Buscar

Ceratose Actínica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Seção 10 Fotossensibilidade, distúrbios fotoinduzidos e distúrbios por radiação ionizante 21 9 
Lesões descamativas aderentes! isoladas ou múl­
tiplas! secas e ásperas, que se desenvolvem em 
adultos, na pele habitualmente exposta ao sol, ge­
ralmente sobre uma base de dermatoel iose. 
Epidemiologia 
Idade de início. Meia-idade, embora na Austrália e 
no sudoeste dos EUA as ceratoses solares possam 
ocorrer em indivíduos com menos de 30 anos. 
Sexo. Mais comum nos homens. 
Etnia. FTCs I, II e III; raramente observada na pele 
de FTC IV; quase nunca acomete indivíduos de 
pele negra. 
Ocupação. Profissionais que trabalham ao ar livre 
(particularmente fazendeiros, agricultores, mari­
nheiros) e pessoas que praticam esportes ao ar livre 
(tênis, golfe, alpinismo, pesca em águas profundas). 
Patogênese 
A exposição solar prolongada e repetida em indiví­
duos suscetíveis (FTCs I, II e III) resulta em danos 
cumulativos aos ceratinócitos pela ação da RUV, 
principalmente, se não exclusivamente, UVB (290 
a 320 nm). 
Manifestações clínicas 
Sintomas cutâneos. As lesões podem ser hiper­
sensíveis. Dolorosas se forem escoriadas com as 
unhas. 
Lesões cutâneas. Levam meses a anos para se de­
senvolver. Escama hiperceratótica aderente, que 
é removida com dificuldade e dor (Figs. 10-25 e 
10-26). Lesões da cor da pele, marrom-amareladas 
ou marrom de aspecto ((sujo
,
, (Fig. 10-25); com fre­
quência, observa-se uma tonalidade avermelhada 
(Fig. 10-26). As lesões são ásperas, semelhantes a 
uma lixa grossa, ((melhor palpáveis do que visíveis': 
Mais comumente, menores de 1 cm, ovais ou re­
dondas (Fig. 10-27). 
Apresentação especial. CAPE. Essa lesão é melhor 
descrita como ((lesão semelhante ao lentigo malig­
no (LM), mas que, à palpação, assemelha-se à ce­
ratose actínicà' (Fig. 10-28). Ocorrência incomum. 
As características que diferenciam a CAPE incluem 
o seu tamanho (> 1,5 cm), pigmentação (marrom a 
negra e variegada) e história de disseminação lenta, 
particularmente na superfície verrucosa. A lesão é 
importante, visto que pode simular o LM. 
Distribuição. Lesão única isolada ou lesões isoladas 
dispersas. Acomete a face (fronte [Fig. 10-26], na-
As ceratoses actínicas podem evoluir para o carci­
noma espinocelular. 
Sinônimo: ceratose solar. 
riz, bochechas, têmporas, borda vermelha do lábio 
inferior), orelhas (nos homens), pescoço (face la­
teral), antebraços, mãos (dorso), região pré-tibial 
e couro cabeludo em homens calvos (Fig. 10-25). 
Os homens com alopecia de padrão precoce são 
particularmente suscetíveis à dermatoeliose grave 
e ceratose solar do couro cabeludo exposto. 
Exames laboratoriais 
Dermatopatologia. Grandes ceratinócitos de co­
loração brilhante, com pleomorfismo brando a 
moderado na camada basal, que se estende até os 
folículos, ceratinócitos atípicos ( disceratóticos) e 
paraceratose. 
Diagnóstico e diagnóstico diferencial 
Habitualmente estabelecido em bases clínicas. 
Diagnóstico diferencial: lúpus eritematoso cutâ­
neo crônico; ceratose seborreica, verrugas planas, 
CEC (in situ), CBC superficial. As lesões acentua­
damente hiperceratóticas e a CAPE podem exigir 
biópsia para exclusão da possibilidade de CEC ( in 
situ ou invasivo) ou LM. 
