Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO HISTÓRIA DA PSICOLOGIA CAPÍTULO 09 – BEHAVIORISMO: AS INFLUÊNCIAS ANTERIORES BEHAVIORISMO Uma psicologia objetiva, uma ciência do comportamento, que só lidasse com atos comportamentais observáveis, passíveis de descrição objetiva, em termos de estímulo e resposta. Rejeitava todos os conceitos e termos mentalistas. Palavras com o imagem, mente e consciência não tinham sentido para essa ciência. Os dois tipos mais conhecidos do Behaviorismo são: o behaviorismo clássico que se propõe a abandonar o estudo dos processos mentais, que dominava a psicologia e mudar seu foco para a observação do comportamento. Segundo Watson, o estudo dos processos mentais não era muito produtivo, seria mais interessante se concentrar no observável (o comportamento). No Behaviorismo Clássico, o comportamento se define como qualquer alteração observada em um organismo, que fossem resultado de um estímulo anterior qualquer. Ele também propõe como base do estudo psicológico a teoria de que o comportamento é moldado pelo modelo pavloviano de estímulo e resposta, também conhecido como condicionamento clássico. Um resumo do behaviorismo clássico é dado pela seguinte sentença: “qualquer comportamento é sempre uma consequência de um estímulo anterior específico”. E behaviorismo radical do filósofo B.F. Skinner, que retomou a cultura anti-mentalista, ainda que nunca tenha negado a existência dos processos mentais. Para ele mesmo o que acontece em nosso inconsciente remete a comportamentos de natureza física. Ou seja, as emoções não dão origem à nossa conduta, pois elas também são partes integrantes do nosso modo de agir. WATSON Ele buscava uma psicologia cientifica que lidasse exclusivamente com os atos comportamentais observáveis e passíveis de descrição objetiva. Além disso, a psicologia de Watson rejeitava qualquer termo ou conceito mentalista. Para Watson a consciência não tinha menor valor para a psicologia do comportamento, alegava também que ninguém jamais ‘’havia visto, tocado, cheirado, experimentado ou transferido de um lugar a outro a consciência. A sua suposição não passa de uma mera suposição tão improvável quanto o conceito de alma’’. Alguns dos principais conceitos reunidos por Watson para formar seu sistema de psicologia behaviorista foram: a tradição filosófica objetivista e mecanicista, a psicologia animal, e a psicologia funcional. JACQUES LOEB (1859-1924) Desenvolveu uma teoria do comportamento animal com base no conceito de tropismo, é um movimento forçado, uma resposta involuntária do animal, que é resultante direto e automático da ação de um estímulo ou uma reação a ele. O comportamento é forçado pelo estimulo (portanto, não necessita de nenhuma explicação em termos de consciência animal). . Ele não rejeitava a existência da consciência em animais que se concentravam na escala mais elevada da evolução. Argumentava que a consciência animal revelava-se por meio da memória associativa, ou seja, que os animais já haviam se acostumado a reagir a determinado estímulo de um modo esperado. Por exemplo, a reação de um cão ao ser chamado por seu nome ou ao ouvir um som especifico para se dirigir repetidas vezes a determinado local a fim de receber alimento são evidências de algumas conexão mental, da existência da memória associativa. EDWARD LEE THORNDIKE (1874-1949) Thorndike chamou de conexionismo ao tratamento experimental no estudo da associação. TROPISMO: Movimento forçado involuntário MEMÓRIA ASSOCIATIVA: Associação entre estímulo e resposta, usada para prova a consciência nos animais A tendência nas respostas fracassadas que não resultavam na abertura da caixa (Experimento da caixa- problema) tendiam a desaparecer, ou seja, ser apagada depois de várias tentativas. Enquanto a tendência a respostas que conduziam ao êxito era gravada depois de algumas tentativas. Esse tipo de aprendizagem ficou conhecido como aprendizagem por tentativa e erro, ou como ele preferia chamar, tentativa e sucesso acidental. Thorndike apresentou formalmente essa ideia sobre ‘’gravar’’ ou ‘’apagar’’ de uma