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ATIVIDADE DE PLANEJAMENTO URBANO REGIONAL 1) Segundo João Sette Whitaker, no texto: São Paulo: cidade da intolerância, ou o urbanismo "à Brasileira" que a produção do espaço urbano responde a uma lógica na qual se relacionam fundamentalmente o Estado, o mercado e a sociedade civil. Explique detalhadamente os elementos integrantes desse processo e como isso ocorre no espaço urbano. R: Cada elemento exerce uma função nesta produção ficando ao mercado a ocupação de obter lucro por meio da valorização fundiária e imobiliária, já a sociedade civil tem interesse no valor do uso da terra urbana; esta quando no meio urbano capitalista têm essa função absolutamente gritante pela desigualdade social proporcionado aos que já têm poder aquisitivo o favorecimento na compra de lugares mais valorizados; e o Estado fica com a função de regulamentar o uso e ocupação do solo, a fim de evitar as desigualdades, controlando a supervalorização e garantir acesso democrático da cidade à uma parcela maior da sociedade. Este processo todo ocorre a partir do próprio Estado que é quem valoriza a terra, isto por meio da infra estrutura que se constrói ao seu entorno, quanto mais e melhor a infraestrutura mais valorizada uma parcela de terra, infraestrutura essa que é viabilizada através do poder público. Portanto caberia ao Estado a produção de uma infra estrutura mais homogenia e acessível a todos, evitando assim a exclusão de parcelas mais carentes da população. Fariam isso através da mais valia urbana, que seria produzir a boa infraestrutura, o que geraria mais acesso ao comércio, então cobraria tributos em cima dos lucros obtidos e com os tributos investe na infraestrutura. 2) O autor afirma que a discussão sobre os problemas de São Paulo, não se resume a observar apenas a trágica situação dos assentamentos precários como se, em contrapartida, as regiões mais ricas das cidades fossem bem urbanizadas. Há um pensamento envolvido e que articula uma dicotomia, frente a isso, como isso ocorre? R: Ocorre com os efeitos da modernização excludente, onde se vê claramente a diferença das áreas beneficiadas por constantes investimentos públicos e consequentemente alta atividade imobiliária, contra outras marcadas pela precariedade, e isto não corre por uma divisão geográfica clara, mas acontece de forma homogênea, visto quando olhamos para o espaço embaixo de uma ponte que é abandonado ao redor dos córregos, onde pessoas sem rende acabam se instalando, isto é completamente visível quando você anda pela cidade, as vezes uma área onde houve sim o investimento, mesclada com espaço vulneráveis e ocupados por pessoas sem condições de comprar um espaço para si. 3) Desde a redemocratização e o novo papel dado aos municípios, pela Constituição de 1988, as demandas populares, o movimento da chamada "reforma urbana" logrou avanços consideráveis. Explique com suas palavras como isso ocorreu e quais as mudanças resultantes? R: A reforma urbana seria a revalorização dos espaços urbanos, e consequentemente imobiliários, não apenas pelo investimento do poder público, estado, mas também através do investimento privado embasada pelo interesso social como um todo, criara então medidas que instigassem o poder privado a investir como o IPTU progressivo para imóveis sub aproveitados e até outorga onerosa no direito de construir. Este movimento pode ser visto como uma mobilização de setores da sociedade civil em prol de cidades mais justas. E até começou a funcionar como equipamentos de saúde e educação até chegaram a ser implantado em maior número nas áreas mais pobres, mas infelizmente hoje mostrou-se inutilizados e não gerou mudanças. 4) No texto: São Paulo, centro e periferia: a retórica ambiental e os limites da política urbana de Maria Lucia Refinetti Martins, a autora afirma que existe alguns princípios expressos em diretrizes de desenvolvimento urbano e em planos diretores, mas não se traduzem em forma e desenho urbano. Como isso ocorre e como afeta o meio ambiente urbano? R: Isto se dá apenas nos projetos de mudanças urbanas, como instrumentos de planejamento urbano e reforma urbana, mas não são realizados e nem chegam a ser executados, apresentando total discrepância entre planos no papel e da realidade urbana na cidade, que continua não apresentando lugares ideais à valorização do espaço. Afeta o meio urbano de forma a não melhorar a realidade das cidades e espaços que a compõe, muitos projetos nenhuma alteração real que gere valorização, enquanto isso o meio urbano continua com espaço desvalorizados e abandonados que continuam gerando e aumento as diferenças sociais. 