Evolução e prognóstico 
As ceratoses solares podem desaparecer esponta­
neamente; todavia, em geral, persistem por vários 
anos. A incidência verdadeira do CEC que surge 
em ceratoses solares preexistentes não é conheci­
da, porém, é estimada em 1 %. 
Tratamento 
Profilaxia. São evitadas pelo uso de filtros solares 
altamente efetivos para UVB/UV A. 
Tratamento tópico. Criocirurgia. 
Creme de 5-fluoruracil (5-FU) a 5°/o. Efetivo, porém, 
de aplicação difícil para muitos indivíduos. O tra­
tamento das lesões faciais provoca eritema e ero­
sões significativas, resultando em desfiguração 
estética temporária. Pode-se aumentar a eficácia 
se o fármaco for aplicado sob curativo oclusivo 
e/ ou combinado com tretinoína tópica. Todavia, 
isso resulta em erosões confluentes. Ocorre ree­
pitelialização após a interrupção do tratamento. 
220 Parte 1 Distúrbios da pele e das mucosas 
Figura 10-25 Ceratoses ac­
tínicas. Máculas e pápulas eri­
tematosas e acastanhadas, com 
escamas aderentes e grosseiras, 
que se tornam confluentes no 
couro cabeludo calvo deste pa­
ciente com dermatoeliose. Essas 
hiperceratoses são de coloração 
cinza-amarelada. São melhor 
percebidas à palpação do que à 
inspeção; a abrasão suave das 
lesões com a unha geralmente 
provoca dor, mesmo nas lesões 
iniciais sutis, constituindo um indí­
cio útil para o diagnóstico. 
Figura 10-26 Ceratoses actínicas, fotografia ampliada. Escamas firmemente aderentes, acinzentadas e de aparência 
"suja" na fronte deste homem de 80 anos. A abrasão dessas hiperceratoses é dolorosa e provoca erosões. Pode-se observar 
um pequeno carcinoma basocelular na borda do couro cabeludo. 
Seção 10 Fotossensibilidade, distúrbios fotoinduzidos e distúrbios por radiação ionizante 221 
B 
Figura 10-27 Ceratoses actínicas, fotografias ampliadas. (A) Hiperceratose firmemente aderente, áspera, amarelo­
-acastanhada e bem-demarcada, com base avermelhada. (B) Essa lesão é ainda mais elevada e tem aparência de "pingo de 
lama", semelhante a uma ceratose seborreica. Todavia, não é gordurosa nem macia, porém, de consistência dura, áspera e 
dolorosa quando curetada. 
lmiquimode (duas vezes por semana, durante 1 6 se­
manas). Causa dermatite por citocinas e também 
resulta em irritação e erosões, porém, é altamente 
efetivo. 
Retinoides tópicos. Quando utilizados cronicamen­
te, são efetivos para profilaxia e tratamento da der­
matoeliose e das ceratoses solares superficiais. 
Diclofenaco em gel. Quando aplicado de modo crô­
nico, é efetivo para as ceratoses actínicas superfi­
ciais; causa também irritação. 
Pee/ing facial. O ácido tricloroacético ( 5 a 10%) é 
efetivo para as lesões disseminadas. 
Cirurgia a laser. Laser de érbio ou de dióxido de car­
bono. Em geral, é eficaz para tratar lesões isoladas. 
Para as lesões faciais extensas, o resurfacing facial 
é efetivo. 
Terapia fotodinâmica. Efetiva, porém, dolorosa e in­
cômoda. 
Figura 10-28 Ceratose actínica pigmentada extensiva (CAPE). "Assemelha-se ao lentigo malig­
no" (ver Fig. 1 2-7), porém, é áspera e, por conseguinte, "assemelha-se, à palpação, à ceratose actínica". 
Observa-se ceratose actínica não pigmentada na região pré-auricular.

Continue navegando