Centralização 
Concentração das decisões no topo da organização (nível 
institucional), com pouca ou nenhuma delegação para o nível 
intermediário. 
As ordens são emanadas de um só lugar ou de uma só pessoa, 
e as decisões são do tipo top down (do topo para base/ 
centralização). 
Os níveis intermediários e operacionais são meros repetidores 
de ordens, não possuindo autonomia para decisões, tampouco 
inovação. 
 
Descentralização 
O processo decisório é delegado aos níveis intermediário e 
operacional, dentro de suas áreas de atuação. Significa que a 
maioria das decisões relativas ao trabalho que está sendo 
executado é tomada pelos que o executam, ou com sua 
participação. 
O empowerment é um exemplo de descentralização e significa 
o fortalecimento das equipes no sentido de dotá-las de 
liberdade de atuação, participação nas decisões, plena 
autonomia no desempenho das tarefas, responsabilidade pela 
tarefa total e pelos resultados. Este tipo de gestão estimula a 
iniciativa dos participantes nos níveis inferiores, e é um meio de 
treinar e avaliar gestores por dar-lhes espaço para atuar e 
decidir. 
 
Estruturas Complexas 
Além das atividades contínuas, as empresas também realizam 
projetos,

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