tendência de resposta, definindo-a como a lei do efeito. Quando um comportamento emite uma consequência favorável ele estará mais propenso a uma repetição. Por outro lado, e consequentemente, é menos provável que o comportamento que emitiu uma consequência desagradável ocorra novamente. Uma lei associada – lei do exercício ou a lei do uso e desuso – afirma que quanto mais um comportamento é realizado em uma situação, mais forte se torna a associação entre comportamento e situação. Desde que um organismo esteja preparado e predisposto a estabelecer a conexão entre o estimulo e a resposta o resultado será agradável e a aprendizagem efetiva, caso contrário esta não se efetivará e o resultado será desagradável. Essa lei foi chamada de Lei da prontidão. Posteriormente, mediante um programa completo de pesquisa com seres humanos, Thorndike reavaliou a lei do efeito. Os resultados revelaram que a recompensa realmente fortalecia a resposta adequada, porém a punição a uma resposta não produzia um efeito negativo comparável. Ele reviu seu ponto de vista, dando mais ênfase à recompensa do que à punição. IVAN PETROVITCH PAVLOV (1849-1936) Durante a sua brilhante carreira, Pavlov trabalhou com três questões principais. A primeira era referente à função dos nervos cardíacos, e a segunda envolvia as glândulas digestivas primárias. A terceira área de pesquisa, que proporcionou a ele um lugar de destaque na história da psicologia, foi o estudo dos reflexos condicionados. A resposta de salivação quando a comida era colocada na boca do cachorro era uma reação natural de reflexo do sistema digestivo não envolvia a aprendizagem. As primeiras experiências de Pavlov com os cachorros foram simples. Ele segurava um pedaço de pão e o mostrava ao cachorro antes de dá-lo para comer. Com o tempo, o cachorro começava a salivar assim que via o pão. A resposta de salivação do cachorro quando a comida era colocada na sua boca era uma reação natural de reflexo do sistema digestivo e não envolvia aprendizagem. Ele então denominou essa reação de reflexo inato ou não condicionado. APRENDIZAGEM POR TENTATIVA E ERRO: Aprendizagem com base na repetição das tendências de respostas que levam ao êxito. REFLEXO CONDICIONADO: Ocorre a formação de uma associação ou ligação entre o estímulo e a resposta. LEI DO EFEITO: Atos que quando produzem satisfação em determinada situação tendem a se repetirem. LEI DO USO E DESUSO: Quanto mais um comportamento é realizado em uma situação, mais forte se torna a associação entre comportamento e situação. LEI DA PRONTIDÃO: Uma conexão estabelecida entre estímulo e resposta que irá gerar um resultado agradável e uma aprendizagem efetiva. REFLEXO INATO/NÃO CONDICIONADO: É aquele que incondicionalmente, provoca uma resposta natural e automática. REFORÇO: O que aumenta a probabilidade de uma resposta. E. B. TWITMYER (1873-1943) Em 1904 apresentou um estudo sobre os estímulos associados ao reflexo do joelho, sem despertar o interesse da comunidade acadêmica americana. VLADIMIR M. BEKHTEREV (1857-1927) Enquanto a pesquisa de Pavlov sobre o condicionamento concentrava-se quase que exclusivamente nas secreções glandulares, o interesse de Bekhterev estava na resposta motora condicionada. Em outras palavras, Bekhterev aplicava os princípios de Pavlov nos músculos. Bekhterev basicamente descobriu os reflexos associados, constatados mediante a análise das respostas motoras. Verificou que os movimentos de reflexo, quando uma pessoa afasta o dedo de um objeto ao receber um choque elétrico, por exemplo, eram provocados não apenas pelo estímulo não condicionado (o choque elétrico), como também pelo estímulo que se associara ao estímulo original.Outro exemplo: o som de uma buzina no momento do choque logo produziria por si só o afastamento do dedo. CAPÍTULO 10 – O INÍCIO DO BEHAVIORISMO JOHN B. WATSON (1878-1958) DESENVOLVIMENTO DO BEHAVIORISMO (Saída da universidade, carreira empresarial e a prática educacional infantil). Watson teve sua carreira prejudicada após trechos das cartas mandadas para Rosalie Rayner serem publicadas durante o escandaloso