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ADMINISTRATIVO I

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Professora: Marcia Aparecida A. de M de Figueiredo
DIREITO ADMINISTRATIVO I
CASO CONCRETO 1
Sim, os principais institutos do direito administrativo nasceram a partir de opiniões de caráter consultivo emanadas pelo conselho do Estado Francês na ocasião. Os artigos da Constituição Federal de 88 que refletem o pensamento de filósofos articuladores da revolução francesa são: o art. 1°, parágrafo 1° e traduz a ideia que Rousseau em relação ao Estado democrático de direito, e art. 2° que prevê a tripartição das funções de Estado de Montesquieu.
  Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;         (Vide Lei nº 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Para o Prof. Hely Lopes Meirelles o direito administrativo consiste:
“conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as atividades publicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados pelo Estado”.            
Para o doutrinador BRANDÃO CAVALCANTI faz um longo estudo do direito administrativo e aponta que: 
“… em seu sentido mais amplo, compreende toda a área das atividades públicas que se enquadra na organização e no funcionamento dos órgãos de execução dos serviços estatais”. Ainda: “Não constitui, (…), privilégio do poder executivo, mas as suas normas e os seus princípios são aplicáveis toda (sic) vez que se cogite de atividades próprias à administração”.[1]
Nesse sentido, vale mencionar o pensamento do doutrinador Faria:
“indica o nascimento do direito administrativo na França, por volta de 1819. A Revolução Francesa de 1789 foi preponderante para o mesmo devido à sua luta contra o absolutismo. As funções estatais até então acumuladas nas mãos do monarca foram divididas pelos revolucionários que puseram em prática a teoria da tripartição dos Poderes, idealizada por Montesquieu”.[2]
CASO CONCRETO 2
O ato de utilização da máquina administrativa para promoção pessoal viola o princípio da impessoalidade, previsto no art. 37 caput c/c § 1°, que veda a utilização de publicidades, obras e programa de governo para favorecer e promover autoridades administrativas, tais atos devem ter caráter educativo e informativo e não pode constar nomes. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Nesse sentido, vale mencionar o pensamento do doutrinador José dos Santos Carvalho Filho
“[...] para que haja verdadeira impessoalidade, deve a Administração voltar-se exclusivamente para o interesse público, e não para o privado, vedando-se, em consequência, sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros e prejudicados alguns para favorecimento de outros. Aqui reflete a aplicação do conhecido princípio da finalidade, sempre estampado na obra dos tratadistas da matéria, segundo o qual o alvo a ser alcançado pela Administração é somente o interesse público, e não se alcança o interesse público se for perseguido o interesse particular, porquanto haverá nesse caso sempre uma atuação discriminatória.” Manual de direito administrativo / José dos Santos Carvalho Filho. – 34. ed. – São Paulo: Atlas, 2020
CASO CONCRETO 3
Nessa situação específica, em razão das questões geográficas, local não ser provido de internet, bem como, não possui circulação do diário oficial, a adm. pública tem o dever de intimar pessoalmente o candidato em atendimento ao princípio constitucional da publicidade e da razoabilidade. 
Para o doutrinador Celso Antônio Bandeira de Mello:
esta é a função que se “exerce na intimidade de uma estrutura e regime hierárquicos e que no sistema constitucional brasileiro se caracteriza pelo fato de ser desempenhada mediante comportamentos infralegais ou, excepcionalmente, infraconstitucionais, submissos todos a controle de legalidade pelo Poder Judiciário[1]”.
 O Princípio da Razoabilidade, o qual é definido por Antônio José Calhau de Resende da seguinte forma:
“A razoabilidade é um conceito jurídico indeterminado, elástico e variável no tempo e no espaço. Consiste em agir com bom senso, prudência, moderação, tomar atitudes adequadas e coerentes, levando-se em conta a relação de proporcionalidade entre os meios empregados e a finalidade a ser alcançada, bem como as circunstâncias que envolvem a pratica do ato”.[2]
Como expõe Meirelles em sua obra o Princípio da Publicidade:
Os atos e contratos administrativos que omitem ou desatenderem à publicidade necessária não só deixam de produzir seus regulares efeitos como se expõem a invalidação por falta desse requisito de eficácia e moralidade. E sem publicação não fluem os prazos para impugnação administrativa ou anulação judicial, quer o de decadência para impetração de mandado de segurança (120 dias da publicação), quer os de prescrição da ação cabível. (2013, p.102).
