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Larissa Leslye – Imunologia – 23/08/2019 LINFÓCITO B Imunidade Adquirida: muito específica, adquirimos o encaixe para cada micoorganismo específico. Pode ser dividida em humoral e celular. As duas acontecem em uma infecção. Humoral: micoorganismo está extracelular; o micoorganismo é bloqueado principalmente pelos anticorpos (imunoglobulinas; quem produz é o linfócito B). A célula efetora da imunidade humoral é o linfócito B Celular: intracelular; mediada por linfócitos T → O anticorpo é uma proteína que se liga especificadamente ao microrganismo, mas não mata ele só marca, mas essa marcação ativa outras ações imunologias que vão eliminar esse microrganismo Linfócito B Produzido na medula óssea como uma célula imatura pró - B, adquire receptores de superfície na medula óssea – BCr - receptores de células b são próprios anticorpo produzido pelo linfócito B que ao invés de ser secretados são acoplados na membrana da célula - IgM ou IgD; e a partir de então ele vai migrar da medula para os tecidos órgãos linfóides periféricos - sangue, linfa, peritônio – vai para os tecidos conjuntivos ou lifonodos. Obs: É por esse receptor que os linfócitos B reconhecem o microrganismo. → Esse linfócito produzido ele ainda é inativado, pois não entrou em contato com nenhum organismo. Temos em todo nosso corpo linfócitos B inativados – linfócitos B virgens ou Naive – não tiveram contato com o microrganismo. → Se entrar um vírus por exemplo do sarampo, esse linfócito B virgem detecta esse microrganismo pelo encaixe que ele tem na sua superfície, produzimos milhões de linfócito B cada um com seu encaixe, quando chega o microrganismo o que tiver melhor encaixe, reconhecer melhor a superfície do organismo vai se ligar. Larissa Leslye – Imunologia – 23/08/2019 Epitope: antigeno/estrutura de superficie do organismo, que são reconhecidas pelo linfócito b. → Eles se encaixam, reconhece o microrganismo, esse reconhecimento da um sinal para o citoplasma do LINFÓCITO B para se multiplicar/mitoses em linfócitos igualmente específicos como ele – EXPANSÃO CLONAL. → Essas células se expandindo elas seguem dois caminhos: Plasmócitos ou linfócitos B efetores – mudam a conformação do seu citoplasma tornando-se células mais redondas que aumenta o citoplasma e o reticulo endoplasmático, que produzem e secretam anticorpos em forma de Y – IgG em menor quantidade, mas o principal anticorpo que ele produz tem um formato de 5 Y aderidos em uma molécula só – pentâmero – em maior quantidade, essa molécula é um tipo de anticorpo – IgM. Portanto em um exame IgM alto: indica primeira infecção, primeiro contato com aquele microrganismo IgG: indica que tivermos a doença, ele é produzido também durante a infecção, mas em menor quantidade e quando a infecção passa ainda temos IgG em níveis basais baixos. Células de memória - células que produzem anticorpos mais específicos – alta especificidade, sofreram uma maturação de afinidade, o seu molde é mais específico para aquele determinado de organismo e elas são de vida longa, que migram para os linfonodos ou ate mesmos medula óssea. Elas produzem principalmente IgG altamente específicos. Larissa Leslye – Imunologia – 23/08/2019 Resposta imune primária: • Primeira exposição ao organismo- primeira dose da vacina: Começa agir os linfócitos B virgem, este demora a reagir (começa do 0 e aumenta devagar) acaba a infecção mantemos um nível basal de anticorpos. Dos anticorpos produzidos primeiros vai produzir o IgM em maior quantidade e depois em menor quantidade IgG. • Segunda exposição – segunda dose da vacina: Na segunda temos o clone específico – linfócito B de memória que ficou guardada nos tecidos, este reage muito rápido, produzindo anticorpos em menor tempo e mantendo o nível basal maior de anticorpos. Mas esses linfócitos de memória produzem mais IgM, no entanto podemos ter a ativação de linfócitos B virgem tbm. Então na segunda infecção pode esse microorganismo encontrar o Linfocito B virgem, portanto teremos IgG em maior quantidade e IgM em menor quantidade. Larissa Leslye – Imunologia – 23/08/2019 → Quando o anticorpo se liga ao antígeno (AG/AC) ocorre três coisas que vão levar o microrganismo a morte (não pelo anticorpo, mas sim por essas três ativações que o anticorpo faz): 1- Neutralização: o microrganismo não vai conseguir entrar na célula, bloqueando o microrganismo impedindo a multiplicação 2- Opsonização: os anticorpos são opsonina que marcam para a fagocitose, marcação para o reconhecimento do macrófago para fazer fagocitose 3- Ativação do sistema complemento: proteínas que atuam em cascata; gera lise do microrganismo, forma-se um buraco nesse microrganismo causando o desequilíbrio osmótico e a lise. O sistema complemento causa a inflamação (atrai células para aquele local gerando a inflamação) e o sistema complemento tbm possui opsoninas, ou seja, faz a opsonização. IMUNOGLOBULINAS → 5 tipos → Os cinco tipos têm uma estrutura básica: elas possuem quatro cadeias polipeptídicas, e essas quatro cadeias elas contêm o formato de Y. Elas possuem duas cadeias de polipeptídios maiores unidas por duas cadeias menores unidas por ponte de sulfeto. Essas