processo de divórcio, fazendo com que assim chegasse o fim de sua carreira acadêmica e sendo forçado a se demitir da Johns Hopkins. Desempregado e precisando pagar uma pensão equivalente a dois terços do ultimo salario, vai trabalhar com a psicologia aplicada à publicidade e passa a ganhar quatro vezes mais do que seu salario como professor. Para Watson as pessoas eram como máquinas que podiam ter seu comportamento de consumo previsto e controlado, assim como outras máquinas. A prática de educação infantil de Watson era radical, o mesmo afirmava “Os pais nunca deveriam abraçá-las e beijá-las, ou permitir que se sentem no colo. Se não houver jeito, dê-lhes um único beijo na testa quando elas disserem boa-noite. Dê-lhes a mão pela manhã. Passe a mão em sua cabeça quando elas se saírem extraordinariamente bem numa tarefa difícil. Experimente. Em uma semana, você vai descobrir como é fácil ser perfeitamente objetivo com o seu filho, sem perder a ternura. Você vai ficar bastante envergonhado com o modo sentimental e piegas com que o tem tratado até agora.” Uma geração de crianças norte-americanas foi educada seguindo essas orientações. Essa abordagem acabou acarretando uma depressão séria para seus dois filhos durante a adolescência e vida adulta. Um de seus filhos acabou se suicidando e o outro teve um colapso nervoso, lutando contra seus impulsos suicidas. Embora tenha sobrevivido, a filha suicidou-se anos mais tarde. MÉTODOS DO BEHAVIORISMO A psicologia devia se limitar ao estudo objetivo do comportamento. Somente os métodos rígidos de investigação deviam ser adotados nos laboratórios dos behavioristas. Para Watson os métodos incluíam: A observação, com e sem o uso de instrumentos; Métodos de teste; REFLEXO ASSOCIADO: Reflexos provocados não apenas por estímulos não condicionados, como também por estímulos que foram associados aos estímulos não condicionados. Métodos de relato verbal; e Método do reflexo condicionado. Alguns psicólogos afirmou que Watson utilizava a introspecção, mas segundo Watson o relato verbal e a introspecção eram diferentes, pois no relato verbal só é válido mediante fatos observáveis. EXEMPLO: No caso dos cães de Pavlov, a resposta condicionada consistia na salivação mediante o som do sino e não pela visualização da comida. OBJETO DE ESTUDO DO BEHAVIORISMO O Ato - Embora uma resposta possa ter a simplicidade de um reflexo (como o patelar), ela também pode ser mais complexa. Nesse caso, aplica- se o termo "ato" Envolve a resposta do organismo em termos de movimento no espaço. Atos de resposta incluem coisas como: ingerir alimentos, escrever um livro, jogar futebol, construir uma casa, falar, caminhar etc. Watson concebe a resposta em termos da obtenção de algum resultado no ambiente. Não como uma agregação de elementos musculares. Mesmo assim, os atos de comportamento, por mais complexos que sejam, são passíveis de redução a respostas glandulares ou motoras de nível inferior. EXEMPLO: Movimento, voz, secreções externas (suor, lágrimas, saliva). EXEMPLO: Movimento das vísceras, secreções glandulares e impulsos nervosos. INSTINTOS Inicialmente Watson aceitava o papel dos instintos no comportamento, chegou até descrever onze instintos, até um relacionado com o comportamento aleatório. Mas em 1925 reviu sua posição e apagou o conceito de instinto, alegando que os comportamentos aparentemente instintivos são, na verdade, respostas condicionadas socialmente. Ao adotar a visão de que aprendizagem – ou o condicionamento- seria a chave para a compreensão do desenvolvimento humano, tornou-se um ambientalista radical, indo ainda mais longe: não apenas negava os instintos como também se recusava a admitir no seu sistema qualquer tipo de talento, temperamento ou capacidade herdado. Concluiu, de forma simples e otimista, ser possível treinar uma criança para se tornar o que se desejasse que ela fosse, pois não havia fatores genéticos limitadores. EMOÇÕES Para Watson, as emoções não passavam de simples respostas fisiológicas a estímulos específicos. Um estímulo (como a ameaça de uma agressão física) produz mudanças físicas