Em princípio, todo ato administrativo deve ser publicado, por que pública é a Administração que o realiza, só se admitindo sigilo nos casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior da Administração a ser preservado em processo previamente declarado sigiloso nos termos da Lei 8.159, de 8.1.91, e da Lei 12.527/2011 e pelo Dec. 2134, de 24.1.97. (2013 p. 98).
CASO CONCRETO 4
Não, de acordo com o princípio da reserva legal, a criação de órgão ou entidades autárquicas depende de lei de iniciativa do executivo e aprovação do legislativo, consubstanciado na teoria dos freios e contra pesos. - Art. 61, § 1° c/c Art. 48, X CF.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre: [...]
 Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b ;  
Para o doutrinador José dos Santos Carvalho Filho “Princípio da reserva legal:
“Este princípio tem por objetivo a indicação de que todas as pessoas integrantes da Administração Indireta de qualquer dos Poderes, seja qual for a esfera federativa a que estejam vinculadas, só podem ser instituídas por lei. Nesse exato sentido, o disposto no art. 37, XIX, da CF, com a redação dada pela Emenda Constitucional no 19/1998: “Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.”Manual de direito administrativo / José dos Santos Carvalho Filho. – 34. ed. – São Paulo: Atlas, 2020
 CASO CONCRETO 5
Não, apesar da discricionaridade administrativa do governadorna indicação, este deve observar alguns critérios: o indicado deve ser brasileiro; reputação ilibada; curso superior completo e conhecimento técnico. No caso em tela, João não preenche os requisitos. Não, isto porque, a diretoria goza de liberdade para exercício do cargo, possui mandato fixo e só perderão o cargo por renúncia ou sentença judicial transitada em julgado. Conforme art. 9° da lei 9986/2000.
Art. 9º  O membro do Conselho Diretor ou da Diretoria Colegiada somente perderá o mandato:     
I - em caso de renúncia 
II - em caso de condenação judicial transitada em julgado ou de condenação em processo administrativo disciplinar;    
III - por infringência de quaisquer das vedações previstas no art. 8º-B desta Lei.  
Nesse sentido, vale mencionar a jurisprudência:
“EMENTA Ação direta de inconstitucionalidade. Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (AGERGS). Necessidade de prévia aprovação pela Assembleia Legislativa da indicação dos conselheiros. Constitucionalidade. Demissão por atuação exclusiva do Poder Legislativo. Ofensa à separação dos poderes. Vácuo normativo. Necessidade de fixação das hipóteses de perda de mandato. Ação julgada parcialmente procedente. 1. O art. 7º da Lei estadual nº 10.931/97, quer em sua redação originária, quer naquela decorrente de alteração promovida pela Lei estadual nº 11.292/98, determina que a nomeação e a posse dos dirigentes da autarquia reguladora somente ocorra após a aprovação da indicação pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. A Constituição Federal permite que a legislação condicione a nomeação de determinados titulares de cargos públicos à prévia aprovação do Senado Federal, a teor do art. 52, III. A lei gaúcha, nessa parte, é, portanto, constitucional, uma vez que observa a simetria constitucional. Precedentes. 2. São inconstitucionais as disposições que amarram a destituição dos dirigentes da agência reguladora estadual somente à decisão da Assembleia Legislativa. O voluntarismo do legislador infraconstitucional não está apto a criar ou ampliar os campos de intersecção entres os poderes estatais constituídos sem autorização constitucional, como no caso em que se extirpa a possibilidade de qualquer participação do governador do estado na destituição do dirigente da agência reguladora, transferindo-se, de maneira ilegítima, a totalidade da atribuição ao Poder Legislativo local. Violação do princípio da separação dos poderes. 3. Ressalte-se, ademais, que conquanto seja necessária a participação do chefe do Executivo, a exoneração dos conselheiros das agências reguladoras também não pode ficar a critério discricionário desse Poder. Tal fato poderia subverter a própria natureza da autarquia especial, destinada à regulação e à fiscalização dos serviços públicos prestados no âmbito do ente político, tendo a lei lhe conferido certo grau de autonomia. 