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Acadêmicas: Andressa, Fernanda Ferrari, Joyce C. Brühmüller e Yasmini Peters. Professora: Fernanda Possamai Curso: Fisioterapia Turma: 7° semestre Traumatismo Raquimedular Conceito Trauma raquimedular é a lesão da medula espinhal que provoca alterações, temporárias ou permanentes, na função motora, sensibilidade ou função autonômica. Diminui a qualidade de vida, tem uma maior incidência dos traumatismos entre adolescentes e adultos jovens, 2/3 dos traumas acontecem na coluna cervical, 20% dos pacientes com lesões graves podem ter lesões em outros níveis não próximos e 5% dos casos, acontecem em crianças. Fisiopatologia A transferência de energia cinética para a medula espinhal, o rompimento dos axônios, a lesão das células nervosas e a rotura dos vasos sanguíneos causam a lesão primária da medula espinhal, e, no estágio agudo da lesão (até 08 horas após o trauma), ocorre hemorragia e necrose da substância cinzenta, seguida de edema e hemorragia. Formam-se petéquias hemorrágicas na substância cinzenta, logo no primeiro minuto da LME, que se aglutinam dentro da primeira hora, resultando na necrose central hemorrágica, que pode estender-se para a substância branca nas 04 a 08 horas seguintes, como consequência de uma redução geral do fluxo sanguíneo no local da lesão. A seguir, células inflamatórias migram para o local da lesão, acompanhadas de proliferação de células da glia, e, no período de 01 a 04 semanas, ocorre a formação de tecido cicatricial e cistos no interior da medula espinhal. A redução do fluxo sanguíneo para o segmento lesado da medula espinhal pode ainda ser ocasionado por alteração do canal vertebral, hemorragia, edema ou redução da pressão sistêmica, que conduzem à lesão adicional, denominada de lesão secundária. Essa redução do fluxo sanguíneo pode provocar a morte das células e axônios que não foram inicialmente lesados. A separação física dos tratos da medula espinhal, geralmente, não ocorre nos traumatismos não penetrantes da medula espinhal, tendo sido observada separação física dos axônios somente em alguns casos de ferimento por arma de fogo(6). A separação dos axônios é um processo gradual, que ocorre no local da lesão, após alguns dias do traumatismo, sendo o resultado de uma série de eventos patológicos, relacionados à lesão da membrana celular e suas proteínas, e não da separação física imediata do axônio. A interrupção da condução do estímulo nervoso imediatamente após o trauma, provocado pela energia cinética da lesão, pode ser devida a uma despolarização imediata da membrana do axônio, associada à falha de sua repolarização, que ocasiona perda de potássio pelo axônio (7). A isquemia do sistema nervoso central é caracterizada por um grande influxo de cálcio para as células (8), e reações metabólicas, como falha das mitocôndrias e ativação das fosfolipases, proteases e adenosina trifosfatase ocorrem, e o resultado é a perda de energia e colapso da membrana celular, que também é mediado pela produção de radicais livres e ativação das fosfolipases e lipases. A impossibilidade da célula em converter completamente o oxigênio para dióxido de carbono e água promove a formação de radicais livres, que resulta em peroxidação lipídica e subsequente falha da membrana celular. Esses eventos justificam a utilização da metilprednisolona nas primeiras 08 horas após o TRM, que é administrada com o objetivo de inibir a peroxidação lipídica. A lesão medular pode ser: 1. Primária: lesão imediata ao trauma devido a contusão mecânica e hemorragia. 2. Secundária: sequência de eventos bioquímicos autodestrutivos que podem durar horas ou dias que levam a disfunção e morte celular Sintomas Nos pacientes com lesão medular, podem ser observadas respiração diafragmática, perda da resposta ao estímulo doloroso, incapacidade de realizar movimentos voluntários nos membros, alterações do controle dos esfíncteres, priapismo e presença de reflexos patológicos (Babinski, Oppenheim), indicando lesão do neurônio motor superior. Os pacientes com lesão medular podem apresentar, também, queda da pressão arterial, acompanhada de bradicardia, que caracteriza o denominado choque neurogênico. Nesses pacientes, a lesão das vias eferentes do sistema nervoso simpático medular e consequente vasodilatação dos vasos viscerais e das extremidades, associadas à perda do tônus simpático cardíaco, não permitem que o paciente consiga elevar a frequência cardíaca. Essa situação deve ser reconhecida e diferenciada do choque hipovolêmico, no qual a pressão arterial está diminuída e acompanhada de taquicardia. A reposição de líquidos deve ser evitada no choque neurogênico, para não sobrecarregar a volemia. Complicações decorrentes As principais complicações físicas decorrentes são: choque