internas, tais como o aumento do batimento cardíaco, acompanhado das respostas explícitas apropriadas e adquirias. Essa explicação para as emoções nega a existência de qualquer percepção consciente da emoção ou as sensações dos órgãos internos. Cada emoção envolve um padrão particular de mudanças fisiológicas. Embora Watson tenha observado que respostas emocionais têm envolvimento no movimento explícito, acreditava nas reações internas como sendo predominantes. Assim, a emoção constitui uma forma de comportamento implícito no qual as reações internas são expressas por manifestações físicas como o rubor das faces, a transpiração ou o aumento do batimento cardíaco. RERELATO VERBAL: Indivíduo relatava durante o experimento, observado por Watson, suas experiências que estava vivendo. REFLEXO CONDICIONADO: A resposta torna-se condicionada quando associada a um estímulo diferente daquele que a originou. RESPOSTAS EXPLÍCITAS: São respostas diretamente observáveis. RESPOSTAS IMPLICÍTAS: São respostas diretamente não observáveis. PROCESSOS DE PENSAMENTOS O sistema behaviorista de Watson tentou reduzir o pensamento a comportamento motor implícito. Ele alegava ser o pensamento, como todos os demais aspectos do funcionamento humano, uma espécie de comportamento sensório-motor. Partia do princípio de que o comportamento do pensamento envolvia movimentos ou reações de fala implícitas. Desse modo, reduzia o pensamento para a fala subvocal que dependia dos mesmos hábitos musculares aprendidos para a expressão da fala explícita. À medida que nos tornamos adultos, esses hábitos musculares tornam-se inaudíveis e invisíveis porque pais e professores nos reprimem para pararmos de conversar alto com nós mesmos. Assim, o pensamento se torna uma forma de conversação silenciosa. O behaviorismo exigia provas objetivas de movimentos implícitos da fala, portanto, Watson realizou tentativas experimentais para registrar os movimentos da língua e da laringe (chamadas caixa de voz) durante o pensamento. Apesar da sua incapacidade de assegurar resultados mais confiáveis, continuou convicto da existência dos movimentos implícitos de fala. Insistia que a comprovação dependia apenas do desenvolvimento de equipamentos de laboratório mais sofisticados. APELO POPULAR DO BEHAVIORISMO O que encantou o publico foi a proposta de uma sociedade baseada no comportamento controlado e moldado cientificamente, livre dos mitos, costumes e dos comportamentos convencionais. Esses conceitos trouxeram esperança para as pessoas desencantadas com as antigas ideias. Na fé e na devoção, o behaviorismo adquiriu as características de uma religião. E por volta da década de 1920, o campo da psicologia já havia conquistado e cativado a atenção do público. Em virtude do carisma, do charme pessoal, do poder de persuasão e da mensagem de esperança de Watson. CRITÍCAS AO BEHAVIORISMO DE WATSON Muitos psicólogos, até defensores do princípio da objetividade, acreditavam que o programa de Watson omitia componentes importantes – como os processos perceptuais e sensoriais. CONTRIBUIÇÕES DO BEHAVIORISMO DE WATSON O behaviorismo Watson defendia a psicologia como um ramo objetivo e experimental, Para ele, a psicologia deveriafocar em prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. Sendo a unidade básica de descrição e o ponto de partida para a ciência comportamental, que percebe o organismo como produto . KARL LESHLEY (1890-1958) Leshley defendia o behaviorismo de Watson, embora sua pesquisa dos ratos contrariasse um dos pontos básicos de Watson. Ele resumiu suas descobertas no trabalho Mecanismos do cérebro e da inteligência e apresentou dois princípios: a lei da ação da massa, que é a eficiência da aprendizagem é uma função da massa total do tecido cortical (quanto mais tecido cortical estiver disponível, melhor a aprendizagem); e o princípio da equipontecialidade, que estabelece ser uma parte do córtex essencialmente igual à outra na contribuição para aprendizagem. As descobertas de Lashley sugeriam que o cérebro desempenha um papel mais ativo na aprendizagem do que Watson admitia. Desse