duas cadeias como são maiores são chamadas de cadeias pesadas. As menores são chamadas de cadeias leves. A região terminal ela é constante, não se molda ao microrganismo, não é ela que reconhece esse microrganismo, é chamada região FC - região constante – essas porções finais são constantes dentro da classe (todas as IgAs tem igual; todas as IgGs tem igual.). Larissa Leslye – Imunologia – 23/08/2019 Essa região é onde se liga a macrófagos (para fagocitar) ou mastócitos (para induzir resposta alérgica) portanto essa região é de reconhecimento e ligação a nossas células imunológicas, é ali que o fagocito vai reconhecer que tem um anticorpo ligado a um antígeno Já a extremidade do Y, é uma região moldada para aquele determinado microrganismo, onde encaixa o epitope do microrganismo– região variável ou FAB. O próprio linfócito B já vai produzir esse anticorpo com esse encaixe extremamente específico, então os cinco tipos têm esse encaixe diferente. IgM: é produzida principalmente na resposta imune primária; ativa o sistema complemento Pode ser produzida de duas formas: Monômero: apenas um Y - receptor de linfócito B; Pentâmero: quando ela é secretada para fora da célula, dando maior eficiência (cinco braços) IgG: anticorpo mais abundante no plasma – 80% das Ig do plasma é IgG; é um monômero; terá uma produção maior na resposta imune secundária. E é o único anticorpo que atravessa a placenta – dando a imunidade passiva para o recém-nascido (criança nasce com os IgG da mãe) Larissa Leslye – Imunologia – 23/08/2019 IgA: para ela ser produzida irá precisar de um sinal do linfócito T falando que tem infecções nas mucosas. O IgA é um dímero; presente nas nossas secreções (lagrima, saliva, leite, muco) – proteção das mucosas. No segundo contato ele impede a fixação desse microrganismo nas mucosas. A secreção é induzida é induzida por um linfócito T helper. IgE: para ela ser produzida irá precisa de um sinal do linfócito T , é um monômero, e ele está associado a respostas alérgicas (hipersensibilidade tipo 1 – ALERGIAS, ASMAS, RINITES, DERMATITES, ALERGIAS ALIMENTARES, CHOQUE ANAFILÁTICO) A célula que atua na resposta alérgica: mastócito e basófilo. Esse IgE tem sítio de ligação para o mastócito e o basófilo Para essas células trabalharem vai precisar do IgE. Ex: para o mastócito liberar histamina ele precisa do IgE. Esse IgE trabalha na resposta contra helmintos e protozoários IgD: monômero; menor de 0,2% no plasma; e tem funçãoinaparente no plasma. Ele serve apenas para ser receptor do linfócito B (está ancorado a membrana do linfócito B para ser receptor) SLIDES Imunidade adquirida: específica, gera uma memória; Célula Efetora: Linfócitos Subdividida em: Larissa Leslye – Imunologia – 23/08/2019 R.I. Humoral: Microrganismos Extracelulares-Linfócitos B-ação dos anticorpos: Imunoglobulinas R.I. Celular: Microrganismos Intracelulares ou células alteradas-Linfócitos T OBS: O linfócito T, tem que passar pelo timo para receber receptores. Esses receptores do linfócito T, não são anticorpos – TCR (próxima aula). Saem do timo com seus receptores e vão para o sangue, linfa, linfonodos. Quando temos na medula óssea a formação do linfócito B, vamos ter vários tipos de linfócitos B, cada um com um receptor com encaixe específico. Podemos ter na medula óssea tbm, a formação de linfócitos autoreativos – que reagem com nossos tecidos. Todos os linfócitos passam na medula por um “teste de fábrica”, eles são testados com antígenos próprios, se ele reagir, ele será induzido a apoptose, não vai migrar para o sangue e linfa. Se ele não reagir com os antígenos ele vai para o sangue e para linfa. OBS: As doenças autoimunes ocorrem, pois, esse mecanismo pode falhar Imunidade humoral: pensamos em linfócito B, detectando os micoorganismos fora da célula e produzindo anticorpos Imunidade celular: pensamos em linfócito T, detectando microrganismos fora da célula. Larissa Leslye – Imunologia – 23/08/2019 Uma célula encontra um antígeno. Ela prolifera (expansão clonal). Essa proliferação muita das vezes é independente da célula T, mas pode precisar. Expandiu – se torna plasmócito, a primeira imunoglobulina secretada é a IgM, depois secreta IgG. E se ela tiver um estímulo do linfócito T, ela pode ter uma mudança de isotipo, ou seja, ao invés de secretar IgG por exemplo, ela pode secretar IgA. E ela pode se transformar em célula B de memória. Larissa Leslye – Imunologia – 23/08/2019 → Essa imunoglobulina, pode se abrir, se ligando a dois epitopes mias próximos ou distantes → Em um mesmo microorganismo podemos ter vários epitopes diferentes. Podemos ter vários linfócitos atuando com moléculas diferentes, mas para o mesmo microrganismo. → O linfócito B, ele reconhece sozinho, sem precisar do linfócito T, antígenos timo independentes (não precisa do linfócito T para ele reagir). Esses antígenos timo independentes são – polissacarídeos (manose); lipídeos (LPS); ácido nucleico. Esses antígenos que não são proteicos, o antígeno B não precisa do linfócito T para reagir. Quando é uma proteína, precisamos da ação do linfócito T para ação do linfócito B ser efetiva – antígenos timo dependentes
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