medular, choque neurogênico, trombose venosa profunda, disreflexia autônoma, bexiga neurogênica, intestino neurogênico, espasticidade, úlceras por pressão, pneumonias, alterações psicossociais e infecções sendo que muitas delas são evitadas com descompressão cirúrgica imediata. As modificações que ocorrem no organismo devido à lesão medular dependem do nível e do grau da lesão, dentre elas, significante redução da capacidade cardiorrespiratória e alterações nervosas simpáticas. Assim, a lesão medular na região toracolombar pode influenciar o sistema nervoso simpático, incluindo a inervação do sistema cardiovascular e respiratório e, ainda, provocar parcial paralisia dos músculos intercostais torácicos e abdominais. Choque medular: o paciente apresenta ausência total da sensibilidade, dos movimentos e do reflexo bulbo cavernoso, que está presente em condições normais. O retorno do reflexo bulbo cavernoso indica o término do choque medular Choque neurogênico: Os pacientes com lesão medular podem apresentar, também, queda da pressão arterial, acompanhada de bradicardia, que caracteriza o denominado choque neurogênico. Disrreflexia autonômica: A disrreflexia autonômica é uma alteração vasomotora, também conhecida como crise autonômica hipertensiva, decorrente de uma liberação do sistema nervoso autônomo, que é desencadeada por um estímulo nociceptivo. Geralmente ocorre nas lesões acima de T5, mais precisamente nas lesões cervicais. Tem como sinais e sintomas: hipertensão arterial, sudorese profusa, rubor facial, congestão nasal e cefaléia latejante11. Bexiga neurogênica:Diferentes padrões miccionais patológicos muitas vezes persistem na fase crônica, dependendo do nível de lesão neurológica e grau de recuperação funcional. Os problemas incluem: incontinência, infecções, urolitíase e danos renais secundários. Intestino neurogênico: O intestino neurogênico é uma condição que afeta o processo corporal para o armazenamento e a eliminação de resíduos sólidos de alimentos não digeridos. Espasticidade: Tônus muscular, a tensão involuntária basal de um músculo pode ser normal, diminuída ou aumentada. Diminuição do tônus muscular acompanha paralisia devido a uma lesãodo neurônio motor inferior é também vista na fase aguda após uma lesão do neurônio motor superior(ou seja, durante choque espinhal). Aumento do tônus muscular acompanha as fases aguda e crônica na sequência da lesão do neurônio motor superior. Isto é conhecido como espasticidade (aumento do tônus muscular espástico) e deve ser distinguido de outros tipos de hipertonia muscular, especialmente rigidez, o que caracteriza condições tais como a doença de Parkinson. Espasticidade, por sua vez é um complexo e multifacetado aspecto de um fenômeno conhecido como a síndrome do neurônio motor superior13. Escalas Existem diversas escalas que podem ser utilizadas como : Escala de Frankel ASIA (American Spine Injury Association) Índice motor de neurotrauma deLucas e Ducker Escala de Botsford Escala de Yale Escala de NASCIS IMSOP Escala de MIF A importância da fisioterapia após o trauma raquimedular O fisioterapeuta possui o papel de identificar as disfunções de órgãos e sistemas nos pacientes após o TRM, a fase da lesão e de estabelecer o plano de tratamento não-farmacológico. É fundamental para reeducação postural, reabilitação da propriocepção, equilíbrio postural, força muscular periférica, força muscular respiratória, prevenção, manutenção e recuperação de incontinências urinárias e fecais. Além disso, há uma melhora da tolerância ao exercício e redução da dispneia, readaptando os pacientes às suas atividades de vida diária e ao processo de socialização. Fases do tratamento do trauma raquimedular Fase Aguda (Choque Medular) É importante que os profissionais identifiquem o mais precocemente possível que determinado impacto gerou no paciente o TRM. A fase de choque medular caracteriza-se pelo rebaixamento do nível de consciência e redução das transmissões sinápticas, e normalmente o paciente será encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva e submetido à Ventilação Mecânica (VM). Os ajustes de parâmetros ventilatórios pelo fisioterapeuta devem buscar otimizar as trocas gasosas e produzir baixa pressão de pico, para não provocar lesões pulmonares e outras consequências graves ao indivíduo acometido. A intensidade das sequelas é diretamente proporcional à duração da fase aguda, ou seja, quanto maior o tempo de permanência da depressão do SNC, maiores disfunções o paciente desenvolverá. Reabilitação Intensiva Após a transição da fase de choque medular para a fase crônica do TRM, o paciente recupera parcialmente ou totalmente o nível de consciência e começa a se estabilizar clinicamente e hemodinamicamente. Neste momento, o fisioterapeuta promove o desmame da ventilação