modo, Lashley contestava a afirmação de Watson de que o comportamento era composto parte por parte exclusivamente dos reflexos condicionados. LEI DA AÇÃO DA MASSA: São respostas diretamente observáveis. EQUIPOTENCIALIDADE: Ideia de que todas as partes do córtex são essencialmente iguais em sua contribuição à aprendizagem. WILLIAM MCDOUGALL (1871-1938) A teoria do instinto de McDougall afirmava que o comportamento humano era derivado das tendências inatas ao pensamento e à ação. CAPÍTULO 11 – BEHAVIORISMO: PERÍODO PÓS-FUNDAÇÃO ESTÁGIOS DO BEHAVIORISMO O Behaviorismo de Watson constituiu o primeiro estágio da evolução da escola de pensamento comportamental. (1913-1930) O segundo estágio, chamado de neobehaviorismo, compreende o período de 1930 a mais ou menos 1960, e engloba os trabalhos de Tolman, Hull e Skinner. O terceiro estágio da evolução behaviorista, foi o neo-neobehaviorismo ou sociobehaviorismo, data de aproximadamente 1960 a 1990. Essa etapa inclui o trabalho de Bandura e Rotter e destaca-se pelo retorno do estudo dos processos cognitivos, mas mante o enforque na observação do comportamento manifesto. OPERACIONISMO Princípio geral que tem como propósito tornar a linguagem e a terminologia da ciência mais objetiva e precisa, libertando-a de problemas que não sejam concretamente, observáveis, nem fisicamente demonstráveis (os pseudoproblemas). A validade de uma descoberta cientifica depende da validade das operações empregadas na realização dessa descoberta O conceito o conceito de ‘‘experiência consciente individual’’ consiste em um pseudoproblemas, pois não é possível investigar, através de métodos objetivos, nem a existência nem as características da consciência por meio de métodos objetivos. EDWARD CHACE TOLMAN (1886-1959) BEHAVIORISMO INTENCIONAL Tolman dizia que o comportamento está cheio de intenção e visa sempre atingir um objetivo ou aprender a forma de alcançar a meta. VARIÁVEIS INDEPENDETES E INTERVENIENTES Relacionou cinco variáveis independentes como as causas do comportamento: o estímulo ambiental, os impulsos fisiológicos, a hereditariedade, o treinamento prévio e a idade. O comportamento é a função dessas cinco variáveis. Chamou de variáveis intervenientes os fatores não observáveis que ocorrem dentro do organismo e interferem no comportamento (E-O-R) TEORIA DA APRENDIZAGEM Tolman rejeitou a lei do efeito, afirmando que a recompensa ou reforço exerciam pouca influência sobre a aprendizagem. Propôs então uma explicação cognitiva para a aprendizagem, sugerindo que a repetição do desempenho de uma tarefa reforça a relação aprendida com o ambiente. OPERACIONISMO: Doutrina que afirma ser possível definir o conceito físico com precisão em relação ao conjunto de operações ou procedimentos que o determinam. CLARK LEORNARD HULL (1884-1952) OS IMPULSOS Para Hull, a base da motivação era um estado de necessidade corporal provocada por um desvio nas condições biológicas ideais. O impulso era definido como o estímulo provocado por um estado de necessidade do organismo que impulsiona ou ativa um comportamento. Hull definiu dou tipos de impulsos. Entre as quais têm: a fome, a sede, o ar, a regulação da temperatura, a defecação, o sono, a atividade, as relações sexuais e o alívio da dor. APRENDIZAGEM A teoria da aprendizagem de Hull concentra-se no princípio do reforço (Lei do efeito de Thorndike). k As relações E/R são fortalecidas pelo número de reforços ocorridos. Hull chamava a força da conexão E/R de força do hábito. B.F. SKINNER (1904-1990) O Behaviorismo de Skinner dedicava-se ao estudo das respostas. Ele preocupava-se em descrever e não em explicar o comportamento. A sua pesquisa tratava apenas do comportamento observável. Ele acreditava também que o organismo humano seria controlado e operado pelas forças do ambiente, pelo mundo exterior, e não pelas forças internas. CONDICIONAMENTO OPERANTE LEI DA AQUISIÇÃO Skinner derivou sua lei de aquisição, que afirma que a força de um comportamento opera aumenta quando ele é seguido pela apresentação de um estímulo reforçador. A lei de aquisição de Skinner é