5) Segundo a autora, a grande desigualdade social no Brasil faz que a dificuldade de acesso à cidade e à moradia social ocupe um lugar de centralidade na abordagem das cidades e metrópoles. Duas situações, ainda que com características diferentes, evidenciam a questão: o centro metropolitano e as franjas periféricas junto aos mananciais de abastecimento e às áreas de preservação permanente. Como isso foi realizado sem perde a noção de centro e periferia? R: Principalmente porque suas características físicas evidenciam estas áreas claramente, enquanto os centros são repletos de construções muitas vezes específicas, e que sem o devido uso podem vir a ser obsoletas, as franjas periféricas tem edificações muito precárias e irregulares geralmente em áreas que seriam de preservação como perto dos mananciais. Além disso as disputas nos diferentes ambientes territoriais são completamente diferentes, nos centros há grande disputas em valorizar edificações e expulsam a população de baixa renda, já nas franjas periféricas as disputas se dão pela necessidade de preservação em contra partida a necessidade de assentamentos para população de baixa renda. Desta maneira as duas áreas têm características muito específicas que não se permitem perder a noção de qual é qual. 6) Ainda a autora, em São Paulo, diversos planos e propostas de qualificação de sua área central têm sido muito limitados, quando não desastrosos. Havendo uma operação operado pela expansão e inovação, mas que tem contemplado apenas alguns aspectos e classes sociais. No restante da sociedade grupos envolvidos têm sido afetados, como isso tem afetado o quadro urbano de São Paulo? R: Isto tem influenciado diretamente na expansão de edificações informais, as quais têm aumentado consideravelmente em número e inclusive têm se verticalizado, aumento a densidade dessas áreas, pois os centros muitos vezes têm apresentado edificações antigas e que acabam em desuso e geram uma área de baixa densidade com pontos específicos de valorização, além de gerar insegurança na área como um todo e desvalorizar a região, o que não era o esperado. Todas estas alterações impactam diretamente na valorização da cidade como um todo, até porque com este grande crescimentos de edificações informais geralmente em lugares que deveriam ser de preservação, a cidade responde com muitas enchentes, áreas de insalubridade e até perigo o que impacta diretamente em seu quadro geral e sua impressão de cidade, tudo isto gera a necessidade de se considerar e melhorar planos diretores e leis de uso e ocupação do solo, de forma que haja muito investimento do poder público para alcançar e favorecer está classe de baixíssima renda desfavorecida. EXERCÍCIO ÍNDIVIDUAL SUGERIDO: A partir das leituras acima, elabore um texto: A) que pode conter croquis e mapeamentos. B) que relacione os conceitos abordados pelos autores e as questões urbanas da considerando a sede Campinas e a Região Metropolitana (objeto de estudo do semestre). Campinas é também um grande centro urbano, que atende não apenas sua população, mas engloba as necessidades de cidades vizinhas, gerando as conurbações como já muito já citadas. Todo este cenário de oferta de emprego e serviço faz deCampinas, principalmente sua parte central, uma cidade muito visitada e de alto interesse comercial, porém assim como os textos expõem as fragilidades do centro de São Paulo, podermos observar isto acontecer aqui. O centro em si, onde a maioria dos comércios é oferecido com o passar dos anos começou a apresentar edificações, de usos e características especificas, sem conservação e portanto se tornando obsoletas e até mesmo uma fragilidade em relação à segurança, o que afastou a população de alta renda dessa região, desvalorizando consequentemente seus imóveis. E fez com a população de baixa renda fosse quem mais ocupa e circula no centro, fez ainda com que a população de alta rende focasse seus investimentos em áreas específicas como o bairro Cambuí, supervalorizando os imóveis ali instalados e ou a serem construídos, todas estas mudanças geraram visivelmente e comercialmente uma segregação dos bairros e da população, e todo este movimento na cidade fez que muitos, da população de alta renda, buscassem moradias no Cambuí ou até em cidade vizinham que oferecem melhores condições de vida, o que acabou criando para a cidade áreas que geraram a necessidade de investimento para serem revitalizadas, um exemplo nesta necessidade de revitalização foi a reforma da Glicério, mas que assim como os textos sugeridos mostram, não requalificaram de tudo a área reformado como esperado, o que mostra que a população quer áreas que sejam requalificas ou reestruturadas desde o zero, como um plano raso, limpa tudo e se constrói do zero. Observando todas essas mudanças e levando em consideração tudo o que foi estudado e todos os dados levantados em aula, observamos que apesar do investimento privado que aconteceu na cidade durante seu crescimento principalmente como centro de interesse comercial, a desigualdade é claramente vista e vivenciada, o que nos alerta para a necessidade de maior investimento do poder público em áreas específicas como em habitação de interesse social, a qual quando pesquisada para levantamento de dados, não oferece nem mesmo dados atualizados e propostas de novos empreendimentos, instrumentos públicos que realmente revitalize área e ainda investimento em instrumentos de educação e saúde, o que nos leva diretamente aos poderes públicos que apresentam necessidade de revisar e provavelmente atualizar plano diretor e leis de uso e ocupação, além de investirem em projetos de parceria e investimento pessoal com relação da cidade.
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