mecânica e realiza a extubação, respeitados os critérios das Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica e as individualidades. As lesões por pressão devem ser prevenidas com a utilização de coxins, posicionamento no leito e hidratação da pele, com a cautela necessária para não provocar um aumento da área de comprometimento neurológico com as mobilizações. Relaxamento Muscular No momento em que o nível de consciência é retomado e o paciente se conscientiza da sua nova condição, é trivial que ele desenvolva uma série de transtornos psicológicos. Técnicas de relaxamento muscular aliviam o quadro álgico e o estresse, pela liberação de hormônios relacionados à sensação de prazer e bem-estar. O método Watsu, na hidrocinesioterapia, a massagem terapêutica, a acupuntura e outras técnicas utilizadas pelo fisioterapeuta são capazes de proporcionar a referida liberação hormonal e a sensação de relaxamento. Fortalecimento Muscular Enquanto os procedimentos fisioterapêuticos de relaxamento muscular estão voltados à redução do estresse e demais sintomas psicológicos, os exercícios de fortalecimento podem combater sinais e sintomas como dispneia, intolerância ao exercício, tosse ineficaz e a vida sedentária. Podem ser estimulados por técnicas manuais, equipamentos de biofeedback, bem como pela Estimulação Elétrica Funcional (FES). O fortalecimento deve ser realizado em conjunto com exercícios proprioceptivos, com intuito de promover a neuroplasticidade, principal mecanismo de reabilitação dos pacientes que sofreram TRM. Exercícios de Educação Neuromuscular As junções neuromusculares no TRM são fortemente acometidas, e devem ser levadas em consideração no momento da reabilitação da fase crônica da lesão. O procedimento de referência para obtenção da neuroplasticidade e melhora da função neurológica e musculoesquelética é a Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (PNF), que dispõe de técnicas manuais e comandos verbais para produzir diferentes contrações musculares (concêntricas, isométricas e excêntricas). O objetivo é recrutar o maior número de unidades motoras possível, produzindo potenciais de ação em uma ampla gama de fibras musculares. As contrações concêntricas são realizadas pelos músculos agonistas e sinergistas, ao passo que as excêntricas são produzidas principalmente pelos antagonistas, controlando a velocidade de execução de determinado movimento. As isométricas são definidas por contrações sem a produção de movimento. Exercícios fisioterapêuticos para o tratamento do trauma raquimedular Amplitude de Movimento: Mobilizações articulares, pompages e alongamentos podem ser empregados para prevenir deformidades, reduzir contraturas e condições de hipertonia em pacientes com TRM. Propriocepção: A Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva recruta unidades motoras e promove a neuroplasticidade, o que é imprescindível na reabilitação de pacientes com este perfil. Transferência de Peso: Importante no ganho de força, no recrutamento de unidades motoras e no equilíbrio postural. Transferência entre Superfícies: Sugerida após trabalho proprioceptivo, de amplitude de movimento e fortalecimento, tem como objetivo promover maior grau de independência funcional. Fortalecimento da Unidade Interna: Essencial para controle da incontinência urinária e fecal, maior estabilidade postural, melhora do mecanismo de tosse. Análise dos Reflexos: Os reflexos profundos e o superficial devem ser avaliados. São exemplos de reflexos profundos: a) Bicipital; b) Tricipital; c) Patelar; d) Aquileu. É exemplo de reflexo superficial o Reflexo Cutâneo- plantar. Treinamento Muscular Respiratório: Exercícios que demandam utilização de incentivadores que geram resistência à inspiração e expiração do paciente. Otimizam a capacidade de tosse, reduzem a dispneia e aumentam a tolerância ao exercício. Treino de atividades motoras e de vida diária Fisioterapia de qualidade está ligada à reabilitação de disfunções. É por este motivo que não só pacientes neurológicos, como todos os outros pacientes, devem ser tratados com ênfase nas funções orgânicas. Melhorar uma função significa desempenhá-la várias vezes, com atenção do fisioterapeuta e do paciente para os mínimos detalhes em todos os movimentos realizados. Explorar as diferentes posturas, as reações de endireitamento e equilíbrio, além de atividades como rolar, alcançar um objeto, empurrar, puxar, sentar, levantar e deambular, são fundamentais para um atendimento completo. É evidente que nem todos os pacientes conseguirão realizar todas as atividades de vida diária como faziam antes da lesão, portanto, o profissional deve respeitar os limites do indivíduo e proporcionar, dentro das possibilidades, a melhor função. Condicionamento cardiorrespiratório Um grande número de