diferente das visões de Thorndike e Hull sobre a aprendizagem. Skinner não lidava com as consequências do reforço, como as sensações de prazer/dor ou satisfação/insatisfação, como IMPULSO PRIMÁRIO: Associado aos estados de necessidades biológicas inatas e vitais para a sobrevivência do organismo. IMPULSO SECUNDÁRIO: Relacionado com estímulo situacionais ou ambientais associados à redução dos impulsos primários e que também podem se transformar em impulsos. LEI DO REFORÇO PRIMÁRIO: Quando uma relação estímulo-resposta é seguida da redução de uma necessidade corporal, aumenta a probabilidade de que, em ocasiões subsequentes, o mesmo estímulo evoque a mesma resposta. LEI DO REFORÇO SECUNDÁRIO: Quando a intensidade do estímulo é reduzida em virtude de um impulso secundário, então, este atuará como reforço secundário. LEI DO REFORÇO SECUNDÁRIO: a força da conexão E-R, ocorre em função do numero de reforço. COMPORTAMENTO RESPONDENTE: Quando o indivíduo corresponde a um determinado estímulo (Cão de Pavlov). COMPORTAMENTO OPERANTE: Ocorre sem qualquer estímulo antecedente externo observável (Rato de Skinner). LEI DA AQUISIÇÃO: A força de um comportamento operante aumenta quando ele é seguido da apresentação de um estímulo reforçado fazia Thorndike, nem tentava interpretar o reforço com base na redução dos impulsos, como Hull. Enquanto os sistemas de Thorndike e Hull eram explicativos, o de Skinner era descritivo. ESQUEMAS DE REFORÇO Um esquema de reforço é basicamente uma regra afirmando que as instâncias de um comportamento serão reforçadas. Em alguns casos, um comportamento pode ser reforçado cada vez que ocorre. Às vezes, um comportamento pode ser não reforçado sempre. No mundo real, no entanto, o reforço nem sempre é consistente ou contínuo, muito embora a aprendizagem ocorra e o comportamento persista, mesmo quando o reforço seja intermitente. Skinner elaborou uma série de experiências para testar diferentes taxas e intervalos de reforço. O reforço de intervalo fixo é no qual o animal é reforçado ao apresentar a resposta apenas depois de um certo intervalo fixo de tempo. Quanto menor o intervalo entre os reforços, tanto mais rápida é a resposta do animal. Inversamente, com o aumento do intervalo entre os reforços, a taxa de resposta declina. A frequência do reforço também afeta a extinção de uma resposta. Num programa de intervalo fixo o animal pode pressionar a barra cinco ou cinquenta vezes e ainda será reforçado somente quando tiver transcorrido o intervalo de tempo predeterminado. Depois que são suspensos os reforços, os comportamentos se extinguem mais rapidamente quando foram reforçados continuamente,do que quando foram reforçados intermitentemente No esquema de razão fixa, o reforço é apresentado somente depois de um determinado número de respostas. O comportamento do animal é que determina a frequência com que receberá o esforço. Os animais em um esquema de razão fixa respondem com muito mais rapidez que os de intervalo fixo. REFORÇOS E PUNIÇÃO APROXIMAÇÃO SUCESSIVA/MODELAGEM O organismo é reforçado à medida que seu comportamento ocorra em fases sucessivas ou consecutivas para se aproximar do comportamento final desejado. MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO É o uso de reforço positivo para controlar ou modificar o comportamento individual ou coletivo que é desejado, na modificação do comportamento não se usa a punição, pois, para Skinner as pessoas não devem ser punidas por não se comportarem de forma desejada, mas devem ser reforçadas ou recompensadas quando mudarem o comportamento na direção positiva. CONTRIBUIÇÕES DE SKINNER PARA O BEHAVIORISMO A grande contribuição de Skinner para o movimento foi à criação do condicionamento operante, um método de aprendizado baseado na promoção de recompensas e punições por comportamento. Ou seja, para atingir uma conduta desejável, a melhor forma seria incentivar, oferecendo um prêmio positivo caso o indivíduo ESQUEMA DE REFORÇO: Condições que envolvem diferentes razões ou intervalos de tempo entre reforços. REFORÇO POSITIVO: Aumento a probabilidade de um comportamento