4. A natureza da investidura a termo no cargo de dirigente de agência reguladora, bem como a incompatibilidade da demissão ad nutum com esse regime, haja vista que o art. 7º da legislação gaúcha prevê o mandato de quatro anos para o conselheiro da agência, exigem a fixação de balizas precisas quanto às hipóteses de demissibilidade dos dirigentes dessas entidades. Em razão do vácuo normativo resultante da inconstitucionalidade do art. 8º da Lei estadual nº 10.931/97 e tendo em vista que o diploma legal não prevê qualquer outro procedimento ou garantia contra a exoneração imotivada dos conselheiros da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (AGERGS), deve a Corte estabelecer, enquanto perdurar a omissão normativa, as hipóteses específicas de demissibilidade dos dirigentes dessa entidade. 5. A teor da norma geral, aplicável às agências federais, prevista no art. 9º da Lei Federal nº 9.986/2000, uma vez que os dirigentes das agências reguladoras exercem mandato fixo, podem-se destacar como hipóteses gerais de perda do mandato: (i) a renúncia; (ii) a condenação judicial transitada em julgado e (iii) o procedimento administrativo disciplinar, sem prejuízo de outras hipóteses legais, as quais devem sempre observar a necessidade de motivação e de processo formal, não havendo espaço para discricionariedade pelo chefe do Executivo. 6. Ação julgada parcialmente procedente para declarar a inconstitucionalidade do art. 8º da Lei estadual nº 10.931/97, em sua redação originária e naquela decorrente de alteração promovida pela Lei estadual nº 11.292/98, fixando-se ainda, em razão da lacuna normativa na legislação estadual, que os membros do Conselho Superior da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (AGERGS) somente poderão ser destituídos, no curso de seus mandatos, em virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado, ou de processo administrativo disciplinar, sem prejuízo da superveniência de outras hipóteses legais, desde que observada a necessidade de motivação e de processo formal, não havendo espaço para discricionariedade pelo chefe do Executivo.” ADI 1.949/ Rio Grande do Sul, Órgão Julgador: Tribunal Pleno, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 17/09/2014, publicação 14/11/2014
CASO CONCRETO 6
Pode sim exercer o poder de polícia. A entidade pública não pode delegar para iniciativa privada. A instalação das câmeras pode delegar, mas a fiscalização deve ser feita pela entidade pública. 
O doutrinador Diógenes Gasparini, sobre o tema:
“A regra é a indelebilidade da atribuição de polícia administrativa. Seu exercício sobre uma dada matéria, serviço de táxi, por exemplo, cabe ao Município que o realiza com seus recursos pessoais e materiais, pois é a pessoa competente para legislar. Embora essa seja a regra, admite-se a delegação desde que outorgada a uma pessoa pública administrativa, como é a autarquia, ou a uma pessoa governamental, como é a empresa pública. Desfrutam dessa delegação, a exemplo de outros entes, o Banco Central do Brasil, as agências reguladoras... Essa delegação, sempre por lei, é ampla e pode abranger “o estabelecimento de normas, bem como a designação de agentes de polícia” (GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2006, p.136) 
CASO CONCRETO 7
A ação proposta irá pedir a anulação do processo administrativo disciplinar combinado com a reintegração aos quadros da administrativo pública em razão do vício na motivação.
Nesse sentido, vale mencionar a jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO ADMINISTRATIVO.AÇÃO ANULATÓRIA DE MULTA ADMINISTRATIVA. PROCON. NÃO SUBSTITUIÇÃO DE PRODUTO DEFEITUOSO NO PRAZO LEGAL. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 18 DO CDC. SENTENÇA DE IMPROCEDENCIA. IRRESIGNAÇÃO AUTORAL. REGULARIDADEFORMAL E MATERIAL DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA DE VÍCIO DE MOTIVAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. CONGRUÊNCIA ENTRE OS FATOS E OS MOTIVOS QUE ENSEJARAM O ATO. PREVISÃO DE APLICAÇÃO DE MULTA PELO PROCON. MULTA FIXADA QUE OBSERVA AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE E EM CONSONÂNCIA COM OS PARAMENTROS ESTABELECIDOS NOS ARTIGOS 56, I E 57, PARÁGRAFO ÚNICO, AMBOS DA LEI 8078/90, COM O DECRETO FEDERAL nº 2.181/97 E COM A LEI nº 6.007/2011. RECURSO QUE SE NEGA PROVIMENTO.

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