indivíduos com TRM se torna dependente de cadeira de rodas, o que ocasiona uma tendência ao sedentarismo e ao isolamento social. Porém, quando os membros superiores têm sua função preservada ou parcialmente preservada, é possível trabalhar o condicionamento aeróbico, através de equipamentos específicos (Ex: cicloergômetros de braço). Todos os pacientes em condições de se exercitar de forma aeróbia, devem ser incentivados e educados neste sentido. O aumento do VO2 de pico melhora a percepção subjetiva de qualidade de vida, ameniza a fadiga, a dispneia, bem como otimiza a função autonômica no sistema cardiovascular e metabólico. Importância da avaliação neurológica do seu paciente com sequelas do trauma raquimedular A avaliação fisioterapêutica engloba a análise dos reflexos, das sensibilidades, do tônus e força muscular, da coordenação motora, do equilíbrio estático e dinâmico e da propriocepção. Mesmo que o NN já tenha sido estabelecido por outro profissional, é importante realizar uma bateria de testes para verificar as funções que ainda possuem umcerto nível de preservação. Análise das Sensibilidades: O fisioterapeuta deve testar os dermátomos com diferentes estímulos (dolorosos, táteis e térmicos), nos dois hemicorpos, e buscar o feedback do indivíduo avaliado. A assimetria na sensibilidade, respostas inesperadas e ausência de percepção dos estímulos são sinais de comprometimento. Avaliação do Tônus Muscular e da Força: Avaliar o tônus demanda inspeção, palpação da musculatura e realização de alongamentos passivos e rápidos. Com este procedimento o fisioterapeuta tem condições de identificar se o paciente possui hipertonia, hipotonia ou tônus muscular normal. Quanto a força, esta é testada através do Teste Muscular Manual ou pela Escala de Ashworth, quando é observado um quadro de hipertonia elástica. Avaliação do Equilíbrio Estático e Dinâmico: Entre os testes propostos para análise do equilíbrio postural estático, podem ser destacados: a) Teste de Romberg; b) Romberg Tandem. Um teste para equilíbrio dinâmico utilizado amplamente na prática clínica é o Timed Up and Go. Propriocepção: O teste de espelhamento, executado com os olhos fechados, é eficiente na detecção de alterações na percepção do posicionamento corporal no espaço. Este teste consiste no posicionamento passivo de um membro em determinado plano de movimento e, a partir desta conduta, o paciente deve executar o movimento no membro contralateral de forma semelhante. Conclusão: A fisioterapia hospitalar tem fundamental importância em pacientes hospitalizados A atuação da fisioterapia, tanto motora (mobilizações, alongamentos, fortalecimentos, técnicas de facilitação neuromuscular proprioceptiva, entre outras) como respiratória, seja com procedimentos invasivos (ventilação mecânica e aspiração), ou não invasivos (manobras de higiene brônquica e de reexpansão pulmonar), é coadjuvante ao tratamento medicamentoso e juntamente com a equipe interdisciplinar, contribui para uma melhor reabilitação do paciente após o TRM. A intervenção precoce é necessária para prevenir tanto problemas físicos, como respiratórios e psicológicos. A atividade terapêutica deve ser iniciada precocemente para evitar a hospitalização prolongada e os riscos associados à imobilização no leito, e pode ser uma das chaves para a recuperação do paciente. REFERÊNCIAS DEFINO, Helton L. A.Trauma raquimedular. Disponível em: <http://revista.fmrp.usp.br/1999/vol32n4/trauma_raquimedular.pdf>. Acessado em: abril de 2020. SOUZA, Érica Patrícia Dias. Principais complicações do Traumatismo Raquimedular nos pacientes internados na unidade de neurocirurgia do Hospital de Base do Distrito Federal. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/ccs/principais_complicacoes_traumatismo_ra quimedular.pdf>. POP: Reabilitação Fisioterapêutica nos Pacientes com Diagnóstico de Trauma Raquimedular -Unidade de Reabilitação, Uberaba, 2018 – Versão 2.0. 21p. Lesão traumática da medula espinhal: conceitos atuais e atualização do tratamento. 2017. <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004- 82X2017000600387&lng=en&tlng=em> . Diretrizes Assistenciais para Traumatismo Raquimedular, Hospital Albert Einstein.2012<http://www.saudedireta.com.br/docsupload/1341346405Trauma_Raq uimedular.pdf> http://revista.fmrp.usp.br/1999/vol32n4/trauma_raquimedular.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/ccs/principais_complicacoes_traumatismo_raquimedular.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/ccs/principais_complicacoes_traumatismo_raquimedular.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-82X2017000600387&lng=en&tlng=em%3e%20%20 http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-82X2017000600387&lng=en&tlng=em%3e%20%20
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