pela presença de uma recompensa (estímulo). REFORÇO NEGATIVO: Também aumenta a probabilidade de um comportamento pela retirada de um estímulo aversivo (que cause desprazer) após o organismo apresentar o comportamento pretendido PUNIÇÃO POSITIVA: Isto ocorre quando algo indesejável acontece como resultado de um comportamento. PUNIÇÃO NEGATIVA: ocorre quando algo desejável é retirado devido ao comportamento. esteja indo pelo caminho certo e, se algo estiver dando errado, seria preciso achar uma maneira de repreensão. Ele comprovou a sua teoria através de um experimento no qual alimentava um rato quando o animal pressionava o botão certo e dava um choque quando a escolha fosse errada. Para ele, nossa personalidade e nossa conduta têm ligação apenas com fatores externos. Você pode até pensar que é do jeito que é porque quer, mas, segundo Skinner, você é assim porque foi recompensado para ser dessa forma. ALBERT BANDURA (1925-) TEORIA SOCIAL COGNITIVA De acordo com esta teoria, no ambiente social, a aprendizagem ocorre devido à contínua interação dos indivíduos, comportamento e meio ambiente. Tem que se ter em mente que a mudança de comportamento, ou então a aquisição de um novo comportamento não é devida a qualquer ambiente ou as pessoas ou o comportamento, mas sim à interação de todos estes elementos. Essa teoria destaca que os fatores sociais, como influência social e reforço desempenham um papel fundamental na aquisição, manutenção e mudança de comportamento. Neste sentido, o comportamento individual é resultado do reforço, as experiências individuais, aspirações, etc. A aprendizagem também ocorre por meio do reforço vicário, ou seja, mediante a observação tanto do comportamento como das consequências de outras pessoas. Essa habilidade de aprender por meio de exemplos ou reforço vicário parte do princípio de que somos capazes de antecipar e avaliar as consequências que observamos nas outras pessoas, mesmo não tendo passado pela mesma experiência. AUTOEFICÁCIA Descrita como senso de autoestima ou valor próprio, o sentimento de adequação, eficácia e competência para enfrentar os problemas. Seu trabalho demonstrou que pessoas com um grau elevado de autoeficácia acreditam ser capazes de lidar com todos os eventos da sua vida, elas sempre esperam superar obstáculos e, como resultado, buscam desafios, perseveram e mantém uma auto nível de confiança em sua aptidão para ter êxito. As pessoas com baixa-autoeficácia sentem-se impotentes, inúteis, sem esperança, acreditam que não conseguem lidar com as situações que enfrentam e que têm poucas chances de muda-las. Diante de um problema, tendem a desistir na primeira tentativa frustrada. Não acreditam que suas atitudes façam alguma diferença nem que controlam e podem mudar o próprio destino. Bandura mostrou que a crença com nível de autoeficácia influencia vários aspectos da vida. MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE BANDURA Consistia em alterar comportamentos que a sociedade considera inadequados ou indesejáveis. Se todo comportamento, incluindo o inadequado é aprendido por meio da observação dos outros, então, o comportamento pode ser reaprendido ou alterado da mesma maneira. Bandura concentra-se nos aspectos externos do comportamento (e não em supostos conflitos conscientes ou inconscientes interiores). As técnicas de modelagem são usadas para modificar o comportamento, fazendo com que o indivíduo observe um modelo em uma situação que normalmente provoque certo grau de ansiedade. [Exemplo p.253] REFORÇO VICÁRIO: Ocorre através da observação dos comportamentos do outro e das consequências deles decorrentes e não apenas experimentado o reforço diretamente. AUTOESFICÁCIA: Percepção que o indivíduo tem de sua autoestima e competência em lidar com os problemas da vida. A terapia cognitivo-comportamental tem se mostrado eficaz na eliminação de fobias e no tratamento de distúrbios obsessivo-compulsivos, disfunções sexuais, algumas formas de ansiedade e no aumento da autoeficácia. E tem sido aplicada amplamente em situações de sala de aula e na indústria.
Compartilhar